Capítulo VIII – Estrelas Gêmeas Sob A Lua

- Mas o que aconteceu com o Karl? - Remus arrumava o material para lecionar.

- Ele pegou chuva... Aí tá com gripe... - Aniet olhava pros lados; mesmo já conhecendo a casa do professor, ficava insegura quando ia nos lugares sem o irmão.

- Oh... Melhoras pra ele... - De repente, sentiu uma contração forte no ventre, e apoiou-se na borda da mesa, respirando rápido.

- Professor... Você tá graúdo? - Aniet apontava a barriga de Remus.

- "Graúdo?"

- É... Mamãe ficou assim antes do Karl chegar... - ela falava aquilo com toda a naturalidade e ingenuidade que uma criança de 6 anos podia ter. Oh, ela não sabia o quão certa estava. - Barrigudona... E ela andava assim, - A pequenina imitou o jeito de Remus andar, com as mãos nos quartos. - e comia mais do que sempre comeu... E o tio Sirius fez um berção lá no antigo escritório, por isso agora temos aulas na cozinha. - Ela sorriu tendo em vista sua própria esperteza. - Mas eu não entendo como meninos como você podem ficar graúdos, a tia do jardim de infância disse que só as meninas ficavam graúdas. Eu vou contar pra ela que ela é uma mentirosa e dizer que eu sou mais sabida que ela!

- Erm... - sentou-se, segurando a barriga, mas não conseguiu ficar quieto na cadeira. Praguejou mentalmente quando sentiu suas calças sendo molhadas. - Aparentemente... eu estou "desgraudando"...

- Como assim?

- Depois eu explico... Me faz um favor, Aniet? Vai na lareira, pega um pouco do pó que tá no vaso de cerâmica, joga na lareira e grita "Sirius Black, Ministério da Magia, QG dos Aurores", sim?

Aniet abriu um sorrisão. - Legal! Vou brincar com pó de bu! Mamãe nunca deixa eu brincar com pó de bu!

- É pó de flu, Ani -- COMO ASSIM SUA MÃE NUNCA DEIXOU?! - Antes mesmo de ele ter gritado, entretanto, a menina já tinha jogado um bom punhado do pó na lareira. Suspirou em alívio quando ela surpreendentemente falou tudo certo.

- Oi RemuAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! ANIET! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA LAREIRA!?!?

- Oi tio Sirius! Eu não sabia que você trabalhava no Minimistério da Magia! - Aniet sorriu - Olha, o tio Remus tá desgraudando...

- Des... grau... -- MORGANA DO LAGO!!!! - ele andava de um lado pro outro, e Aniet o observava de olhos arregalados. Então, ele se virou mais uma vez para a menina. -Escuta, agüenta aí, ok? Já volto! - Sirius saiu de seu escritório sem nem ter tempo de ouvir direito o agudo 'ok' da menininha, e foi para a sala de James, que quase derrubou o café no jornal de susto quando a porta se abriu com um estrondo.

- Porra, Almofadinhas, bata na porta da próxima vez!

- Desculpa, Pontas, é que... Escuta, avisa pro Moody que eu não vou poder trabalhar pelo resto do dia!

- Tá, eu aviso isso, mas... - Os olhos castanhos se arregalaram por detrás dos óculos. - MERLIN! É O QUE EU TÔ PENSANDO?

- É EXATAMENTE isso!

- Cara, tem certeza que não é mais um alarme falso?

- IMPOSSÍVEL! Eu não fiz NADA dessa vez!

- Mas ainda falta UM MÊS E MEIO!

- Eu SEI!

- Mas não pode! Tá cedo! A Lily vai ter um filho pelo cotovelo quando souber, Almofadinhas!!!! - James estava pálido.

- Não é BEM pelo cotovelo que vai nascer o filho de vocês, Jimmy...

- VOCÊ ME ENTENDEU, ALMOFADINHAS! E o que é que você está fazendo aqui, seu miserável? Vai pra casa!!!


Chegando em casa, Sirius não encontrou ninguém além de um bilhete em caligrafia infantil que dizia:

"Tio Sirius,

Eu, o tio Remus e uma tia ruiva fomos para o St. Dungus.

A tia ruiva disse que era pra você avisar a minha mãe onde eu estou, tá?

Um beijo!

