Capítulo 5

Acorde Harry. Olhos esmeralda se abriram e Harry gemeu enquanto arqueava suas costas, lançando um braço para o lado; e encontrando o ar. Ele sentou-se rapidamente e então sorriu gentilmente quando seu olhar caiu sobre Draco, sentado na penteadeira, no canto, penteando seu cabelo.

"Dia." Ele murmurou, correndo seus dedos delicadamente sobre o pescoço de Draco. Draco sorriu para ele enquanto o olhava através do espelho.

"Nós temos convidados. Granger, Weasley, e Elena estão aqui. Eles estão na sala de espera."

"Nós temos uma sala de espera?" Harry perguntou incrédulo; Draco rolou os olhos enquanto se levantava.

"Claro, a sala de estar ainda não foi limpa." Ele olhou Harry com uma sobrancelha arqueada e Harry lembrou-se de si mesmo descartando o robe de Draco ali na noite anterior. Ele corou.

"Oh."

"Eu irei atendê-los, vista-se. Dobby arrumou um traje para você, é Élfico, mas visto que você agora é um Lorde Élfico, você freqüentará a Corte."

"Uhh." Draco suspirou e sorriu gentilmente.

"Eu sei, é muita coisa, mas meu pai deve no visitar em breve e nós lhe explicaremos tudo. Mas agora nossos convidados estão esperando. Apresse-se e vista-se, eu irei enrolar o Weasel o máximo que conseguir, no entanto, você sabe o quanto ele me odeia." Draco o enxotou para o banheiro, mas não antes que ele roubasse um beijo. Draco ficou atordoado por um momento, antes que o calor e a gentileza sumissem de seu rosto e sua máscara tomasse forma. Harry suspirou.

Eu realmente não gosto dessa máscara. Ele sentiu um calor delicado fluir por ele, como se fosse um abraço reconfortante de seu vinculado.

Todas as máscaras são necessárias, você aprenderá isso em pouco tempo. Ele disse calmamente.

"Abençoados sejam." Draco disse, ao entrar no quarto. Elena sorriu, levantou-se e fez uma reverência para ele. Draco sorriu apropriadamente e fez uma reverência também. "Elena, eu estou feliz que você tenha vindo."

"Eu não poderia perder o casamento de meu sobrinho. Seu Lorde é um belo jovem, muito poderoso em magia também. Eu vejo que seu vínculo foi completado." Draco sentiu seu rosto se corar de embaraço, mas ele virou-se para os outros convidados e reverenciou.

"Bênçãos," ele disse baixinho. Hermione sorriu para ele e assentiu.

"Bom dia, Malfoy."

"Weasley." Draco disse friamente. Rony o fulminou com o olhar, mas grunhiu. Draco suspirou enquanto se sentava de frente para Hermione e à direita de Elena. "Eu espero que os refrescos tenham estado do seu agrado."

"Sim, obrigada, Dobby fez um ótimo trabalho." Ela disse baixinho. "Você estava assombroso ontem, em seu casamento. Eu fiquei chocada, um pouco chateada que Harry não tenha nos contado, mas, isso parece adequar-se a você e a ele." Ela sorriu e Draco respondeu hesitantemente.

"Obrigado por isso. Quanto a Harry não lhes contar, bem, ele não tem de lhes contar tudo, tem?" Hermione piscou, mas balançou a cabeça.

"Não, mas é que ele normalmente conta."

"Talvez ele quisesse manter isso para ele mesmo." Draco sorriu levemente. Hermione sorriu largamente.

"Isso quer dizer que ele está crescendo?" Ela caçoou. Draco sorriu lentamente.

"Eu não sei, você terá de perguntar ao meu Lorde." Ele respondeu enquanto se inclinava e se servia de mais chá. Pelo canto do olho, Draco viu Rony o fulminando com o olhar e então olhando a porta como um falcão. Draco graciosamente pôs creme e açúcar em seu chá e então o mexeu lentamente e tomou um gole lento. "Há alguma coisa urgente que vocês precisem fazer?" Ele perguntou inocentemente. Rony grunhiu.

