Capítulo IV – Cheio Como A Lua

Na semana seguinte à fecundação de Remus, tudo parecia continuar do mesmo jeito que sempre fora, e naquela semana que Alice e Lily deram a ele de prazo para saber se ele havia engravidado não havia acontecido nenhuma mudança brusca. Na verdade, era até infantil querer que acontecesse alguma mudança brusca num período tão curto de tempo. Se ele estivesse de fato grávido, não daria tempo de notar nada.

Sirius, por sua vez, mantinha-se ansioso. E mais atencioso ainda, Remus notara. Sendo sua a idéia toda desde o começo, afinal, finalmente baixou-lhe o sentimento de responsabilidade. Mesmo desajeitado, ele agora ajudava Remus em todas as tarefas da casa - ou tentava, pelo menos. De fato, a sua preocupação era que qualquer esforço maior que o lobisomem fizesse pusesse em risco a concepção. Os dois até abriram mão de suas noites ardentes, substituindo-as por ternos toques íntimos.

Naquela manhã, Remus revirava-se incomodamente na cama. A movimentação acordou Sirius, que fingiu estar dormindo, para não ferir os sentimentos de Remus, que andava sensível. Seria isso um sinal de gravidez, ou estaria ele tendo sintomas psicológicos? O animago não sabia, e afundou mais a cabeça no travesseiro, aninhando-se melhor pra dormir, quando Remus deu um pulo (de dar inveja a muito atleta) da cama e sair correndo pro banheiro. Sirius achou aquilo muito estranho, mas podia ser só dor de barriga, então continuou deitado. Mas quando ele ouviu o chamado de Raul vindo do banheiro, saiu de debaixo das cobertas indo ver o que diabos estava havendo.

- Remmy? - Sirius perguntou, mas a única resposta que recebeu foi um grunhido. Entrando no banheiro, viu Remus ajoelhado defronte da privada, limpando a boca com as costas da mão. - Remmy, tudo bem?

- Eu pareço bem, por acaso?! - Remus devolveu, virando-se para Sirius.

- Remus, o que diabos você comeu?!

- O que eu como normalm -- - o lobisomem se virou novamente para a privada, livrando-se do resto do jantar que ainda residia em seu estômago. - Ugh...

- Por isso que você estava virando na cama? Por que não me avisou que estava passando mal?

- Eu não estou passando mal, é um -- - Ele não completou a frase a tempo, vomitara outra vez. Sirius segurou-lhe a testa, como fazem as mães quando suas crianças vomitam. - É um enjôo estúpido. Não havia a necessidade de te acordar.

- Já acabou? - Sirius limpava as lágrimas que foram expulsas dos olhos de Remus pela força que o lobisomem fizera. - Escove os dentes e vamos dormir, ainda é muito cedo meu querido. - Beijou o alto da cabeça dele, voltando para a cama.

Passaram-se uns bons quinze minutos até que Remus saísse do banheiro, com uma mão sobre a testa. Sirius afastou-se um pouco, abrindo espaço para que o outro deitasse, envolvendo-o com seus braços em seguida. O lobisomem deu um silvo baixo, fechando os olhos com força.

- Que foi? - o animago perguntou-lhe em um quase-sussurro.

- Não é nada... Só uma dorzinha de cabeça.

Sirius beijou-lhe gentilmente a testa. - Remus...

- Hm?

- Não quer ver Lily hoje?

- Não preci --

- Estou preocupado.

Um breve silêncio ocorreu antes que Remus suspirasse. - Ok...

Sirius sorriu, beijando o lobisomem na ponta do nariz. - Até lá, descanse.


- Lily... - murmurou Remus, enquanto a ruiva o examinava.

- Hum? - Ela olhou pra ele por cima do lençol que usava para manter a privacidade do amigo durante o exame, com os óculos na ponta do nariz.

- Alguém já disse para vocês que essa maca ginecológica é extremamente estranha e desconfortável? - Ele torcia o nariz para o par de olhos verdes que o fitavam.

- É, para quem está deitado nela, é desconfortável, mas para quem trabalha com Ginecologia é muito útil. Muitas mulheres têm vergonha de abrir as pernas, então, nós podemos fazer isso - utilizando-se das rodinhas nos suportes de pernas, Lily abriu as pernas de Remus num ângulo de quase 180°, o que o fez escorregar e ficar tão vermelho quanto os cabelos dela, que se acabava de rir.

