DDT.1: PÁGINAS PERDIDAS

AUTORAS: Lady K & Towanda BR

SPOILERS: Vários episódios de todas as temporadas, especialmente HOTS e, claro, minha fic "Depois da tempestade" (DDT), já que esta aqui é uma continuação.

COMMENTS: Primeiramente, gostaria de deixar um obrigada mto especial para as pessoas que já haviam deixado review na primeira versão do capítulo 3, que foi substituído: TowandaBR, Claudia, Raffinha, Cris primucha, Kakau, Maga, Nessa, Crys Richard e Rosa.

E a vocês, que deixaram na nova versão, aí vão algumas respostas:

Cris: Estamos procurando ser bem fiéis aos episódios (diferente das idéias toscas dos escritores de TLW, né?). Muitas coisas ainda vão acontecer, grandes surpresas e revelações. Prepare a pipoca e o refri!

Nirce: Se já é difícil para você ler sobre o santo, imagina para mim, ao escrever a cena? Hahaha só se for com o ventilador na velocidade mais alta e bem em cima de mim! Eu também não perderia minha chance com o Rox, ai ai ai rs...

Di Roxton: Temos discutido muito antes de escrever os capítulos porque planejamos grandes surpresas e revelações, tanto que até temos medo de nos perdermos entre tanta imaginação fértil rs... Aproveite o novo capítulo!

Obrigada a todos que estão acompanhando esta fic!


Capítulo 4

O sol começava a iluminar as janelas do quarto, tendo sua luz refletida em todo ambiente pelo vidro entalhado de formas geométricas. Ao longe, cães latiam. Iniciava-se um novo dia na Mansão Mayfair.

Abigail abiu os olhos suavemente, espreguiçando-se, totalmente descansada. Levantou-se, abriu a janela e sentiu-se renovada com a brisa da manhã. Ainda fazia um pouco de frio, mas mesmo assim, aquele prometia ser um dia adorável. Seu primeiro dia no velho mundo. Havia muito a explorar!

Deu uma expiada no guarda-roupa, ainda com tão poucas opções, já que nem tivera tempo de realizar suas primeiras compras. Por enquanto, possuía apenas alguns vestidos, saias e blusas que Anne, tão amavelmente, lhe cedera.

Fez sua higiene pessoal e, após prender os cabelos em um coque, pegou a roupa que havia escolhido anteriormente: optou por uma blusa creme toda bordada com gola alta e fechada no pescoço por um vistoso broche. A saia, muito simples e escura, cujo tecido moldava delicadamente sua cintura e quadris, chegava até o chão. Escolheu uma bota Oxford, de salto fino e baixo, que ia até os tornozelos e era presa com três botões.

Descendo as escadas, novamente teve que deter-se diante das belas obras de arte que decoravam as paredes da mansão. "Primorosos!" pensou consigo mesma. A mansão Mayfair possuía objetos de várias partes do mundo, indicando que seus moradores muito viajavam, entretanto, tudo era arrumado de tal forma que o resultado era harmonioso.

"Senhorita, Lady Mayfair a espera para o café. Queira fazer o favor de me acompanhar" a criada a interrompeu.

Lady Anne Mayfair. Abigail não conseguia deixar de se surpreender a cada momento com ela! Definitivamente, era uma mulher bastante à frente de sua época. Possuía conhecimentos de geologia, arqueologia, história, botânica, literatura e, como se não bastasse, possuía um gosto altamente requintado, conferindo-lhe grande classe. Além disso, era belíssima! Acompanhava o marido em quase todas as suas viagens, conhecendo praticamente o mundo todo e, mesmo assim, aventura nenhuma lhe prejudicara a beleza. Os cabelos negros, levemente ondulados, estavam sempre brilhantes e perfumados. Os grandes olhos cor de mel eram discretamente realçados por maquiagem.

