Capítulo Doze

"De novo," Lucius disse e Harry respirou firmemente antes de liberar outra onda de magia contra o Elfo. Lucius estendeu casualmente a mão, como se para agarrar o raio azul-acinzentado de energia letal. Ele grunhiu levemente ao ser empurrado para trás, mas então sorriu. "Bom, descanse um pouco, começaremos de novo daqui a pouco." Harry caiu no chão.

"Meu corpo parece uma papa." Ele gemeu cansado, "Pai, podemos parar agora, por favor?"

"Não, isso é muito importante, você está fazendo progressos tremendos." Lucius disse e Harry bufou.

"Você me joga de costas no chão mais do que Sev fazia, como isso pode ser progresso?" Ele perguntou. Lucius rolou os olhos antes de se voltar rapidamente; enviando uma onda vermelho-alaranjada de chamas em direção à forma caída de Harry. Os olhos de Harry se arregalaram levemente e ele ergueu a mão defensivamente, as chamas atingiram um escudo invisível e se dissiparam no ar. Olhos verdes encontraram os irônicos olhos mercúrio-prateados de seu pai.

"É claro que você está fazendo progressos." Lucius disse, sorrindo divertidamente. "Você só pode se fortalecer com prática, e quanto mais você pratica, mais tolerância você vai desenvolver, e isso faz você mais forte, assim como a sua magia."

"Então mesmo que meu corpo falhe, a minha magia não falhará." Harry disse pensativo, "então, apesar de eu estar tão cansado que não acho que conseguirei me levantar, ainda consigo me proteger." Lucius assentiu, aprovando.

"Você está aprendendo."

"E demorou o quê, só dois meses?" Harry riu e Lucius deu um risinho, estendendo a mão, aceita graciosamente por Harry. Era o começo de fevereiro, dois meses desde que eles haviam voltado do Reino Élfico, Harry ainda achava que sentia falta da serenidade do palácio, mas ele também sentia falta de Severus. Hogwarts simplesmente não era a mesma sem ele. "Sinto falta de Sev." Ele disse baixinho enquanto apanhava sua espada. Lucius pausou enquanto praticava e tristeza esvoaçou por seu rosto.

"Eu também. Terei de ir vê-lo em breve, o vínculo está ficando esticado de novo." Ele disse baixinho e então se curvou para Harry, que se curvou de volta e então eles saltaram e seu duelo começou.

Quando Harry finalmente cambaleou de volta para suíte de seu amado e sua, ele estava mais que cansado, ele estava exausto...

... Literalmente.

Tão logo eles voltaram, seu treinamento havia começado e Lucius fora realmente brutal, Harry respeitava e admirava ainda mais seu Consorte enquanto passava pelo mesmo treinamento rigoroso com o qual Draco tivera de lidar durante toda a sua vida. Embora fosse severo a ponto de ser cruel, Lucius estava ensinando-lhe mais do que Harry sabia que jamais aprenderia em Hogwarts ou mesmo em sua vida, provavelmente. E embora reclamasse que não estava aprendendo, Harry sabia que estava. Sua magia havia dobrado, sua força estava mais tangível, e... Ele se olhou no espelho e uma máscara inexpressiva o encarou de volta, antes que ele a deixasse cair. Ele estava aprendendo a mascarar suas emoções, não sendo mais tão transparente. Era a coisa mais difícil que ele já tivera de fazer.

Mostrar emoções era parte de quem ele era, mas Harry sabia que não devia. Ele tinha muito a perder agora; Draco, Lucius, Severus... Todos os seus amigos na Sonserina que estavam arriscando suas vidas para ajudá-lo a derrotar o Lorde das Trevas. Se isso implicasse que ele teria de mudar, então que fosse. Ele não podia perder ninguém, especialmente seu amado ou sua criança. Harry correu o olhar pela sala de estar elegante, que era chique, mas aconchegante. "Draco, querido?"