- Isso-NÃO-se-faz, Lily!

- Ok, ok... - respirou fundo para que não voltasse a rir. - Agora, isso pode ser meio desagradável, mas é absolutamente necessário antes que possamos fazer o teste, sim? - diante do breve movimento da cabeça de Remus, Lily empurrou os óculos para mais perto do rosto, voltando a seu lugar. - Peço que fique quieto enquanto eu faço isso...

---

Exame completo, Remus agora encontrava-se sentado na maca, uma expressão bem peculiar estampada em seu rosto.

- ...Me sinto tão... Tão...

- Violado? - Lily sugeriu, rindo.

- É uma palavra meio forte, não?

- Pelo menos é o que a maioria das pacientes acha. - ela deu de ombros, e pegou uma pequena agulha esterilizada e uma fina tira de pergaminho, que foi entregue a Remus. - Dê-me seu dedo, sim? - pegando o dedo indicador da mão desocupada do lobisomem, picou-o rapidamente com a agulhinha, pressionando-o até que uma gotinha de sangue fosse expelida. - O que você tem que fazer é muito simples: deposite essa amostra de sangue num canto qualquer dessa tirinha de pergaminho, que ela lhe dirá o resultado.

Assentindo, Remus fez o que foi dito. Depois de alguns segundos assistindo a mancha rubra espalhar-se pelas fibras do pergaminho, arregalou os olhos em surpresa ao ver a mensagem que a fina tira exibia, com os dizeres de "Parabéns, nova mamãe!".

- Oh Merlin, - foi o que ele conseguiu proferir.

Lily, a seu lado, punha a mão sobre a boca, mal conseguindo esconder o sorriso de orelha a orelha que lhe brotava. Finalmente, não agüentando, pendurou-se no pescoço de Remus, debulhando-se em lágrimas de felicidade.

- Eu mal posso acreditar, Rem! Meu Deus, eu, eu estou TÃO feliz por vocês!!! - ela dizia entre soluços e fungadas. O lobisomem continuava em um estado catatônico, fitando o pergaminho de olhos vidrados.

- Lily, isso tá certo? - Remus perguntava, com a voz faltando e os olhos arregalados.

- "BVIO QUE ESTÁ CERTO! AAAAAAAAH! Como eu estou feliz! - Lily encheu Remus de beijos, e pulando, saiu da sala de exames para sua sala, jogando pó de Flu na lareira e berrando "ALICE LONGBOTTOM".

Enquanto isso, Remus sentava-se numa cadeira qualquer, o sorriso começando a surgir e as lágrimas brotando dos olhos incontrolavelmente. Ouviu dois estalos de aparatação e em seguida o vulto alto de longos cabelos negros que era Sirius, voando no pescoço dele para abraçá-lo e enchê-lo de beijos. Vira também Alice abraçada com Lily, as duas se acabando em lágrimas e gargalhadas.

- Remmy! Remmy!! - Sirius exclamava entre beijos, os olhos cinzentos brilhando prata de felicidade. - Nós vamos ser pais, Remmy!! PAIS!!! - e voltava a abraçar Remus apertado, gargalhando, soltando-o apenas para que Alice pudesse abraçar o lobisomem também.

- Merlin, Remus, parabéns, parabéns MESMO!! - a morena disse, beijando-lhe a face, para depois afastar-se, ainda com as mãos em seus ombros. - Agora que a parte mais incerta já passou, pedimos apenas que vocês venham para os exames mensais... certo? - os dois homens aquiesceram, limpando as lágrimas das faces.

- Meu Deus... - Sirius recomeçava. - Ele TEM que saber disso... - antes mesmo que os outros pudessem perguntar quem, puxou Remus para perto de si, berrando "APPARATUS" e desaparecendo da sala com um alto estalo.

Silêncio.

- E nem agradeceram...

- Típico. - Lily bufou, de bom-humor.

- Sabe...

- Hm?

- Não achei que fosse dar certo.


