Capítulo VI - Dando Nome às Estrelas
- E aí, - Lily inquiria entre goles de chá. - Já decidiram os nomes das gêmeas?
Ela olhou pros dois homens que estavam sentados no sofá à sua frente. Remus segurava a sua xícara no meio do caminho para a boca, com uma cara de 'oh-não-eu-tinha-esquecido-de-algo-muito-importante-que-acabaram-de-me-lembrar'. Estranhamente, Sirius exibia um sorriso confiante nos lábios, e ria baixinho.
- Oh-oh, - James sorria. - O Almofadado planeja algo. - No que ele acabou de dizer isso, Sirius gargalhou alto, quase psicoticamente.
- Não me diga que você tem um plano e não me contou, Siri. - Remus disse, virando-se para seu parceiro, e tomou um gole da mistura Earl Grey. Mas Sirius nada disse; ao invés disso, levantou-se e foi para o quarto, a largos passos.
- Surtou... - Lily suspirou.
Os três amigos ouviram sons de papéis sendo manuseados vindo do quarto, e arregalaram os olhos, curiosos. Não se passou muito tempo até que o moreno de cabelos longos aparecesse na porta, segurando triunfantemente um enorme rolo de pergaminho.
- Que JOÇA é essa?! - James perguntou, apontando na direção do antigo pergaminho. Lily, ao seu lado, também parecia bastante curiosa. Remus, no entanto, estava apenas espantado.
- Você AINDA tem isso? - o lobisomem levantou uma sobrancelha.
- Você sabia que ele tinha isso?! COMO EU NÃO SABIA?!? Sinto-me traído! E vocês ainda não me responderam o que é --
- Pára de doce, chifrudo! - Sirius voltou a seu lugar no sofá, e abriu o pergaminho na frente do casal.
- Uma carta estelar? - Lily franziu o cenho.
- Sim, todos os Black recebem uma. - o cão respondeu.
- Me espanta que você ainda a tenha mesmo depois de ter sido deserdado. - Remus disse enquanto mordiscava um biscoito amanteigado.
- Ainda não entendi o que uma carta estelar tem a ver com nomes –
- Pontas, você é mais esperto que isso. - o lobisomem cruzou os braços.
- Jimmy, não é "BVIO? - a ruiva jogava os braços pra cima em exasperação, fazendo o homem de óculos recuar. - Ele vai procurar NOMES DE ESTRELAS!
- Peraí! - James ajeitou os óculos na ponte do nariz. - Almofadinhas, você está fazendo uso de um hábito da sua odiada família?
- Algo de bom eles tinham que ter, né? No caso, o gosto pros nomes. - Sirius deu um meio sorriso, roubando uma mordida do muffin com gotas de chocolate de Remus e lhe dando um beijo carinhoso em seguida.
- Disso tenho que discordar, - Remus devolveu após o beijo. - Eu realmente tenho pena do seu irmão só pelo nome que ele recebeu.
- Tem idéia melhor?
- Você sabe que não, e que é por isso mesmo que eu tô deixando você usar a Carta.
- Então, vamos procurar oras! - James abriu um sorriso largo, achando que aquilo seria muito divertido.
Sentados os quatro no chão, com a enorme Carta aberta em cima do tapete, eles começaram a analisar o nome das estrelas escritos no pergaminho.
- Que tal uma delas se chamar Magdalena? - Disse James, apontando para a Pequena Nuvem de Magalhães no mapa.
- O que tem Magalhães a ver com Magdalena? - Sirius ergueu uma sobrancelha.
- Tem Mag no começo! - Jamie sorriu.
- É feio, James! Horrível! Vamos achar outro! - Lily olhou pro marido, repreensiva. - O que acham de Saiph?
- "timo, se estivéssemos tendo um garoto. - Sirius respondeu. Voltando a atenção à carta, apontou um dedo para Canis Major, e todos se aproximaram.
- Almofadinhas, todos sabemos que você tem um ego do tamanho do Cosmos, mas você não acha que é meio exagerado dar o seu próprio nome pra uma garota não? - James levantou uma sobrancelha por detrás dos cabelos que lhe teimavam em cair nos olhos de forma desastrosa.