"Teve uma noite agradável, Abi?" perguntou assim que viu sua nova amiga aproximar-se da mesa onde estava servido o café da manhã.

"Maravilhosa, obrigada! Me sinto renovada e pronta para dar meus primeiros passeios. Quero fazer algumas compras e ir à universidade hoje. Se o tempo nos permitir, também pretendo conhecer as pensões, um lugar para que eu possa me acomodar."

"Sabe que sempre terá um lugar para você nesta casa, não é? Mas quero se sinta à vontade para realizar seus planos e que saiba que pode contar comigo no que for preciso."

Abigail agradeceu a gentileza e começaram a comer.


Ned observava o pôr do sol da varanda da casa da árvore. Era em momentos como esse que gostava de sentar-se ali junto a Verônica e... conversar. Agora percebia como havia conversado de mais, e agido de menos.

"Esteve quieto o dia todo, Malone, em que está pensando?" Roxton notara o jornalista distante e calado a maior parte do dia, depois do que conversaram com Challenger durante a manhã.

Ned pareceu nem saber por onde começar.

"Estou pensando em sair amanhã cedo para procurar Verônica. Nós apenas achamos que ela está na tribo para onde o balão a levou da outra vez. Mas se o próprio Challenger acredita que não devemos ter tanta segurança de que tudo vai acontecer como da outra vez, então não podemos ficar aqui sentados enquanto Verônica está lá fora, sabe-se lá onde! Talvez esteja ferida, sozinha e desprotegida. E depois de tudo, acho que devo isso a ela."

Challenger havia acabado de chegar onde seus amigos estavam e escutou a fala de Malone.

"Com licença, rapazes, não pude deixar de ouvi-lo, Ned. Passei o dia pensando sobre o mesmo que você e acredito que seja uma boa idéia montarmos uma equipe de busca para trazer Verônica de volta."

Ned agora se sentia mais aliviado, afinal, não era o único a pensar assim.

"Ótimo, vamos arrumar as armas, suprimentos e tudo mais para sairmos amanhã bem cedo" Roxton já ia se levantando.

"Roxton, eu prefiro que você fique com Marguerite. Caso Verônica retorne sem que a encontremos, será bom que alguém esteja na casa da árvore para esperá-la." Challenger intercedeu. "Irei com Malone e creio que podemos nos sair bem, o máximo que pode nos acontecer é sermos comidos por um t-rex, mas do estômago dele não passaremos."

O caçador, apesar do tempo já passado no platô, nunca perdia seu espírito aventureiro; continuava a adorar a vida ao ar livre, acampar, caçar, sentir o sangue correr pelas veias na emoção de uma aventura como quando ainda era um jovenzinho. Por outro lado, os argumentos de Challenger eram lógicos e ficar a sós com Marguerite não seria nada ruim. É, as aventuras que o esperassem.


Verônica estava com cabeça confusa com tantas novas informações. Apesar de ainda doer bastante, a perna já não lhe incomodava tanto, pois passava seus dias absorta na leitura do diário de sua mãe.

Naquela tarde os nativos trouxeram o balão para a aldeia. Muito avariado, precisaria de semanas de reparo. Neste momento, a última coisa que Verônica queria saber era do balão ou de qualquer coisa que a distraísse de sua leitura. Entretanto, a partir de agora teria que ocupar seus dias com o balão e as noites, com o diário.

O curandeiro lhe dissera que aquela era a época em que a tribo estaria indo visitar uma aldeia amiga que seria cicerone da festividade mais importante de todas. Todos os anos nativos de uma tribo convidavam as tribos amigas para evocarem, juntas, em uma cerimônia que durava alguns dias, as almas dos mortos ilustres.

Como a jovem não poderia se deslocar para tão longe, a deixaria com meia dúzia de guerreiros com dupla função: protegê-la e seguir suas orientações para consertar o balão. Dessa forma, ela passaria o dia mostrando aos homens o que fazer e, à noite, se dedicando à leitura.

