DDT.1: PÁGINAS PERDIDAS
Capítulo 8
AUTORAS: Lady K & Towanda BR
DISCLAIMER: Todos os personagens da série Sir Arthur Conan Doyle's The lost world não são nossos (infelizmente), então não venham nos encher o saco.
COMMENTS:
Phoenix: Nós gostamos mto mesmo de receber suas reviews, como te disse no msn! Vou procurar responder às suas perguntas (aliás, será a maior resposta deste capítulo né? Rs... Nós mesmas estamos fazendo uma trama q envolva td mundo mesmo, o q nos pede várias reuniões no msn (imagina!).
Sobre AVALON, nós citamos pq em Legacy é falado q a Mãe da Verônica está nesse lugar. Tbem nesse episódio, aparece o Mordren, q matou o pai da Verônica qdo ela era criança. A Vê descende de uma linhagem de protetoras do platô e esse Mordren é de uma linhagem q cobiça destruir as protetoras e ficar com o poder do platô (para isso, ele precisa do trion, q é o pingente q a Vê ganhou da mãe, vc viu esse episódio?).
Fique calma, Nay, eu não tenho nada contra as cenas N&V como vc e a Si tem contra R&M, mas é q a Verônica está lendo o diário, né? Rs... Aguarde q a Si já está matutando essas cenas rs...
A K psicóloga está presente, sim, Nay haha só falta eu colocar um divã na casa da árvore rs...
Sobre o símbolo dos Mayfair, nós tiramos do episódio Out of time. Qdo o druida fala da marca de nascença da Marg, a descreve como sendo as 2 serpentes, o sol e a lua.
Hahaha desconheço o negócio do emplasto. Do q vc tah falando? lol
Acho q tem mtas relações na série q poderiam ser mais exploradas e nós pretendemos fazer isso sim. Tipo Ned e Marg, Marg e Vê, Rox e Vê (eles estavam ótimos em Pirate's curse), Marg e Chall etc... temos mtas idéias a respeito.
Aqui é TowandaBR: Nada contra R&M dona Lady K, mas eu e Phoenix lutamos por mais (muito mais N&V)
Lady K de volta: se vc's ficarem boicotando R&M eu boicoto vc's duas, viu? A Si sabe q até me aventurei nuns garros N&V e é assim q vc's me pagam snif snif snif
Nessa: O Ned é brilhante...He! He! He! Acho que seria legal lançar um concurso de quem da expedição Challenger e em que parte da fic Abi e Thomas os encontram. Que Tal?
Viu como seu pedido foi atendido? Capítulo novo rapidinho.
(TowandaBR) (Eu estou vomitando com essa, viu? Lady K)
Maga: Viu como compensa ser rápida no review? Espero que você continue gostando de Abigail e Thomas. (TowandaBR)
Max: Reviews emocionantes Max. Aliás esse não foi o final erótico. Você ainda não viu nada. He! He! He! (TowandaBR)
Rafinha: Um abraço enorme Rafinha. Ficamos muito felizes que você esteja gostando. (TowandaBR)
Aline: Já entramos em contato com o SPC e tiramos seu nome dos inadimplentes. Parabéns. Você escreveu: "Essa parte final de A&T eu não entendi, alguém me explica. Como assim abriu mão? Eu não sei o que vocês querem dizer com isso?" Eu respondo: Se você não sabe o que acontece entre Abi e Thomas é pq não tem idade para saber. He! He! He! (TowandaBR)
Jess: Concordo com vc. Pesquei uma vez na vida e nesse ponto concordo com a Marg. Ninguém merece. O melhor modo de conseguir peixe é na peixaria mesmo. O Thomas num é um idiota tadinho. Foi muita coisa na cabeça dele de uma só vez. Mas ele se redimiu. (TowandaBR) (Eu nunca mais meto nessa de pescaria, gente! Eu ter pagado esse mico de ter ido pescar e ainda cair do barranco foi f... Lady K)
Cris: Imaginar a marg já é hilário, então Imagina só a Lady K na pescaria Cris.
Eu não censuro amassos e beijos R&M, Lady Cris. Eu corto mesmo. Sou mais cruel do que o tesourão da Record. Se bem que tenho que vigiar minha partner. Se eu descuidar entra alguma cena caliente, como um pegar na mão do outro e isso é inadmissível. (TowandaBR) (na verdade a Si só tenta manter a pose de má, primucha! Ela te me dado altas dicas R&M, às vezes eu tenho q pedir p/ ela parar com tanta pornografia haha Lady K)
Rosa: Você é forte candidata ao concurso: Quando, onde e como Abigail e Thomas encontraram os exploradores da expedição Challenger. Só não gosto quando vc chama minha partner de cara de pau. É madeira de lei. (Si, eu te mato sua vakita)
Ned e Chal fazem uma dupla legal, afinal lembra que eles trabalhavam muito bem juntos no seriado?