Aniet"

Deu um pequeno sorriso, mas logo estremeceu à imagem mental de Lily parindo o menino pelo cotovelo. Aparatou para a recepção do St. Mungus.

Chegando lá, foi direto para o balcão, perguntar em que sala Remus estava. Enquanto a recepcionista vasculhava o histórico do dia com a varinha, alguém gritou em sua direção, fazendo-o pular de susto:

- SR. BLACK!

Sirius virou-se lentamente, apreensivo, para ver quem era. - O-oh! Olá, Dr. Rosch! - Sorrindo, os dois trocaram um aperto de mão.

- A Sra. Potter me ligou agorra a pouco, me parrece que é um caso de parrto prré-maturrado, non?

- Prematuro, doutor. - Controlou-se para não rir enquanto o médico repetia o novo vocábulo com a boca no gravadorzinho de bolso. - Mas me desculpe a pergunta... Cadê o Dr. Carpenter? Outro congresso?

- Oh, non, non! O Dr. Carrpenter está de férrias agorra!

- Férias... Em maio?

- Sala 517, senhores. - A recepcionista falou antes que o doutor pudesse responder, e indicou o caminho para os dois, sem nem ao menos ter a decência de tirar os olhos de Sirius.

Entrando na sala 517 indicada pela enfermeira, Sirius não teve nem tempo de olhar o ambiente, sendo trazido de volta à realidade por um grito violento (e anormal) de Remus que apontava para o Dr. Vladislav:

- MAS O QUE É QUE O SENHOR ESTÁ FAZENDO AQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII? - Ele arregalou os olhos e logo depois os apertou, durante uma contração longa demais.

- Seu parrte, tolinho! - Vladislav sorriu inocentemente.

- PARTO, SEU MALUCO, PARTO! E EU QUERO O DR. CARPENTEEEEEEEEER! AAAAAAAAAH! - Remus arqueou o corpo num movimento que fez Sirius pensar o porque dele não fazer sempre aquilo...

- NON GRITAAAAAAA! Mas que coisa, vocês ingleses GRITAM MUITO! - Pigarreou.

- É PORQUE NÃO É VOCÊ QUE ESTÁ PARINDO GÊMEAS SEM TER POR ONDE PARIR! - Os olhos de Remus faíscaram perigosamente, coisa que fez Sirius dar uns quatro passos pra trás.

- Isso me faz lembrrar... O senhorr quer parrte normal ou czarina? - Rosch fez um gesto para que uma das enfermeiras preparasse alguns equipamentos.

- Com licença... - Sirius cutucou acuado, o ombro do Dr. Vladislav - Por onde sairiam as meninas, se o parto fosse normal... Assim, hipoteticamente falando...

- Pom... Pelas atuais cirrcunferrências... - Vladislav meteu a cabeça embaixo do lençol que cobria as "intimidades" de Remus e ficou olhando uns bons dois minutos - Saririam pelo -- - Ele foi cortado por um grito desesperado do lobisomem:

- CESARIANA! CESARIANA!!!!!!! - O grávido agitava os braços freneticamente, o que chamou a atenção de Aniet, que estava sendo devidamente distraída por Lily do lado de fora do quarto; esta bufou de impaciência quando seu trabalho foi tão facilmente por água abaixo. Sirius, que mantinha-se perto da porta, de repente arregalou os olhos e deu um silvo de dor psicológica.

- NON PRECISA GRITAAARR!! - Vladislav levou as mãos às orelhas, apertando os olhos por detrás dos óculos. Pigarreando, então, calçou as luvas de látex e pôs a máscara cirúrgica. - Czarina enton serrá! Oh, Sr. Black, - virou-se para Sirius. - Pode esperrar lá forra se quiser.

- Não... Não. Quero ficar aqui e dar apoio ao Remus. - O animago deu uma olhadela na direção do lobisomem, que suspirou em gratidão, e, seguindo instruções da enfermeira, prendeu o cabelo e pôs uma máscara. - Se precisar de ajuda com o equipamento... - Ia falando ao médico, quando Remus o interrompeu:

- Não aceite. - Falou entre as arfadas que as contrações lhe causavam. - Ele é capaz de te dar uma chave inglesa se você pedir um bisturi. Como na vez em que ele tentou ligar a tevê da casa dos meus pais com o abajur...

- "Aba" o que? - Vladislav ergueu uma sobrancelha.

- Deixa pra lá! - os dois caninos disseram em uníssono.

