Essa história NÃO é minha, e é SLASH!


Capítulo 2

Dizer que ele estava espantado seria um elogio. Harry Potter estava completa e totalmente chocado. Ele não achava que alguma coisa poderia surpreendê-lo ainda mais, nada exceto Voldemort aparecendo de camisola cor de rosa.

Agora, ele estava a bordo do Expresso de Hogwarts, fechando a distância entre ele, seu adorado lar e seu último ano em Hogwarts. Ele não estava encarando somente a perspectiva de enfrentar Voldemort, mas também a de se casar com um homem em quatro meses. Correção, em um mês provavelmente. Com o Príncipe da Sonserina.

Draco Malfoy.

Os deuses deviam estar rindo dele.

"Hey, cara, o que está acontecendo com você?" Rony acenou a mão em frente ao rosto de Harry, enquanto o adolescente de olhos verdes esmeralda encarava o nada. "Harry, hey Harry!" Harry Potter piscou, sacudiu seus pensamentos mórbidos de sua cabeça, mesmo que apenas por um momento, e sorriu para Rony.

"Olá para você também, Rony." Ele respondeu calmamente. O ruivo piscou e então estreitou os olhos.

"Hey, o que está acontecendo com você? Eu estou tentando conseguir a sua atenção por cinco minutos. Apresse-se, Mione já está guardando lugares para nós a bordo." Harry meramente sorriu pelas palhaçadas de Rony e seguiu o amigo para o trem. Enquanto eles caminhavam para a cabine particular, ele deixou seus pensamentos vagarem. O que ele faria em relação ao seu casamento com Malfoy? Era tão irreal e inesperado que ele não sabia o que pensar disso.

"Hey, Harry." Hermione disse por trás de seu livro. Quando não houve resposta, a bruxa de cabelos espessos olhou para Harry, que estava olhando para fora da janela do trem com atenção. Ela olhou para Rony, que deu de ombros em completo transtorno. Hermione suspirou, quem sabia o que estava na cabeça dele. Ela deixou seu olhar seguir o dele e ficou chocada ao ver que ele encarava Malfoy avidamente. Ela olhou mais de perto.

Aquele, era o Malfoy?

"Maldição, ele parece ainda mais irritante que no ano passado." Rony murmurou.

"Rony, por favor, olhe mais de perto, aquelas são as orelhas dele?" Hermione ofegou de choque. "São; ele é um Elfo!"

"Um Elfo, por quê nós estaríamos percebendo isso agora?" Essa era a primeira questão que Harry fazia desde que eles estavam observando seu nêmesis, caminhando em direção ao trem, regiamente. Cabelo loiro platinado caía por suas costas e atingia seu quadril. Ele estava levemente mais alto do que no ano anterior, mas ainda era facilmente superado por Harry e Rony. Suas feições angulares estavam mais proeminentes, assim como seus olhos com cor de mercúrio e lábios cheios. Sua pele estava mais parecida com alabastro cremoso então, ou de uma palidez vampírica, como muitos haviam pensado antes. Ele estava mais exótico agora. "Ele é lindo." Ele murmurou.

"Ugh, ele ainda tem cara de furão e ainda é um imbecil, provavelmente." Rony fez uma carranca sombria. "Como você pode achá-lo atraente Harry?" Ele gemeu. Hermione rolou os olhos.

"Bem, eu concordo com Harry, ele já era bonito, mas agora está ainda mais atraente. Está no sangue dele, Rony, ele provavelmente é assim há muito tempo, ele meramente usava um feitiço para disfarçar."

"Você nunca respondeu a minha pergunta." Hermione virou-se para Harry, que a olhava com expectativa.

"Oh, bem, é como eu disse ao Rony, ele provavelmente foi assim a vida toda; ele meramente usava um feitiço para esconder suas feições Élficas." Ela pausou por um momento, sua testa franziu-se. "Claro, também pode ser que ele esteja comprometido com alguém."

"Huh?" Rony perguntou estupidamente. Harry olhou-o e sorriu; seu amigo estava revirando sua mochila atrás de sapos de chocolate.