A volta para casa não a afligia; sabia que ainda tardaria muito, já que os materiais necessários para os reparos estavam, em sua maioria, em locais opostos da mata, o que renderia grande trabalho aos nativos.

À luz de uma lamparina artesanal, Verônica novamente abria o diário de sua mãe, perguntando-se que novas surpresas lhe estariam reservadas...


"Graças a Deusa você não é do nosso mundo, Abi! A verdadeira história de minha família, aos olhos públicos, não é a metade do que vou lhe contar agora" Anne e Abigail agora começavam a falar sobre o rapto da filha daquela, há alguns anos.

"Certa vez houve uma grande sacerdotisa druida chamada Morrighan. Ela profetizou que um dia reencarnaria em uma de suas descendentes. 'A senda da vida está formada com as marcas dos cascos do cavalo da morte' foram as palavras deixadas. Desde então, nossa família tem esperado por essa reencarnação, há séculos. Já passamos por muitos países, fugimos da inquisição, pois até de bruxos já fomos chamados devido a nossos rituais. Felizmente, a linhagem nunca foi comprometida."

Claro que Abigail entendia; era a única que o poderia; ela mesma descendia de uma linhagem tão antiga quanto o próprio nome dos Mayfair.

"Devido às necessidades do mundo, nossa família também teve que se adaptar. Foi quando um de nossos ancestrais, para garantir a proteção de Morrighan, deixou como cláusula de testamento (impossível de ser refutada legalmente) que a cada geração apenas uma Mayfair poderia ser a detentora do patrimônio da família. Claro que ela teria toda a obrigação de ajudar os demais Mayfair, porém, a administração estava em suas mãos e ninguém poderia interferir."

"E qual o critério para se escolher a administradora?" até mesmo para Abigail tudo era muito fantástico.

"Nós acreditamos que quando alguém falece, sua alma fica envolta a uma vibração. Essa vibração carrega a imagem do falecido, a qual fica depositada no óvulo fecundado. Quando este começa a desenvolver-se, o 'desenho' da pessoa que morreu vem a se cristalizar nele. Por isso, quando Morrighan voltar, além de ter a mesma forma física, terá uma marca de nascença. É o que você já deve ter notado na entrada de nossa casa: o símbolo de nossa família."

"Mas ainda assim não vejo qual o critério para escolher o detentor da herança."

"Oh muito simples! A cada geração, uma Mayfair nasce com a marca de nascença! Somente saberemos se é Morrighan se ela começar a manifestar os poderes e suas recordações da vida passada! Eu não sou Morighan, mas sou a detentora do legado da minha geração, porque tenho a marca de nascença."

"Seu marido é seu primo? Afinal, ele é um Mayfair, não?"

"Não, Abi. Existe uma cláusula no contrato que proíbe as Mayfair de retirarem seu sobrenome para acrescentar o do marido. Isso poderia fazer a família deixar de existir! Mas é permitido ao homem que se case com uma de nós, receber nosso nome. Ainda existem pessoas que se escandalizam com isso, hipócritas, mas sabem que a família é uma das mais ricas do mundo e, por isso, não ousam se rebelar contra nós."

Abigail a cada momento se sentia mais e mais identificada com sua amiga. Passara a respeitá-la ainda mais, não pela idade ou posição social (Anne ainda nem completara 30 anos), mas porque, assim como ela mesma, a mulher carregava uma grande responsabilidade e que lhe custara muito caro.

"Você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com minha filha raptada, não é mesmo?"

"Já posso imaginar. Tem a ver com a herança, não?"

"Sim, e essa é a parte mais triste" Anne pela primeira vez se mostrara indefesa. "Não escolhi meu destino, ele me foi imposto! Minha mãe era a última administradora dos bens da família e esperava-se que sua filha fosse a próxima, ou talvez, uma de suas sobrinhas. Mas a primeira filha nasceu sem marca alguma. Três anos depois, eu vim ao mundo com a marca. Minha irmã sempre quis o legado, motivo que nunca deixou que fôssemos irmãs de verdade; ela sempre me invejou..."