"Nada do seu interesse, onde está Harry?"

"Meu esposo virá quando estiver pronto." Draco disse suavemente.

"O que você fez com ele?"

"O que eu poderia fazer com ele?" Draco perguntou calmamente. Rony levantou-se de um salto e apontou um dedo em seu rosto. Elena ergueu-se, seus olhos se estreitando.

"Você é o maldito Príncipe da Sonserina, um Comensal da Morte em treinamento e o desgraçado que tornou nossas vidas miseráveis nos últimos seis anos. Eu não confio em você e...!"

"Já é o suficiente." Harry disse lentamente. Harry se aproximou deles, estreitando os olhos. Ele fez uma reverência para Lady Elena, que a retribuiu. "Bom dia Lady Elena."

"Abençoado seja, Primeiro Lorde," ela cumprimentou formalmente; ela olhou ao redor do aposento. "Há desavenças aqui, que eu não devo presenciar. Draconis, querido, se você precisar de alguma coisa deixe-me saber." Ela beijou delicadamente sua testa. "Fique bem hoje, Jovem. Eu ficarei aqui por outra noite; amanhã eu deverei partir."

"A Floresta chama." Draco disse, compreensivo e sorrindo. "Eu a verei partir amanhã então." Ela fez uma reverência e saiu do aposento. Após a porta se fechar; Draco virou-se para Rony. "Como você se atreve de me acusar de coisas que você meramente especula?"

"Não é especulação, é fato. Todos sabem de sua família. Todos vocês lidam com Arte das Trevas e Lordes das Trevas."

"Rony!" Hermione disse bruscamente. "Por favor, não é hora para isso. Nós viemos aqui ver como eles estão."

"Você veio aqui para ver como eles estão. Eu vim para tirar Harry dessa e mantê-lo longe desse sujo o mais rápido possível."

"Eu disse chega!" Harry disse subitamente; a porcelana na mesa se estilhaçou. "Rony, você está delirando. Draco não é um Comensal da Morte, e eu não irei permitir que você o acuse de ser um em minha presença."

"Como você pode ficar aí e defendê-lo Harry!" Rony perguntou, horrorizado; seu rosto estava quase da mesma cor que seu cabelo de fúria e Hermione assistiu, impotente, enquanto os dois amigos discutiam, assim como Draco.

"Ele é meu Consorte, pelo amor de Merlim, por que eu não o defenderia?" Harry gritou de volta. "Ele e eu já discutimos isso no trem e quaisquer que sejam minhas alianças, ele me seguirá. Droga Rony, por que você não pode aceitar isso?" Harry suplicou. Rony atirou adagas com o olhar para Draco.

"Porque ninguém muda assim em minutos Harry, ninguém."

"Eu mudei." Harry disse delicadamente. "Eu mudei, e depois de ouvi-lo, eu mudei de opinião, Rony, eu não consigo explicar, eu me sinto tão calmo, tão completo e equilibrado. É o melhor sentimento do mundo." Ele olhou para seu melhor amigo. "Eu não poderia deixá-lo agora nem se quisesse; o vínculo nunca nos deixaria ficar separados." Os olhos de Rony se arregalaram.

"Você quer dizer que vocês consumaram... Harry, por quê?"

"Porque eu quis," Harry rosnou. "Hermione, o que você acha?" Hermione deu uma olhadela em ambos, e então para a forma estagnada de Draco, de pé atrás de Harry.

"Eu acho que vou lhes dar uma chance."

"Mione!"

"Ronald Weasley," ela o encarou, "Tudo mudou e nada é como era. Use sua cabeça Rony, Harry não vai e não pode quebrar esse vínculo e nem Malfoy pode, seja razoável."

