Capítulo Dez

Harry, Rony e Hermione encararam a Mansão Malfoy assombrados e de língua presa. Era linda e imponente. "Isso não é uma Mansão, Draco, isso é um castelo!" Rony disse estarrecido. Draco, que pedia aos elfos que levassem suas coisas, virou-se e sorriu.

"É um lar, Rony, isso é tudo o que importa. Venham, acredito que a Ala Leste foi preparada para o seu uso." Ele disse, conduzindo-os para dentro. O interior era de tirar o fôlego; tetos arqueados, colunas de mármore verde se esticando do chão até o teto, onde o domo começava. Um candelabro iluminava o saguão com um brilho turvo, mas elegante. Os pisos eram feitos do mesmo mármore verde ao longo dos corredores, "Mas apenas nessa seção da Mansão," Draco dissera.

"Por quê?" Hermione sussurrou, enquanto seu olhar se pregava nas paredes, de onde antigas tapeçarias pendiam e vasos antigos, de valor incalculável, estavam estrategicamente distribuídos.

"Isso era usado há séculos para quando havia festas. Meu pai deu uma recepção uma vez, e ele disse a todos os convidados que eles não podiam passar de onde o piso de mármore verde terminava." Draco apontou para baixo e os três grifinórios viram que o verde rico se desvanecia em creme. "Nós estamos agora na Ala Leste, Rony, Hermione; essa é a sua parte da casa durante a nossa estadia. Iremos para o Reino Élfico por mais ou menos uma semana, mas depois disso, nós voltaremos e ficaremos na Mansão até que a escola recomece." Draco alcançou um par de portas duplas de carvalho claro e as empurrou.

"Draco, é lindo!" Hermione disse baixinho enquanto seu olhar viajava pelo aposento, que era decorado em tons terrenos. A cama era de carvalho claro, como as portas, mas grande como uma king size com tons escuros, mas suaves, de azuis e verdes em seda e cetim. Uma grande lareira tomava quase toda a parede oposta e seus pés afundaram no tapete belga.

"O banheiro é à sua esquerda." Ele disse, apontando para outro conjunto de portas, "e sua sala de estar é depois das portas à sua direita." Ele apontou para as portas do outro lado da lareira. "Elfos domésticos virão pontualmente ao meio dia, três e seis horas, para anunciar o almoço, chá e jantar. Espero que suas acomodações estejam a seu gosto, se tiver algo de que precisem, digam aos elfos domésticos que eles o providenciarão." Rony ainda estava chocado.

"Es-Esse quarto é para a nossa estadia?" Ele gaguejou. "Quero dizer, a ala inteira é para o nosso uso?" Ele guinchou. Hermione e Harry deram um risinho enquanto Draco o olhava sem piscar.

"É claro, esses são os aposentos dos convidados, bem, os melhores. A Ala Leste é usada principalmente quando há convidados; ela possui quartos por todo esse corredor e no piso acima e abaixo de vocês." Ele balançou a cabeça e sorriu, "Eu os deixarei se acomodarem, estou muito feliz por terem decidido passar o Natal aqui, comigo e com minha família." Ele sorriu lindamente. "Venha, Harry, vou te mostrar os nossos aposentos." Harry acenou para seus amigos, cujas expressões ainda eram de choque, e seguiu Draco.

"Draco, esse lugar é magnífico." Ele disse sinceramente; agora conseguia entender porque o outro era tão esnobe... Hogwarts era realmente uma pocilga comparada com o lugar de onde ele viera. "Ele é da sua família desde que a linhagem começou?"

"Sim, um presente de Salazar Slytherin." Ele disse com um sorriso, então eles caminharam através do saguão novamente e Draco deu um breve aceno com a cabeça, saudando seu pai e Severus, que subiam de braços dados a escadaria principal para o terceiro piso da casa.

"Onde estamos indo?"

"Oh, bem, a Suíte Principal é na Ala Norte da casa, que é basicamente essa seção; para onde o Pai e Sev estão indo. A Ala Oeste inteira, desse andar até o quinto andar, é o meu lado da casa." Harry o olhou embasbacado.

"Você tem uma ala inteira desse lugar só para você?" Ele disse fracamente. Draco o olhou com olhos bem abertos.

"É claro, nós podemos ser Élficos, querido, mas nós Malfoys ainda somos puros-sangues. A maioria das crianças puro-sangue, se não todas, tem riqueza, talvez não tanto quanto nós, mas de um tamanho razoável. Pansy, Blaise, Vincent e Greg também têm suas próprias alas em suas casas. Somos ensinados a sermos completamente auto-suficiente quando crianças, para que quando formos para Hogwarts ou para longe de casa, ninguém possa tirar vantagem de nós."

"Mas isso não é solitário?" Harry perguntou baixinho. Draco não disse nada enquanto os levava à sua ala. Ela era o exato oposto da de Rony e Hermione; os pisos de mármore eram negros, vermelhos escuros, verdes e marrons e azuis dominavam.

"É, tudo o que quis, me era dado, mas quando fiz oito anos, passei a ter de merecer o que ganhava." Ele parou ante portas imensas de carvalho escuro e avermelhado. O símbolo em relevo na porta era um dragão e uma serpente entrelaçados juntos... Parecia familiar... Draco ergueu sua mão esquerda, e a luz suave das tochas fez sua aliança de casamento brilhar delicadamente.

"É o mesmo símbolo que eu criei para você." Harry disse ao vê-los juntos, "Mas... Essa porta tem pelo menos vinte anos, assim como o símbolo."

"E tem, lembre-se que foi profetizado que nós ficássemos juntos, esse é o símbolo da nossa união. Ele também tem uma barreira mágica; ninguém pode entrar nesses aposentos, com exceção de nosso Pai, Sev, eu e os elfos domésticos."

"Nem mesmo sua mãe?" Harry indagou. Draco se encolheu enquanto tocava o símbolo; o símbolo emitiu um brilho verde esmeralda misturado com prateado e então abriu.

"Minha Mãe nunca veio me ver." Ele disse gentilmente. "Ela não era o que você chamaria de... Maternal." Ele passou por Harry, e seu esposo o seguiu e deixou os olhos vagarem. O quarto era ainda maior que o dos seus amigos, do outro lado da casa... Pelo menos três vezes maior. A cama de dossel jazia em um mezanino no meio do aposento, coberta por seda de um vermelho carmesim decadente e lençóis e cobertores de cetim. Todas as três lareiras, feitas de mármore negro, estavam acesas. O tapete era feito de tecido sedoso Oriental e seus pés afundavam nele. Harry assistiu Draco andar pelo quarto, abrir outra porta e acenar uma mão para que as luzes se acendessem. "Aqui é o seu closet, Harry." Ele disse. Harry foi até a porta e olhou; era como se fosse um outro aposento.

