DDT.1: PÁGINAS PERDIDAS

Capítulo 7

AUTORAS: Lady K & Towanda BR

DISCLAIMER: Todos os personagens da série Sir Arthur Conan Doyle's The lost world não são nossos (infelizmente), então não venham nos encher o saco.

COMMENTS: Os trechos R&M deste capítulo são baseados em fatos reais.

Aline: Que milagre milagroso é esse! Esse seu crediário tah mais enrolado q o das Casas Bahia. "Vai pagar quando?" hahaha Mas olha, essa é uma fic família, não se se vai rolar "algo mais" MAS como eu acho q a Marg andou visitando a moita com o Rox durante as temporadas...

Luizinho, Zezinho e Huguinho: O tio Patinhas vai bem? Diz p/ ele q to precisando de grana, ele pode depositar na minha conta. Isso ajudaria a soltar capítulos mais rapidamente.

Sra. Cravo: Rosa, eu sei q é vc! Não vale deixar review com um nome tão óbvio haha

Nirce: Temos certeza de q vc vai rir mto com o q acontecerá com a Marg nessa pescaria. E sabe o q é o pior? Essa pescaria realmente aconteceu! Saímos meu namorado e eu e foi esse fiasco q eu narro na fic, com as devidas adaptações rs...

Di Roxton: Rox e marg terão mto mais coisas em comum do q vc pensa, Di! Já estamos trabalhando na fic 2, q será após esta. Vc vai ficar doidinha! Td recheado de cenas dos nossos lindos.

Nessa: O Challenger não gostou do q vc disse! Não é um truque, é ciência hahaha A gente não perdeu a oportunidade de dar akela fala p/ Marg, imagina se ela ia perder uma chance dessas rs... E o Thomas ele é gente boa, mas ainda está preso às convenções da sociedade... mas mto vai mudar...

Rosa: Eu fikei irada com o Thomas qdo a Si me mostrou essa parte. Mas como vc disse, até q ele foi bem p/ a época. Só q o coração vai falar mais alto (a prova disso é a Vê).

Jess: O Thomas vai cair em si. Lembra q ele tah numa época em q as mulheres tem q ser santas, se não nem serve p/ casar né? Qto a ele ser virgem, duvido mto hahaha

Cris: Qdo se ama, num dah p/ esconder certas coisas, e qto a Abi, essa é a vida dela e o Thomas terá q aprender a aceitar, né? Segundas intenções na pescaria? Hahaha Não se iluda, primucha! Essa pescaria é baseada em fatos reais q ocorreram com essa prima diva q vos fala e eu sofri tanto qto a Marg rs...

Rafinha: Estamos lisonjeadas com a sua review!


Capítulo 7

O espetáculo de Challenger e Malone finalmente estava pronto. O sol já começava a se pôr e eles acenderam uma grande fogueira, deixando suas mochilas por ali mesmo.

Com resina de árvores misturada a um pouco de água em uma caneca, mantida suspensa no fogo com varas e cipós, fizeram um ótimo aromatizador de ambiente, soltando no ar um agradável perfume cítrico.

"Espero que saiba mesmo o que está fazendo, Malone" disse o cientista admirando sua obra e pondo a mão no ombro do jornalista.

"Não se preocupe, seus poderes as deixarão de queixo caído! Duvido elas voltarem a nos incomodar depois de hoje!" respondeuNed sorrindo tranquilamente, seguro de seu sucesso.


Pela primeira vez na vida Abigail sentiu o gosto amargo da solidão. Podia, e devia, ter evitado tudo desde o início. Se ao menos tivesse se despedido dele após aquele primeiro encontro, nenhum dos dois estaria sofrendo tanto.

Foi até a cozinha, deitou-se no mesmo local onde ele passara a noite, enrolou-se na colcha e colocou o travesseiro junto ao rosto, sentindo o cheiro daquele que tanto amava, e chorou.

Após sair do ateliê, Thomas apenas caminhou. Sentia-se tão solitário quanto Abigail e, além disso, uma série de sentimentos, incluindo o orgulho ferido, tomavam conta dele. No entanto, naquele momento não queria confrontá-los.

A história que ela havia contado era tão fantástica e estranha que a lógica não lhe permitia acreditar. Assim mesmo, decidira que a coisa mais importante era estar com ela. Agora ela lhe dizia que não poderiam se relacionar como marido e mulher. E o que era pior: já havia estado com outro homem. Que outros segredos teria?

Seus pensamentos foram interrompidos pelo esbarrão da menina que passava por ele.