Quando os dois aparataram em Godric's Hollow, ou mais precisamente, na copa da casa dos Potter, James ainda vestia seu pijama listrado, e segurava uma grande xícara cheia pela metade de café puro. Não estivesse acostumado com as aparições repentinas de seus amigos, o homem de cabelos eternamente desafiadores da gravidade teria derramado boa parte do conteúdo da xícara com o susto.

- Cachorrão e lobo mau. - disse com um sorriso.

- Bom dia pra você também, Bambi. - Sirius respondeu, seus braços ainda envolvendo o lobisomem.

- Pelo amor de Gryffindor, Bambi não... - James tomou um gole do café. - Vocês não vieram aqui só pra que eu assistisse vosso amor 'oh-tão-eterno-e-escrito-nas-estrelas', né?

- Também, - o animago cão respondeu com um sorriso arrogante.

- Na verdade, - Remus começou, antes que Sirius pudesse falar - temos uma notícia ótima pra te -- - o grito de 'JAMES POTTER' proferido com uma voz que inconfundivelmente era da ruiva, vindo da sala, o interrompeu, e os três dirigiram-se para o outro cômodo.

- James! - a cabeça ruiva de Lily flutuava nas chamas verdes da lareira - VOCÊ NÃO SABE!!!!! EU E ALICE CONSEGUIMOS! REMUS ESTÁ GRÁVIDO! ELE E SIRIUS VÃO SER PAIS! - ela parecia não ver a dupla de futuros pais atrás de James, e falava atropelando as palavras, e sorrindo loucamente.

James, por sua vez, virou-se para o par de amigos que ria da situação e indo de encontro a eles, exclamava - Pais! Pais! PAIS! Vocês serão PAIS!!! Merlin, eu quase não posso acreditar, se Lily não tivesse me dito desse jeito HISTÉRICO dela! - Abraçava os dois candidatos a 'pais-mais-felizes-do-mundo' tão forte que faria inveja a um touro mecânico. Remus começara a ficar com um tom arroxeado nos lábios quando Sirius falou com dificuldade:

- Pon...Tas! Pare de tentar espremer nosso filho pra fora do Remmy! Ainda leva nove meses, sabe como é...

E James desfez o abraço, sem jeito, despenteando um pouco os cabelos. Observou o sorriso imenso na face do casal. A velha vontade de procriar batera-lhe novamente na cabeça. Quem diria? Passado para trás por seus dois melhores amigos...

- Aluado - Disse olhando para Sirius - e Almofadinhas - Disse olhando para Remus - Sejam muito felizes!

Sirius e Remus alternaram suas posições rapidamente, fazendo jus à ordem que James lhes chamara.

- Abra os olhos! Homem também chora, mané! - Remus falou dando um tapa no ombro de James.

- Err.. - James abriu os imensos olhos por trás dos óculos: tão turvos que pareciam duas lagoas.

- Que acha de ser nosso compadre, compadre? - Sirius sorria de olhos quase fechados.

James nada respondeu, apenas sorriu e abraçou de novo os dois, chorando aos soluços, e murmurando coisas como 'Eu amo vocês, seus putos!'


O primeiro mês transcorrera tranqüilo, sem muito mais complicações a não ser alguns enjôos e fraquezas de Remus. Lily dizia que tudo pioraria após o terceiro mês, junto com o início da vinda dos indesejáveis desejos. Entretanto, uma preocupação se fazia cada vez mais presente nas mentes dos iminentes pais: a lua cheia estava próxima, e temiam profundamente que as transformações prejudicassem de alguma forma a gravidez de Remus.

Enfim, preparativos foram feitos para aquela noite, em que o orbe prateado atingiria sua forma completa na abóbada celeste. Um cômodo sem mobília do apartamento, que possuía apenas uma janela pela qual o luar penetrava, era usado para conter o lobo e o cão durante essas noites. Não era muito grande, mas era amplo o suficiente para que Aluado não se sentisse confinado.

Sirius parecia extremamente angustiado em ver que, naquela tarde, Aluado parecia muito mais pálido e fraco, como há muito tempo não o via. O animago não deixava que Remus fizesse nada e quando saiu para o trabalho no Ministério, saiu preocupado e não parava de consultar a lareira para saber como estava Remus. Se os nove meses fossem estressantes assim, ele acabaria por tirar férias por crise de stress.