"Isso é um closet?" Ele perguntou cautelosamente. Draco assentiu. "Os sapatos vão ali no canto, você pode pendurar suas vestes aqui, todas as suas calças, camisas e outras coisas vão nas gavetas, venha, vou te mostrar o meu." Ele se virou e abriu outro par de portas logo ao lado do closet de Harry; Harry ficou mudo. O closet de Draco era do mesmo tamanho que o seu, embora estivesse cheio de roupas. "Bom Merlin, o que você faz com tantas roupas?"

"Eu as visto, é claro." Draco disse rindo. "O estilo de vida da Corte Élfica e mesmo dos puros-sangues é muito diferente do estilo de vida dos bruxos ou Elfos médios. Pense, Harry, nós temos recepções, chás, caçadas, festas de gala, bailes, reuniões importantes, e a lista continua." Draco acenou uma mão para todas as roupas. "Para cada uma dessas ocasiões há um certo código de vestimentas. Acho que houve um dia em que troquei de roupa pelo menos cinco vezes. Nunca vesti uma mesma roupa por mais que talvez duas horas."

"Doce Deusa," Harry sussurrou. "Hum, e a Corte Élfica é assim?" Draco enrugou o nariz, mergulhado em pensamentos.

"Algumas vezes, sim, mas geralmente temos de nos trocar três ou quatro vezes por dia."

"Três ou quatro!" Harry disse fracamente. Draco piscou para ele como se ele fosse idiota.

"Sim Harry, há as vestimentas matinais, vespertinas e noturnas, e se há um baile ou evento privado a que temos de ir, então vestes são exigidas para isso." Draco riu. "Me diga que você percebeu que na maioria das tardes e noites minhas vestes e roupas mudam..." Harry revirou seu cérebro e descobriu que Draco estava certo. Draco trocava de roupa quase três vezes por dia. E Harry queria dizer quase, porque na metade dessas vezes, Draco não estivera vestindo roupas. Harry corou e Draco sorriu. "Se sua mente está pensando no que eu acho que está, você está se lembrando das vezes em que eu não precisei me trocar."

"Sim." Ele disse rouco e então seu olhar pousou na cama atrás de Draco e ele deu um sorriso cheio de luxúria. Draco respirou superficialmente ao sentir o desejo de Harry correr por sua pele. "Por que não batizamos a sua cama? Afinal de contas... Essa é a primeira vez que você está em casa desde o casamento."

"M-mas Harry," Draco disse lentamente, recuando enquanto seu esposo o acuava, "nossos convidados, eles irão se perguntar onde nós estamos e o j-jantar será servido em pouco tempo..." Draco sentiu os lábios de Harry nos seus e sua linha de raciocínio se perdeu. Sua língua invadiu sua boca impiedosamente, e Draco não teve a inclinação para sequer fazê-lo parar.

"Tenho certeza que eles descobrirão. Afinal de contas, eu mal consigo ficar um dia sem te ter." Harry ronronou enquanto ele tirava as suas vestes e as de Draco e então as camisas. "E faz mais de um dia." Ele disse esfarrapadamente, empurrando Draco para a cama e o prendendo ali com as pernas. "Deixe-me te fazer amor, amado." Ele sussurrou e Draco tremeu.

"Sim, sim," Ele disse, sem fôlego, "me faça amor, Harry, me faça amor."

E Harry fez.

Ele podia ouvir o rugir dos dragões e o uivar dos lobos. As águas claras como cristal do Lago agora corriam vermelhas com o sangue de centenas, de milhares. Bruxos, Elfos e outras espécies semelhantes caíam como moscas. Ele corria descuidadamente pela vegetação rasteira, através de raios de magia que ou atordoavam ou matavam aqueles que tentavam matá-lo. Sangue corria por seu rosto, mas ele não se importava... Ele precisava encontrar seu dragão, seu Draco.

"Draco!" Harry gritou; eles haviam perdido contato em algum momento durante a batalha, ele não sabia onde Draco estava. Ele chegou à clareira que se abria em direção a um palácio feito de cristal branco, que já brilhara com poder, radiância e beleza. Mas agora, agora ele estava quase em ruínas enquanto Dragões cuspiam fogo e batiam contra sua estrutura. Ele assistiu um Elfo ser decapitado, seu corpo tombando ao lado de outros que estavam mortos ou que agonizavam. Harry apanhou uma flecha em sua seteira, que pendia de suas costas, ergueu seu arco, mirou e soltou a flecha. O lobisomem guinchou de raiva enquanto deixava Hermione cair no chão.

"Mione!"

"Harry..." Ela abriu os olhos, cansada.

"Onde está o Rony?" Ela irrompeu em lágrimas.

"Ele está morto; quase todos os estudantes que estavam lutando estão mortos! Voldemort está ganhando, Harry."

"Não, eu não permitirei isso." A voz de Harry tremeu e ele xingou; seu corpo estava ficando tão frio; ele estava longe de Draco havia muito tempo. Ele já não conseguia sentir suas emoções correndo por ele; era como se ele fosse apenas uma concha. Ele se afastou de Hermione e começou a abrir caminho pela massa, matando ou ferindo qualquer inimigo que estivesse em seu caminho. Ele estava procurando por Voldemort.

"Ahh, então você finalmente veio."

Harry se virou e sentiu sua raiva e poder cresceram com a visão do Lorde que ele mais odiava. "Tom, é tão bom te ver." Ele arrastou as palavras. Os olhos de Lorde Voldemort refulgiram vermelhos e ele sibilou.

"Não me chame por esse nome!" Ele guinchou. Harry apenas lhe deu um sorriso de desprezo e o Lorde fez uma carranca sombria, mas então sorriu. "O que você acha da minha redecoração? Eu acho... Agradável ouvir os gritos e as mortes de milhares. Você não acha?"

"Você é doente."

"Ah, ah, não vamos por aí." Lorde Voldemort disse em uma voz repreensiva e cantarolada. Seus olhos dançavam com sua loucura, cintilavam com sua astúcia, e sua magia girava ao seu redor como uma espiral de escuridão. "Eu tenho algo que você quer, e você não o terá desse jeito." Ele bruscamente agarrou algo atrás de si e puxou.

"Draco," Harry disse seu nome, sufocado. Mesmo sujo, Draco ainda era belíssimo para ele. Seu cabelo estava emaranhado com sangue e sujeira, suas vestes rasgadas, seus olhos cansados, mas ele sorriu amorosamente ao ver Harry, e Harry sorriu de volta. Mas seu coração pulou em sua garganta quando ele se lembrou porque lhe era tão urgente tirar Draco dessa confusão; suas mãos elegantes estavam fortemente passadas ao redor de seu estômago protuberante... A criança deles.