Vc tem razão. Acho que Roxton odeia a Marg. Acho que nem Verônica sairia uma hora dessas para pegar minhocas. Marguerite devia bater nele. (Si, fica kieta!)
Pelo pouco que passou na série, acho que Abigail e Thomas abriram mão de muitas coisas que estavam acostumados. (TowandaBR)
Capítulo 8
Ao chegarem ao lago escolhido por Roxton, este rapidamente desceu o barranco de cerca de dez metros carregando as varas de pesca e o balde.
"Venha. É só você ir descendo se apoiando nas árvores. Ned e eu já fizemos isso inúmeras vezes, é absolutamente seguro." – Marguerite observava descrente.
"Seguro? A terra está solta e úmida, Roxton! Vai desmoronar antes que eu chegue aí embaixo!"
Apesar dos avisos de seu companheiro, estava determinada a descer como pensava ser melhor. Ao contrário do caçador, preferiu descer de frente mesmo. Achava que se sentiria mais segura ao ver onde pisava. Até acreditou estar com sorte, pois encontrara um cipó que chegava até o rio e onde poderia segurar. Mas bastou que descesse dois ou três metros para o cipó arrebentar e, sentada, ela escorregar rapidamente ladeira abaixo só parando ao chegar à margem enlameada do rio. Felizmente decidira no último instante usar uma calça no lugar da saia que normalmente preferia.
Roxton tentava se controlar para não rir e ao mesmo tempo ser gentil "Você está bem? Se machucou? Venha, eu te ajudo a se levantar."
Os olhos azuis da herdeira faiscavam de puro ódio. "É claro que eu não estou bem! Acha que caí para me divertir? Maldita pescaria, maldito platô!" ela gritava enquanto batia os braços na terra e piscava nervosamente.
Lentamente ela foi se acalmando, até se distrair com o trabalho de colocar os peixes no anzol. Divertiram-se também com a tranqüilidade do local. Nem se incomodavam com o fato de nenhum peixe estar mordendo a isca.
O tempo passava e nem o menor puxão. E as mutucas os picavam sem a menor cerimônia, mesmo com as roupas. Cada vez que uma delas pousava em sua pele, Marguerite se dava pequenos tapas, em um autêntico espetáculo de auto-flagelação.
"Pare de se mexer! Não vê que assim você balança a isca e espanta os peixes?" Roxton já estava ficando agoniado de vê-la naquela situação.
"Com essas mutucas devoradoras me comendo viva? Impossível! E não se esqueça de que a idéia de vir pescar foi sua. 'Salmão grelhado aos alhos-porró, Marguerite' " - ela o imitava com ironia.
"Está bem, Marguerite! Acho que posso resolver seu problema!"
"Sério? Podemos ir embora?" apesar de saber que a solução de Roxton jamais seria essa, resolveu arriscar.
"Mas é claro que não. Quando eu pescava com meu pai e meu irmão e os mosquitos nos incomodavam..."
Ela o interrompeu. "Simples mosquitos, não. Raptors alados, eu diria."
"Que seja! Nós pegávamos excrementos de animais grandes e colocávamos fogo e a fumaça espantava os insetos. Podemos tentar."
"Mas que idéia, John! Você acha mesmo que eu quero ser defumada com cocô de raptor? Pode esquecer!"
Thomas era o quinto de oito irmãos vivos. A mãe morrera no parto do sexto filho, que sobreviveu por mais algumas horas. Dois anos depois o pai casou-se novamente e, dessa união nasceram, as duas únicas meninas e um menino.
As crianças adoravam a madrasta que, se obviamente não substituía a mãe, conseguiu assumir com pulso firme o papel de educadora e referência feminina da família.
Ao mesmo tempo em que deu à família todo conforto que o dinheiro podia proporcionar, o pai de Thomas, Duane Layton, ensinou aos filhos o valor do trabalho, do dinheiro e dos estudos.
Apesar de muito sério, os fez entender a inestimável importância da gentileza e da cordialidade. Ensinara que palavras como 'obrigado' e 'por favor' podiam ser mágicas e, em algumas ocasiões, fazia com que se ganhasse mais ou se gastasse menos em uma negociação.