"Preste atenção." Hermione disse bruscamente. "Como eu estava dizendo, ele pode estar comprometido, sendo assim, ele tem um noivo." Ela sorriu. "Harry, se você está assim, tão interessado, eu posso te emprestar esse livro e..." ela parou quando a porta da cabine foi aberta. Crabbe e Goyle os encararam, mas permaneceram de lado e Malfoy apareceu entre eles em toda a sua glória.

Ele estava ainda mais belo de perto. Ele não desdenhou como usualmente, meramente acenou na direção de Rony e de Hermione. "Granger, Weasel." Sua voz estava mais delicada, abafada e musical.

"Malfoy." Hermione acenou, Rony apenas o encarou; mas foi ignorado. Malfoy voltou seus olhos de mercúrio líquido para Harry e Harry se sentiu despido sob aquele olhar conhecido. "Podemos ajudá-lo?"

"Eu estou aqui para discutir algumas coisas com Potter." Ele disse suavemente. Ele olhou na direção deles. "Eu espero que possa tirá-lo de suas mãos durante a primeira metade da viagem para Hogwarts." Harry piscou; aquele era o Malfoy, à frente deles certo? O arrogante e estúpido idiota, que cuspia coisas sem sentido sobre puro sangue e que fizera da vida deles um inferno pelos seis anos anteriores? Ele olhou para Hermione e Rony. A bruxa estava tão sem fala quanto ele próprio e Rony, contudo, parecia desconfiado.

"Um, bem, Harry?" Hermione se voltou para ele. Harry sentiu seu estômago afundar; ele sabia o que Malfoy iria discutir com ele.

Tudo bem Malfoy. Mione, Rony, eu volto mais tarde." Ele disse. Enquanto ele ia para o corredor, Malfoy lhe deu um olhar penetrante. Crabbe fechou a porta.

"Vamos fazer isso num ambiente mais confortável, sim?" Malfoy colocou como uma questão; Harry sabia que era uma ordem. "Estou certo de que você recebeu uma notificação de Dumbledore sobre os eventos, certo?" Malfoy perguntou enquanto eles desciam o corredor, indo para o fim do trem, que Rony havia chamado de território de "Comensais da Morte".

"Sim."

"E, seja sincero, o que você achou?" Goyle abriu a porta de uma cabine vazia, Malfoy entrou primeiro, seguido por Harry, Goyle fechou a porta e Harry soube que eles estavam impedindo qualquer um de entrar.

"O que eu deveria estar achando, Malfoy?" Harry perguntou sarcasticamente. Ele estava totalmente fora de seu elemento ali. Malfoy esparramou-se no assento em frente a ele, ainda gracioso e exótico. Harry engoliu. "Eu estou surpreso, estou ferido e não quero ter minha vida ditada por outra profecia." Malfoy só ouviu e o observou, através de olhos prateados e ilegíveis. "Voldemort já é o suficiente, eu não irei me casar com o filho do segundo em comando dos seus Comensais da Morte." Com isso, o rosto de Malfoy endureceu-se, em sua usual arrogância, antes que ele suspirasse pesadamente e deixasse sua máscara cair.

"Eu não sou um Comensal da Morte." Ele disse simplesmente. Harry piscou.

"Como?"

"Você é tão surdo quanto cego, Potter? Eu acabei de lhe dizer que eu não sou um Comensal da Morte. Como eu poderia dividir assim as minhas alianças? Sim, em todas as famílias puro sangue, lealdade à família é muito importante." Ele disse gentilmente. "Na verdade, eu diria que é a coisa mais importante do mundo. É assim até ele ou ela noive e case com outra família. Se a família escolhida tem alianças diferentes das de sua família de sangue, essas são as alianças que eles tomarão."

"Então você está dizendo que ao se casar comigo, você lutará pelo lado da Luz?"