"Solte-o."

"Não, ele é útil para mim, ele prende a sua mão." Lorde Voldemort ronronou enquanto tirava uma espada cuja lâmina tinha uma aparência maldosa e pousou a ponta no pescoço de Draco. "Não consigo farejar seu medo, seu Consorte e seus amigos o treinaram bem. No entanto, sei que se eu o matar, o tirar de você, raiva e dor se infiltrarão e afetarão a todos aqui. Seria um banquete, um banquete de medo, dor e raiva." Lorde Voldemort lambeu os lábios. "Delicioso." Harry engoliu de desgosto; ele olhou para Draco e viu o Elfo o encarando de volta.

Faça o que você tem de fazer, proteja esse mundo. Draco pensou para ele. E nesse momento, a espada de Voldemort deslizou por Draco e Harry sentiu seu mundo desmoronar.

"NÃÃO!"

"Harry, Harry, acorde!" A voz de Draco penetrou em seu cérebro enevoado e Harry se sentou na cama, tremendo. Ele olhou furiosamente ao seu redor, cama de carvalho escuro e avermelhado, mármore negro, lençóis de cetim carmesim... Eles estavam na Mansão Malfoy. Ele afundou novamente nos travesseiros e respirou superficialmente e pôs as mãos sobre o rosto, mas não fechou os olhos. Ele ainda conseguia sentir o sangue em seu corpo, ouvir os gritos em seus ouvidos e ver o corpo sem vida de Draco tombando no chão como uma boneca de pano. "Harry, querido, por favor, me conte o que está errado."

"Foi... Foi só um pesadelo." Ele disse baixinho enquanto fitava seu Consorte. Seu cabelo brilhava lindamente na luz turva, sua pele ainda estava corada pela sessão de amor compartilhada por eles, sua boca ainda machucada e cheia, seus olhos estavam arregalados e prateados, faiscando com amor e preocupação enquanto o olhava. "Só um pesadelo, que horas são?"

"Um pouco depois da uma." Draco lhe disse, ele sorriu. "O Pai deve ter vindo; há uma bandeja de comida na minha mesa de cabeceira." Ele pousou uma mão delicada no rosto de Draco. "Você tem certeza de que está bem?"

"Sim," Harry disse e então puxou Draco para mais perto de si e o beijou delicadamente. "Você sabe que eu te amo, certo?"

"Sim, claro, também te amo." Draco disse baixinho, "Posso não dizer isso freqüentemente, mas eu te amo."

"Você sabe que eu faria qualquer coisa para te manter a salvo, certo? Qualquer coisa, você confia em mim?" Ele perguntou, Draco estava ficando assustado; com o que ele sonhara para lhe deixar tão inseguro?

"Eu confio em você com a minha vida, Harry. Sei que você faria qualquer coisa para me manter a salvo, mas... Onde você quer chegar com isso?" Ele pousou uma mão confortante no peito nu de Harry. Harry tomou sua mão gentilmente e a beijou delicadamente.

"Te conto depois, vamos descansar um pouco." Ele disse e se aninhou a Draco, o abraçando com força. Draco se fez confortável e acariciou amorosamente a cabeça de Harry. Harry sentiu quando ele dormiu, mas o sono lhe escapara. Como ele poderia dormir depois de testemunhar aquilo? Enquanto ele finalmente adormecia, o amanhecer se esgueirando pelas grandes janelas salientes, ele roçou a mão na cicatriz que tivera durante toda a sua vida... Ela estava saliente e pulsando. Ele sabia que ela estava de um vermelho raivoso e ele apertou mais seu Consorte. O medo o corroia; ele sabia que precisava falar com Lucius. Ele mentira a Draco quando lhe dissera que fora um pesadelo...

... Ele tivera uma visão do futuro.

Lucius assistiu com afeição enquanto Severus e Draco conversavam excitados. A magia que havia penetrado fundo nas terras do Reino Élfico já surtia efeito. Severus estava relaxado, seu rosto estava corado, e o envelhecimento prematuro de seus traços estava desaparecendo. Com seu vínculo se reforçando e a magia Élfica, Severus em breve aparentaria ser mais jovem e não um dia a mais que trinta anos. Ele se voltou do par cavalgando a sua frente para os convidados improváveis atrás dele; sr Weasley e srta Weasley. Ele nunca pensara que eles se deixariam ir até sua casa, quanto mais viajar com eles.

Também era óbvio que Weasley nunca montara um cavalo em sua vida; um sorriso Malfoy se abriu em seu rosto; ele ia estar dolorido quando eles chegassem à Corte. No entanto, enquanto seu divertimento mórbido com o tormento do Weasley morria, a preocupação por seu genro crescia, que cavalgava a seu lado. Harry estava em um humor frio desde que eles haviam partido e quanto mais eles penetravam no reino místico, mais agitado ele ficava.

"Harry, você está bem?" Ele perguntou gentilmente. Harry piscou e lhe deu um pequeno sorriso e assentiu.

"Sim, estou bem, só..." Ele se interrompeu e uma sombra caiu por sobre seu rosto. Lucius sentiu sua preocupação crescer. Harry ergueu novamente o olhar para ele; seus olhos verdes estavam turvados por lágrimas.

"Harry?" Ele perguntou.

"Eu tive uma visão... Ontem à noite." Ele disse, sua voz trêmula. "Foi aqui, nesse reino, era a Batalha Final." Lucius sentiu seu sangue congelar. "Foi um desastre, um banho de sangue. Voldemort estava ganhando. Eu acredito que foi o Palácio dos Antigos que caiu." Ele franziu o cenho e então lágrimas caíram de seus olhos. "Tantos mortos e agonizantes e Voldemort e-estava com D-Draco e ele... Ele..."

"Calma, Harry." Lucius disse, Draco havia se virado com o medo e tristeza esmagadora que consumia seu esposo. Seus olhos estavam arregalados de preocupação.

"Papai?" Ele perguntou temeroso, "Harry, Harry, o que há de errado?"

Vá, eu cuidarei dele. Lucius disse severamente.

Mas papai...

Vá agora, Draco, Severus, leve ele e os outros, por favor. Severus estava preocupado, mas sabia que não devia desobedecer, ele falou gentilmente com Draco, que assentiu, embora infeliz com a decisão.

"Sr Weasley, srta Granger, se vocês nos seguirem, o Palácio dos Antigos é logo depois desse trecho, vocês serão levados a seus aposentos enquanto Draco e eu nos preparamos para a Corte." Severus disse em voz alta. Hermione e Rony arriscaram um olhar para Harry e Lucius, que haviam parado, e os rodearam, para não causar um acidente e bem... Para que Rony não caísse de seu cavalo. O Malfoy mais velho os encarou friamente e eles imediatamente se viraram e seguiram os Consortes até o Palácio. Agora sozinho, Lucius desmontou graciosamente e Harry fez o mesmo, embora se sentisse vergonhosamente desajeitado perto do Elfo elegante.