Aos domingos, Duane fazia questão de levar a família à igreja e almoçar tendo todos ao seu redor. Em seguida dava algumas poucas moedas a cada um deles para que pudessem se divertir. Cabiam aos mais velhos os cuidados para com os mais novos. O fato de nenhum dos irmãos ter as mãos calejadas pelo trabalho braçal não significava falta de esforço. Primeiramente, nos estudos e, mais tarde, em suas profissões, cada um deles era motivo de orgulho para o patriarca Layton.
Thomas desfrutava do que melhor o dinheiro podia comprar, mas recusava-se a pagar por aquilo que considerava não ter um preço justo. E ao mudar-se para Londres, tornou-se um valioso auxiliar do irmão que representava a família junto aos fornecedores do velho continente.
Thomas sentiu o braço dormente assim que acordou. Delicadamente moveu a adormecida Abigail para mais perto de seu tórax desnudo. Fechou os olhos, recordando o dia anterior com um sorriso.
Sentiu que ela se mexia ligeiramente, aconchegando-se ainda mais junto a ele. Alguns minutos depois, ela finalmente ergueu a cabeça dando-lhe um suave sorriso.
"Bom dia." – beijou-o longa e ternamente.
"Bom dia. Dormiu bem?"
"Muito. E você?"
"Melhor do que nunca." – ele acariciava-lhe as costas nuas - "Está com fome?"
"Sabe cozinhar, Thomas?"
"Um pouquinho. Afinal, até ontem eu era solteiro, lembra? Sei fazer ótimos sanduíches."
"Acho que não tenho quase nada na dispensa. Mas podemos ir a um restaurante ou a algum pub. Ou talvez comprar alguma coisa no armazém. O que acha?"
"Acho que não quero sair da cama." – disse preguiçosamente.
"Nem eu."
Permaneceram quietos por mais alguns instantes até que o rapaz quebrou o silêncio.
"Mesmo dando entrada nos papeis ainda hoje, só poderemos nos casar em três semanas. É o tempo que leva para correrem as proclamas."
Ela olhou surpresa para ele.
"Você andou pesquisando? Como tinha certeza de que eu diria 'sim'?"
"Sabia que você não resistiria aos meus encantos."
"Convencido." – gargalharam juntos.
"Abi?" – disse ficando sério.
"O que?"
"Senti ciúmes."
Ela o olhou profundamente nos olhos.
"Ontem você me pediu que confiasse em você e eu o fiz. Confie em mim, Thomas, quando digo que ninguém é tão importante quanto você."
"Eu te amo." – beijou-a apaixonadamente.
"Eu também te amo."
"Precisamos tomar algumas providências práticas."
"Quais?"
"Começando por uma cama um pouco maior. Embora eu queira que você sempre esteja bem juntinho."
"É uma ótima idéia."
"Vamos alugar uma casa."
"Não gosta do ateliê?"
"Eu adoro, mas facilitaria muito se pudesse ter um banheiro com chuveiro. De preferência bem frio." – ele sorriu encabulado.
"Você não será o único a usá-lo."
Tão rápido quanto possível, Thomas deu entrada nos papéis do casamento. Abigail estava feliz apenas por compartilhar sua vida com ele, mas ele queria mais.
"Não quero que te olhem como se não fosse digna de freqüentar os melhores lugares deste mundo. Quero que olhem para você com respeito."
"Eu não me importo, Thomas."
"Mas eu, sim. Essa é a parte mais importante. Sem contar que estando legalmente casados, será bem mais fácil conseguirmos tudo que precisarmos."
Através de um amigo, Thomas conseguiu uma pechincha. Um sobrado distante quarenta minutos de Londres. O local não estava em muito boas condições. Era uma casa um tanto velha e uma reforma seria bem-vinda. Mas tanto Abigail quanto Thomas gostaram do preço e da vizinhança, que era composta por famílias de trabalhadores que estavam mais preocupados em ganhar o pão de cada dia. E havia o chuveiro, que tanto queriam. Mobiliaram a casa com simplicidade. Uma cama bem maior, armário, um sofá espaçoso com uma mesa que colocaram na sala, mesa e cadeiras na cozinha. Levaram as coisas que já possuíam e ganharam alguns presentes dos amigos de Thomas e dos Mayfair. Não queriam possuir muita coisa, pois breve estariam de partida. Também queriam gastar o mínimo possível com eles próprios, com o objetivo de investir na viagem.