"Eu não vou deixar vocês tentarem fazer Harry escolher entre nós." Draco disse delicadamente; todos se viraram para ele. "Você é muito importante para ele Weasley; ele precisa do seu apoio. Você não pode ver que ele está dividido?" Draco perguntou. Rony deu uma olhada para o corpo tenso de Harry e assentiu levemente. "Então por que fazê-lo escolher? Eu não vou permitir que você o odeie por minha causa, e eu não vou permitir que você me humilhe por causa das coisas que eu fiz e disse no passado. Nós não somos crianças e o mundo em que estamos agora não é um mundo de crianças. Voldemort é muito real e Harry é o único que pode derrotá-lo. Ele precisa de todo o apoio que puder ter," Draco suspirou, "e eu sei que a maior parte da força dele vem do amor que ele tem por você e pela Granger."

"Decidam entre vocês. Eu não tenho nada mais a dizer, apenas isso; eu nunca machucaria Harry propositalmente. Eu sou o Consorte dele, e é meu dever ficar ao lado dele e respeitar suas vontades. Ele realmente deseja que nós nos demos bem e é isso o que eu tentarei fazer. Eu lhes desejo grandes bênçãos e bem estar." Draco lhes fez uma reverência, sorriu tristemente para Harry e saiu graciosamente pela porta, fechando-a atrás de si.

O silêncio era tenso. Harry sentia a frustração e a mágoa de Draco, e queria confortá-lo, mas ele tinha que terminar aquilo primeiro. "Bem, o que você diz Rony?" Rony olhou teimosamente para a lareira. Hermione sentou-se novamente na poltrona e suspirou.

"Dê algum tempo a ele, Harry."

"Ele não me deu tempo para me explicar." Harry disse petulantemente. Uma fagulha de irritação fez seu caminho através do vínculo. O quê?

Isso foi realmente infantil. Você pode fazer muito melhor que isso, Harry. Draco o repreendeu gentilmente. Harry suspirou.

"Eu sinto muito, olhe, Rony, pense no que ele disse, okay? Volte quando tiver feito sua decisão. Eu tenho certeza que vocês podem resolver isso." Hermione se ergueu, beijou sua bochecha e marchou para fora; ignorando completamente seu namorado. Rony deixou escapar um xingamento baixo e a seguiu. Alguns momentos se passaram e então Draco apareceu na porta.

"Desculpe."

"Não há razões para você se desculpar, Rony está sendo ele mesmo. Ele quase nunca pensa antes de agir." Harry bufou. Draco afagou seu ombro enquanto rodeava a poltrona de camurça bege. Ele se ajoelhou, suas vestes azul marinho se amontoando a seus pés enquanto ele começava a limpar a porcelana estilhaçada do tapete Persa. "Draco, Dobby pode fazer isso."

"Ele não sabe o quão delicados os tapetes Persas são." Draco disse levemente. "Eu prefiro espetar um dedo e curá-lo imediatamente a ter de pedir um tapete novo."

"Você quer dizer que tudo isso é seu?"

"Nosso." Draco corrigiu. "Um presente de casamento, de Papai." Harry piscou e então um sorriso lento se instalou em seus lábios sensuais enquanto Draco corava.

"Papai?" Ele perguntou, caçoando.

"Pai." Draco murmurou, enquanto voltava para sua tarefa auto imposta.

"Um presente de casamento, huh? Só esse aposento?" Harry perguntou ao olhar em volta; simples, embora caro e muito elegante.

"Não, tudo, suas roupas também." Draco disse simplesmente. "Eu acredito que ele tenha te visto em algumas roupas horrorosas alguns anos atrás, e manteve sua opinião de que seu guarda roupas precisava de uma boa melhora. Eu espero que ele esteja errado, tudo o que ele comprou são roupas Élficas, e suas roupas trouxas são atuais, não são?" Quando Harry não respondeu, Draco olhou para os olhos esmeralda, arregalados e muito inocentes e suspirou. "Eu acho que já devia ter esperado por isso. Bem, não importa, Pansy, Blaise e eu o levaremos às compras em breve." Harry gemeu. "Ora, ora, você precisa estar apresentável o tempo todo."

"Claro," ele disse altivamente, e Draco riu. "Draco, eu estava pensando; Severus o chamou de filho, assim como a mim. Uhm, isso quer dizer o que? Eu quero dizer, ele realmente é seu pai?" Draco lhe deu um sorriso afetuoso enquanto se erguia e se sentava ao seu lado.