"Você o viu morrer, não viu?" Lucius perguntou delicadamente. Harry mordeu o lábio.

"Foi horrível, eu não tive tempo de reagir, e a pior parte era que ele estava grávido. Ele estava carregando nossa criança e ele foi morto por minha causa!" Os olhos de Harry se acenderam de raiva. "É tão injusto, ninguém deveria tocar em Draco, ele é tão lindo e acontecer isso," Harry parou e respirou fundo. Lucius pousou uma mão reconfortante em seu ombro.

"Calma." Ele disse baixinho, embora o pensamento de perder seu filho e neto revirasse seu estômago, o pensamento de Harry desistindo antes que a batalha sequer começasse era pior. "Você nunca deve interpretar os sonhos literalmente. Eles podem te dar visões do futuro, mas pode ser que haja apenas um futuro possível. Na maioria das vezes, uma visão te dará o pior cenário é isso que esse sonho é." Ele virou o rosto de Harry para o seu com uma mão gentil e disse firmemente. "Você não deve abandonar a esperança. Perder é admitir a derrota e é exatamente isso que ele quer." Lucius pausou e então continuou, "Você sabe por que o Lorde das Trevas me tomou como sua concubina?"

Harry balançou a cabeça.

"Porque ele gostou do desafio; ele ainda gosta. Eu posso me submeter a ele, posso lhe dar o meu corpo, mas as coisas que ele mais quer são minha mente e coração. Ele quer tudo de mim e ele não pode me ter."

"Porque você pertence a Severus." Harry disse, dando um risinho. "Deve deixá-lo terrivelmente irritado." Lucius conseguiu sorrir.

"Sim, irrita. Ele se ofereceu para quebrar o vínculo entre Severus e eu mil vezes, e eu lhe disse que eu não poderia, porque eu não seria quem sou hoje sem o amor de meu Consorte, ele é uma parte de mim assim como eu sou uma parte dele. Mesmo que ele tivesse quebrado o vínculo... Eu teria morrido, e meu amado também, nós somos muito próximos, o vínculo está fechado demais para ser separado. O vínculo me faz lutar, eu desprezo meu Lorde e ele sabe disso. Eu cuspo em seu nome todas as vezes que o digo reverentemente e ele sabe disso... E ele odeia isso. Isso abastece a sua fúria assim como a sua paixão para me conquistar. No entanto, eu resisto, e você também o deve fazer. Não lhe dê o que ele quer. Nunca desista. Mesmo que isso leve ao fim desse mundo, permaneça de cabeça erguida e nunca se acovarde diante dele." Lucius sorriu calorosamente. "Goste ou não, você agora é um Malfoy, tanto quanto Draco e eu somos, você tem uma reputação a manter."

Harry riu enquanto rolava os olhos de exasperação. Hesitante, ele se aproximou e passou os braços ao redor do homem em um abraço. Lucius ficou surpreso, mas sentiu seu coração queimar de orgulho do jovem e retribuiu o abraço. "Obrigado... Papai." Lucius sentiu seus olhos arderem, mas se recusou a chorar; provavelmente não conseguiria, seu pai havia tirado isso dele havia muito tempo.

"Obrigado, Harry." Ele disse baixinho. "Eu te amo, Criança, como se você fosse minha, você irá derrotá-lo. Isso eu sei." Harry se afastou e lhe deu um lindo sorriso e então riu.

"É claro." ele disse. ""Tenho tanto apoio, não acho que consiga falhar." Ele disse baixinho. Lucius assentiu e então passou um braço por sua cintura, apertando-a levemente e se afastou.

"Venha, a Corte espera." Ele disse, montando em seu cavalo com movimentos fluidos. Harry gemeu enquanto fazia o mesmo, mas ainda assim sorriu. "Você está melhor?"

"Sim, muito melhor." Ele respondeu. "Muito melhor."

Era o lugar mais lindo que Harry já vira. Ele e Lucius haviam acabado de sair da floresta e estavam encarando as altas paredes de cristal branco do Palácio dos Antigos. "É magnífico." Harry disse. O palácio se erguia do chão como a fonte de luz do mundo. O brilho etéreo e beleza majestosa das torres até as janelas de vidro pintado tomaram a respiração de Harry.

"Sim, certamente é. Severus acabou de me informar que a srta Granger e o sr Weasley foram levados à casa de convidados. Nossos quartos estão preparados." Lucius lhe deu um sorriso gentil. "O Alto Consorte Claudius teve um menino." Os olhos de Harry se arregalaram de alegria.

"Isso é ótimo, nós poderemos ir vê-lo?" Ele perguntou, se lembrando do Elfo com afeto.

"Claro, siga-me." Lucius disse enquanto levava sua montaria em direção ao palácio. No caminho, Harry percebeu que todos ou caminhavam ou cavalgavam e como Draco lhe dissera meses atrás, ele viu construções grandes, quase mansões e então construções menores ao redor delas; essas eram as Casas. "Draco te informou das diferentes Casas, não?"

"Ele falou brevemente delas meses atrás." Harry disse. Muitos Elfos pararam e os olharam e então seus olhos se arregalaram ao verem Lucius e eles reverenciaram profundamente. "Eles têm de reverenciar?" Ele perguntou baixinho. Lucius sorriu gentilmente.

"Não é que eles tenham, é só que é muito educado. Nós viemos do Norte, esses sãos meus... Eu acho que súditos. Eu sou seu Lorde Supremo, e para você cavalgar a meu lado, e não atrás de mim, como é o costume, isso quer dizer que você deve ser o esposo de Draco."

"As notícias chegaram rápido."

"Bem, foi determinado depois de seu nascimento que Draco se tornaria Consorte um dia, ele reteve o título de Primeiro Lorde até se casar com você, e então o título passou para você,portanto, agora você é Primeiro Lorde." Lucius desmontou. "Devemos deixar os cavalos aqui e caminhar pelo resto do caminho, não falta muito." Harry também desmontou e seus cavalos imediatamente foram tomados deles. Eles caminharam em silêncio enquanto Harry deixava seu olhar viajar por esse povo antigo. Havia crianças correndo por ali, e alguns adolescentes, mas muitos, embora parecessem jovens, Harry sabia que tinham vivido por muito tempo.

"Você pode me contar a diferença entre as Casas?" Ele perguntou enquanto eles se aproximavam do palácio. Lucius inclinou a cabeça, pensativo.

