Capítulo Onze

Harry bateu duas vezes na porta de Lucius e Severus antes de ouvir uma resposta abafada. Ele abriu a porta lentamente e entrou e viu Severus de pé ao lado da janela. Ele havia vestido vestes ricas azul-escuras, que envolviam sua forma perfeitamente, tão perfeitamente que Harry pôde ver a leve protuberância em seu estômago, que provava que ele estava de fato grávido.

"Olá, Harry," ele disse com um sorriso gentil, seus olhos caíram sobre a longa caixa e ele sorriu. "Vejo que gostou do seu presente."

"Sim, a espada que ganhei de você e do pai é linda." Harry disse; ele e Draco haviam ido para a sala de visitas de Hermione e Rony depois de abrirem seus presentes juntos. Hermione lhes dera um livro de nomes para bebês; ela dissera que era para o futuro, quando eles tivessem filhos, quando Harry explicou feliz que Draco estava grávido, Hermione ficou toda sorrisos e Rony desmaiou por quinze minutos. Depois de ser reanimado, ele trouxera bolos caseiros, cookies e dois suéteres Weasley para eles. Em troca, Draco comprara para Hermione uma coleção bruxa de Enciclopédias; para Rony, ele comprara uma temporada inteira de entradas para os camarotes de todos os jogos do Cannon por dois anos. Harry deu a Hermione um livro muito raro sobre antigos feitiços, poções, e ervas, e deu a Rony um vale presente para uma loja de Quadribol profissional em Londres.

Quando eles voltaram a seus aposentos e Harry fizera amor minuciosamente e duas vezes seguidas com Draco, eles deram o seu presente ao outro. Harry deu a Draco um raro bebê Dragão de escamas brancas, que pedira que Carlinhos lhe trouxesse da Romênia, e Draco lhe deu um lindo arco Élfico e uma seteira cheia de flechas. Uma caixa comprida estava na mesa quando ele saíra de seu quarto, deixando Draco descansando, e a espada estava ali dentro, feita de osso de dragão e aço, com desenhos Élficos em um leito de veludo azul. Severus lhe sorriu.

"Ele ficara contente." Ele disse baixinho e afastando-se da janela, aproximando-se dele. Harry olhou o homem que fizera dos seis últimos anos de sua vida um inferno e ficou desconcertado. Severus inclinou a cabeça para o lado e arqueou uma sobrancelha. "Há algo te incomodando?"

"Você não é o Severus que eu conheço e odeio." Harry disse simplesmente e sorriu. "Você está muito diferente," sua testa se enrugou em confusão, "você está mais parecido com os Elfos, mais parecido com o pai e Draco, do que antes." Severus assentiu e então apanhou a caixa e abriu o fecho, erguendo a espada de seu leito e a olhando com afeição.

"Isso é de se esperar," ele disse baixinho, "Apesar de ter estado fora de minha vida durante vinte estranhos anos, Lucius ainda é meu Vinculado, meu esposo. Quando mais velho um Elfo fica, mais gracioso e elegante ele ou ela se torna." Ele acenou com a cabeça para o peso da espada. "Farei Lucius te ensinar, ele é um esgrimista notável." Ele disse, de modo ausente, enquanto acariciava seu estômago. "De qualquer, Lucius está com quase quarenta anos, assim como eu, e nosso vínculo está se recuperando, estou ganhando os traços que ele mesmo possui." Severus lhe deu um pequeno sorriso entendedor. "Você já está mostrando isso também, ganhou alguns dos traços de Draco." Harry franziu a testa.

"Do que você está falando?" Ele perguntou e Severus deu um risinho leve enquanto punha a espada de volta em sua caixa e então foi em direção a porta.

"Venha, vamos andar juntos, Lucius está me chamando para a escadaria principal, algo está acontecendo." Ele disse, Harry o seguiu e eles caminharam em silêncio antes que Severus lhe respondesse enquanto iam até a entrada do palácio. "Você fala elegantemente, e com uma imposição que o Harry Potter do passado não teria." Ele começou. "Você tem uma confiança quando anda que beira a arrogância." Ele lhe deu um sorriso afetuoso. "E esse jeito de andar só é visto quando se assiste um Malfoy em ação. Draco é muito orgulhoso, como você bem o sabe." Harry sorriu e assentiu, "você percebeu que ele se tornou mais gentil, mais quieto, mais introspectivo, e menos impertinente, certo?"