O doutor olhou o casal, confuso, mas deu de ombros. Ligou a plêiade de lâmpadas que estava acima de Remus, ajustando meticulosamente o suporte, e convocando as enfermeiras. Sirius postava-se de um dos lados da maca em que o lobisomem estava, segurando a mão do outro firmemente. Vladislav limpou o enorme ventre tenso, para em seguida injetar um líquido que o animago presumiu ser anti... Ate... Anes..tésico! Isso, anestésico. Notou a porta sendo aberta silenciosamente por James, que carregava uma daquelas filmadoras trouxas, seguido por Lily -- não notou que o médico já tinha empunhado o pequeno bisturi.

- Abram alas, abram alas, eu estou passando, tenho um, na verdade, DOIS nascimentos a filmar! - James estava parecendo um turista curioso, de bermuda, camiseta e óculos, e Remus teve de fazer força para não rir. Lily levou a mão à testa, e Sirius chacoalhava em riso contido. O clima cômico foi cortado -- ou talvez radicalmente intensificado -- quando o cervo arregalou os olhos, ofegou, empalideceu e simplesmente desmaiou, despencando estatelado no chão.

Lily olhou chocadíssima para aquela cena ridícula de James caído no chão frio da sala de cirurgia, ainda segurando a câmera, que filmava o teto. Sirius ficou curioso. O que podia ter feito Jim perder o controle daquela forma? Foi quando levantou-se de seu posto e viu, a barriga de Remus aberta por aquele bisturi ensangüentado, e havia tanto sangue, e, e... E sua cabeça fez um baque surdo quando caiu no chão.

- EU NÃO ACREDITO! EU NÃO POSSO ACREDITAR! - Remus gritava o máximo que sua condição e suas contrações lhe permitiam - ELE DESMAIOU! TIRA ESSE CRETINO DAQUI! - Remus não tinha visto James desmaiar, nem ao menos tinha visto ele entrar na sala.

- IMPRESTÁVEIS! LIXO HUMANO! - Lily segurava a imensa barriga de sete meses e andava na direção de Remus - COVARDES! ENFERMEIRA, TIRA ESSES INÚTEIS DAQUIIIIII! - Como um sargento, ela comandava as enfermeiras, que corriam para retirar os homens inconscientes do quarto, fazendo um estardalhaço.

- NON GRIIIIIIIIIITA!!! NON GRIIIIITA!!!!! - Vladislav punha a mão numa das orelhas, agitando a outra que ainda segurava o bisturi manchado de sangue.

- Ai Morgana Do Lago, ajudai-me... - Lily pôs uma mão no ombro de Vladislav - Você também, monte de caquinha, trabalha e não dá chilique! - Lily com a outra mão, segurava a de Remus, que de dois em dois minutos ficava vesgo de dor. - Alguém aí pode telefonar para Alice Longbottom? Vou precisar dela aqui! Pegue o telefone dela na minha bolsa, enfermeira!


Alice finalmente chegou no hospital, esforçando-se para não rir diante de Sirius e James desacordados na porta da sala de parto. Entrando, deparou-se com um Dr. Rosch fazendo um esforço hercúleo para tentar tirar a primeira bebê do ventre - que mexia-se violentamente, notou - de Remus, e Lily segurando a mão do lobisomem.

- Lils, Cheguei! - Alice ajeitava a máscara cirúrgica - Como é que estamos aqui? - As enfermeiras todas, andavam de um lado para outro, enquanto a também barriguda Alice encaminhava-se para ajudar Vladislav.

- Graças a Merlin, Alice, graças a Merlin você chegou. É o seguinte, eu preciso que você ajude o Vladislav com a bebê maior, porque ela está se debatendo muito, e ele não está conseguindo tirá-la sem machucar a outra. - Lily enxugava o próprio suor da testa e segurava Remus.

- Engraçado, não era para um bebê se debater tanto na hora do parto... - Alice correu até o doutor, avaliando a situação.

- Só um palpite, mas... - Lily levou um dos dedos ao queixo. - Em que lua estamos mesmo?

- Ô Lily... - Alice foi até a amiga, apoiando-se no ouvido dela, sussurrando - As bebês estão meio roxas... - E engoliu em seco. As duas se viraram para Remus, esperando uma resposta.

- Quarto crescente, por quê? - Remus respondeu, arregalando os olhos logo em seguida como se tivesse acabado de entender algo terrível.