"Aqui, amor." A voz musical de Draco fluiu do quarto e Harry a seguiu como uma mariposa a uma chama. Uma escova com punho de prata corria pelo rio de mechas loiro-platinadas enquanto Draco escovava seu cabelo lentamente; seu cabelo havia crescido tremendamente, agora caindo até suas coxas quando ele o deixava solto. Ele vestia uma veste Élfica noturna, da cor de violetas escuras, a veste caía por seu corpo, o moldava perfeitamente e Harry beijou sua nuca enquanto suas mãos afagavam o seu abdômen já proeminente. Harry adorava vê-lo grávido, ele sorriu gentilmente ao sentir a magia poderosa radiando do estômago de Draco; Draco ia ficar grávido mais vezes, se tudo corresse como Harry queria, depois que essa maldita confusão terminasse. "Como foi?" Ele perguntou, se inclinando para os braços de Harry. "Consigo sentir a sua fadiga."

"O Pai me cansa até os ossos, mas está funcionando, estou melhorando." Ele murmurou. "Como está Sev?"

"Ele está bem. Ele sente terrivelmente a nossa falta, apesar de estar mais feliz do que esteve por um tempo." Draco afagou seu estômago enquanto ria baixinho. "Ele disse que está ficando maior que uma casa, ele não consegue mais ver seus pés." Harry deu um risinho. "Mas o bebê está bem, e muito saudável."

"Isso sempre é um bom sinal."

"Sim, o Pai se preocupa desnecessariamente, mas eu posso entender. O primeiro eles perderam para a tragédia, estou certo de que eles não querem nenhuma complicação com esse." Draco disse. Harry assentiu e beijou seu cabelo sedoso antes de apertar Draco levemente e ir até o banheiro.

"Vou tomar banho, não demorarei muito." Draco assentiu enquanto pousava a escova na penteadeira e se erguia elegantemente de seu assento. Ele separou as vestes noturnas de Harry, que eram negras, e então foi para a sala de estar e apanhou as cartas que eles haviam recebido. Ele as viu de relance, lentamente; a maioria era sobre seus testes, mas ele sentiu um calafrio correr por sua espinha ao ver as duas últimas, elas eram de Blaise e Pansy.

"O que foi?" Draco se virou e viu Harry na porta do banheiro, uma toalha na cintura e outra menor, para o cabelo, nas mãos.

"Blaise e Pansy nos mandaram cartas." Ele disse lentamente. Harry rapidamente vestiu suas calças largas de cashmere e veste negra antes de andar até ele e pegar as cartas de suas mãos elegantes. Ele se sentou na cama, Draco o imitando, e começou a ler.

Harry e Draco,

Eu sinceramente espero que isso chegue a tempo. O Lorde das Trevas deu suas ordens; ele atacará Hogwarts dentro de uma semana. Pansy e eu não estamos autorizados a partir, estou certo de que nossos pais enviaram desculpas para nossas ausências ao Diretor. Não será o exército inteiro dele, mas sim metade. Isso é tudo o que posso dizer por agora. Obtive acesso ao Círculo Íntimo, Pansy ainda está sendo considerada, mas ela deve se unir a mim em breve, se isso chegar em tempo, se apressem e se preparem. Tenho um mau sentimento quanto a isso.

Sinceramente seu,

Blaise

"Deusa, nos ajude." Draco murmurou. Harry xingou pesadamente enquanto fechava a carta e ela se incendiava e se transformava em cinzas. Harry abriu rapidamente a carta de Pansy e sentiu o sangue fugir de seu rosto.

Harry e Draco,

A hora se aproxima, rezo para que vocês dois estejam bem e preparados. Blaise agora está no Círculo Íntimo, e eu devo ser introduzida em breve, esse será meu último relatório no Alto Círculo Intermediário do exército do Lorde das Trevas. A tensão está alta por aqui, ele não está deixando ninguém voltar para casa ou para a escola. Estou certa de que meu pai deu desculpas para a minha ausência.