"Ele se tornou assim," Harry concordou. "É quase como se ele tivesse se tornado... Mais recatado, como uma mulher." Harry quase se encolheu com o pensamento, esperando que Draco não o recebesse. Severus riu.

"Exato, e você pensa o mesmo de mim."

"Sim," ele disse lentamente.

"É de se esperar. Draco e eu somos os Consortes de você e Lucius, nós representamos nossos papéis para o mundo, mas quando fora desse papel, é natural para nós que sejamos mais submissos."

"Mas por quê? O vínculo muda tanto assim a personalidade de vocês?" Harry indagou. "Eu nunca quis que Draco fosse menos do que..."

"Claro que não, Harry." Severus disse gentilmente enquanto eles viravam o último corredor e desciam as escadas em espiral, em direção à escadaria principal na entrada do palácio. "Nossas personalidades não mudaram nada." Ele tentou explicar. "Acho que você poderia dizer que nossas prioridades são diferentes."

"O que você quer dizer?"

"Bem, Poções sempre foi a coisa mais importante em minha mente, quando Lucius e eu estávamos juntos na sua idade e agora, Lucius está sempre na minha mente, principalmente como fazê-lo feliz e é realmente simples fazê-lo feliz." Ele deu uma risadinha. Harry o olhou.

"E como é isso?"

"Sendo eu mesmo." Ele disse baixo, sua voz com um tom sonhador, "E também que eu seja feliz." Ele olhou para Harry; "É a mesma coisa com Draco; enquanto você estiver feliz, a vida dele não poderia ser mais ensolarada. Ele pode não ser o estúpido que você achava que ele era, mas o espírito dele ainda é forte, assim como o meu. Lucius e eu podemos discutir do anoitecer até o amanhecer, mas isso sempre terminará com um de nós cedendo." Severus deu de ombros graciosamente enquanto acenava a cabeça para os guardas e eles abriam as portas. "Nós nos amamos demais para..." Ele se interrompeu e seus olhos se arregalaram. Harry franziu a testa e virou-se para olhar, ele viu Lucius em suas elegantes vestes negras e prateadas, seu cabelo cascateando para o chão em uma cortina loiro-platinada, e então ele viu...

Lucius?

"O que, em nome de Merlin...?" Harry sussurrou. O outro elfo era igual em aparência a seu sogro, com exceção de seu cabelo, que era muito mais comprido, e o ar ao redor dele vibrava com uma intensidade que deixou a mente de Harry no limite. Olhos atemporais de mercúrio prateado o olharam e cintilaram em um azul oceânico quando ele sorriu, seu rosto já belo se tornando uma obra prima imortal em frente aos olhos de Harry.

"Você deve ser o jovem Primeiro Lorde Malfoy." Ele disse, sua voz melodiosa e profunda, ele soava como Lucius, mas soava mais intensamente, o conhecimento em seus olhos potente demais, e a minúscula faísca em seus olhos entendedora demais.

"Eu não sou um Malfoy." Harry murmurou. "Sou Harry Potter." O Elfo riu, sua risada parecia fazer as árvores suspirarem, e o vento ao redor mudou jocosamente. Lucius estava ao lado dele com um pequeno sorriso e Severus andou graciosamente para o lado de seu Esposo, mas não antes de se curvar profundamente para o sósia de Lucius nas vestes azul-prateadas.

"Eu sei quem você é, para os bruxos mortais." Ele disse levemente, com divertimento, "No entanto, você é um Malfoy. Você entrou na família por casamento, não?" Harry hesitou e então assentiu. "Então você é um Malfoy."

"Mas, não seria Harry Malfoy-Potter, ou algo assim?" Ele indagou, "Não faz sentido eu ter de desistir do meu sobrenome, se eu fizer isso, a linhagem Potter cessará de existir." O Elfo deu um risinho.