- TIREM ELAS LOGO DAÍ!!!!! - Os três gritaram em uníssono, Alice indo ajudar Vladislav mantendo a cisão aberta com as mãos enluvadas.

- Vamos, pepezinha... – Vladislav conversava com a bebê, puxando-a levemente, enquanto Alice protegia a outra – minúscula – com uma das mãos.

- Saaaaaaaai filhinha querida do papai! Saaaaaaaai de dentro de mimmmmmmmm! - Remus também conversava com a filha, fazendo força para expulsá-la de si.

- Mais um pouquinho... Mais um pouquinho... Vaaai... Vaaai... Foooorça... 1... 2... 3... e... FOI!! - Alice comemorou, ainda com a mão na barriga de Remus, olhando Vladislav puxar a bebêzinha – que chorava e se debatia furiosamente – pelas pernas.

Nesse momento, Lily notou que, da janeleta acima da porta, Sirius espiava, os olhos enormes e lacrimosos, e fungando ocasionalmente. Levantando-se do banquinho, abriu a porta, revelando um James roxo de carregar o cão nos ombros.

- Quando foi que vocês acordaram? - Ela perguntou, ouvindo os ocupantes da sala tentando desajeitadamente acalmar a recém-nascida, enquanto tiravam a outra menina de dentro de Remus.

Sirius pulou dos ombros do cervo, entrando sem nem ao menos se dar ao trabalho de entender o que Lily havia perguntado. Sem questionar, Alice entregou-lhe a tesoura para cortar o cordão umbilical da bebê inquieta, que depois foi entregue aos braços de Remus.

- Olha a seu pepê, senhorr Lupinn! - Vladislav sorriu quando entregou a criança para que Remus a visse.

O que se seguiu foi a cena mais peculiar possível, pois o lobisomem parecia farejar a filha, e seus olhos tomaram aquela agressiva matiz amarelada. Então, Remus começou a lamber o líquido amniótico da criança, como um lobo faria, estimulando seus pulmões a trabalharem. A bebê relaxou quase que instantaneamente nos braços do pai, que também esvaiu toda sua tensão, tornando infinitamente mais fácil que se pudesse retirar sua gêmea do ventre.

- Eca... - Sirius torceu o nariz ao ver a cena. Comovido, porém um pouquinho enjoado, ele cambaleou.

- Ah NÃO cara, você não vai desmaiar de novo! - James segurou-o, passando um braço pelas costas do amigo.

- Desculpa Remmy, mas vou ter que tirar a pequenina de seus braços por agora... - Alice fez a menção de se aproximar, mas Remus tomou uma expressão ameçadora, e rosnou:

- Minha.

- Remus, ela precisa fazer os exames... - Sirius arriscou pôr uma mão em torno dos ombros do lobisomem, e expirou quando não foi recusado. - Pra ver se a saúde dela tá boa, e como a licantropia vai influir... - Quando Sirius dava uma de sensato, é porque era realmente necessário. Remus olhou da filha para o animago, e cedeu.

- Esteja ao lado dela. - Pediu, um tom de ordem em sua voz.

- Estarei. - Sirius pegou a bebê, e pensou que ela ia chorar, mas ao invés disso, ela o cheirou, relaxando quando o reconheceu como seu outro progenitor. Ela era pálida, como Remus. O animago abriu um grande sorriso.

- "timo. - Alice sorriu. - A propósito, qual será o nome dela, pra colocar na pulseirinha?

- Hm... Mira Lupin Black. - Ele respondeu, enquanto brincava com a filhinha. - Ela é maravilhosa que nem 'a mãe'.


Uma enfermeira acompanhou Sirius até a seção de Licantropia do St. Mungus e ele se deparou com Aniet e a mãe desta na sala de espera.

- Hm... - engasgou - Sra. McCain... - sorriu meio sem jeito.

- Olá Sr. Black! - A mulher sorriu de volta. - Aniet me contou tudo, eu bem suspeitava de sua natureza bruxa! Também, com esse sobrenome, quem não suspeitaria, não é mesmo? - Apontou para Mira - Essa é a filhinha de vocês?

- Hm... É sim, Sra. McCain... É Mira o nome dela. - Ele aproximou-se de McCain com cautela, sendo observado pela enfermeira.