"Bem, há essencialmente quatro Casas; a primeira sendo a dos Sagrados. Ser Sagrado significa que a maioria dos Elfos que o são têm talentos para magia defensiva ou ofensiva, ou ambas. Os outros têm um dom muito mais raro, o dom da Visão."

"Profetas," Harry disse e Lucius assentiu.

"Sim, há aqueles que apenas obtêm flashes ou vagas impressões do futuro e há aqueles que realmente conseguem ver o que acontecerá, ou ao menos, uma possibilidade do futuro." Ele pausou e então continuou. "A segunda Casa é a dos Bardos. Todos os Elfos são levemente inclinados musicalmente, mas aqueles nessa Casa conseguem curar, proteger, fazer magia, feitiços ou até mesmo se defenderem apenas com música. É nessa Casa que todos os nossos talentos musicais estão. A terceira Casa é a dos Curandeiros. Eles se especializam em curar os doentes, feridos ou agonizantes. Muitos conseguem curar quase tudo. E a última é dos Cultivadores; eles são os Elfos que colhem a comida e plantam e mantêm todas as folhagens por aqui."

"Wow, então, em que Casa você está? Eu acho que é na dos Sagrados." Harry disse. Lucius riu e balançou a cabeça. Eles haviam alcançado os portões principais e os guardas fizeram profundas reverências para ambos.

"Bem-vindos, Lorde Supremo Malfoy e Primeiro Lorde Potter, seus Consortes estão em seus aposentos." Lucius assentiu em agradecimento e Harry também o fez após um momento de hesitação; isso ia lhe custar a se acostumar.

"Para responder a sua pergunta, eu na verdade estava na Casa dos Cultivadores." Harry piscou.

"Você está brincando."

"Não, os jardins na Propriedade Malfoy na verdade são cuidados por mim." Ele sorriu gentilmente. "Foi só na última década que a minha magia pendeu para os Sagrados."

"Isso acontece freqüentemente?" Lucius franziu a testa e balançou a cabeça.

"Não, normalmente não, no entanto, por qualquer razão que aconteça, é importante." Lucius disse enquanto virava um corredor e Harry o seguia. Esse corredor era mais silencioso que os outros, havia apenas duas portas, uma em cada parede; ambas eram finamente esculpidas em carvalho claro e gravadas com símbolos Élficos.

"O que eles significam?"

"'Que a Deusa o proteja'," Lucius disse e as duas portas se abriram ao mesmo tempo; Severus na porta da esquerda e Draco aa da direita. "Ah, amado, como foi o resto da viagem?"

"Encantadora, o sr Weasley caiu do cavalo," ele sorriu. "Tenho dizer que esse foi o ponto culminante da minha tarde." Harry e Draco riram. "Harry," Severus disse em saudação. Harry acenou a cabeça para o Mestre de Poções e então sorriu para Lucius.

"Obrigado pela conversa," ele disse e então, antes de fechar a porta, ele sussurrou "Pai." Ele fechou a porta antes que pudesse ver os sorrisos nos rostos dos dois homens mais velhos.

"Hmm, você parece melhor." Draco gemeu enquanto Harry beijava sua clavícula.

"Eu estou." Harry resmungou enquanto puxava Draco para um beijo intenso.

"Nós temos de nos aprontar, o Conselho vai entrar em sessão em breve, você tem de comparecer."

"Por quê?" Harry disse enquanto sugava uma das orelhas pontudas de Draco. Draco gemeu e se contorceu abaixo de Harry em êxtase delicioso.

"Você é Primeiro Lorde, você tem de ir, assim como todo Lorde." Draco o beijou com uma paixão que rivalizava com a intensidade de Harry.

"Você tem certeza de que não quer ficar?" Harry provocou enquanto acariciava o desejo de Draco através de seus culotes maravilhosamente justos de pele de veado negra. Draco se arqueou contra ele em submissão.

"Eu q-quero, mas sei o que deve ser feito." Ele finalmente encontrou seu controle, no fundo de seu cérebro enevoado e afastou Harry com um empurrão. Seu esposo lhe fez beiço e Draco lhe enviou simpatia através do vínculo. "Venha comigo, oh esposo meu, você deve se trocar."

"Mas a viagem não foi difícil e eu pareço ótimo." Draco o olhou por um momento; ombros largos definidos perfeitamente pela veste de montaria feita de camurça verde que destacava o fogo esmeralda em seus olhos, cintura estreita, pernas longas vestidas em culotes de pele de veado da cor de capuccino suave e botas verdes de couro de dragão combinando com sua veste. Harry não parecia ótimo; Harry parecia lindo.

"Você parece lindo, sim, mas estamos na metade da tarde, você deve mudar de roupas. Eu já tenho um traje para você. E eu já tomei banho, então enquanto você toma banho, eu me vestirei." Ele disse enquanto gesticulava em direção ao banheiro. Harry suspirou derrotado, esse protocolo será o meu fim, ele pensou.

"Eu ouvi isso." Draco disse enquanto Harry fechou a porta do banheiro e ligou a água. Draco deu um risinho enquanto tirava seu robe de seda e começou a se vestir. Ao terminar, ele se inspecionou no espelho grande da penteadeira.

"Você é o ser mais lindo que eu já vi." Harry disse baixinho. Draco se virou e sorriu. Seu esposo tinha uma toalha enrolada em seus quadris e outra em sua agora imóvel mão em seu cabelo. Draco corou com sua óbvia inspeção ao tocar a veste de seda azul clara. Ela era abotoada até o seu pescoço, em estilo Mandarim, com fechos de dragão. Seus culotes dessa vez eram de um couro branco cremoso e suas botas até o joelho eram da mesma cor.

"Obrigado, agora se apresse, devemos estar lá na hora certa." Ele disse gentilmente, Harry sorriu e começou a vestir sua veste, que era de um verde esmeralda tão profundo que se aproximava do negro. Ele tentou pentear o cabelo, mas como o usual, ele permaneceu em seu estilo afetuosamente bagunçado. Draco penteou uma última vez o seu cabelo antes de prendê-lo cuidadosamente com uma fita azul clara. "Você está pronto?"

"Sim." Harry disse enquanto calçava suas botas cor de ferrugem até o joelho. Ele tomou a mão esquerda de Draco e beijou o anel em seu dedo. "Estou feliz por ter me casado com você." Ele sussurrou. Draco sorriu lindamente e pousou um beijo delicado nos lábios de Harry enquanto inconscientemente deixava seus dedos acariciaram seu abdômen.

"E eu também." Ele sussurrou de volta.

