Capítulo 12: Valetes de copas


- Eu também vou com vocês! – Ginny insistiu, olhando de maneira quase ameaçadora para Harry.

- Não vai. – o moreno respondeu – Ginny, eu não vou deixar você se arriscar dessa maneira. Eu não posso controlar seu irmão e Mione e eles já estão indo contra a minha vontade. Mas você fica aqui.

- Mas, Harry...

Ele sorriu, segurando-a delicadamente pelo queixo, enquanto Ron resmungava, entrando no carro sem esperar convite. Hermione meneou a cabeça e seguiu o ruivo. Órion estava parado ao lado da irmã, assistindo em silêncio à discussão do casal.

- Eu não vou demorar, Gin. Eu prometo. Mas você tem que ficar aqui, ou vai me deixar ainda mais preocupado.

Ela respondeu com um sorriso fraco e deixou que ele lhe roubasse um beijo de despedida. Em seguida, Harry passou pelos dois irmãos, ocupando seu lugar ao volante.

Se ele pudesse escolher, ele não levaria nenhum dos amigos com ele. Mas não tinha como escapar – Hermione e Ron sequer lhe tinham perguntado o que ele estava planejando e já estavam prontos para a viagem.

Quanto aos Black... Mesmo que ele não quisesse, Lyn e Órion já estavam envolvidos, afinal, a mãe deles também tinha sido seqüestrada. Além disso, Lyn era uma exímia atiradora e era graças a ela que tinham informações suficientes para encontrar Lily Potter e Susan Black.

- Para onde vamos primeiro? – ele perguntou quando Lyn o seguiu, sentando-se ao seu lado.

- Para minha casa. Temos que pegar algumas coisas lá antes de encontrar nossos pais.

Ele assentiu e ligou o carro. Poucos minutos depois, eles passavam céleres pela paisagem invernal, quase sem perceber os belos pingentes de gelo que pendiam das árvores ou as diferentes formas que a neve fazia ao se acumular ao longo da estrada.

A viagem transcorreu em silêncio. Chegaram em Londres junto com o entardecer. Lyn mordeu os lábios quando Harry estacionou diante do casario dos Black, os braços quase dormentes por ter permanecido com eles cruzados durante toda a viagem. A cena que se desenrolara entre Harry e Ginny antes deles deixarem a Toca ainda martelava em sua cabeça, mesmo que ela tentasse de todas as formas se concentrar em outra coisa.

O que estava acontecendo com ela? Por que aquele beijo a tinha deixado tão melancólica? Ela deu um suspiro quase imperceptível quando deixou o carro, encarando o portão onde Irma já os esperava. Não deveria se sentir surpresa, era óbvio que aquilo aconteceria. Sabia disso desde o Baile de Inverno.

Mas, ainda assim... Meneou a cabeça, como se para espantar aqueles pensamentos para os sótãos de sua mente. Aquela não era a hora apropriada para se queixar por que Harry já não lhe dava a mesma atenção que antes.

- Órion, leve os três para a sala de armas. – ela pediu, enquanto começava a subir as escadarias – Eu estarei lá num instante.

O garoto assentiu e Lyn logo sumiu no andar superior. Harry observou a amiga com certa preocupação. Havia algo de estranho com Lyn. Uma tristeza que ele não conhecia. Ela sempre fora determinada e teimosa, mas, em geral, nunca se deixava abalar com nada. Era difícil ver Lyn triste.

Ele suspirou ao se lembrar da mãe e da tia. Se acontecesse alguma coisa com elas... Lyn provavelmente estava preocupada com isso. Assim que encontrassem as duas, ela voltaria a ser a garota que ele conhecera na infância, sempre com uma resposta na ponta da língua, encrenqueira e divertida.

- Vocês sabem atirar? – Órion perguntou tão logo chegaram ao salão de armas.

Ron fez que sim com a cabeça, mas Hermione estava muito ocupada observando maravilhada as espadas e floretes que estavam em um suporte de madeira trabalhada no centro do aposento.

Enquanto Órion ajudava Ron a encontrar uma arma leve que pudesse levar, Harry caminhou até Hermione, esboçando um sorriso ao perceber o interesse dela nos cabos de prata lavrada que se destacavam do conjunto.