Leiam atentamente, Blaise lhes disse que vocês têm uma semana... Não tenho certeza se isso está certo, há um rumor dizendo que ele atacará antes. Vocês têm de estar preparados para o pior. Ele conseguiu a aliança dos vampiros vermelhos e os mandará. Os Dementadores abandonaram o Ministério e se aliaram com o Lorde das Trevas. Sinto não poder lhes contar mais, minha vida, assim como a de Blaise, estará em risco se eu revelar mais.

O Lorde das Trevas está ficando mais e mais paranóico. Lorde Malfoy tem sido chamado por ele mais e mais freqüentemente... Temo que o pior esteja por vir. Sejam sábios e fiquem preparados. Draco o ajudará, seja forte, Harry; eu acredito no sonserino em você.

Com carinho,

Pansy.

"Maldição." Harry disse enquanto se levantava. Draco dobrou a nota cuidadosamente e assistiu enquanto ela também se transformava em cinzas.

"Isso não é bom," ele murmurou, ele olhou para Harry seus olhos arregalados. "O Pai mencionou alguma coisa?"

"Não, mas percebi que ele tem me pressionado mais." Harry disse baixo, "Ele também deve suspeitar que as coisas estão piorando."

"Você acha que você está pronto?"

"Você acha que eu estou pronto, Draco?" Harry perguntou baixinho. "Eu aprendi muito, sim, mas será o suficiente?" Draco se levantou e tocou a bochecha de Harry delicadamente.

"Eu sinto que você se aperfeiçoou muito, e," ele pausou e suspirou, "eu acho que você está pronto, mas nunca é ruim estar preparado demais. Mesmo se você não estivesse, parece que não haverá mais tempo, o Lorde das Trevas está vindo."

"Os Três Antigos ainda não chegaram, eu tinha certeza de que eles estariam aqui." Harry correu uma mão por seu cabelo, em agitação. "Droga, nós poderíamos usar a ajuda deles." Draco se adiantou, entrando mais em seu abraço, e o coração de Harry pulou com a sensação do estômago arredondado de Draco. "Você não pode ficar aqui."

"Não vou te deixar." Draco protestou e Harry sacudiu a cabeça raivosamente.

"Não, você vai partir." Ele disse forçosamente, "Não posso te deixar em perigo; nós temos muito a perder." Ele disse, pousando uma mão em seu estômago. Os olhos de Draco estavam enevoados por lágrimas. "Amado, você tem de ir, você sabe disso. Mesmo que você estivesse aqui, eu ficaria mais preocupado com a sua segurança do que com qualquer outra coisa. Eu tenho de acreditar perfeitamente que você está bem e então poderei fazer o que tenho de fazer." Draco parecia pronto a protestar, mas o protesto morreu quando ele encarou olhos verdes-esmeraldas.

"Sim, eu irei para o palácio do Alto Profeta, Severus está lá." Ele disse, a tensão começou a se esvair de Harry, "Mas só quando tivermos certeza de que Ele está vindo." Harry o olhou com os olhos estreitos e Draco ergueu o queixo, indignado.

"Tudo bem." Harry disse lentamente. "Venha, vamos jantar. Talvez possamos nos encontrar com Hermione e Rony depois." Ele suspirou tristemente, "Não tenho sido um bom amigo para eles." Hermione e Rony haviam apreciado o Reino Élfico, e os quatro haviam passado tempo juntos brevemente depois, mas Harry começara seu treinamento, Draco estava grávido, então ele começara a ser mais cauteloso, e Hermione e Rony... Bem, apesar de eles terem aprovado, o seu desconforto quase se tornara palpável, o Trio Dourado estava se rompendo.

"Eles não conseguem aceitar que você mude em frente aos olhos deles," Draco disse enquanto eles caminhavam de sua suíte até o Salão Principal. "Desculpe."