- Ela é pálida... Tem certeza de que ela não está -- oh! - A mulher soltou uma pequena exclamação quando a pequena agarrou a camisa do pai com seus dedinhos, em um gesto anormalmente possessivo.

- Er... Preciso ir, até mais tarde! - Sirius saiu apressado antes que qualquer outra coisa pudesse ser dita.


Na sala de parto, Remus sentia uma sensação estranha. Não conseguia mais falar. Parecia que algo estava... Anexado a vácuo ao seu esôfago.

- Lily... - Remus puxou a manga da ruiva, fazendo uma força anormalmente grande pra falar - O que há de errado?

- Ainda não sei, mas quero saber se você tem um bom fôlego. - Lily apertava a mão do lobisomem.

- Não exatamente... Por quê? - Remus estava começando a ficar vermelho, a voz muito falha e a respiração muito presa.

- Respirre funda, Sr. Lupin, sua pepê está grrudada no sua esôfago a vacúolos! - Sentenciou Rosch, não sem antes assassinar o inglês.

- Oh... Merlin... - Os olhos do lobisomem reviravam-se nas órbitas, e ele por aquele momento pôde compreender por que os asmáticos ficavam tão desesperados durante uma crise.

- ENFERMEIRAAAS! - A ruiva berrou, e no mesmo momento quatro enfermeiras vieram correndo a socorro do doutor.

- Senhorrita Potterr, eu vou ficar aqui para desencaixarr a crionça. Eu querro que, ao final da contagem, você e esses enferrmeiras prressionem a barriga do Sr. Lupin parra baixo, a fim de soltar o pepê. - Ele apontou para as mulheres, e logo virou-se para Remus - Ao final da contagem, sugue o tanto de ar que puder! - Remus, já meio arroxeado, assim como o neném que ainda estava na barriga, assentiu com a cabeça, já que não conseguia mais falar. - É um... É dois... É três... E JÁ!

Só faltou Lily e as enfermeiras gritarem "montinhooo". Dez mãos faziam força para descolar o bebê de Remus, que respirara uma enorme golfada de ar. Fazendo um ruído como "popt", a criança foi praticamente arremessada às mãos de Vladislav.

- Pequenina ela, non? - O médico segurava a criança, que não devia ter muito mais de trinta centímetros de altura, pelos tornozelos com uma mão, dando tapinhas nas suas costas para acordar os pulmões de recém-nascida. Remus esticou as mãos para Vladislav entregá-la a ele, repetindo com a caçula o que fizera com a primeira. Esta demorou um pouco para engolir sua primeira lufada de ar, mas logo que o fez explodiu em um choro escandaloso, que Remus curou com um roçar de bochechas, fazendo Lily chorar de emoção.

- Essa então, é a nossa pequena donzela? - A ruiva fungou.

- A nossa Adhara, Lily! - Remus também tinha lágrimas nos olhos, uma expressão de alívio muito contagiante, e beijava a bebê incessantemente. A enfermeira não ousou chegar perto para tomar Adhara à incubadora, mas Remus a esticou para a mulher morena.

- Leve-a, sei que ela estará bem. O nome é Adhara Lupin Black.

- Agorra deite-se e prrocurre relaxar, eu tenho placentas parra fazer nascerr! - Vladislav, tentava fazer o lobisomem que inconscientemente havia se sentado, deitar.


considerações

-chegam os caninos, cada um segurando um rolo entrouxado do qual ocasionalmente protuberava uma mãozinha-

Remus Olá Leitores! Sentiram nossa falta?

Sirius: Mas é claro que sentiram, somos gostosos demais para se ficar longe por muito tempo.

-grilo-

Remus -pigarreia- Hoje nossas autoras não poderão dirigir-se a vós...

Sirius: ...ocupadas demais fazendo cosplay de nossas filhas. Seja lá o que isso for.

Remus -cochicha- É a nossa vingança das roupinhas glam! Hee hee.

Sirius: -cochicha- Vingança? Elas parecem estar gostando demais disso pra ser vingança.

Remus Ah, eu tentei, vá...

Sirius: -passa um braço em torno de Remus- Remmy, querido, você ainda precisa aprender muito sobre vingança.

Remus -estremece- Com você como professor, não obrigado. -conjura uma cadeira para se sentar-

Sirius: -pega um script do bolso- Erm... A gente tem que agradecer os leitores, né?