- Quando eu era criança e meu padrinho me trazia aqui, eu também costumava me impressionar com essa coleção. Meu pai também tem algumas armas de colecionador, mas ele nunca teve tanto gosto pelo assunto quanto tio Sirius.

Lyn esperou os passos dos amigos se distanciarem e voltou-se para a porta do quarto de Órion. O cômodo estava na penumbra, as cortinas semi-cerradas escondendo a pouca luminosidade do crepúsculo lá fora.

Forçando um pouco os olhos, ela percebeu um corpo deitado na cama, respirando pausadamente. Após acender um abajur sobre a mesa de estudos do irmão, ela se aproximou da cama. Os olhos cinzentos de Draco a encararam e, com certo cuidado, ela retirou a mordaça que colocara nele no dia anterior.

- Espero que você não esteja muito desconfortável. – ela observou, sentando-se na beirada da cama.

- Eu não imaginava que você era do tipo que tinha algemas na mesa de cabeceira. – ele observou após alguns instantes, com um sorriso malicioso nos lábios – Em todo caso, considerando que estou na sua cama, creio que não possa reclamar muito, não é mesmo?

Ela cruzou os braços, estreitando os olhos.

- Caso não tenha percebido ainda, esse é o quarto do meu irmão. E as algemas são dele. Na verdade, são uma das invenções dele. Elas não abrem com uma chave normal.

- E abrem com o quê?

Lyn sorriu.

- Por que eu deveria dizer a você?

Draco deu de ombros, fazendo com que as algemas batessem de leve nas colunas de ferro da cabeceira da cama.

- De qualquer forma, eu não tinha como descobrir que esse não era seu quarto. – ele continuou, agora com um sorriso um tanto cansado – Desde que cheguei aqui, a única coisa que consigo enquadrar em meu campo de visão é o teto. E, falando em tetos, devo avisar que minha mãe não vai gostar muito do buraco que você fez no teto do salão.

Coçando de leve o nariz, ela observou pensativamente o rapaz.

- Não creio que ela vá perceber, a não ser que decida se deitar no chão da sala para tirar um cochilo.

Ele sorriu em resposta e Lyn se levantou.

- Lyncis... Quanto tempo você pretende me deixar aqui preso?

- Amanhã depois do almoço Irma vai soltá-lo. Creio que até lá já tenhamos resolvido o problema que seu pai e os amigos dele nos arranjaram.

Ela voltou-se para a porta, preparando-se para sair quando a voz dele novamente a interrompeu.

- Lyn?

- O que é agora? – ela perguntou com a mão na maçaneta.

Draco apenas sorriu, esforçando-se para virar-se e encará-la.

- Boa sorte.

Ela estreitou os olhos, um tanto confusa e assentiu com a cabeça, deixando o quarto. Desceu as escadarias de dois em dois degraus e logo estava reunida com os outros na sala de armas.

- Então... Já escolheram? – ela perguntou, aproximando-se de Órion.

- Eu já tenho a minha. – Harry respondeu, tirando do bolso uma pequena pistola prateada com cabo de marfim. A mesma pistola que pertencera à mãe dele anos atrás.

- Eu não sei atirar. – Hermione confessou – Fico responsável pela parte logística da ação.

- Eu já escolhi. – Ron respondeu, mostrando um revólver negro, um dos mais novos da coleção.

Lyn voltou-se para o irmão, que a observava pensativamente.

- Eu também não sei atirar, Lyn. – ele observou, aproximando-se dela.

- Eu sei disso, caçador. – ela respondeu, sorrindo – Mas você não vai conosco. Eu preciso de você aqui, mocinho. E já sabe por que, não é mesmo?

Harry observou curioso a interação entre os dois irmãos e perguntou-se por um momento o que Lyn fora fazer lá em cima. A pessoa que dissera a ela onde estavam Lily e Susan estaria ali?

- Tudo bem. – ele deu de ombros, assentindo – Mas veja lá o que vai aprontar, mocinha.

- Você está parecendo a mamma. – ela resmungou, revirando os olhos.

Órion sorriu, cruzando os braços.

- Bem, vamos logo. – Harry interrompeu os dois, dirigindo-se para a saída.

Lyn, Hermione e Ron o seguiram. A noite já caíra lá fora e um vento frio soprava, enchendo o ar com o farfalhar das árvores. Hermione abotoou a capa que usava, encolhendo-se ligeiramente de frio.