"Não que eu fosse lutar pela Luz, mas eu apoiaria você, eu nunca poderia lutar fisicamente pelo seu lado, Potter." Ele deu um meio sorriso. "Na verdade, as minhas alianças se transfeririam para você apenas. Não para Dumbledore, Weasel ou Granger, apenas você." Harry recostou-se e digeriu tudo aquilo e Malfoy o observou silenciosamente antes de voltar a falar, sua voz em tons ainda mais gentis. "Meu pai decidiu me ajudar e ajudar a você também, por isso, ele irá passar informações dos planos de Voldemort para mim. Ele acha que eu contarei a Severus primeiro, mas eu provavelmente contarei a você antes de contar a ele. Dumbledore provavelmente tentará omitir o máximo de informações de você, e eu jamais teria meu cônjuge despreparado."

"Você fala como se já estivéssemos casados." Harry murmurou baixinho. Malfoy arqueou uma sobrancelha. "Não é normal você simplesmente deixar acontecer. Por que você não está resistindo a isso?"

"É complicado."

"Nós temos tempo." Malfoy riu; uma risada verdadeira. Ela ecoou pela cabine como um vento suave; melodiosa, harmônica e cheia de humor verdadeiro.

"Eu sabia que você tinha algo duro de roer em algum lugar." Ele sorriu e Harry não conseguiu falar nada. Ele apenas assentiu lentamente, absorvendo, processando e arquivando a bela visão de Draco Malfoy rindo, nos recessos de seu cérebro para possível especulação.

"No reino dos Elfos, há diferentes Casas. Cada Casa possui uma especialização, quase como os bruxos, exceto que seus dons são detectados quando nascem, então quando eles crescem e estão prontos para explorar seus talentos, já foram todos selecionados. Você compreende?" Harry assentiu. "Bem, a cada alguns séculos, há um tipo de talento especial que é altamente prezado entre os Elfos e esse é o dom da Visão."

"Visão?"

"Como em videntes, ou Profetas. Eles vêem fragmentos do que pode acontecer ou irá acontecer. A profecia que nos une foi feita há quase dois mil anos." Os olhos de Harry se arregalaram.

"Então, é importante que nós a completemos?" Harry pôs como uma pergunta. Malfoy assentiu solenemente. "Você tem um dever para com seu povo?"

"Sim, eu suponho que você poderia dizer que meu pai é um Lorde Supremo ou algo assim na sociedade Élfica. É o dever dele que eu seja adequadamente casado, entretanto, sendo parte de uma profecia tão antiga quanto a que nós fazemos parte, então os Antigos Elfos decidiram meu destino." Ele deu um pequeno sorriso. "E o destino do meu escolhido."

Por que eu não estou surpreso? Como você pôde simplesmente sentar e aceitar isso?"

"Eu fui preparado para apenas sentar e aceitar ordens, deixar meu futuro ser planejado por mim. Como meu esposo, você guiará as minhas ações em tudo o que você faça ou diga." Harry embasbacou-se.

"Você quer dizer que vai ter de me ouvir?" Malfoy estremeceu, mas assentiu.

"Sim, você vê, Potter; nesse casamento eu serei submisso a você. O que significa que quando chegar a hora de consumar o casamento, eu ficarei por baixo nesse relacionamento. Não será como um laço Veela, onde eu me submeteria a tudo o que você disser, ou você se submeteria a todos as minhas vontades. Eu me submeterei quando necessário. Por exemplo, quando eu estiver na Sonserina, eu serei como sempre fui; eu lidero, eles seguem. Se eles tentarem me ferir, eu estarei dentro do meu direito de me proteger." Ele pausou e olhou para Harry. "Só porque você acha que eu deveria ser mais gentil com as minhas punições para os outros ou não puni-los, não quer dizer eu vá parar imediatamente. Você entende?"

"Eu acho que sim."

"Deixe-me pôr dessa forma. Se eu estivesse prestes a atacar o Weasel após ele ter me humilhado ou, a Deusa proíba, me enfeitiçar, e você me disser para parar, eu pararia imediatamente." Harry franziu a testa.

"Mesmo que ele merecesse, mesmo que ele estivesse prestes a bater em você, só porque eu disse para você parar, você pararia?" Malfoy assentiu. "Não parece justo."