"Você tem muito a aprender." Ele disse gentilmente, "Seu nome ter sido mudado não quer dizer que a linhagem se interrompa. Seu Consorte está grávido, ele leva seu herdeiro, aquela criança é um Potter e um Malfoy. A sua linhagem continua, é só o nome que pára. E por que você teria dois sobrenomes? Não há necessidade disso, uma vez que quando você parar de envelhecer você dificilmente voltará àquele mundo novamente. Não haverá necessidade. Não haverá mais necessidade de Harry Potter." Ele disse. Harry o olhou em espanto e então olhou cautelosamente para ele e para Lucius.

"Você é um Malfoy, isso é óbvio, mas você é diferente do pai."

"Sério?"

"Sim...Você... Parece," ele lutou com a melhor descrição e então suspirou, "Mais velho, mais sábio, mais poderoso... Eu não sei como descrever isso. Quem é você?"

"Eu sou um Malfoy." Ele disse. "E você estava correto em todos os aspectos. Meu nome é Demetrius Alexander Malfoy e sou muito velho. Sou o Alto Profeta do Reino Élfico; eu basicamente governo." Demetrius disse simplesmente. Ele voltou seu olhar atemporal para Lucius e Severus e então fitou afetuosamente o bruxo de cabelos de negros e então fitou Lucius. "Parabenizações são desejadas, mas temos outros assuntos mais importantes com os quais nos preocuparmos." Ele disse gravemente e voltou-se para Harry. "Eu lhe desejo um bom dia e que bênçãos caiam sobre você, seu Consorte e sua criança ainda não nascida; seus pais e eu temos muito a discutir."

Harry percebeu a sutil dispensa, com um último olhar preocupado a Severus e Lucius; ele voltou para o palácio e fechou as portas atrás de si.

Severus sentiu a mão de Lucius ao redor de sua cintura enquanto eles caminhavam junto com o Alto Profeta. Demetrius era igual a Lucius de todas as formas, de sua aparência até os seus gestos. "É um prazer ver você, Lucius." Demetrius disse, "No entanto, nesse ano que se aproxima... O perigo cresce dez vezes." Ele suspirou tristemente, "Quase todos os cinco clãs dos Dragões fizeram pactos com esse Lorde Voldemort. Somente os três antigos ainda estão indecisos, se pudermos influenciá-los, poderemos ganhar isso. Eles visitarão seus filhos na escola deles."

"Você sabe quando?" Ele indagou e Demetrius sorriu misteriosamente.

"Quando for certo para os dragões." Ele disse simplesmente, "Estou realmente impressionado com esse Harry Potter, o poder dele é incrível, e com a orientação do vínculo e de seu Consorte, ele parece estar um pouco seguro do que eu tinha previsto."

"Ele está amadurecendo, se ele estivesse na Sonserina, ele não precisaria amadurecer." Severus disse baixinho. Demetrius deu um risinho e o olhou.

"Entendo," Ele disse e então sorriu para Lucius, "Posso ver porque vocês dois foram vinculados, é perfeito para vocês dois. Ele é muito belo, Lucius." Demetrius ronronou. Severus tossiu baixo para dissimular seu riso quando o aperto de Lucius em sua cintura passou de passivo a aço.

Ele não vai me roubar de você. Severus repreendeu gentilmente. Deusa, você ainda é tão ciumento quanto quando estávamos na escola. O que é preciso para te convencer de que ninguém acha que sou bonito, além de você?

Ele acabou de dizer que você é, então isso significa que ele acha que você é. Severus rolou os olhos.

Você é um caso perdido. Em voz alta, ele disse, "É grosseiro fazer troça dos outros, Alto Profeta." Demetrius riu.

"A reação dele foi impagável; eu gosto de me divertir de vez em quando. Especialmente em tempos como esse," seu sorriso se enfraqueceu, "Lucius, seu Consorte terá de permanecer aqui quando vocês partirem." Isso obteve a atenção de ambos.

"Não vou deixar Sev."

"Você tem de fazê-lo."

"Por quê?"

"Voldemort descobriu que ele é um espião." Demetrius disse baixinho. O coração de Severus afundou. "Ele pôs a cabeça dele a prêmio, estou certo de que te contará quando voltar; prevenido é preparado. O Consorte Ducal Severus ficará em meu palácio, a trinta quilômetros daqui, no coração de nosso reino."

"O bebê,"

"Nascerá ali," ele disse, "Embora quando o bebê chegar, com sorte tudo isso estará acabado." Ele acrescentou. "Lucius, estou preocupado com você. A escuridão ao seu redor cresce, ele te feriu, e eu te quero fora dali." Demetrius disse seriamente ao se voltar para seu descendente. Lucius não olhou para ele ou para Severus.