- E quem disse que eu tô apontando pra alfa? Olha direito, teus óculos tão aí pra isso, mané.
- Adhara? - Lily perguntou, apontando para a estrela épsilon da constelação, e sorrindo quando Sirius confirma com a cabeça. - É lindo! O que significa?
- Donzela. - Remus logo a respondeu atraindo os olhares para si. - Quê? Vocês não deveriam estar surpresos, dada a quantidade de livros que eu devoro. - E deu de ombros.
- É bem adequado pra uma garota, esse significado. - James voltou a procurar estrelinhas na Carta, parando um dedo em Sagitário. - Ascella. É um nome interessante.
- Melhor não. - o lobisomem fez uma cara de nojo.
- E por que não? - todos se viraram para ele novamente.
- Querem mesmo saber? - os três continuaram encarando-o curiosos. - Ascella significa... Axila.
- Quem foi o idiota que deu um nome tão POMPOSO a SOVACO? - Sirius se perguntava enquanto James e Lily grunhiam de asco, para depois caírem na gargalhada.
- O mesmo que chamou a alfa de Canis Major de um nome tão óbvio quanto 'ardente'? - Pontas disse tirando os óculos e limpando as lágrimas.
- "bvio, mas adequado. - Remus deu uma piscadela sugestiva na direção de Sirius, que lhe respondeu com um rosnado brincalhão. Ignorou os murmúrios de 'oh, poupem-me' de James quando seus olhos se prenderam em Cetus, e deu um leve sorriso ao fitar a ômicron dessa constelação. - Maravilhosa...!
- Rem, vai por mim... Menina nenhuma gostaria que seu nome tivesse qualquer tipo de relação com 'baleia'. - Lily tentou prender o riso.
- Eu gostei de Mira! - Sirius declarou, um enorme sorriso em sua face. - 'Maravilhosa', essa vai puxar o pai!
- Rem, eu acho que o ego do tamanho do Cosmos do Sirius está passando por um Big Bang... - James ergueu uma sobrancelha para Remus e ouviu uma risadinha aguda de Lily.
- Se é assim, o ego dele está permanentemente em estado primordial. - Remus balançou a cabeça num gesto que dizia claramente 'esse não tem salvação mesmo', e as risadas de Lily se intensificaram, sendo acompanhadas pelas gargalhadas de James. Sirius fuzilou a todos com o olhar.
- Ei! Chega de falar do meu ego, ok? - Quando todos só riram mais alto depois de seu protesto, agarrou James pelo pescoço, prendendo-o em uma chave de braço e esfregando forte os nós dos dedos no alto da cabeça do outro. - Mas enfim, vocês tiveram notícias de Peter?
- Não faz muito tempo desde que falamos por flu com ele... - Disse Lily. - Pediu desculpas por não ter estado presente esses dias... Ocupado demais cuidando da mãe doente, coitado.
- O que a mãe dele tem, afinal? - Remus tomou uma expressão preocupada.
- Ele não disse... Só disse que era grave...
- Coitado do Rabicho. - Sirius soltou um pouco o pescoço de James quando viu que este estava ficando roxo. - Mas ele podia confiar mais na gente, sabe? A gente podia até ajudar a mãe dele.
- Relaxa, Sear. Se ele precisasse da nossa ajuda ele já teria chamado. - o homem de óculos pôs um braço em torno dos ombros do outro, dando tapinhas amigáveis.
Os outros deram de ombros.
Sirius olhava para o cartãozinho em sua mão. Todo em tons pastéis de azul, rosa e amarelo, não pode evitar a torcida de nariz.
Ele havia sido encarregado de comprar o enxoval das gêmeas, já que Remus devia repousar o máximo possível. Foi perguntar a Lily se ela não podia vir junto, mas na hora que meteu a cabeça na lareira, tudo o que pôde ouvir eram os gritos histéricos da ruiva, seguidos de um tom conciliador na voz de James. Então ele teria que fazer isso sozinho mesmo.