Aparatando em casa após o trabalho, que terminara por volta das seis da tarde, Sirius mal atirou suas coisas para algum canto aleatório do hall e foi de encontro a Remus, que descansava em sua cama lendo um grosso livro. Os dois trocaram um beijo de cumprimento e ficaram alguns momentos respirando o ar um do outro, as testas encostadas.

- Pegarei o kit agora... Espere-me na saleta. - Sirius disse num tom de voz baixo, referindo-se ao kit de primeiros-socorros que sempre tinha junto consigo, caso algum acidente ocorresse durante as transformações. Remus deu um breve meneio da cabeça, os olhos dourados brilhando intensamente com a aproximação do crepúsculo, e dirigiu-se ao tal cômodo, com as costas envergadas de certo cansaço e fraqueza.

O crepúsculo só fazia Remus se sentir pior, porque para ele, parecia que o pôr-do-sol de uma noite de lua cheia era algo como uma tortura psicológica, como se a natureza, dotada de um sadismo doentio, fizesse o crepúsculo se estender, belo, brilhante, encantador, para depois dar espaço àquele globo prateado no céu, que para o lobisomem era motivo de dor e lágrimas. E agora, mais do que nunca, medo, pois não seria só ele a passar por toda aquela danação.

Esperava ajoelhado, assistindo a angustiantemente vagarosa mudança do degradê celeste, enquanto Sirius, às suas costas, trancava a porta da saleta com alguns feitiços e depositava o kit num dos cantos, indo em seguida abraçar por trás o lobisomem imóvel. Por alguns longos momentos, imperou um quase-silêncio, quebrado apenas pela respiração tensa de Remus.

- Sirius... - Aluado disse com a voz falha e a respiração ofegante - Transforme-se logo, por favor... - Ele fechava os olhos e apoiava-se no chão, cravando as unhas no assoalho, ferindo os sabugos, já começando a gemer de dor. No canto da saleta, Sirius transformava-se em cão, tendo o conhecimento que durante a transformação não era seguro ficar perto do lobisomem.

Cada grito de Remus era extremamente torturante para o outro. Ele via os ossos do outro mudando de forma, a carne dilacerando-se sem ter crescido o suficiente para abrigar um esqueleto tão grande e diferente. Os dentes rasgando as gengivas, e as unhas transformando-se em garras que ele utilizava para arrancar as próprias roupas e jogá-las longe. Agora nu, a dor não deixava Remus se controlar e ele cravava as unhas no ombro e no ventre.

Almofadinhas, percebendo onde o lobisomem ainda-não-transformado atacava, atentou-se, latindo para chamar a atenção do outro. Não surtiu efeito algum, todavia, visto que Remus gritava - agora uivava - demais para poder ouvir os demais ruídos. Ganiu, não queria fazer isso. Mas... Era necessário. Avançou no braço que rasgava a alva pele do ventre, os olhos do cão jamais deixando de encarar as poças douradas de dor do lobisomem, como que tentando pôr-lhe algum juízo. Mordia e puxava o braço que dilacerava o ventre do agora lobisomem, que não soltava as garras da propria barriga, e quanto mais Almofadinhas tentava fazê-lo soltar, mais fundo ele cravava e mais dilacerado se tornava. O cão jamais tinha visto uma reação agressiva assim de Remus contra a própria transformação.

De um movimento só, então, Almofadinhas derrubou o lobisomem no chão, mordendo-lhe a grossa pele do pescoço e rosnando, seus olhos claros fitando intensamente o lobo. Após algum tempo, no entanto, Aluado parou de uivar, apenas ganindo baixo e esfregando seu focinho no do outro. O cão deu o equivalente canino do que seria um suspiro, e soltou sua mordida, retribuindo o gesto do lobo, que agora encontrava-se estirado no chão, respiração rasa e estressada. Almofadinhas ganiu, e começou a lamber ternamente os ferimentos de Aluado, dando especial atenção ao flanco do lobisomem. Aluado prestava atenção no que Almofadinhas fazia e pareceu entender que algo especial acontecia. E que ele tinha feito algo de errado. Ao entender a situação, o lobisomem levantou-se e afastou-se de Almofadinhas, encolhendo-se no fundo da saleta, lambendo os próprios ferimentos, à espera de Almofadinhas.