O Conselho era composto pelos três Altos Antigos, Leviathan, Claudius e Elena; os quatro Lordes Supremos, Lucius sendo o mais altamente escalonado e os três abaixo dele guardando o Sul, Leste e Oeste; quatro Primeiros Lordes por nascimento, Harry notou que foi contado como um deles, já que recebera o título através de Draco, e os outros três, que receberam o título do Alto Antigo Leviathan; sete com o título de Lordes; e mais sete com o título de Barões. Havia vinte e oito assentos de encosto alto em um padrão circular ao redor da mesa de desenho mais intricado que Harry já vira. Parecia que fora feita de uma árvore e Lucius teve o grande prazer de lhe contar que era.

"Eles usaram uma árvore inteira para construir essa mesa, as gravações intricadas que estão feitas em ouro e diamantes contam a história da árvore. Ela tinha mil anos quando a cortaram e fizeram a mesa. Nós a chamamos de Sabedoria, uma vez que essa árvore era a mais velha e mais sábia de todas." Ele sussurrou. "Me siga." Harry seguiu Lucius e Draco e Severus andavam lado a lado atrás deles. Leviathan, Claudius e Elena sorriram calorosamente em saudação. Lucius se curvou, assim como Harry. Lucius então se sentou no assento diretamente à direita de Claudius, e gesticulou para que Harry se sentasse a seu lado. O Elfo que ele reconheceu como o segundo em comando depois de Lucius, sentou-se à sua frente e seu filho de traços duros se sentou a seu lado, e assim foi, até que o último Barão estivesse sentado.

Outras duas cadeiras de encosto alto estavam logo atrás de Lucius e Harry, embora essas fossem forradas de seda e cetim; Draco e Severus se sentaram e seus atendentes se curvaram profundamente para eles antes de se retirarem. Leviathan se levantou, "Eu dou as boas vindas a todos os Lordes desse Conselho, a reunião pode começar." Ele sorriu quando muitos olharam Harry com curiosidade ávida. "Como vocês devem ter visto, temos outro bruxo em nosso meio. Esse, no entanto, é um Primeiro Lorde, não um Consorte Ducal. Estou imensamente contente por anunciar que no primeiro dia de setembro, sob a luz da Donzela, o filho do Lorde Supremo Lucius, Draconis, foi casado e vinculado a Harry Potter. Como previsto, título de Primeiro Lorde de Draconis foi passado para seu esposo enquanto ele tomava seu lugar de direito como Primeiro Consorte ao lado de seu esposo."

"Bênçãos." Os Lordes murmuraram com um sorriso, e Harry deu um aceno com a cabeça em agradecimento e respondeu o mesmo. Leviathan lhe deu uma piscadela e Harry corou levemente, mas então o rosto do Antigo se tornou severa novamente e os negócios começaram.

"Como todos vocês sabem, durante os últimos anos nós sentimos uma perturbação na escuridão desse mundo." Ele lançou, "Foi-me relatado por Lucius que o Lorde das Trevas Voldemort, que desapareceu por quase onze anos retornou e está muito mais poderoso que antes." Harry olhou ao seu redor da mesa e a maioria dos rostos empalidecera. "Ele está reivindicando muitas das outras raças."

"Que raças ele tem?" Um Primeiro Lorde indagou.

"Ele tem várias matilhas de lobisomens, diabretes, e ele tem... Os Dragões." Lucius disse baixinho. O silêncio caiu sobre eles, até que um Lorde se manifestou.

"Como isso é possível?" Ele inquiriu, "Os Dragões protegem esse mundo, por que eles desejariam ajudar a destruí-lo?"

"Lorde Alveras, suas palavras são verdadeiras; os Dragões protegem esse mundo. Voldemort usou a sua paixão por proteger esse mundo e a virou contra eles. Eles concordam que os mortais desse planeta estão usando equivocadamente suas bênçãos e matando o planeta, os Dragões lutam para purificá-lo." Lucius disse. "É o que eles acreditam ser certo."

"Ter o poder para mudar a opinião de tal Raça Antiga..." Claudius se interrompeu e olhou para seu esposo. "Amado, nós não podemos lutar contra os Dragões."

"Talvez nós precisemos fazê-lo," Leviathan disse gravemente. "Se não conseguirmos fazê-los mudar de idéia. No entanto, eu visitei o Alto Profeta." O olhar de Lucius se voltou rapidamente para o de Leviathan e ele assentiu. "Ele diz que apenas os Dragões Inferiores cederam, os Três ainda estão desejosos de ajudar."

Quem são os Três? Harry perguntou a Draco.

Eles são os mais velhos e poderosos de todos os Dragões. É dito que todas as raças imortais descendem deles. Nós não sabemos seus nomes, mas se eles estão do nosso lado, nós temos uma grande chance de recuperar a confiança dos Dragões Inferiores; envergonhar os seus Antigos é morte aos olhos deles. Eles verão seus erros, espero. Ele disse.

"E quanto à outra Raça Antiga, os vampiros?" O Lorde Supremo à frente de Lucius indagou. "Tenho certeza de que aquelas criaturas desprezíveis vão se unir a ele."

"Os vampiros permanecerão neutros." Severus disse baixinho, todos os Lordes se viraram para ele. "Apesar do que é dito, eles são muito leais e cautelosos. Eles vêem Voldemort como uma ameaça porque ele pode levar a luza à sua raça; no entanto, eles também nos vêem como uma ameaça por acreditarem que, depois de tudo o que estiver dito e feito, a Luz poderá destruir a todos eles. Eles continuarão neutros até que alguma trégua seja feita."

"E como, me diga, você saberia tanto, bruxo?" Ele cuspiu. Lucius estreitou seus olhos e sua magia se revolveu ao seu redor.

"Veja como fala, Baccus," ele disse gelidamente, "é com o meu Consorte que você está falando." Bacchus bufou e então se virou para Harry.

"É esse o garoto que se pressupões que irá salvar o mundo bruxo inteiro?" Ele perguntou desdenhosamente. "Ele é meramente uma criança, como os bruxos tolos conseguem depositar tanta esperança em alguém que mal viu o mundo?"

"Confie em mim," Harry disse rangendo os dentes, "Eu já vi mais do que você pensa, e sei o papel que tenho de desempenhar em tudo isso."

"Você tem de derrotar e matar um bruxo que é muito mais experiente e poderoso do que até mesmo a metade dos Lordes sentados nessa mesa," Bacchus disse asperamente, "Você espera que eu acredite que você, alguém que mal terminou a escola, o derrote?"

"Ele o derrotou diversas vezes, Lorde Supremo Bacchus," Draco disse por detrás de Harry, "Acredito que na primeira vez foi como um bebê. Agora ele é mais experiente e com a ajuda de meu Pai e minha, estou certo de que eles estará mais que pronto." Sua voz tinha um toque de aço. Harry sabia que os olhos de Draco estavam mais frios que gelo e duas vezes mais letais enquanto ele encarava o Lorde Supremo.