Estava parado em frente a uma loja. Cotton Candy Pop - supplies for your baby. Conferiu no cartãozinho. É, era essa mesma. Mas agora que olhava para o letreiro delicado e pueril da loja, sentia-se constrangido. Passou a mão pelos cabelos e olhou para os lados, certificando-se de que ninguém conhecido o veria naquela situação. Barra limpa, entrou na loja.
A primeira coisa com a qual se deparou ao entrar foi um urso de pelúcia gigantesco, sorridente e cor-de-rosa. As paredes eram cobertas com um papel de parede azul-bebê com nuvenzinhas brancas, e tocava no ambiente uma irritante musiquinha de ninar.
As atendentes o encaravam como o enorme urso, as mais novas corando, as mais maduras fazendo caretas ao examinar de cima a baixo as roupas de couro que Sirius vestia, e as medianas lançando-lhe olhares que berravam 'coma-me, aqui e agora'. Uma delas pigarreou. Olharam-se, como que decidindo quem ia atendê-lo, quando finalmente uma jovem de cabelos castanhos e cacheados se aproximou, pondo na face o sorriso mais forçado que Sirius jamais vira.
- Posso ajudá-lo, senhor? - Ela perguntou em uma voz fina e arrastada, sem jamais tirar aquele sorriso nojentinho da cara. Sirius tremeu ao tom da voz da atendente urubuzante.
- Er... - Piscou algumas vezes, percebendo que ia ter que receber ajuda de qualquer maneira. - Estou procurando roupas de --
- Menino ou menina?! - Interrompeu, falsamente animada. Será que todas as atendentes eram irritantes assim? Atrás da mocinha, as outras expiravam quase assoprando, cochichando, dando risadinhas e abanando-se.
- Meninas, mas --
- Oh, são gêmeas!? - Interrompeu novamente, sua voz tão esganiçada que era quase um guincho, e gesticulava como uma colegial. - Isso é fabuloso! Olha, nós temos esse modelinho aqui... e mais esse... - E enquanto falava, estendia na frente de Sirius vários vestidinhos delicados, com mangas bufantes, babados, florezinhas, lacinhos, e todos em tons de rosa e branco. - E esse, que é o mais cotado da nossa loja, não é uma coisa fofa?
Sirius, por sua vez, apenas levantou uma sobrancelha.
- Não tem nada... Preto, não?
A atendente olhava pra ele como se tivesse acabado de dizer que fezes eram uma iguaria.
- O que o senhor quis dizer com... Preto?
- Roupinhas pretas, oras! Preto! A ausência de cor! Nada mais radicalzinho, sainhas xadrezes, macacõezinhos vermelhos, casaquinhos pretos com detalhes brancos, tiarinhas de couro, coturnos, coisas desse tipo.
- O senhor quer vestir suas filhas como marginais? - a garota olhou Sirius de cima a baixo - Não me impressiona... - As lojistas desocupadas trocaram olhares entre si como quem diz 'oh droga, ela estragou tudo de novo'.
- Eu quero ver a sua supervisora. AGORA! - Sirius elevou o tom de voz perigosamente para a esquisitinha, que tremeu nas bases quando ele usou um pouquinho de Sonorus para parecer mais intimidador do que já era. "Heh, esse truque sempre funciona." As outras silvaram em condolência, empurrando uma delas para ir buscar a supervisora.
A dita cuja, uma mulher de meia idade que de alguma forma lembrava a McGonagall - devia ser aquele coque apertado que ela usava -, apareceu de trás do balcão, substituindo a feia carranca por um sorriso forçado ao ver que Sirius a encarava com uma sobrancelha levantada e uma das mãos no quadril.
- Em que posso ajudá-lo, senhor...?
- Black. E eu realmente gostaria de saber se as funcionárias daqui sempre destratam os fregueses, ou se é só comigo mesmo. - Sarcasmo transbordava de sua voz, e por aquele momento ele se assustou com o quanto de Black ainda havia nele. Olhou de relance a lojista em questão, que já mantinha as mãos erguidas à frente do corpo num gesto de autodefesa.