"Parceiros Elfos obedecem ao seu dominante o máximo que puderem, chame de instinto; eles nunca querem diminuir aos olhos de seu amado." Ele pendeu a cabeça ao que algo parecia tornar-se claro para ele. A expressão curiosa fazia com que ele parecesse fofo; Harry corou. Mantenha seus pensamentos fora disso. Ele murmurou para si mesmo. "Eu creio que você saiba que quando nós consumarmos o casamento, existe a possibilidade de eu engravidar, não?"

"O quê?" ele guinchou. Malfoy rolou os olhos para o céu.

"Deusa, estou prestes a me casar com um imbecil. Você nunca leu nada além da Quidditch Weekly?" Harry ficou ainda mais ruborizado. "Eu interpreto isso como um não."

"Grávido, homens Elfos podem ficar grávidos?"

"Sim, Potter, ou a frase ´Eu irei engravidar' não penetrou seu cérebro?"

"Não fale comigo como se eu fosse uma criança."

"Bem, pare de agir como uma criança iletrada, e eu irei parar de falar como se você fosse uma." Draco retrucou. Harry atirou adagas nele com o olhar.

"Olhe, eu não gosto de você, Malfoy, sim, você é tremendamente bonito, qualquer um pode ver isso, mas você tem um coração de gelo. Eu não pedi para me casar com você, e você certamente não pediu para casar comigo, mas me parece que estamos presos um ao outro pela duração de nossas vidas, ou mais, e eu gostaria de ter a fachada de um casamento normal, se eu puder. Casamento é sagrado. Eu não quero que nenhuma criança que nós possamos ter nos veja brigando como cães e gatos." Harry sufocou, seus olhos queimando com lágrimas, a menção de família sempre o deixara triste e desejoso. Como teria sido a sua vida se seus pais não tivessem sido mortos? Bem diferente do que foi, ele bufou para si mesmo. "Eu só quero um lar feliz, é pedir demais?"

"Não." Malfoy respondeu gentilmente, mas ele parecia mas próximo. Harry olhou para cima, para dentro de olhos prateados como mercúrio. Eles estavam incandescentes com poder nunca visto e tristeza, incerteza e determinação, parecia, para fazer isso. "Nós começamos mal, todos esses anos atrás, essa é uma chance de fazer tudo certo. Se você fizer a tentativa, eu também farei. Assim que essa história de Voldemort terminar, talvez nós possamos ter a vida que você quiser. Por agora, nós precisamos tentar fazer o que vai funcionar agora, podemos acertar os detalhes mais tarde, okay?" Sua voz era suave, reconfortante e Harry estava chocado com como a mera presença dele o relaxava.

"O que você está fazendo comigo?" Ele sussurrou. "Eu me sinto... Muito calmo agora." Malfoy sorriu gentilmente.

"Os Elfos são conhecidos por ter auras calmantes, e aqueles escolhidos para ficarem juntos, são capazes de acalmar seu parceiros ainda mais. Estou feliz que tenha funcionado." Ele se levantou e voltou para sua posição anterior. "Então, você tem alguma pergunta?"

"Sim, quando é o casamento?"

"Dumbledore o marcou para quando chegarmos. Ele parecia saber que nós seríamos sedados gritando e chutando ou nós iríamos nos entender. Esse é o porque de eu ter pedido para conversar com você."

"Maldito velho." Harry murmurou; Draco deu uma risadinha.

"Mais alguma coisa?"

"Sim, se nós vamos nos casar, então há algum laço entre nós, como o laço Veela?"

"Ah sim, nós teremos de ficar juntos o tempo todo durante as primeiras semanas. Depois disso, contanto que nós tenhamos contato em alguns momentos diariamente, nós ficaremos bem." Ele disse calmamente. "Eu acredito que o Diretor tenha nos dado um conjunto de aposentos próprios, então nós poderemos viver ali o resto do ano. Claro, nós somos autorizados a voltar para as nossas Casas, se necessário, mas eu não sei como meus colegas de casa irão reagir ao meu casamento com você. A Sonserina está dividida. Há aqueles que irão me seguir, não importa onde minhas alianças estejam, entretanto, há aqueles poucos que irão tentar me ferir." Ele pausou, pensativo. "Eu acho que irei ficar em nossos aposentos."