"Tome mais cuidado, moço." – disse irritada antes de seguir rapidamente seu caminho. Ele mal teve tempo de notar os escuros cabelos longos e ondulados, os olhos claros e o cenho franzido antes de escutar a mulher que vinha logo atrás lhe dirigir a palavra.

"Desculpe, senhor." – voltou a atenção para a garota que já seguia bem à frente – "Volte já aqui, Marguerite."

Só aí Thomas percebeu que estava no centro da cidade. Havia andado milhas sem ter se dado conta. Entrou no pub aberto e escolheu a primeira mesa vazia que encontrou.

"Uma cerveja."

Lá ficou até que anoitecesse quando um coche de aluguel, chamado pelo garçom, o levou completamente embriagado para o dormitório. Acordou dezesseis horas depois com uma horrível dor de cabeça e sem a carteira. Enjoado, trancou-se no banheiro, onde vomitou. Quando se sentiu um pouco melhor, encheu a banheira e despiu-se lentamente, deixando a roupa no chão. Entrou na água e já ia imergir quando viu o curativo no polegar esquerdo.

"Não molhe o curativo por alguns dias." – lembrou-se.

Após o banho comeu um pouco no pequeno restaurante da esquina e, com uma decisão tomada, voltou para descansar.

No dia seguinte foi até o escritório da companhia ferroviária em Londres e candidatou-se a uma das vagas como engenheiro para construção de estradas de ferro na África enquanto, longe dali, Abigail começava os preparativos que a levariam de volta para casa.

Em sua formatura, dias depois, Thomas não percebeu que alguém muito especial acompanhava a colação de grau. Abigail jamais perderia aquele momento.

Após a cerimônia ele foi com uns amigos até o bar lotado, onde se espremeu em uma cadeira perto da porta e, sob olhar surpreso dos outros, pediu uísque.

Distraído, apesar do burburinho do lugar, mal sentiu alguém tocar-lhe o ombro. Olhou para cima.

"Poderia me dar licença?"

Thomas imediatamente levantou empurrando a cadeira e abrindo passagem.

"Claro, desculpe."

O homem meneou a cabeça em agradecimento e Thomas escutou o grupo chamá-lo no fundo do estabelecimento.

"Ei, Challenger. Tem um lugar guardado para você aqui."

Por semanas Thomas tentou voltar a sua rotina. Dormia pouco, e embora quase não sentisse fome, obrigava-se a comer, passava muito tempo na biblioteca onde após horas, mal conseguia lembrar-se do que havia lido.

Quando compareceu sozinho à reunião dos amigos cientistas, estes lhe perguntaram sobre sua acompanhante, ao que só respondeu que ela havia viajado.

Imaginou que a bebida seria um bom refúgio, mas desistiu ao perceber que ficar embriagado não lhe dava nenhum consolo.


Tic tac, tic tac. Cinco da manhã. Roxton e Marguerite 'divertiam-se' cavoucando a horta, com o auxílio de colheres.

"Que nojo! Minhas unhas vão ficar encardidas com esse barro! Vou parecer uma nativa! Que horror! Será que não podíamos usar pedaços de carne como isca? Que peixe idiota comeria essas minhocas asquerosas?"

"Marguerite, Marguerite, Marguerite. A verdadeira pescaria é feita por etapas. A primeira consiste em recolher minhocas. A segunda é, usando essas minhocas como iscas, pescar peixes pequenos (que existem num laguinho perto daqui). A terceira, e mais emocionante, é ir para o rio e pescar os grandes peixes, usando os pequenos como iscas"

"Blá, blá, blá, Roxton! Que coisa mais enfadonha!"

"Se você reclamasse menos, já teríamos bastante minhocas e poderíamos ir para o lago, minha rainha!" apesar de tudo, ele tinha que se manter forte para não cair na gargalhada ao ver a cara com que Marguerite tirava as minhocas da terra.

Após pegarem vários dos bichinhos asquerosos e colocado em um pequeno balde com terra úmida, para que se mantivessem vivas, andaram até o que Roxton chamara de 'lago'.

Marguerite arqueou as sobrancelhas ao ver o que mais parecia uma grande poça de água parada.

"Você só pode estar brincando! Nenhum peixe que se preze viveria nesse lamaçal!"

"Confie em mim! Vai pescar aqui os melhores lambaris do platô!"

"Oh mal posso esperar! Uma aventura tão emocionante quanto ver a grama crescer!"

Roxton ensinou Marguerite a colocar a minhoca no anzol. Basicamente, era só 'encapa-lo' com o bichinho. Apesar do cheiro impregnante, ela logo se acostumou e até achou divertido. Bastava só lançar o anzol que logo os peixinhos mordiam. Não demorou para que estivessem competindo entre si para ver quem pegaria mais. Decidiram que o perdedor, obviamente, teria que limpar o peixe ou peixes que fossem pescados.