"Eu não me desculpo, você sabe bem disso, Primeiro Consorte." Bacchus disse baixo. Harry sentiu Draco se levantar de seu assento e se aproximar, mas ele ergueu uma mão.

Pare, amado, deixe-me resolver isso. Ele disse firmemente. Se eu não o fizer, ele pensará que sou fraco, não podemos permitir isso. Ele sentiu uma pancada de surpresa e então divertimento.

Falou como um verdadeiro Primeiro Lorde e como um sonserino. Ele provocou. Harry sentiu um lento sorriso de desdém se abrindo em sua face. Ele estava com raiva, mas sabia que tinha mantido seu rosto em pouco mais que uma expressão vazia desde que o Elfo começara a falar. Agora ele olhava para o homem por baixo de seus cílios e respirou profundamente.

"Posso dizer que você não gosta de bruxos, Lorde Supremo Bacchus." Ele começou. "No entanto, penso que o pensamento de um garoto de dezoito anos derrotando um bruxo poderoso com muito mais experiência e uma atitude sádica faz seu estômago se revirar. Agora, ouça e preste bem atenção, aquele homem irá massacrar o seu povo apenas para chegar a mim. Ele cortaria um caminho sangrento através do mundo inteiro se isso significasse que eu estaria no fim desse arco-íris sangrento. Eu sou o seu pior pesadelo e todo o resto pode ir para o inferno." Sua voz soou estranha em seus próprios ouvidos; ele soava tão arrogante, confiante, e insultante. Ele soava, ele se divertiu, como um Malfoy.

Deve estar passando para você. Draco disse.

"Sem querer soar egocêntrico, mas eu sou o melhor que vocês têm. A Ordem da Fênix, entre outros grupos, irá se erguer contra ele em breve, tendo apenas eles, o mundo bruxo cairá, e você acha que ele parará? Não, com Dragões, trasgos, diabretes e matilhas de lobisomens com ele, ele irá aniquilar tudo em seu caminho; isso inclui humanos, Elfos e vampiros, e qualquer outra coisa que ele encontre até que ele realmente governe o mundo. É isso que você quer, Lorde Supremo Bacchus?" A assembléia estava em silêncio total e absoluto; o rosto de Bacchus estava cinzento enquanto ele encarava Harry do outro lado da mesa. "Eu fiz uma pergunta."

"Não... Meu Lorde, não é o que eu quero."

"Então eu acho que você vai ter que me agüentar então, não?"

"Parece que sim."

"E como o meu Consorte disse, você deve algo a meu Pai e eu." Harry disse baixo e em um tom letal.

"Eu peço desculpas a você, Primeiro Lorde Harry, e também ao Consorte Ducal Severus, eu não... Estava pensando adequadamente."

"Suas desculpas foram devidamente anotadas e eu as aceito." Harry disse, se sentindo muito convencido. Severus concordou baixinho. Claudius limpou a garganta, mas riso dançava em seus olhos e Elena tinha um minúsculo sorriso.

"Eu acho que Harry disse tudo muito claramente, vocês têm alguma pergunta?"

"Como saberemos o que ele planeja?" Lorde Alveras indagou.

"Eu estou no Círculo Íntimo dele." Lucius disse baixo. "Todos vocês sabem, sendo assim, eu repassarei qualquer coisa de grande importância para meu Consorte e meu filho, que por sua vez, contarão a Harry e Harry contará à Ordem."

"E meu Consorte e eu teremos mais dois contatos no Círculo Íntimo, e eles têm contatos nos escalões de Voldemort. Se nenhuma dessas informações for falsa, e nós as verificaremos, então está tudo bem." Harry acrescentou. Leviathan assentiu.

"Alguma outra pergunta?" Ele indagou e assim continuou. Quando o Conselho se encerrou, Harry estava exausto. Ele não sabia como Lucius e os outros agüentavam tudo aquilo e lhes disse isso.

"É parte de nossos deveres." Leviathan disse sorrindo. "Depois de uns dois séculos, você se acostuma." Harry riu cansado e Draco massageou suas costas.

"Você foi muito bem, estou orgulhoso de você." Ele sussurrou em sua orelha. Harry o beijou gentilmente.

"Parece que todo aquele treinamento sonserino valerá a pena." Draco lhe deu um soco de brincadeira no braço mas havia uma faísca em seus olhos. O barulho de um bebê lhes chamou a atenção e Draco ofegou.

"Claudius, ele é lindo." Ele disse em admiração. Claudius sorriu para sua pequena trouxa de alegria e deu um risinho.

"Sim, ele é, não?" Ele disse baixinho enquanto afagava o cabelo fino e dourado do bebê e olhava os olhos roxos grandes e inocentes. "Ele se chama Darius, você quer segurá-lo?" Draco ergueu o olhar avidamente e sorriu.

"Sim, por favor." Claudius o ofereceu e Draco gentilmente embalou a criança na curva de seu braço. "Ele será um diabinho em pouco tempo, ele tem o temperamento de Levi." Leviathan bufou.

"Sim, querido, e a sua energia." Harry apenas observava Draco com o bebê, como ele era tão jeitoso com uma criança que era tão pequena. Seu sorriso estava cheio de alegria e amor.

"Harry, você quer segurá-lo?" Draco perguntou. Harry olhou a pequena trouxa e se afastou.

"Talvez quando ele esteja um pouco mais velho." Ele disse sorrindo, Draco lhe fez um beiço falso, mas ainda assim afastou o bebê e deixou que Severus o pegasse. Harry observou enquanto dor e alegria faiscavam naqueles olhos negros. Deve ser difícil.

E é, ver o que poderia ter sido... Há tanto tempo. Draco suspirou tristemente. "Ele é muito gentil, de verdade."

"Tenho certeza de que o Pai e Severus tentarão de novo." Harry sussurrou enquanto eles assistiam os dois homens brincarem com Darius, que balbuciava e ria, agarrando o cabelo de Lucius com seus dedos e o puxava. "Eles terão um bebê, o Pai nunca deixaria Sev chafurdar em tristeza desse jeito." Draco sorriu e beijou Harry no nariz.

"Isso é tão compreensivo. Quem é você, e o que você fez com o meu marido grifinório?" Harry rolou os olhos.

"Bobo." Ele disse sorrindo.

Os dias passaram rapidamente, entre Lucius mostrando a Harry o que ele precisaria saber como Primeiro Lorde e Draco mostrando a ele, Hermione e Rony o Reino Élfico, todos estavam se divertindo e estavam completamente exaustos.