"Não posso, a informação que eu trago é importante demais."

"Besteira, haverá mais pessoas dentro do Círculo Íntimo..." Severus começou e Lucius se virou para ele, seus olhos prateados faiscando.

"E as crianças! Quem as protegerá se eu não estiver lá?" Ele disse bruscamente. "Nenhum de vocês entende, o Lorde das Trevas pode ter uma forma humana agora, mas a sua mente está consumida, ele fica mais e mais psicótico enquanto o fim se aproxima. Ele não é confiável, ninguém está a salvo." Ele viu mágoa faiscar nos olhos de Severus. "Nem mesmo eu, mas que a Deusa me ajude, eu serei amaldiçoado antes de deixá-lo tocar em crianças." Demetrius o olhou com dor nos olhos.

"Mas, Lucius,"

"Basta, Demetrius, sei que suas intenções são boas, sei que não quer me ver ferido."

"Eu não quero ver ninguém ferido, especialmente você, seu Consorte e os seus filhos." Ele olhou os dois. "Vocês tentaram jogar esse jogo com o melhor de suas habilidades e agora o jogo acabou para Severus, a vida dele está em perigo assim como a vida de sua criança. Vocês querem perder outra por causa desse homem ou não?" Ele disse um tanto brutalmente.

"Não," Severus disse. "Eu ficarei aqui quando vocês voltarem. Lucius, querido, você tem de começar o treinamento de Harry; Draco não conseguirá fazer mais muito."

"Tudo bem." Lucius disse suspirando e então se voltou para Demetrius. "E você tem certeza de que tem como cuidar dele durante a minha ausência?"

"Você tem a minha palavra." Demetrius disse e Lucius se curvou.

"Está feito." Ele disse, os três ficaram silenciosos enquanto voltavam ao palácio, até que Severus falou para quebrar a tensão.

"Alto Profeta, e as minhas aulas?"

"Tenho certeza de que o Diretor pensará em alguma coisa." Demetrius disse e então pôs uma mão no ombro de Severus. "Não tema, tudo ficará bem."

"Não posso fazer nada além de temer. Eu estou grávido, Draco está grávido, e Harry e Lucius... Deusa." Severus mordeu o lábio. Lucius passou um braço por sua cintura.

"Calma, amor, Demetrius está certo. Não é saudável para o bebê que você fique se preocupando com tudo." Ele beijou sua testa e Severus suspirou enquanto o amor e contentamento de Lucius fluía pelo vínculo até ele.

"Como queira." Ele disse com um pequeno sorriso. Lucius lhe sorriu, mas quando ele ergueu o olhar para encontrar o olhar de Demetrius, o Alto Profeta viu sua preocupação e medo. Um fio de presságio correu por ele quando Lucius quebrou a disputa de olhares entre eles e conduziu seu Consorte pelas escadas e para o palácio.

Demetrius se voltou e começou a caminhar pelas ruas, perdido em pensamentos; presságio se revolvendo em suas vísceras. Os tempos haviam ficado perigosos. "Perigo se esconde em todos os cantos," ele murmurou para si mesmo. Hogwarts parecia ser um território de criação de problemas; não era o ambiente onde ele queria os filhos de seu sucessor, principalmente agora que Draco estava grávido. "Que confusão." Ele não podia deixá-los saber de suas dúvidas, ou que suas visões haviam sido horripilantes; de um futuro devastador. Ele tinha de se certificar de que aquele futuro nunca acontecesse.

Demetrius ergueu o olhar para o céu e suspirou.

Ele rezou para que os Antigos ouvissem Harry. Ele rezou por isso com toda a sua vontade, porque se eles não o fizessem...

... Esse mundo iria direto para o inferno.

N/T

genti, disculpa naum ter posto onti... Fui viajah e qdo voltei, tava sem internet...

anyways, espero as reviews, o próx cap jah tah prontu (toh traduzindu u cap 15), entaum soh faltam as reviews e eu posto!

Eternal Requiem

P.S.: soh pra lembrah, tem drama vindo aih...

P.S.2.: a fic completa tem 20 caps, se naum me enganu