Cerca de meia hora depois, já haviam conseguido trinta e quatro peixinhos, que eram colocados no balde, agora cheio com água para que fossem mantidos vivos o máximo de tempo possível. Marguerite ficou furiosa ao perder a competição, e Roxton percebeu que precisava agir rápido se quisesse que ela ficasse com ele por mais tempo.

"Vamos fazer o seguinte: se você pegar mais peixes grandes, eu limpo todos. O que acha?"

"Parece razoável." – resmungou ela já iniciando a caminhada de 15 minutos que finalmente os levaria a área da grande pescaria.


Abigail abriu a porta do ateliê, assustando-se com o rapaz que já erguia a aldrava para bater.

"Thomas?"

"Preciso lhe falar."

"Estou de saída"

"Só alguns minutos. Deixe-me entrar."

Ela hesitou antes de lhe dar passagem.

"Seja breve."

"Case comigo."

"Por favor, Thomas. Não vamos recomeçar esse assunto. Dói muito."

"Eu sei." – ele pegou-lhe as mãos – "Preste atenção, Abi. Nos casamos o mais rápido possível e vamos para o platô onde construiremos nossa família. Eu te peço. Diga sim."

"Sabe que não teremos uma vida plena até chegarmos perto de lá."

"Eu sei disso. E prometo me controlar. Se eu não conseguir você me ajuda."

"E quem vai me controlar? Você tem idéia do quanto eu desejo você?"

"Isso não vai ser nada fácil, mas eu não quero mais acordar de manhã sem ter você em meus braços."

"É tudo o que você queria me dizer?" – ela tentava se manter firme.

"Vou perguntar pela última vez. Quer se casar comigo?"

A moça surpreendeu ao passar por ele sem ao menos se virar.

"Tranque a porta quando sair e deixe a chave embaixo do tapete."

Thomas ficou parado sem reação. Não esperava que ela o deixasse ali falando sozinho. Demorou até finalmente resolver o que iria fazer.

Desceu correndo as escadas e ao chegar à rua olhou para todos os lados.

"Onde você está?" – perguntou para si mesmo.

Procurou mais um pouco até começar a correr o mais rápido possível. Segurou o estribo da parte de trás do bonde lotado. Finalmente pulou apoiando a ponta do pé direito no degrau do veículo em movimento e subiu, tentando manter o equilíbrio.

"Senhor!" – escutou o cobrador lhe dirigir a palavra – "O veículo está lotado. Vai ter que descer."

"Estou bem acomodado aqui. Na verdade, muito confortável, obrigado." – respondeu quase caindo.

O homem irritou-se.

"Desça, senhor."

"De jeito nenhum."

"Desça agora ou tomaremos as providências cabíveis."

"Estou procurando alguém."

"Pegue o próximo bonde. Desça ou vamos parar e chamar a polícia."

"Ótimo. Pare logo o bonde."

O homem fez sinal para o motorneiro, que parou de imediato. Ambos foram até o rapaz que abraçou o estribo e desafiou.

"Vão ter que me tirar daqui à força."

"Então que assim seja." – bem mais altos e fortes os homens não tiveram nenhuma dificuldade em puxar Thomas, que ainda tentou se desvencilhar ao ser agarrado.

"Por favor, minha esposa está aí dentro."

"O que está dizendo?"

"Minha esposa. Nossos cinco filhos pequenos estão lá em casa chamando por ela."

"Isso é verdade?"

Thomas nem prestou atenção aos homens quando chamou.

"ABIGAIL LAYTON, DESÇA JÁ DAÍ."

Todos olharam enquanto a moça abria espaço descendo do veículo cheio.

"Thomas? O que está fazendo?"

"Senhora!" – interrompeu o cobrador – "Este senhor está causando tumulto. Ele é seu marido?"

Abigail olhou para Thomas que tinha um olhar suplicante. Finalmente sorriu.

"Sim. Ele é meu marido."

Aproximou-se do jovem enquanto todos voltavam para o bonde que seguia seu destino.

"Me beije, Abi."

"Se fizermos isso no meio da rua seremos presos por conduta imprópria."

"Consegue correr?"

"Só um instante." – rindo, ela ajeitou a longa saia segurando com a mão – "Agora sim."

Thomas a puxou pela cintura e beijaram-se apaixonadamente. Quando escutaram os frenéticos apitos dos policiais deram-se as mãos e saíram em desabalada carreira.


"Que estranho! Onde eles foram?" perguntou Narina a Brywik.