Draco e Severus pareciam estar mais cansados que todos os outros. Era a manhã de Natal antes que alguém se desse conta. Lucius olhava para fora do palácio e assistia a neve cair lentamente no chão. Ele voltou-se para seu Consorte que ainda dormia profundamente na cama. Severus parecia lindo para Lucius. As semanas no Reino Élfico haviam curado quase tudo nele. Ele parecia uma década mais novo, sua pele havia perdido aquela cor horrível, seu cabelo, graças à Deusa, parecia saudável, delicado e brilhava como asas de corvos sob a luz delicada do sol. Ele tinha um brilho saudável... E isso era o que mais confundia Lucius, aquele brilho... Draco tinha a mesma coisa ao seu redor. O que diabos eles estavam escondendo? Ele pensou para si mesmo.

"Você está pensando demais." A voz grave de Severus murmurou em sua orelha. Lucius lhe sorriu gentilmente.

"Feliz Natal." Ele disse a seu Consorte enquanto o beijava gentilmente. Severus cantarolou seu contentamento.

"Feliz Natal, tenho algo para te mostrar." Ele disse, um leve rubor correu por seu rosto e Lucius riu, se virou e o abraçou.

"O que você tem para mim que te faz corar assim?" Lucius sentiu o ar ao redor de Severus vibrar antes de cair... O encantamento que ele sempre usava, ele o deixara cair. E foi então que ele pôde sentir a diferença. Ele piscou estupidamente enquanto deixava suas mãos descansarem vacilantemente na leve protuberância no estômago de Severus. "Deusa," ele disse engasgado, sua visão borrada, ele sabia que estava sorrindo como um idiota. "De quanto tempo você está?"

"Quase quatro meses." Severus disse sorrindo. Lucius o olhou e pousou uma mão em seu rosto rejuvenescido e o beijou lentamente.

"Deusa, como eu te amo." Ele expirou. "Eu te amo, eu te amo, eu te amo."

"Feliz Natal, amado." Severus disse e Lucius deu um risinho.

"Um Natal feliz, certamente."

Harry era todo sorrisos ao acordar. "É Natal, amor." Ele expirou na orelha de Draco. Draco murmurou baixinho e lhe deu um tapa. "Acorde, dorminhoco."

"Harry?" Ele disse, seu olhar cheio de sono, "Por que diabos você está me acordando?"

"É Natal, sr Ranzinza, acorde." Harry exigiu com um sorriso brincalhão. Draco deu um risinho e se sentou, beijando Harry enquanto buscava sua veste que jazia descartada no chão.

"Feliz Natal, Harry."

"Feliz Natal, Draco." Ele disse e então sorriu. "Agora, onde estão meus presentes?" Draco o olhou e então riu. Harry abriu a porta para a sala de estar, encontrando Lucius e Severus ali. "Feliz Natal!" Ele cumprimentou. Lucius riu e Severus meramente sorriu.

"Feliz Natal, Harry." Os dois disseram. Harry os olhou com um sorriso e então e ele inclinou a cabeça para Severus e então franziu a testa.

"Você está diferente." Ele disse, acabando de perceber a mudança. Draco passou um braço por sua cintura e então deu um risinho.

"Ele parece mais jovem, não parece?" Ele sussurrou e Harry assentiu. "O vínculo deles está se fortalecendo, e a magia Élfica ao nosso redor está ajudando a apagar o sofrimento de seu corpo, está purificando-o; ele está ficando uno novamente." Harry sorriu para seu professor de Poções.

"Você não parece tão ruim agora." Ele disse zombeteiro e Severus rolou os olhos. Draco olhou para seus Pais, os Pais deles e seus olhos se arregalaram.

"Você contou a ele?" Draco perguntou avidamente e Severus assentiu. Draco o abraçou. "Estou tão feliz por vocês!" Ele disse e então se virou para seu esposo. "Harry, nós ser irmãos mais velhos, Sev está grávido." Os olhos de Harry se arregalaram e olhou de volta para eles e então olhou para Draco.

"E-eles vão... Merlin," Harry disse e caiu no chão. "Isso é ótimo!" Ele disse em admiração e então sorriu largamente. "Eu vou ser irmão mais velho! Isso vai ser divertido." Lucius e Severus riram e Draco se sentou defronte a Harry e sorriu timidamente.

"Tenho uma surpresa para você," ele disse e então sorriu para seu Pai, "e para você também, Papai." Lucius parecia intrigado, Severus deu uma piscadela, e Harry o olhava de olhos bem abertos.

"O que é?" Ele perguntou. Draco inspirou calmamente, pegou as duas mãos de Harry e as pousou em seu estômago ainda liso.

"Concentre-se." Ele disse nervosamente. Harry o olhou estranhamente, mas obedeceu. Ele moveu brevemente seus dedos pelo estômago coberto de Draco, sentindo a magia do Elfo correr por seus dedos como a carícia de um amante, mas havia algo ligeiramente diferente. Ele franziu a testa e concentrou-se mais, passando pela aura e magia naturais de Draco. E ele achou algo que era uma mistura da magia de Draco e a sua, algo crescendo naquele exato momento... Seus olhos se enevoaram e ele ergueu novamente o olhar para seu Consorte.

"Dray, querido, você está grávido?" Ele disse engasgado e Draco assentiu, "Merlin..." Harry disse em espanto e sentiu novamente a aura da criança deles... A criança deles. De quanto tempo...?"

"Quase dois meses." Ele disse e a data tinha um significado. Se eram quase dois meses, então o bebê fora concebido... Os olhos de Harry se arregalaram em realização. Na noite em que eles haviam admitido seu amor pelo outro, eles haviam concebido esse bebê. "Surpresa." Ele disse e Harry o puxou para um beijo que tirou seu fôlego. Harry virou-se para Lucius, que parecia chocado e alegre ao mesmo tempo.

"Dragão," Ele disse baixinho e Draco foi até ele e Lucius correu a mão pelo estômago de seu filho, sentindo a vida que crescia ali. Severus simplesmente pegou a mão de Draco e a apertou. "Você sabia, não, Sev?"

"É claro, nós Consortes dividimos tudo um com o outro." Ele disse.

"Fantástico, vocês dois estão esperando ao mesmo tempo." Lucius disse assombrado e então ele sorriu. "Nós somos realmente abençoados." Harry passou os braços ao redor de Draco e beijou seu pescoço.

"Feliz Natal, amor." Harry disse, lágrimas caindo de seus olhos. Draco sequer respondeu verbalmente, apenas sorriu e segurou sua cabeça, acariciando as mechas finas do cabelo negro de Harry.

Feliz Natal, Harry.

N/T

yay!

otru cap! Eu gostu mtu dessi cap, principalmenti du final!

Bom, daki a poko começa o drama da história, soh pra avisar!

Eternal Requiem

P.S.: reviews, por favor!