"Se você está perguntando se ele é minha 'mãe' de alguma forma, então a resposta é não. Lady Malfoy me teve." Ele suspirou. "É tremendamente complicado."

"Nós temos tempo." Harry disse sorrindo. Draco assentiu e começou a falar.

"Quando meu Pai conheceu Sev, ele soube imediatamente que aquela era sua outra metade. É sempre assim que ele explica. Veja, os Antigos já haviam falado com os Profetas da raça Élfica. Eles disseram que a linha Élfica dos Malfoy seria dividida em dois mundos em tempos por vir." Seu rosto ficou triste. "Eles disseram que o pai do escolhido na nossa profecia iria se aliar ao destino de seu pai e que sua outra metade seria sua por duas luas antes que a tragédia os separasse." Harry franziu a testa.

"Eles viram que ele iria se voltar ao Lorde das Trevas?" Draco assentiu. "E que ele iria conhecer Severus Snape."

"Sim."

"E o que são duas luas?" Harry perguntou.

"O mesmo que dois anos. No Reino dos Elfos, a lua brilha mais freqüentemente que o sol. Há duas luas que são mais especiais que as outras. Quando a lua é branca como cristal puro, sem nuvens a obstruindo, significa que os anos a seguir serão quase como o paraíso." Seu sorriso era triste, mas melancólico. "Como os Profetas haviam visto como a sua outra metade era, eles lhe disseram, na esperança de que ele a encontrasse mais cedo, ou ao menos se casasse com ele antes que qualquer coisa pudesse acontecer, mas isso não aconteceu."

"O que aconteceu?"

"De alguma forma, meu avô descobriu. Ele ficou furioso. Ele já havia comprometido meu Pai à minha Mãe; ele não deixaria nada impedir a união. Severus estava fazendo meu pai repensar tudo o que seu pai lhe dissera. Amor sempre fora uma fraqueza para os Malfoy, meu pai acreditava firmemente nisso, mas o que ele podia fazer? Ele havia se apaixonado por seu destinado, e ele se sentia mais poderoso por causa desse amor."

"Meu Pai me disse que eles tiveram uma briga terrível por causa disso. Minha avó morreu ao dar à luz a meu pai, mas ela era uma Elfa pura. Só se precisa de um Elfo puro para se fazer outro. Qualquer criança que nós tivermos será tão pura quanto eu e meu pai. Seu sangue o estava chamando para a floresta de nosso reino. Ele estava sendo dividido em dois. Sempre foi uma batalha entre eles a herança Élfica. Meu Pai queria ir e visitar o mundo que era seu por direito de nascimento, meu Avô, no entanto, queria que ele ficasse, fosse parecido com ele e prometesse lealdade ao Lorde das Trevas." Draco pausou.

"Ele recusou a Marca, não recusou?" Harry disse delicadamente; Draco assentiu, seus olhos brilhantes com lágrimas, mas Harry não disse nada. "Se ele recusou, então por que...?"

"Meu Avô seqüestrou Severus durante uma daquelas malditas batidas deles. Eles o espancaram, é o que sei, e meu Pai sentiu a dor de seu cônjuge. Ele confrontou seu pai. Meu Avô lhe deu um ultimato; unir-se ao Lorde das Trevas e seu cônjuge seria libertado ao invés de ser morto. Nessa época, eles já estavam vinculados fazia três anos. Meu Pai teria feito qualquer coisa por Sev. Ele concordou, mas eles o enganaram. Quando ele foi buscar Sev, seu amante já tinha a Marca Negra, contra a sua vontade, mas o que estava feito estava feito. Meu Pai ficou horrorizado; agora ambos estavam presos nesse destino. Ainda pior, depois de sua formatura, ele deveria se casar com a minha Mãe."

"Merlin," Harry respirou, "Eu nunca soube." Draco rolou os olhos.

"Poucos sabem da verdade. Eles ficaram separados depois disso, meu Pai e Sev se viram pela última vez no casamento de meu Pai. Depois disso, muitas coisas aconteceram. Sev desertou, meu Pai me teve, os Potter...bem," ele limpou a garganta. " Muitas coisas aconteceram."