O cão negro entendeu sua deixa, aproximando-se do lobo, que deixara uma sutil trilha de gotas de sangue ao se deslocar. A distância entre os dois caninos era quase nula; Almofadinhas deitou-se no chão, Aluado apoiou a cabeça em sua barriga, abanando a cauda. Arrumaram uma posição confortável - o que não era difícil, visto que estavam tão acostumados um ao outro - e ficaram assim pelas horas da noite, apenas aproveitando a proximidade um do outro.

Ao amanhecer, a segunda parte da luta de Aluado consigo mesmo começou, e num terror semelhante ao do ascender do orbe prateado no céu, ele afastou-se de Almofadinhas, encolhendo-se, arranhando a porta e as paredes, inquieto, ganindo e uivando de olhos apertados. O lobisomem diminuía dolorosamente de tamanho, pois a carne humana de Remus não comportava o grande esqueleto de lobisomem que ainda não se desfizera, e suas extremidades abriam feridas rubras, como elástico esgarçado se estria. Os seus ossos partiam-se e diminuíam seu volume de forma agonizante, com altos estalos ressoando pela saleta. Remus convulsionava no chão, os urros já aquele misto sinistro de uivo lupino e gemido humano, os olhos arregalados de dor. Não ouvia nada, sua vista embaçada pela agonia já não distinguia as formas à sua frente, exceto pela mancha rubra que via sair de si, e apesar dos raios solares enchendo cada vez mais o cômodo pela pequena janela, tudo à sua volta escurecia-se...


- Remus...?

- Shh, Sirius, deixa ele descansar.

- Me diz que ele vai ficar bem, Lils...

- Ele perdeu muito sangue... Merlin... - expirou. - Como ele fez isso?

- Foi... Foi durante a transformação... - respirou fundo. - Eu nunca o vi reagir assim...

- Eu acho que o lobo sentiu uma dor a mais... Que ao mesmo tempo era e não era a dele...

Silêncio. Mais uma respiração funda, seguida de um muxoxo.

- Sirius, calma...

Remus moveu-se na cama, abrindo os olhos, e fechando-os em seguida. Lily e Sirius sobressaltaram-se. Quando ele tentou se sentar, Lily protestou:

- Não ouse sentar nesta cama, Remus John Lupin!

- Ugh... Porque Lils?

- Por que esta noite nós quase perdemos vocês.

- Vocês?

- É Rem... Você e o bebê. Você se feriu muito mais que o normal na transformação da noite. E teve um pré-aborto ao alvorecer. Sangrava como eu nunca vi ninguém sangrar, então eu chamei a Lils, que veio correndo e ministrou uma poção anti-hemorragia, antes que você morresse de tanto sangrar e nosso bebê se esvaísse contigo. - Sirius falava com a voz embargada, porém, sem chorar.

- Por sorte, Sirius foi rápido... - Lily continuava. - Tivesse ele demorado mais uma meia hora, eu... Eu temo em pensar o que poderia ter acontecido.

- Por Godric... - Remus suspirou, fazendo a menção de levar a mão à cabeça, mas arrependendo-se em seguida, dada a súbita e aguda dor que lhe acometeu o abdômen. Os dois foram a seu lado. - O lobo... Ele não quer...

- Não. - Sirius respondeu-lhe, completando o raciocínio. - Ele parou de atacar depois de um tempo...

Remus apenas olhou, dando a entender que compreendera. - Sinto-me... Fraco...

- É normal, dado o sangue que você perdeu. - Lily conseguiu sorrir um pouco, apenas para confortar o amigo. - Descanse.

Assentindo, o lobisomem cerrou os olhos. A ruiva retirou-se do quarto; o moreno mantinha-se imóvel a seu lado, como um sentinela.

Lily pôs a cabeça para dentro do quarto.

- Sirius, nada de mau acontecerá, ele precisa descansar e você também. Deixe-o dormir e vamos tomar café da manhã, você está precisando. - Estendeu a mão para o amigo, que a acompanhou e saiu do quarto, fazendo por barulho apenas o clic da porta se fechando suavemente.