Remus Pois é, pois é! -sorri- Obrigado a todos aqueles que ajudaram aquelas malucas a escreverem o parto das maluquinhas rapidinho! E agradeço à Angel por ela ter oferecido ajuda na hora de escrever meu trabalhoso parto, mesmo que as escritoras doidas tenham escrito sozinhas no final...

Sirius: Vejamos cada review...

Remus Para Mel: Sim, o Sirius e o Jimmy são dois insensíveis! Queria vê-los na minha pele, ou na de Lily, tendo de carregar por 9 longos meses uma barriga grande e pesada... E o morceguinho você pode conseguí-lo apenas em Camdem Market, já que a promoção da Burguer's King já acabou, infelizmente.

Para Ameria: Foi a Keshi que escreveu a parte da declaração de amor, e eu achei que ela ficou muito linda, apesar de ter brigado tanto com o Siri aqui... -beija a mão do animago em sincero remorso-

Sirius: Para Yoru: Tudo depende das TPMs do Remmy! -beija a têmpora do lobisomem, rindo, quando este o encara-

Para Mushi: Aí, mais uma eu acho que eu não agüento não... Xx'''

Remus COMO ASSIM não agüenta se fui eu quem carregou as gêmeas?

Sirius: Convenhamos, Remus, você estava um porre me obrigando a cozinhar rosbife mal-passado ao molho de chocolate e croutons com arroz de amêndoas e gotas de chocolate. -pigarreia- FAÇA ISSO, dona!

Para Dana: MAS-É-CLARO que sou Áries!

Remus Ascendente Escorpião... Olha onde eu fui amarrar minha pobre éguinha... -pigarreia- Para Babi: Também acho! Apoiadíssima!

Sirius: Eu falo que te amo a cada cinco minutos e você ainda me vem com essa, Remus?

Remus Sirius, amor, esquece-te de que contigo aprendi a amar o perigo.

Sirius: ...Pára de roubar as minhas falas, lobisomem safado! -pigarreia alto- Para Teresinha: Ou você é muito sádica ou me odeia mesmo.

Remus Não odeie o animago... Ele é SAFADO, CACHORRO, SEM-VERGONHA, CANALHA, BILTRE, SALAFRÁRIO --

Sirius: EEEEEEEI! –faz beiço-

Remus ...Mas eu ainda assim o amo, não fale assim dele! -passa um braço possessivo em volta da cintura de Sirius-

-os dois se beijam, de língua; fangirls gritam-

-Keshi e Tenebra botam as cabeças pra fora do closet-

Tenebra Olha, a gente REALMENTE gostaria de ficar aqui de voyeur pra vocês dois, mas ainda tendes um Disclaimer rosa, purpurinado, glam e PISCANTE pra exibir.

Keshi Pois é, agora nós somos chiques e nosso Disclaimer pisca em neon cor de rosa, não é lindo? Sem contar que vocês podiam MESMO fazer isso depois... Com mais intimidade... Entre quatro paredes...

Tenebra ENDOIDOU?

Keshi ...De vidro, câmeras panorâmicas, microfones hiper-sensíveis... E todas essas coisas que prezam a privacidade e a saúde mental de nós duas e do resto das fangirls de vocês.

-Tenebra suspira em alívio-

-- pausa para o disclaimer rosa, glam, purpurinado e PISCANTE de Keshi e Tenebra --

Harry Potter e todos os seus personagens pertencem a J.K Rowling, Bloomsburg, Warner, Rocco etc, etc, etc.

Fic escrita SEM FINS LUCRATIVOS. De fã, para fã.

É proibida a cópia não autorizada dessa fic. É uma fic, mas ainda assim é NOSSA. u.u

Educação não custa nada, é só chegar, perguntar e dar os nossos merecidos créditos, afinal N"S queimamos nossos Ticos e Tecos pensando nessa fic.

Noctis Relictus®

-- volta ao chat --

Sirius: -segurando o Disclaimer- Eu não acredito que eu tô segurando esse treco...

Keshi -põe a cabeça pra fora do closet- TÁ LIIIIIIIIIINDO!

Sirius: Isso tá mais parecendo letreiro de puteiro!

Tenebra PUTEIRO É A MÃE!

Remus Olha as crianças! Você não pode mais falar essas coisas, sabia?

Sirius: -resmunga algo como "elas vão aprender comigo mesmo"-

-- end of chat --