"Bem, parece que Lucius tem estado em contato com o Reino Élfico."

"Sim, depois que meu Avô foi morto, ele imediatamente partiu para a floresta, e ele me levou junto também. Minha Mãe nunca foi uma mulher maternal; ela se importava apenas com o nome Malfoy e com a fortuna. Nós ficamos longe do mundo bruxo pelos cinco primeiros anos da minha vida. Oh Harry, é lindo ali, tão cheio de paz, e a magia ali é Selvagem."

"Selvagem?"

"Sim, isso significa que ela não pode ser controlada por uma varinha. É elemental; vem da terra, do céu, da água, e magia por si mesma. É realmente glorioso. Você vai adorar, quando nós visitarmos." Ele sorriu largamente. "Foram os melhores anos para nós dois. No entanto, ficar longe de seu parceiro estava cobrando seu preço dele e de Sev. Ele ficou deprimido e frio, até mesmo cruel algumas vezes; ele estava muito amargurado. Claro, me ter por perto ajudava, mas quando minha Mãe exigiu que nós voltássemos, ficou ainda pior." Draco suspirou. "Eu não irei mentir a você, ele participava das batidas, e ele gostava deles de uma certa maneira. Não a matança, os estupros, pilhagem ou coisas assim, mas que agora havia pessoas tão ou mais feridas que ele. Meu Pai estava miserável, mas agora, espero, isso irá mudar."

"Com você casado comigo, agora ele pode visitar Severus?"

"Em parte sim, mas ele sabe que você cuidará de mim e que eu estarei feliz." Ele adicionou timidamente. Harry sentiu uma alegria irrefreável correndo por ele com isso.

"É claro, é tudo o que eu quero; que você seja feliz." Ele disse. Draco sorriu e brincou com os enfeites de seda de suas vestes. Desejo cresceu dentro de Harry e ele se inclinou, envolvendo o rosto de Draco com as mãos, e o beijou lentamente. Draco dissolveu-se em suas mãos, gemendo baixinho quando o beijo se aprofundou. Quando Harry finalmente se afastou, os dois estavam sem fôlego.

"Deusa," Draco respirou. "O vínculo está completo, mas ter você me tocando desse jeito traz tamanha onda de paixão." Harry ainda estava em uma neblina; estava acontecendo rápido demais, mas não ao mesmo tempo. Havia questões em seus olhos, ao que Draco balançou levemente a cabeça.

"O quê?"

"Um dia de cada vez, Harry. Vamos devagar, um dia de cada vez." Ele disse gentilmente. Harry assentiu e agarrou a parte de trás da cabeça de Draco, puxando-o até que seus narizes se encontrassem.

"Tudo bem, mas agora," sua voz ficou rouca, "eu quero você." Os lábios cheios de Draco se curvaram em um sorriso sedutor, o desejo fez seus olhos refulgirem, e enquanto ele se movia, sentando-se graciosamente no colo de Harry, seus movimentos eram feitos para tentar. O corpo de Harry se incendiou.

"Então me tenha." Draco respondeu suavemente. Harry deu uma risadinha enquanto abaixava a cabeça para um beijo passional. "Deixe-me lhe dar prazer." Ele sussurrou em sua orelha. Harry riu, rouco, inclinando-se para a frente, pressionando Draco nas almofadas delicadas abaixo dele.

"Está tudo preparado, Lucius?"Aquela voz enviou arrepios de desgosto e medo por ele. Aquelas mãos frias corriam por sua coluna como se ele fosse uma possessão; o que, em vários casos, ele era.

"Sim, Milorde." Ele respondeu baixo. Voldemort deu risadinhas baixas enquanto saía da cama. Lucius sentou-se, estremecendo com a dor na parte baixa de suas costas, seu cabelo cobrindo seu corpo enquanto observava o homem a quem ele supostamente daria a vida se movendo pelo quarto. Alguns anos antes, seu corpo fora quase o de um monstro reptiliano, mas a magia fazia maravilhas. Seu corpo estava inteiro mais uma vez.