"Então eu ficarei com você." Harry disse firmemente.

"Depois da primeira noite, se você quiser, nós poderemos ter camas separadas. Me conhecendo, eu preferiria dormir com você a dormir sem você." Harry piscou. "O vínculo que nós formaremos será de magia, corpo, alma e mente. Se você não consegue fazer magia sem varinha agora, você conseguirá depois que casarmos. Nós conseguiremos nos comunicar telepaticamente um com o outro, nossa empatia será ainda maior ou pelo menos igual. Saber como o outro se sente ou saber se está em perigo é muito importante. Uma vez que nossas almas se vincularão, nós temos que permanecer em algum tipo de contato; uma vez que eu esteja vinculado a você ou vice versa, eu estarei mais inclinado a apenas querer ficar próximo de você, portanto, dormir na mesma cama." Ele se mexeu desconfortável com isso e Harry lhe deu um pequeno sorriso.

"Isso tornaria o vínculo mais fácil para você?" Ele perguntou gentilmente e Malfoy assentiu aliviado. "Então nós dividiremos a mesma cama." Harry mordeu os lábios. "Sobre crianças... Você quer ter crianças?" Ele perguntou tentativamente. Harry não sabia quanto Malfoy queria ceder nesse casamento. Ter sexo com ele era uma coisa; carregar as crianças dele era uma história completamente diferente.

"Você quer crianças?" Ele perguntou de volta. Harry baixou o olhar e remexeu suas vestes.

"Eu gostaria." Ele murmurou baixinho. "Mas eu nunca faria você carregar meu filho a menos que você realmente queira." Ele disse defensivamente. "Seria muito egoísta da minha parte."

"Seria egoísta da minha parte se eu lhe negasse o direito também." Malfoy disse abruptamente. "Mas respondendo à sua pergunta... Sim, eu gostaria de ter filhos." Ele sorriu melancolicamente. "Eu sempre fui solitário quando criança, minha mãe não queria mais crianças depois de me ter, disse que iria arruinar a aparência dela." Seu rosto ficou sombrio por um momento, mas então ele sorriu gentilmente. "Eu acho que seria agradável ter duas crianças correndo por aí." Ele olhou para Harry. "Eu acredito que isso responda a sua pergunta, não?"

"Sim." Harry disse sorrindo. "Oh, você pode me chamar de Harry, afinal você será meu esposo." Malfoy piscou, surpreso, mas então sorriu.

"Então você pode me chamar de Draco e eu serei seu Consorte." Harry olhou para ele confuso. "Eu esqueci de explicar. Como eu disse, meu pai é Lorde Supremo, eu compararia isso a um Duque Inglês. Uma vez que meu pai possui um título, eu também possuo. Eu sou Primeiro Lorde Draconius Lucius Alexander Malfoy. No entanto, como estou me casando com você, meu título de Primeiro Lorde será passado a você, como meu esposo." Os olhos de Harry se arregalaram.

"Você quer dizer que eu vou me tornar Primeiro Lorde?"

"Sim, e eu me tornarei Primeiro Consorte. É uma grande honra, acho que a última vez que um bruxo se tornou Primeiro Lorde foi há milhares de anos."

"E você está bem quanto à isso?" Draco o olhou com um sorriso largo.

"Por que não estaria, só porque eu me tornarei Primeiro Consorte não quer dizer que me casei com alguém inferior a mim, isso só quer dizer que eu sou submisso ao meu Lorde, que por sua vez é tão ou mais poderoso que eu. É uma honra ser Primeiro Consorte, assim como é uma honra para você ser Primeiro Lorde."

"Eu irei entender isso, mais cedo ou mais tarde."Harry disse. Ele estava assustado quando o sino de aviso tocou. "Merda! Rony e Hermione, devem estar preocupados. Você disse que me traria de volta há vinte minutos!" Draco piscou e então deu de ombros inocentemente.

"Nós tínhamos muito que conversar." Ele respondeu. "Eles irão compreender quando virem o que acontecerá no banquete hoje à noite."