Ao lado dela, Ron a observou com atenção. Sorriu de lado, fazendo uma nuvem de vapor escapar de seus lábios. Cinco minutos depois, eles já rodavam novamente no cadillac, quase sem notar o movimento apressado das pessoas fazendo suas compras de Natal.

Palm Avenue. Hermione estava em silêncio, tentando descobrir o que aquele nome significava para ela. Tinha certeza de que já lera sobre algo importante relacionado àquela avenida.

Por tudo o que entendera das conversas entre Lyncis e Harry, os pais de ambos tinham alguma espécie de escritório em Palm Avenue. Não perguntara mais na estufa por não querer ser indelicada, mas sabia que ainda havia alguma coisa que os dois amigos lhe estavam escondendo.

Harry estacionou o carro no início da avenida, junto às sombras de um beco. Ela observou Lyn erguer os olhos para um prédio alto, que se destacava dos demais por seu estilo vitoriano.

- E então, como entramos? – a morena perguntou, aproximando-se de Harry.

- Há uma galeria subterrânea. Teremos que entrar pelo bueiro no meio da passagem. É arriscado tentarmos entrar sem alguma distração.

Foi só então que Hermione entendeu a conexão que sua mente estava tentando fazer desde que ouvira Lyn falar em "Palm Avenue". Lembrou-se de um dos vários recortes de jornal que a biblioteca colecionava em microfilmes.

Aquele prédio diante do qual eles estavam era a sede dos Valetes de Copas. Por um tempo, enquanto o Conde Tom Riddle era o líder do clube, houve algumas denúncias sobre o envolvimento dos membros da casa com o crime organizado.

- Vocês não estão querendo dizer que vamos invadir a sede dos Valetes de Copas, não é mesmo? – ela perguntou, embora já soubesse perfeitamente qual era a resposta.

Ron voltou-se para os amigos. Ele também já ouvira falar nos Valetes e em maior profundidade do que Hermione, afinal, seu avô fora um dos membros e desligara-se do clube por não aceitar algumas diretrizes do conde fundador.

- Foram os Valetes que seqüestraram suas mães? – ele perguntou, estreitando os olhos.

Harry meneou a cabeça.

- Meu pai é o líder dos Valetes. – ele respondeu, sério.

Ron e Mione se entreolharam enquanto Lyn levantava a gola do casaco; os olhos fixos no prédio que se erguia à frente deles.

- Ainda assim... – Mione tentou argumentar, sem compreender de imediato as implicações do que Harry acabara de dizer.

- Eu não vou ficar de braços cruzados. – Harry a interrompeu – Não adianta, Mione, eu vou atrás deles.

Ron suspirou.

- Muito bem então. Vamos logo com isso.

Lyn deu um passo à frente.

- Deixem a distração à minha responsabilidade. Órion me deu um brinquedinho que certamente vai chamar a atenção de todo mundo... Quando ouvirem uma explosão, corram para o bueiro. Eu vou estar bem atrás de vocês.

- Explosão? Lyn, o que você está pensando em... – antes que Harry pudesse acabar, a moça desapareceu nas sombras da rua -...fazer?

Hermione sorriu de leve, embora ainda estivesse preocupada.

- Desista, Harry. Duvido que alguém consiga se fazer ouvir por Lyncis Black.

Ele assentiu.

- Convivo com essa louca desde criança e a única pessoa que vi ter algum poder sobre ela foi tio Sirius. Mas, considerando que ele também não é a pessoa mais ajuizada deste mundo...

- Pelo menos você já sabe a quem ela puxou. – Ron observou, um tanto divertido.

Alguns minutos depois, o som de uma pequena detonação sobrepôs-se a todos os outros ruídos da rua. Um clarão surgiu no prédio, do lado contrário ao que eles estavam. Harry assistiu aos poucos funcionários que guardavam a entrada principal saírem correndo, enquanto os transeuntes os seguiam, curiosos.

- Vamos. – Harry ordenou, logo seguindo para o meio da rua.

Os dois rapazes tiraram a tampa do bueiro com alguma dificuldade. Um cheiro acre veio lá debaixo e Hermione franziu o rosto. Quando os três já estavam lá embaixo, Harry tirou do casaco uma pequena lanterna, iluminando as galerias escuras.