- Nenhuma de nossas funcionárias jamais tratou nossos clientes com algum desrespeito, Sr. Black! Isso é uma ofensa, nós somos a melhor loja de produtos para bebês da Inglaterra, com uma rede de estabelecimentos de vinte e cinco lojas espa-- - a velha foi brutalmente interrompida por um tapa de Sirius no balcão.
- EU-NÃO-QUERO-SABER-QUANTAS-ESPELUNCAS-IGUAIS-A-ESSA-EXISTEM-AQUI! EU-QUERO-SABER-QUAL-O-DIREITO-QUE-A-SUA-FUNCIONÁRIA-TEM-DE-ME-CHAMAR-DE-MARGINAL! E a senhora pensa que está falando com quem?! - Sirius parecia assumir definitivamente a postura petulante e arrogante de sua família, principalmente de sua tão querida mamãe.
- Eu não irei tolerar esse tipo de conduta aqui dentro de nossa loja, Sr. Black -- - Seu discurso foi interrompido quando um maço de notas foi colocado literalmente debaixo de seu fino nariz, o cheiro das cédulas lhe entorpecendo.
- Está vendo o quanto a senhora está perdendo, dona? Agora imagina isso multiplicado pelo número de contatos de um BLACK!! – "Mesmo sendo eu a ovelha negra deles, mas tudo pra intimidar essa mulherzinha. Heh." Guardando o dinheiro de volta na carteira, saiu da loja a passos fortes e estrondosos, sorrindo quando conseguiu ver de relance a supervisora discutindo com a atendentezinha. Mas sua missão, que era comprar roupas para Adhara e Mira, não fora cumprida.
Só havia um lugar para onde ele podia ir.
"Camden Market, aguarde por mim!"
- Família, cheguei! - Sirius chegara em casa, cheio de bolsas, e sorridente como um Papai Noel de shopping, olhando pros lados, procurando Remus, e vendo-o sentado na mesa da cozinha, lecionando inglês para um casal de crianças.
- Oi Sirius! Já falo com você, a aula já está acabando! - Remus sorriu.
- Oi tio Sirius! - Disseram os pequenos em uníssono, sendo retribuídos por um sorriso e um aceno do animago, que foi ao quarto e lá ficou.
- Tio Remus... - A menina chamou.
- Sim, Aniet?
- Por que tio Sirius tava com sacolas pretas e vermelhas?
Silêncio.
- Meu pai diz que essas sacolas são de adoda... adoro... - O menininho fez um esforço para lembrar-se da pronúncia da palavra.
- Adoradores? - Remus arriscou.
- É, é, adorad-dores do diabo.
Silêncio, mais uma vez. "Ele não fez isso."
Foi quando uma buzina na rua indicou que a mãe das crianças havia chegado para buscá-las, e Remus suspirou de alívio, levantando-se com certa dificuldade por causa da barriga de seis meses disfarçada com enchimentos, que faziam Remus se sentir muitas vezes mais pesado.
- Bom Karl, eu não acho que sejam sacolas de adoradores do diabo... - Remus engasgou, enquanto ajudava as crianças com seu material escolar - Só porque são pretas e vermelhas? Se olhar bem, tem algumas azuis e outras brancas ali com elas. - Ele apontou para as compras que ele mesmo havia feito pela manhã, que estavam junto às compras de Sirius. - Só por que são sacolas pretas e vermelhas? Besteira, meus queridos. - Ele ajeitava o twinset de Aniet, enquanto os levava à porta.
- É... Besteira né? - Aniet sorriu e ergueu os finos bracinhos para abraçar o professor, que se agachou e recebeu o abraço dos dois, pendurando-se no seu pescoço. - Tchau tio Remus! - Os dois disseram enquanto saiam na direção do carro da mãe, que acenava para Remus.
Assim que o carro arrancou, o lobisomem levou uma mão à testa, entrou e bateu a porta detrás de si. - SIRIUS-BLACK-VENHA-JÁ-AQUI!