A protetora estava boquiaberta... "Quer dizer que sua irmã roubou sua filha, Anne?"

As emoções foram demasiado fortes, já era impossível a Anne conter o choro. "O pior é que eu não tenho prova alguma! Ela também tem uma filha da mesma idade que a minha. Charlote, minha irmã, tinha certeza de que sua filha seria a próxima na linhagem, mas foi a minha! Maldita herança! Não posso provar nada, mas sei que foi Charlote! Graças a uma herança que eu não pedi, deixei de ter minha filha aqui! Nos mudamos para esta casa afastada de Londres justamente com o intuito de investigamos sem olhares curiosos. Foi tudo em vão! Quantas vezes não fui a orfanatos levada por pistas falsas e chegando lá, não era a minha Marguerite!"

Tudo que Abigail conseguiu fazer nesse instante foi abraçar sua amiga e deixá-la chorar. Talvez as lágrimas e o ombro amigo pudessem oferecer algum alívio para sua alma angustiada.


Malone e Challenger já haviam saído, quando Marguerite levantou-se. Foi direto para a cozinha tomar uma xícara de sua tão apreciada bebida – café – e servir-se de uma torrada.

"Bom dia, Marguerite! Parece que temos a casa só para nós por uns dias, não é?" Roxton estava fascinado com a possibilidade de poderem estar juntos à vontade, sem estar fugindo dos olhares dos amigos. Não por ele, claro, mas Marguerite insistia em manter as coisas desse jeito.

"Uhun" foi sua resposta.

"E já que é assim, poderíamos ter um dia de descanso. Quero dizer, vamos fazer as tarefas que realmente não podem deixar de ser feitas diariamente e, depois, ficaremos descansado. Que tal?"

"Ótimo! Você pode começar lavando a louça e consertando aquele vazamento do banheiro enquanto vou lá para baixo costurar algumas roupas. Aliás, suas ceroulas têm mais buracos que um queijo suíço" Marguerite não estava exatamente de mal humor, só não queria conversar, não tão cedo.

Algumas horas depois, Roxton desceu para procura-la. Lá estava sentada em um banco, ao lado de um bule de café e uma xícara, com uma pilha de roupas para remendar. Era isso ou começar a se vestir como os nativos.

"Já terminei, Marguerite!" Roxton anunciou todo sorridente.

"Por que não vai direto ao ponto, Roxton? O que você quer?" ela já perguntou de uma vez. Já passara tempo suficiente com Roxton para saber que quando ele ficava rodeando muito, ou ia aprontar alguma (se já não tivesse) ou ia perguntar algo que ela não queria falar.

"Tudo bem, se você prefere assim, seco e direto... Não é que eu tenha um assunto em especial. É sobre umas coisas que eu andei pensando e o seu comportamento nos últimos dias..."

"Fale logo, eu serei forte e prometo responder as perguntas que eu achar conveniente, combinado?"

"É, devo admitir que é melhor do que nada. Bom, mas o que queria dizer é que me parece muito estranho você ter brincado nas pedras de Avebury e não ter me visto, ou eu não ter visto você. Eu andava por todos os cantos com meu pônei, conhecia cada centímetro daquele lugar..."

"Está achando que eu menti, Roxton?" antes que pudesse responder, ela derramou uma enxurrada de palavras. "Desde que eu me entendo por gente, minhas recordações são de um orfanato mantido por freiras. Por que fui deixada lá? Não sei, não sei ao menos meu sobrenome e nem se meu nome é mesmo Marguerite" era muito doloroso para a morena tocar em um assunto que a ressentia profundamente.