"E você tem certeza de que será hoje à noite?" Harry perguntou nervosamente. Draco sorriu e pela primeira vez desde que haviam começado a conversar, Harry viu o velho Draco emergir.

"Você conhece algo ou alguém capaz de dissuadir Dumbledore de fazer o que ele quer?" Harry suspirou e balançou a cabeça. "Eu pensei que não mesmo." Draco bateu na porta; Goyle a abriu e olhou direto para Harry.

"Se você o machucar, eu farei picadinho de você, Potter." Goyle disse clara e concisamente. Crabbe virou-se para Harry também.

"E você pode me incluir nisso. Você pode ser o Lorde-sei-lá-o-quê dele, mas nós ainda não confiamos em você. Você terá de merecer isso." Ele disse severamente. Harry olhou para eles e então de volta para Draco.

"Eles têm cérebro?" Ele perguntou. Draco suspirou e balançou a cabeça.

"Nós somos sonserinos Harry, todo sonserino tem uma máscara com a qual ele ou ela quer que o mundo os veja." Ele disse seriamente. "A escola inteira pensa que nós somos maus, Comensais da Morte em treinamento e todo aquele non-sense." Ele deu de ombros e sorriu tristemente. "Muitos estão tentando encontrar uma forma de reescrever o caminho que nossos pais nos escreveram." Ele acenou para Crabbe e Goyle. "Por minha causa, eles não têm mais de trilhar o caminho da Marca Negra, eu escolhi protegê-los e em troca, depois que casarmos, eles protegerão você. É como as coisas funcionam." Draco sorriu. "Há mais lealdade na Sonserina, provavelmente, do que na escola toda."

"Eu contestaria isso." Harry disse teimosamente. Draco assentiu.

"Então eu acho que você terá de nos visitar e descobrir por si mesmo." Ele sorriu e Harry lhe deu um sorriso de volta.

"Eu acho que sim. Te vejo mais tarde Draco."

"Eu o verei no banquete, meu Lorde." Draco murmurou. Harry virou-se e olhou-o novamente e por algum instinto, lhe fez uma reverência.

"E eu o verei também, meu Consorte." Draco piscou devido à resposta formal, mas também fez uma reverência. Ele gesticulou para Crabbe e Goyle; Goyle fechou a porta e montou guarda novamente enquanto Crabbe escoltava Harry de volta para seus amigos.

"Você sabe que eu nunca o machucaria propositalmente, não sabe?" Harry perguntou para sua escolta. O jovem musculoso grunhiu, mas um lampejo de respeito passou por seus olhos.

"Eu duvido que você o fizesse, Potter. É o fato de que você possa machucá-lo sem querer que vai manter Goyle e eu bafejando em seu pescoço. Apesar das aparências, Draco teve uma vida pior que muito de nós. Ele foi dividido em dois, o sangue Élfico chamando-o tanto quanto o bruxo. Eu estou feliz de que ele tenha encontrado o seu Escolhido, seja por causa da profecia ou não, e tendo sido ou não, todos os que o seguem estão agradecidos." Harry nunca ouvira uma fala mais coerente dele. Talvez ele e seus colegas de casa estivessem errados.

"Nós temos a impressão errada sobre vocês, não temos?" Ele perguntou a Crabbe. O garoto lhe deu um sorriso de escárnio digno dos padrões de Malfoy enquanto abria a porta da cabine, revelando uma Hermione preocupada e um Rony irado.

"Hey, o cara de furão disse metade da viagem, não a viagem toda, babaca." Rony gritou. Crabbe grunhiu e virou-se para voltar por onde viera. Discretamente, para um garoto de seu tamanho, ele voltou-se e sussurrou na orelha de Harry,

"Você não faz idéia, Garoto de Ouro."

N/T

eu sei, esse cap demorou horrores, e deve tar cheio de erros...

eh que a autora soh me mandou u cap hj (longa história), e eu traduzi às pressas, para poder postar ainda hj, entaum, qqr erro, por favor ignorem

Fui!

E.R.F.D