E tudo graças aos dragões.

O sangue deles restaurara sua forma humana e quase triplicara seu poder. Ele não precisava mais de uma varinha; ele podia matar meramente pensando nisso. Olhos carmesins brilhavam com loucura, seu cabelo agora era negro como a morte, e caía por suas costas. Ele era mais alto e mais forte que a forma Élfica e flexível de Lucius. Ele caminhou em sua direção e o beijou com força. Lucius o aceitou obedientemente, mas por dentro a dor já começava a tomar forma. "Seu corpo é tão belo quanto há vinte anos. Tanto fogo, tanto poder, você me agrada muito Lucius."

"Eu desejo agradar." Lucius disse reverentemente, seu corpo tremendo com a dor do vínculo; sua punição por trair seu amado. Ele a recebeu bem, ele a merecia no momento.

"Seu filho está casado com Potter, não está?" Lucius sentiu medo se enrolando em suas vísceras.

"Sim, Milorde." Ele respondeu. Voldemort assentiu.

"Hmm, o que você pode dizer sobre isso?" Sua voz estava enganosamente calma; Lucius podia sentir sua curiosidade e sua raiva.

"Os Profetas de nosso Reino previram esse acontecimento há dois mil anos. Os Antigos realizaram a cerimônia, minha opinião não foi pedida, no entanto, Harry Potter é agora uma adição à minha família." Ele respirou fundo. "Será fácil capturá-lo agora. É o que você deseja?"

"Não, assim que conseguir o que quero, até mesmo o grande Harry Potter cairá morto aos meus pés." Voldemort desdenhou. "Lindo, lindo Lucius, você parece decadente, mas eu não estarei no humor por um tempo. Eu jamais quereria... Marcar esse corpo." Ele correu as pontas dos dedos por sua pele delicada de alabastro. "Delicadeza de bebê, sua raça é cheia de pessoas belas, mas você e seu filho são os mais belos de todos eles. Vista-se, querido, eu o chamarei quando precisar de você novamente."

"Milorde." Lucius curvou sua cabeça, apanhou suas vestes Élficas, vestiu-as e saiu da Mansão Riddle. Ele andava rapidamente, bílis subindo por sua garganta enquanto pensava em tudo que seu Mestre lhe fizera. Ele estava envergonhado; havia se prometido apenas para Severus, e por vinte anos estivera casado com uma mulher que não amava, e agora, graças aos dragões, ele era novamente a concubina do Lorde das Trevas.

Os Destinos deviam odiá-lo.

Ele fez isso após passar pelas proteções, convocando sua magia Élfica; ele desapareceu e reapareceu em seus aposentos na Mansão. Ele parou ali mesmo.

Severus desviou os olhos do fogo, e seus olhos perfuraram os de Lucius. Ele absorveu o seu estado desarrumado e suspirou. "Eu achei que isso fosse acontecer." Lucius não disse nada, mas correu para o banheiro e vomitou no sanitário. Uma mão quente e calmante em suas costas, e o amor e reconforto que fluía através de seu vínculo o acalmou de alguma forma, ao que Lucius se levantou, tremendo, deu a descarga e foi até o chuveiro, abrindo-o.

"Eu me sinto sujo." Ele disse tristemente. "Por que você ainda me quer?" Severus sentiu sua dor e desgosto, e o abraçou cuidadosamente por trás.

"Eu te amo, Lucius. E sempre o amarei, você sabe disso. Você faz o que tem de fazer, representar, representar seu papel. Você não quer isso, eu sinto isso em você, mas você faz seu papel." Ele suspirou e enterrou o rosto nas mechas platinadas enquanto sufocava sua mágoa e raiva do mundo. "Eu não gosto disso, eu não aprovo, mas você é meu Lorde, eu sou seu Consorte, eu vivo para você; para tranqüilizá-lo, para amá-lo, para confortá-lo, e agora é tudo o que posso fazer." Eles permaneceram em silêncio por alguns minutos até que Lucius removesse suas vestes e entrasse debaixo da água quente.