[[considerações]]

Tenebra: Culpem a japa pelo cap. 4 ter demorado tanto pra sair -- ela que vivia mestrando True Games e er... bom.

Keshi: A culpa não é minha se só eu tenho a bendita garrafa de True Game. E bem, ontem eu estava de fato OCUPADÍSSIMA para terminar de escrever. Eu juro que tentei, mas me bateu uma leseeeeira...Um soniiiinho...

Tenebra: Você não me parecia sonolenta... de fato, bem o contrário... XD -pigarreia- Devemos agradecer ao Ryoshi por ter nos dado uma luz em determinada parte do capítulo! /o/

Keshi: Ryoshi, o nosso ÚNICO ente masculino no Noctis Relictus! PALMAS PRA ELE, POVO! /oooo/ (E sobre a sonolência, eu tava sonolenta e hiperativa, nem vem! u.u)

Tenebra: Ryoshi, eu juro que se eu tivesse o Johnny Depp eu te dava ele nesse momento! -joga beijos- (uhum, sei)

Sirius: Vocês me dão medo... -treme-

-Tenebra olha, queixo cai, entra em modo SD e gruda na perna de Siri-

-Keshi estática-

Sirius: -tentando andar até Keshi, meio que impedido pela SD que não largava de sua perna, e balança uma mão nos olhos da japa- Oi? o.O

Keshi: Ooooi... -meio boba-

Sirius: -dá um meio sorriso, jogando o cabelo pra trás, o que arranca um suspiro de Tenebra- Eu sempre causo essa reação... Heh.

Keshi: Essas aparições vão me deixar seqüelas, sabia?

Remus: ACHEEEEEEEEEEEEEI VOCÊ!!!!!

-Sirius congela-

Tenebra: -olha pra quem chegou, olha pra cima, dá um sorrisinho maroto e larga, levantando-se e apoiando um cotovelo no ombro de Siri- Oie! =D

Remus: Oi Tenebra! -sorri- SIRIUS BLACK! PORQUE CARGAS D'AGUA VOCÊ NÃO AVISOU QUE ESTARIA AQUI?

Sirius: Olha o bebê Remmy, olha o bebê...

-Keshi em êxtase-

Remus: VOCÊ que deveria estar se preocupando com o bebê, Sirius! Eu me recuperando de uma QUASE MORTE e você me abandona desse jeito?!?

Sirius: -puppy dog eyes, ajoelha e pega a mão de Remus- Voc tava dormindo tão bem... -funga- Eu não quis te acordar...

-Tenebra vai pro lado de Keshi e as duas sorriem que nem dementes-

Remus: -olha pras duas- ...Que caras são essas?

Tenebra e Keshi: PUPPY LOVE!!!!!!!! -surtos fangirlísticos-

Remus: -cora-

Sirius: -sorri e levanta, puxando Remus pra si pela cintura-

Remus: -pigarreia- Vocês têm agradecimentos a serem feitos, não é?

Keshi: Nossos leitores...Ai ai...Entenderão perfeitamente caso não agradeçamos a ninguém hoje... Sabe como é, a falta de condições psicológicas, abalo da sanidade mental, essas coisas...

Tenebra: Eu só quero fazer um esclarecimento ao Daisuke: não, essa cena NC-17 -vê Remus corar mais ainda e Sirius rir- não foi gratuita! E depois você verá por quê. XD

Remus: Eu... Temo as conseqüências daquela cena...

Sirius: Naaaah, foi só uma rapidinha inocente...

Keshi: Você que pensa, Paddy querido... -cara de sádica/sacana-

-Remus aperta os olhos e estremece todinho-

Keshi: Ok, podemos fazer os agradecimentos agora? -fugindo do assunto para evitar explicações-

Sirius: Calmae, japa safada! Explica isso!

Angellore: Foda, linda e perfeita é você darling! Obrigada! =D

Mushi: Mushizinha, Mushizinha...Louca-Histérica = Lucius Malfoy!? Meu Deus, isso me deu ideia pra OUTRA fic!!! Mas só pra depois de Estrelinhas, Entrelinhas! Conversarei com o NR a respeito!