"Não devem estar longe, as coisas deles estão aqui e até fizeram essa fogueira."

"E se nós aproveitássemos e déssemos uma olhada nas bolsas deles? Que mal vai fazer?"

Antes que Narina pudesse responder, uma pequena explosão ocorreu perto da fogueira, assustando as duas jovens. Quando a fumaça se dissipou, apareceu a imagem de Challenger com cerca de três metros de altura. Com uma voz que parecia saída das profundezas da terra, começou seu discurso:

"Atenção, jovens! Há muito tempo venho observando vocês e Lady Alice. Sei de seus planos diabólicos de me destruir!"

Abraçadas, morrendo de medo, tentaram dizer algo, mas foram imediatamente interrompidas pelo cientista.

"Silêncio, indignas! Eu não mandei falarem. Lady Alice é uma ameaça a toda e qualquer magia do bem. Ela é uma maga negra, representa as trevas. Eu, o mago branco, sou da magia branca e jamais serei derrotado! Há, há, há, há, há."

A gargalhada de Challenger foi tão convincente que Malone não pode deixar de sorrir, afinal, o cientista estava adorando a situação.

"Se quiserem continuar vivendo, ordeno que retornem ao lugar de onde vieram, abandonando definitivamente essa bruxa do mal! Depois não digam que não foram avisadas... Meu poder é infinito e posso destruí-las em um piscar de olhos!"

As jovens balançavam a cabeça positivamente, assustadas demais para pronunciar qualquer palavra.

"O que estão esperando, sumam da minha vista!"

Imediatamente as duas saíram correndo, tropeçando no escuro, mas felizes por verem-se livre das mãos do mago branco. Não disseram nada uma para outra, tudo o que queriam era sair o mais rápido dali, mas em seus pensamentos, estavam decididas a abandonar Lady Alice e voltarem para sua aldeia. Talvez um dia pudessem aprender com um mago tão poderoso quanto George Edward Challenger.

"Você viu só a cara delas?" Ned gargalhava ao lembrar das duas com suas expressões assustadas.

"Malone, devo admitir que não foi tão engraçado, pobres moças..."

"Oh Challenger, por favor! O seu discurso foi impressionante! Deu para notar o quanto você estava empolgado com seu papel!"

"Quanta humilhação! Um cientista da minha magnitude reduzido a um charlatão impressionista de truques baratos."

"Truques, não, meu amigo! Ciência pura!" acrescentou Ned ainda rindo.

Finalmente Challenger cedera e começava a achar graça da situação. Ao menos, se livraram das bruxas e sem ter que ferir ninguém. Plano perfeito!

Lady Alice vira a todo o espetáculo em sua bola de cristal. "Um dia, mago branco, eu irei me vingar dessa afronta. Eu juro..."


"Espere." – disse Thomas na porta do ateliê – "Não entre ainda."

"O que houve?"

"Você acabou de dizer para todo mundo que é minha esposa, certo?"

"Se não dissesse os funcionários do bonde chamariam a polícia e você estaria preso."

"Você disse de livre e espontânea vontade, então..." – ele a surpreendeu pegando-a no colo.

"Thomas!" – ela gargalhou.

"Pode abrir? Para dar sorte."

Ela girou a fechadura e a porta abriu facilmente.

"Você não trancou?" – fingiu censura-lo.

"Eu tinha que escolher. Trancar a porta ou correr atrás de você. Pensando bem, acho que devia ter trancado a porta." – provocou ele.

"Cale a boca, Thomas, e entre logo." – ela o calou com um beijo apaixonado.

Sem interromper o beijo ele obedeceu fechando a porta com o pé. Colocou-a no chão empurrando a moça contra a parede. Levantou a longa saia acariciando a pele macia de suas pernas.

"Quero sentir você, Abi." – sussurrou em seu ouvido beijando-lhe o lóbulo da orelha.

Ela o ajudou a desvencilhar-se do paletó, da camisa e das calças, permanecendo apenas com a roupa de baixo. Ele por sua vez a ajudava a desvencilhar-se da saia, blusa e finalmente as roupas intimas, enquanto procurava sofregamente seus seios. Mais uma vez pegou Abigail no colo e a levou até a pequena cama de solteiro. Deitado sobre ela acariciou seu rosto.

"Nunca tenha medo, Abi. Até que voltemos para o platô nada do que fizermos será motivo para gerar um filho. Eu prometo."

Naquela noite Abigail confiou cegamente em Thomas que abriu mão de seu próprio prazer, mas amou-a como jamais teria feito com nenhuma outra mulher.

CONTINUA!