- Essa galeria não está ligada ao esgoto. – ele observou para os amigos – Ela é na verdade uma das muitas passagens que saem do escritório principal dos valetes. Há pelo menos cinco rotas de fuga que se comunicam com diversas saídas da cidade.

- Isso foi idéia do seu pai ou dos primeiros valetes? – Ron perguntou, curioso.

- Estava aqui antes mesmo da fundação dos Valetes. Mas foram ele e Sirius quem primeiro procuraram explorar toda a extensão de galerias sobre a qual fica o prédio. Meu pai desconfia que esse prédio serviu como alguma espécie de quartel-general durante as guerras contra a França.

- Duvido muito que a Coroa saiba dessas passagens. – a voz de Lyn veio do fundo da galeria, junto com o som de algo metálico sendo arrastado.

Pouco depois, a morena apareceu no campo de visão deles.

- O que você aprontou, Lyn? – Hermione perguntou, observando a amiga, curiosa.

- Nada demais. Só uma pequena explosão em um dos prédios anexos à sede. Eles não vão demorar muito a debelar o fogo.

- Será que isso chamou a atenção dos seus pais? – foi a vez de Ron questionar.

Harry assentiu com a cabeça.

- A essa altura, eles já sabem que nós estamos aqui. Duvido que eles conheçam mais alguém que seja capaz de explodir um anexo dos valetes. E, como a Lyn já tentou entrar no prédio algumas vezes nos dois últimos dias, eles provavelmente até já esperavam isso.

- Devem estar me procurando dentro do prédio. – Lyn completou – Eles não acham que eu ia pegar o carro do Harry de novo e dirigir sozinha para encontrá-lo. E só o Harry sabe das passagens.

- Vamos logo. – Harry encerrou a conversa, voltando a caminhar pela galeria.

Aos poucos, a passagem começou a subir, até entrar em um corredor de pedra minimamente ventilado. Os passos deles ecoavam no silêncio e vozes vinham alternadas das paredes, nos pontos onde ela era mais fina.

Finalmente Harry parou diante de uma porta com uma maçaneta enferrujada. Ele testou a maçaneta e, silenciosamente, ela girou. O rapaz sorriu.

- Meu pai está sempre lubrificando essas juntas. Sorte nossa.

Estavam agora em uma pequena passagem, que acabava por trás de uma tapeçaria cor de vinho. Harry desligou a lanterna ao ouvir a voz de Sirius.

- Vocês a encontraram, Davies?

- Não, senhor.

Uma batida surda na madeira demonstrou que Sirius estava extremamente irritado.

- Ela é apenas uma adolescente, Davies. Não pode ser tão difícil assim dar uma de babá! Lyncis tem que estar aqui no prédio. Faça agora uma varredura e encontre a menina.

- Sim, senhor.

Pouco depois o som de uma porta se fechando ecoou na passagem e Harry sorriu para Lyn.

- Eles são tão previsíveis... – ele murmurou num tom quase inaudível.

Ela meneou a cabeça.

- Não é isso... Eu que sou imprevisível mesmo.

- Sirius... Você não acha que Lyn pode estar falando a verdade? – a voz de James soou do outro lado da tapeçaria e passos se aproximaram deles – Ela não costuma ficar tentando chamar a atenção para si mesma. Isso foi um defeito que ela não herdou de você.

- Pode deixar que eu lido com as loucuras da minha filha, James. – Sirius respondeu, irritado.

- Por que diabos todo mundo acha que eu sou louca? – Lyn perguntou, cruzando os braços.

- Talvez por que você seja? – Hermione respondeu com um sorriso.

Harry riu baixinho e aproximou-se da tapeçaria.

- Ela pode ter descoberto alguma coisa. – foi a vez de Remus observar, sério – Lyncis não está trancada nesse escritório há quatro dias, isolada do mundo. E, sendo filha de quem é, Sirius, eu duvido que ela fosse ficar quieta esperando sua boa vontade em compartilhar informações. Não se esqueça que estamos falando da mãe dela.

- Muito bem, então. Quando Davies encontrá-la, nós ouvimos o que ela tem a falar e depois a despachamos para a Suíça. Se for preciso, eu mesmo a coloco à força dentro daquele bendito avião.

Revirando os olhos, Lyn passou por Harry, que ainda tentou segurá-la e puxou a tapeçaria, revelando-se aos olhos dos três homens.