Abigail possuía pedras de grande valor. Ametistas, água-marinha, esmeraldas, turmalinas, topázios imperiais e topázios azuis, diamantes, além de ouro 24 e 18 quilates. Em qualquer sociedade e época, ela seria considerada uma mulher muito rica.
Thomas, além de receber dinheiro proveniente do lucro das empresas da família nos Estados Unidos, tinha bom tino para os negócios e sabia como poucos aplicar no mercado de ações.
"Você é bem mais rica do que eu, Abi."
"Hum... então foi por isso que me pediu em casamento?"
"Eu confesso. Podemos romper se quiser."
Ela sorriu.
"Vou pensar a respeito. Enquanto isso, vamos continuar o que temos que fazer."
Mesmo sob olhares curiosos e reprovadores, Abigail e Thomas passaram as semanas antes do casamento sob o mesmo teto. Mas desejarem-se loucamente e não poderem se entregar por completo, mesmo dormindo juntos, era uma tortura.
Não era raro um dos dois se levantar no meio da noite, indo dormir na sala ou até tomar um banho. Às vezes Thomas saía de madrugada, caminhando algumas quadras sob a névoa fria. Abigail sempre acordava quando sentia que ele a deixava sozinha na cama, mas, não querendo constrangê-lo, fingia estar dormindo.
Horas depois (que pareciam séculos para Marguerite) parecia que ela havia pegado algo.
"Me ajude, Roxton! Está muito forte!"
O caçador pegou a vara de suas mãos e começou a trazer a linha de volta ao molinete.
"Não acredito! Que maravilha! Consegui um peixe antes de você! Eu sou mesmo poderosa! E o melhor de tudo é que vamos poder ir embora! Maldita hora em que escutei você com essa sua idéia de pescaria..."
Marguerite se deliciava com sua conquista. Entretanto, sua vitória durou menos do que ela esperava. Agora quem gargalhava era o caçador, ao ver o belíssimo espécie capturado por Marguerite: o pedaço de algum animal já em decomposição, provavelmente morto por predadores, enroscara-se no anzol.
"Não pode ser! Isso é um complô! Esse dia não poderia ficar melhor! Que droga!"
"Huuummm! Com arroz e batatas, deve ficar uma delícia."
"Ah, não! Eu falei, se me provocasse, Roxton, eu iria embora! Chega! Se quiser ficar, problema seu. Eu vou para casa!"
"Mas que culpa eu tenho se VOCÊ pegou esse bicho?" – disse frisando bem o 'você'.
"Toda a culpa do mundo! Me fazer levantar de madrugada, colher minhocas, pescar iscas, ser comida por mosquitos e agora pegar essa carniça! Haja paciência, lord Roxton! E ainda me pergunta que culpa você tem, faça-me o favor!"
O caçador percebeu que Marguerite havia chegado ao seu limite. Se a convencesse a ficar, acabaria explodindo e falando coisas que depois se arrependeria, como o fez na vez em que ficaram presos na caverna. Também, se a deixasse ir sozinha e lhe acontecesse algo, jamais se perdoaria.
Finalmente deu-se por vencido e, frustrado, atirou ao rio os lambaris sobreviventes e a acompanhou de volta para a casa da árvore.
"Onde você vive exatamente? Em Avalon?"
"Sim. Por quê?"
"Podemos viver no platô se quisermos? Digo, fora de Avalon?"
"Em que está pensando?"
"Que eu gostaria de ter uma vida o mais normal possível. Nossa casa, nossos filhos. Sabe. Construir alguma coisa."
"O que você gostaria de fazer?"
"Como assim?"
"Qual é o seu sonho, Thomas?"
"Meu sonho? Por quê?"
"Tenho pensado a respeito de muitas coisas e sei que não quero retornar ao platô e ficar de braços cruzados, esperando o dia em que me tornarei a protetora. A cada dia eu aprendo mais e mais, e gostaria que esse conhecimento fosse usado para alguma coisa. Para o meu mundo e para o seu."
"Onde quer chegar?"
"Às reuniões com os cientistas e estudantes, Thomas. Quantos entre os que estão naquela sala vão realmente contribuir para que os outros tenham uma vida melhor e não para que seu país tenha mais poder? Quantos vão se desvencilhar da burocracia e conseguir trabalhar em projetos que sejam realmente úteis as pessoas? Um? Dois?"
"Talvez nem isso."
"Mesmo se financiassem suas próprias pesquisas, que liberdade teriam ficando aqui?"
"Abi. Está pensando em levá-los conosco?"
"Todos os anos as chuvas castigam as populações do platô e na época da seca, a comida é escassa. Eu não vou mais ficar sentada em Avalon apenas recebendo noticias do que está acontecendo do lado de fora do refúgio e sentindo pena das pessoas."