"Eu não quis dizer que você estava mentindo, me perdoe. Só achei uma infeliz coincidência não termos nos conhecido, talvez hoje nossa vida fosse muito diferente..."

Marguerite respirou fundo, agora mais contida. "Acho difícil. Passei apenas alguns meses ali. Fiquei no orfanato desde sempre e eu nunca era mostrada a nenhuma família que procurava uma criança para adoção. Até que fiquei numa cabana em Avebury junto com uma mulher que me tratava até bem. Depois fui mandada para a Europa, onde estudei em ótimas escolas, com todas as despesas pagas. Mas eu nunca soube quem fazia isso por mim! Aos 18 anos achei que já era hora de fazer as coisas por mim mesma, e acabei em Paris, onde conheci Adrienne".

"Você nunca tentou descobrir quem eram seus pais?"

"E para que? Eles me abandonaram, se me quisessem, eu não teria sido jogada como uma roupa que não serve mais. E depois me envolvi em outros assuntos..." Marguerite por diversas vezes procurou investigar sobre suas origens, sendo todas as tentativas infrutíferas. O mais perto que conseguiu chegar foi a certidão de nascimento que Chang usou para chantageá-la. Entretanto, temia ainda admitir que essa busca era praticamente sua única razão de viver, até chegar ao platô, porque se sentiria tola e desprotegida.

Roxton não conseguiu evitar uma risada irônica. "Marguerite, quando vai deixar de guardar tudo para si mesma? Lembre-se que eu sei o que a trouxe a este platô. Eu só quero entender! Um dia vamos sair daqui, e como acha que vai ser?"

Agora quem ria ironicamente era Marguerite, já levantando-se. "Como eu acho que vai ser o que, Roxton? Nós?"

Uma súbita onda de rubor o tomou pela afronta tão aberta, entretanto, se não avançasse rápido, provavelmente tardaria muito a conseguir outra conversa dessa com a morena.

"Já que você mesma citou, sim, estou falando de nós, e daí? Está achando o que? Que quando voltarmos a Londres cada um vai tomar um rumo, sem olhar para trás, ignorando tudo que já vivemos aqui e... tudo o que sentimos?"

"Roxton, não posso! Será melhor para todos! O que me trouxe a este platô já não tem mais possibilidade de ser meu. Isso sem contar que estou envolvida em muita coisa, das quais você só sabe uma pequena parte. Terei contas a acertar e não quero ver você envolvido nisso."

"Já disse: não me importam os segredos que ainda possa ter. Se quiser contá-los, eu ouvirei; se não quiser, que me importa? E por que tem que ser tudo eu, eu, eu e eu? Deixe-me ajuda-la, ora! De que me servirá voltar a Londres, se não posso salvar a pessoa que amo?"

"Essa conversa não vai nos levar a parte alguma. Se era isso, assunto encerrado." ela encaminhava-se de volta para o elevador quando Roxton a agarrou pelo braço.

"Não vai fugir de novo! Chega! Será que ainda não percebeu que não vou desistir de você?"

"Me solta, Roxton! Agora!" ela ameaçou, sem que ele recuasse um único centímetro. Os olhos azuis faiscavam, uma mescla de ódio e desejo. Foi com a mão em cheio para acertar uma bofetada no rosto do caçador, mas ele, mais rápido, segurou sua mão. Agora, estava à mercê dele.

"Já mandei me soltar!" gritou.

Já era tarde demais. Seus olhos se encontraram e agora ela podia ver o desejo nos olhos dele; uma fogueira pronta para consumi-la. Sem mais palavras, Roxton a puxou para mais perto, beijando-a de forma bruta; estava sedento por esse momento, como se fosse a última gota d'água num imenso deserto. Marguerite procurou se desvencilhar daquele beijo selvagem, forçado, roubado; mas ela mesma ansiava por aquele contato. Conseguiu apenas soltar suas mãos das dele para abraçá-lo, enroscando-se em seu pescoço.

CONTINUA...