Yoru: Pode deixar que a gente chama mesmo! u.u

Youko Julia Yagami: Nossa, eu realmente AMEI a sua reação à fic, amei mesmo! Que maravilha, que bom MESMO que gostou, acompanhe até o final e você rirá muito mais, nós prometemos!

Hikary: A Lily está sendo inspirada em amigas nossas, a gente está misturando características... No final da fic, nas considerações finais, revelaremos de onde saiu a Lily Potter de EE!

Daisuke: Ooolha menino, a NC-17, como, Tenebrinha já disse, não foi desnecessária, aliás, se você prestasse atenção notaria por que a NC-17 não foi desnecessária! Ooohohoohohohohohoh! Beijinhos pra você, seu produto da mídia!! =D

Dana: A cara do Sirius esse comentário sobre a moda antiga, não é mesmo? =) Eu sinceramente espero que ele continue assim! Hahahahaaha

Ruby: MEU-AMORE! Eu sou capaz de imaginar você rindo com o Remus menstruado! E espeeera, que estamos bolando a entrada de vocês, outros NR, com MUUUITO carinho! -cara de sacana- Sobre meu pau psicológico, eu ando chamando ele de Jesus Cristo, o que acha? AAAH! A Tenebra mandou dizer que o dela brilha na luz negra e pisca quando ligado!

Ameria: Tudo bem, eu entendo esses períodos de "sem condições" eu entendo você, Ameritcha! XD A Yoru nos ajudou a desbloquear, e quando precisarmos de socorro, pode deixar que a gente chama você também!

Tenebra: -se põe entre os dois, e cochicha no ouvido de Keshi, que sorri maliciosamente, concordando- Com uma condição...

Remus: -ergue uma sobrancelha- E que condição seria essa...?

Tenebra: -sorri, e cochicha no ouvido de Remus-

Remus: O QUÊ?!

Sirius: Que foi? o.o

Remus: Elas querem que a gente --

-- CENSURA E PAUSA PRO DISCLAIMER --

Harry Potter e todos os seus personagens pertencem a J.K Rowling, Bloomsburg, Warner, Rocco etc, etc, etc.

Fic escrita SEM FINS LUCRATIVOS. De fã, para fã.

É proibida a cópia não autorizada dessa fic. É uma fic, mas ainda assim é NOSSA. u.u

Educação não custa nada, é só chegar, perguntar e dar os nossos merecidos créditos, afinal N"S queimamos nossos Ticos e Tecos pensando nessa fic.

Noctis Relictus®

-- volta ao chat --

Keshi: OH-MINHA-SANTA-PAÇOCA! -absorta- TENEEEEEBRA! QUE LIIIINDO! -heart-shaped eyes-

-Remus vermelho como tomate e Sirius rindo como uma hiena hiperativa-

Remus: Você ainda ri... Não percebe? Elas têm FANTASIAS de nós em roupas GLAM!

Sirius: Pára de doce, Rem! -abraça por trás e sussurra no ouvido- Aposto que você ficaria maravilhoso de tecidos justos e brilhantes...

Remus: -brilhando de tão vermelho-

Tenebra: -surtos fangirlísticos-

Sirius: Aaah Remus, elas são tão legais, tão criativas, tão bonitinhas, tão fofas...

-Keshi e Tenebra com heart-shaped eyes e babando-

Sirius: ...Que não custa nada a gente fazer essa vontadezinha, não é? -pega Keshi como se fosse um saco de batatas e a coloca no ombro-

Remus: Por que você está fazendo isso? -pegando Tenebra pela mão-

Sirius cochichando pra Remus: Porque lá em casa tem Veritaserum e eu tô curioso como um gato pra saber o que elas têm pra nos dizer sobre a nossa --

-Remus pigarreia-

Keshi: Taí! Um CACHORRÃO como você, curioso como um gato, uma coisa que eu nunca pensei...

Tenebra: Caim... que... paradoxo... oo

Keshi: Num é? Eu agora estou curiosa como um animago cão que diz que está curioso como um gato para saber como é que vocês ficam em roupas Glam...Vamos?

Tenebra: -puxando os dois homens- Andem logo que a gente ainda tem que maquiar vocês!

Remus: Aimerlinaimerlinaimerlin...

-- end of the chat --