Thomas estava hipnotizado.
"Vamos montar uma expedição, Thomas. Podemos fazer com que o meu mundo e o seu sejam beneficiados. Você não faz idéia do que o platô e as pessoas de lá tem a oferecer."
"Já lhe ocorreu que uma expedição científica pode causar mais danos do que benefícios?"
"Lembra que eu lhe disse que o platô não é inexpugnável? Que expedições já estiveram lá?"
"Hum, hum!"
"Pois então vamos levar ao platô pelo menos uma expedição que não queira tirar nada, a não ser conhecimento. Uma expedição que não tenha interesse em pedras preciosas. Uma expedição seja controlada por nós."
"Isso pode dar certo."
"Temos o dinheiro, e a vontade. Lidere-os."
Ele sorriu.
"Você está me dando idéias." – disse estendendo a mão e abrindo o primeiro botão da blusa dela – "Devo alertá-la que quando tenho idéias me torno muito perigoso."
Puxando-o lentamente pela camisa, ela o trouxe para bem perto e lançou um olhar sensual.
"Eu adoro homens perigosos." – beijou-o ardentemente.
Thomas e Abigail começaram a montar a expedição. Optaram por conversar reservadamente com cada um de seus colegas dos encontros de cientistas e estudantes. Todos seriam bem-vindos.
Exigiam discrição e comprometimento, mesmo no caso daqueles que não aceitassem se juntar ao grupo. Argumentaram a respeito de que qualquer informação que fosse divulgada faria com que a expedição fosse adiada ou até mesmo cancelada.
Falaram dos perigos e da probabilidade de que jamais retornassem a civilização ou até mesmo que perecessem durante a árdua jornada. E falaram também sobre um lugar cheio de oportunidade, e conhecimento só esperando para ser descoberto.
Mas alertaram: nenhum experimento científico, nenhuma busca por conhecimento justificaria a agressão de qualquer natureza às comunidades locais. Seus costumes deveriam ser respeitados.
Thomas deixou bem claro que, apesar da pouca idade, ele era o líder da expedição e que ninguém estaria isento de carregar equipamento ou de fazer trabalho pesado por ter maior grau de instrução ou respeitabilidade cientifica que outro membro do grupo. Nem a Amazônia ou o platô eram locais para vaidade, arrogância e prepotência. Se tinham quaisquer dúvidas se poderiam ou não seguir as regras, que ficassem em Londres.
Quando o grupo foi finalmente fechado, o casal surpreendeu-se ao contabilizar trinta e sete sonhadores que os seguiriam rumo ao desconhecido.
Em uma cerimônia muito simples, com a presença de quatro amigos de Tomas e dos Mayfair como testemunhas, Abigail finalmente ganhou um sobrenome legítimo.
Desde que havia saído de casa, Thomas pouco praticara a religião na qual fora educado desde pequeno. Ao final da cerimônia civil ele levou a esposa até a igreja onde, observado por ela, rezou sozinho por alguns minutos, pedindo que o caminho que os dois agora iniciavam juntos fosse abençoado.
Tarde da noite, quando os olhos claros de Verônica já estavam cansados da leitura, ela fechou seu querido tesouro. Apagou a lamparina e deitou-se na esteira, abraçada ao diário. Apesar de sua mente estar inquieta com tantos pensamentos sobre seus pais, exausta pelo dia de trabalho, logo pegou no sono.
Mais do que nunca, sentia que sua mãe estava próxima. E o momento do reencontro aconteceria com toda a certeza, tão claro quanto um dia de verão. Recuperando a história de seus pais, sentia que não faltaria muito para recuperar seu legado.
Thomas foi acordado no meio da noite com Abigail beijando-lhe os lábios. Retribuiu puxando-a até que seus corpos ficassem colados um ao outro. Sentiu-lhe as costas firmes. Ela prosseguiu bem devagar beijando sua orelha, seu queixo, seu pescoço.
"Abi!" – ela o pegara tão de surpresa que não havia se preparado como das outras vezes para o desejo que o invadia.
Sem dizer palavra alguma, ela continuou desta vez beijando-lhe sensualmente ombro, colo, tórax, abdome.
"Você vai me dar esse carinho, Abi?"
Abigail colocou o dedo nos lábios dele.
"Ssshhh! Apenas feche os olhos, Thomas."
CONTINUA! Depende só das reviews p/ o capítulo sair mais cedo... ou mais tarde! Vcs decidem he!