- Chamou? - A cabeça morena do outro apareceu da porta do quarto, ainda um sorrisão enorme estampado no rosto. - Vem cá ver o que eu comprei pras gêmeas!
Remus ficou olhando o sorriso besta de Sirius com uma sobrancelha levantada, e suspirou. - Você quase me fez perder alunos, sabe?
- Por que eu faria? - O animago fez uma cara de incredulidade. Voltando a sorrir, saiu da porta e foi arrastar Remus até o quarto. - Vem logo!
Quando entrou, viu que a cama dos dois estava lotada de roupas de bebê um tanto quanto heterodoxas: sainhas de tartã xadrez vermelho, macacões de lã preta, com os punhos e os botões brancos, gorros pretos de pompons azul-marinho, vestidinhos de pied-de-poule e renda preta; isso fora o morceguinho de pelúcia - que tinha uma gota de sangue bordada no canto da boca. Remus simplesmente fitou a cena.
- Pelo Venerável Merlin, o que significa isso, Sirius Ian Black? - Remus massageava as têmporas e olhava para o teto como se pedisse clemência a Deus.
- As compras que eu fiz! - Os olhinhos cinzentos de Sirius brilhavam enquanto ele sacudia o morceguinho que fazia 'uuuuu' como a sonoplastia de um filme B de terror.
- ONDE você comprou isso!??
- Onde eu compro as minhas roupas, ué! Eu procurei roupinhas de bebê, e achei! Foi difícil, mas achei!!
- VOCÊ COMPROU ROUPAS PRAS NOSSAS FILHAS EM CAMDEN MARKET???? - Remus achou difícil manter-se em pé com a vertigem que lhe atacara, e sentou-se na cama, em cima de um fantasma de pelúcia que fez 'fuéim'.
- É! - o moreno sorriu - Eu fui naquela loja, a tal de Cotton Candy, mas fui maltratado e outras coisas que não valem a pena ser ditas, e resolvi comprar em outro lugar as roupas das gêmeas! Não são lindas?
Remus passou a mão pela testa como quem quisesse enxugar um suor inexistente.
- Sirius... - Falou extremamente baixo - Vem aqui...
- Hein? - Sirius aproximou-se, tentando escutar o companheiro.
Estava agora ao alcance das mãos. Era tudo que Remus queria. Esticou os braços e agarrou o moreno pelo pescoço, levantando-se.
- MINHAS-FILHAS-NÃO-SERÃO-SUAS-BONEQUINHAS-DECORATIVAS! ELAS SERÃO PESSOAS NORMAIS COMO EU SOU!!!
Silêncio.
Remus piscou duas vezes e voltou à sua impassibilidade habitual, enquanto Sirius sorria esfregando o pescoço recém-esganado.
- MUITO normal, você, né? - Riu - Negue que esse morceguinho é fofo. Vamos negue! - E estendeu o morcego de pelúcia na frente de Remus, fazendo-o emitir seu sonido. O loiro não conseguiu conter um sorriso.
- A-HÁ!! Um sorriso! Eu sabia!
- Tá, o morceguinho é fofo... - Remus sorria. - Mas amanhã nós vamos sair JUNTOS às compras...
- Mas por queeeeeee? Você não gostou? - Sirius fez uma cara tão fofa quanto a de um cãozinho pedinte, segurando duas jaquetinhas de couro.
Remus penalizou-se e pegou as jaquetinhas, abraçando-as.
- Gostei, Sirius, mas mesmo assim, nossas meninas vão gostar de roupas mais coloridas e de bichinhos de pelúcia mais fofinhos que... Deixa pra lá, nada é mais fofo do que esse maldito morcego! - ele riu, apertando os olhos e sacudindo a cabeça.
Sirus se jogou na cama, como se mergulhasse numa piscina.
- Eu sabia! – Riu. - Se nossas filhas puxarem a mim (e cá entre nós, é o que eu espero que aconteça!) elas não só adorarão isso como repudiarão todo o resto! - Sentou-se na cama, tomou a mão de Remus e levou-a aos lábios num beijo carinhoso - Mas se você quer mesmo que compremos coisas mais variadas tudo bem, amor. Afinal, elas também serão suas filhas. Em menor escala, mas serão!