"Queime-as." Ele disse calmamente. Severus tocou tristemente as vestes de seda bordada; aquelas eram as favoritas de Lucius. Ele alimentou as chamas com elas, e assistiu enquanto o tecido ficava negro e retorcido. Ele já fizera isso muitas vezes. Quando Lorde Voldemort tomara Lucius pela primeira vez, ele viera para a ala de Severus, retraído e envergonhado. Ele tomara uma ducha e pedira a Severus que queimasse suas roupas. Era terapêutico, ele supunha. Ele sempre achava que Severus o deixaria, ele lhe dissera muitas vezes que ele estava corrompido, que nunca deveria ter aceitado aquilo. Severus lhe dissera calmamente, muitas vezes, que se ele não tivesse aceitado, os dois estariam mortos. Ele o tranqüilizara várias e várias vezes, dizendo que ele sempre estaria ali para ele, que ele sempre amaria Lucius.

Fora uma bênção quando Voldemort fora derrotado pela primeira vez. Lucius começara a se curar dos anos como amante de Voldemort, Severus vira o quanto ele amava e era louco por Draco, como os anos passados com sua raça aplacaram suas feridas, como ele ficara mais poderoso... E mais belo enquanto os anos passavam. Quando Voldemort retornara, estava tão desfigurado e odiava a forma que ele tinha; Lucius não precisava se preocupar. No entanto, agora que os dragões haviam restaurado o corpo humano de Voldemort... O ciclo estava se repetindo. Todo o bem que os anos haviam feito a Lucius estava sendo lentamente destruído a cada noite que Voldemort o chamava para sua cama.

"Ele está planejando alguma coisa." Lucius disse baixo. Severus voltou-se para ele; ele estava vestindo um robe frouxo de seda negra e uma calça de pijama de seda negra. Enquanto se aproximava de Severus, ele secava sistematicamente seu cabelo, uma camada de cada vez.

"Você sabe o que?"

"Não, apesar de ter algo a ver com a pequena vila perto de Hogwarts." Os olhos de Severus se arregalaram.

"Os estudantes freqüentam as lojas ali. Estou certo de que Draco e Harry estarão entre eles, se forem autorizados a ir. Você quando será o ataque?"

"Não, ele não disse a ninguém." Lucius suspirou cansado. "Ele está ficando mais excitado, a batalha está se aproximando, eu consigo sentir isso."

"Então você estará indo para Hogwarts em breve?"

"Sim." Eles caíram em silêncio. "Venha, fique comigo." Lucius disse delicadamente ao subir na cama king size. Severus tirou as vestes negras que sempre usava, deixando sua camisa branca de botão e sua calça, ele subiu na cama e se enrolou em Lucius. A proximidade era confortante; seu vínculo estava se curando, voltando a ser tão forte quanto costumava ser. "Obrigado, por ficar comigo." Lucius disse, descansando sua cabeça no ombro de Severus.

Você não tem de me agradecer, amado. Eu faço isso porque quero. Ele disse, suas palavras ecoando na mente de Lucius. "Durma, amor, eu ainda estarei aqui pela manhã."

"Nunca me deixe." Lucius murmurou baixo.

"Eu sempre estarei aqui para você, Luc, não precisa se preocupar. Descanse, meu Lorde Supremo ou eu irei drogá-lo com uma poção sedativa." Severus disse por brincadeira. Lucius deu uma risadinha baixa e deixou sua mente deslizar para a inconsciência. Severus assistiu enquanto Lucius relaxava contra ele enquanto ele caía em um sono cada vez mais profundo. Seu corpo encaixou-se no de Severus por instinto e familiaridade. "Em breve, amor, você poderá sorrir de novo, em breve." Severus murmurou. Ele beijou sua têmpora delicadamente. Lucius murmurou baixo, sorrindo, e se aconchegou mais. Severus sorriu afetuosamente e seguiu seu parceiro para a terra dos sonhos.

N/T

bom, tah aih mais um cap!

esperu q gostem e, jah sabem, reviews! E pra qm deixou, VLW!

Eternal Requiem