- Não precisa mais me procurar, papa. Eu estou bem aqui. Mas aviso logo que se continuar com essa história de me embarcar para a Suíça, eu sumo de novo e vou sozinha ajudar mamma e tia Lils.

Sirius levantou-se, espantando diante daquela visão. Harry, Ron e Hermione saíram da passagem também, revelando-se também.

- Mas o que significa isso? – agora era a vez de James se levantar, surpreso.

Harry sorriu, dando um tchauzinho para o pai.

- Olá, pai. O senhor não esperava que eu ficasse de fora dessa história também, não é?

Apenas Remus parecia estar se divertindo com a situação. Havia um sorriso no canto de seus lábios, como se ele estivesse esperando por aquilo a qualquer momento.

Aparentemente, depois que se tornaram pais e adultos responsáveis, James e Sirius tinham esquecido de sua juventude... Eles esperavam mesmo que Harry e Lyn esperassem sentados enquanto eles andavam de um lado para o outro dentro daquele escritório, esperando um telefonema de ninguém mais, ninguém menos que Severus Snape, o mesmo homem que traíra a própria Scotland Yard para Riddle?

Curiosamente, no entanto, havia mais dois jovens com eles. Provavelmente amigos da Academia. Se Harry tinha revelado o segredo dos valetes para os dois, certamente eles eram amigos fiéis... Como ele, James e Sirius eram.

- O que vocês... Como... – James começou, estreitando os olhos para o filho.

- Lyn foi atrás de mim na Toca. E eu os trouxe por uma das passagens secretas. Creio que já seja hora de nos ouvir, não é mesmo?

James sorriu. Confiava no filho. E confiava em Lyn também. Ele virou-se para Sirius, que parecia ligeiramente mais calmo.

- E então?

Sirius também sorriu, um sorriso cansado, quase como se ele se sentisse derrotado diante da filha. Lyn era teimosa como ele. Alguém teria que ceder e ele sabia que, dessa vez, teria que ser ele.

- Temos alguma escolha?

Lyn sorriu e aproximou-se do pai, abraçando-o.

- Não, o senhor não tem nenhuma escolha.

Ele suspirou, fazendo a filha se sentar junto dele. Remus se levantou.

- Creio que devamos proceder com as apresentações, não? – ele sorriu, olhando para Hermione e Ron.

- Esses são Hermione Granger e Ronald Weasley, nossos amigos.

- É um prazer, senhor Lupin. – Hermione foi a primeira a cumprimentar.

Remus estreitou os olhos, surpreso.

- A senhorita me conhece?

- Dos jornais. – ela sorriu – O senhor é o chefe da Scotland Yard.

- Isso é realmente incrível... Nunca pensei que encontraria alguém com menos de trinta anos de idade que se detém a ler jornais. – Remus observou, sorrindo.

- Se tiver tempo para conversar com ela depois, tio Remus, creio que não vai se espantar só com isso.

Hermione sorriu para Lyn e James virou-se para Ron.

- Já ouvi falar muito da sua família. É um prazer conhecer um dos 'ruivos'. – o homem sorriu – Trabalhei ao lado do seu avô na Segunda Guerra.

Ron assentiu com a cabeça, um tanto vermelho.

- Também é um prazer conhecê-lo, Sir Potter.

Harry e Lyn se encararam ao ouvir James falar da guerra. A morena se levantou, mordendo os lábios de leve.

- Tio James, agora que o senhor tocou no assunto e que já fomos todos devidamente apresentados... – ela suspirou – Creio que as notícias não sejam muito boas.

James assentiu, voltando todo sua atenção para a moça.

- O que descobriu, Lyncis?

- A pessoa que está com tia Lils e minha mãe é um velho conhecido do senhor. Um tenente que o senhor e ela conheceram na Alemanha.

James sentiu o ar escapar-lhe ruidosamente pela garganta enquanto se lembrava dos olhos sombrios do homem que lhe fizera as honras do Inferno.

- Klaus Wenticht. – ele murmurou entre dentes, sentindo um desespero crescer em seu peito.

Se Lily e Susan estavam com Wenticht, então eles precisavam ser rápidos. Ou seria tarde demais...


Não vou poder demorar... Tem prova de financeiro agora de manhã e depois, FILME!

Em todo caso, capítulo que vem vocês saberão como Lily e Susan estão...

Beijos,

Silver.