- COMO ASSIM EM MENOR ESCALA???! - Remus pôs as mãos na cintura, sentando-se.
- Rem, você perdeu no par ou ímpar, não tem direito de reclamar!
- Seu filho de várias éguas! Não é você que está tendo que carregar dois fetos no meio da próstata!
- Não chame minhas filhas de fetos!
- Mas é o que elas são!
- Mas eu-- - Sirius suspirou - elas já são crianças sabe? Aos seis meses elas já podem nos ouvir, então pare de chamá-las assim... - ele fez biquinho.
- Não faça essa cara! EU não te perdoarei se você fizer ess...
Sirius olhava para Remus com sua habitual cara de 'filhotinho-de-cachoro-molhado-que-acabou-de-cair-do-caminhão-da-mudança'.
- Tá, tá bem! - Remus cedeu, choroso - Mas Adhara e Mira ainda são um peso maior pra mim!
- Não chame minhas filhas de peso!
- E lá vamos nós outra vez!!
[[Considerações]]
Keshi: -entrando de fininho, olhando em volta, escudo de tampa de panela na mão... chega ao centro do tablado- Caham -olha os leitores- O-oi! =)Tenebra: -ajoelha-se- DESCULPEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMMMMMM EU ESTAVA CHEIA DE PROVAS E-E-E...
Keshi: Eu... Eu... Eu... Aaah, eu tive um bloqueio estúpido... -chora-
Tenebra: Estávamos tão absurdamente atarefadas e desinspiradas (desesperadas?) que deu nisso... -funga-
Keshi: Pedimos imensos perdões... -enxuga as lágrimas com um lencinho- Mas olha, o chap 6 tá supaa fofo né? =)
Tenebra: Eu francamente amei esse cap... até porque foi assim mesmo que os nomes foram escolhidos... XDDD
Keshi: Ascella... -rindo baixinho e socando o discman que não quer mais funcionar- Sovaco... Hihihihihi...
Tenebra: -surta e tem uma crise de riso- SOVACO DO SEIYA!!!!! hUAHuahuAHaUAHUah!!!!! -12 minutos depois...- Erm... A propósito! No profile agora tem um fanart das gêmeas, desenhado por esta que vos fala! /o/
Keshi: Tenebrinha abençoada com o dom de fazer a gente virar grafite... -suspira- Well, de todo o Noctis Relictus, eu sou a unica que não desenha poha nenhuma... =PPPP -caham- O Disclaimer, sim? =)
-- pausa para o disclaimer rosa, glam e purpurinado de Keshi e Tenebra --
Harry Potter e todos os seus personagens pertencem a J.K Rowling, Bloomsburg, Warner, Rocco etc, etc, etc.
Fic escrita SEM FINS LUCRATIVOS. De fã, para fã.
É proibida a cópia não autorizada dessa fic. É uma fic, mas ainda assim é NOSSA. u.u
Educação não custa nada, é só chegar, perguntar e dar os nossos merecidos créditos, afinal N"S queimamos nossos Ticos e Tecos pensando nessa fic.
Noctis Relictus®
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Tenebra: Agradecimentos à Yoru e à Nicki por terem nos ajudado! /o/
Keshi: O Ryoshi me ajudou com o finalzinho, com os conhecimentos "siriuzísticos" dele, obrigada Ryo! -agarraestupramolesta- Hey, eu sei que nós estamos erradas com vocês, mas suas reviews ainda podem nos fazer conjurar patronos! =))))
Tenebra: Graças a vocês o meu patrono com tamanho de andorinha tá adquirindo um porte de Condor! -esfuziante-
Keshi: Leitores amados... Eu amo vocês... Do fundo do meu coração... Vocês são as cerejinhas do meu sundae, mas Sauron tá perturbando aqui. Sabe como é, né, aulas... Ô inferno...=P A japa tem ke ir! Cya! =)))
Tenebra: E essa demora não se repetirá! x.x''
-- end of chat --