"Pelo quê?" Harry perguntou.

"Eu me interpus entre você e eles. Pensei que, depois que tudo tivesse se acalmado e do progresso que fizemos no Natal, que seria o suficiente, mas não foi. Você começou a treinar e a ficar mais e mais confortável comigo e com a Sonserina, você começou a passar mais tempo lá, e então quando você os visitou, pude sentir a amargura deles, o medo deles, de que eles estavam te perdendo e é verdade, você não é o Harry Potter que eles conheciam. Você está diferente."

"Eu estou, mas é para o melhor." Harry protestou e Draco assentiu tristemente.

"Sim, é para o melhor, e tenho de admitir que meu respeito e admiração por você cresceram por causa dos sacrifícios que você fez, mas também porque você amadureceu em frente aos meus olhos. Quando eu olho para você, vejo o meu Primeiro Lorde, meu esposo, e nunca conseguiria ter mais orgulho de ser seu Consorte. No entanto, tudo tem um preço, você não se adequa mais a eles. Você não é o Salvador que eles conheceram, e eles estão amargos porque não conseguem mais se relacionar a você. É quase como se eles tivessem uma escolha consciente para ficarem afastados."

"Eles não gostam de quem eu estou me tornando."

"Não, eles não gostam." Draco concordou.

"Nós temos prioridades diferentes agora, eu tive de crescer. Eu tenho algo pelo que lutar. A amizade deles, sim, era a razão pela qual eu lutaria, mas agora eu sei que não seria o suficiente." Harry pausou e acenou a cabeça em cumprimento para os sonserinos que os cumprimentaram, "Agora eu tenho meu amor por você, nossa criança, o Pai, Severus, e os amigos que eu fiz na Sonserina. E esse amor e respeito e admiração é agora pelo que eu luto acima de tudo." Ele parou e virou Draco, se curvando e o beijando delicadamente. Ofegos baixos se ouviram ao redor deles; nenhum dos estudantes jamais os vira se beijar tão abertamente em público, e ainda assim parecia um momento tão íntimo e particular, eles viraram as cabeças, quase envergonhados por estarem se intrometendo. Quando Harry se afastou, ele roçou uma mão nos lábios agora inchados de Draco. "Eu não vou te perder."

"Harry," ele disse baixinho e então balançou a cabeça e descansou a cabeça no ombro de seu Esposo. Você nunca me perderá. Ele disse baixo; a mão de Harry gentilmente apertando sua cintura foi a única resposta. Vincent e Greg acenaram as cabeças para eles e sorriu gentilmente enquanto eles alcançavam o resto dos estudantes.

"Harry," Vincent disse. "Como vão as coisas?"

"Não muito bem, parece que Blaise e Pansy estão retidos indefinidamente em casa." Vincent e Greg se enrijeceram; Harry sabia que eles sabiam o que isso queria dizer.

"É algum problema de família?" Greg indagou casualmente enquanto os quatro iam até a mesa da Sonserina.

"O chefe dos pais deles está planejando fazer uma viagem em breve para Hogwarts, eles têm de ficar para ajudar seus pais a hospedá-lo." Harry disse baixo; Vincent e Greg empalideceram. Enquanto eles comiam silenciosamente, Vincent labializou para Harry, 'quando?'. Harry deixou suas barreiras mentais caírem e sua mente roçou levemente a de Vincent e a de Greg.

Ele virá durante a semana, estejam preparados e mantenham Draco a salvo. Os dois garotos grandalhões assentiram levemente. Em voz alta, Harry disse alto o suficiente para que os sonserinos ao seu redor o ouvissem. "Reunião hoje à noite, estejam lá." Os estudantes deixaram seus olhares relancear para ele, antes de assentirem e começarem a espalhar a notícia. No final do jantar, toda a Sonserina sabia o que aconteceria naquela noite. Harry levou Draco até o Salão Comunal da Sonserina e se virou para deixá-lo.

"Harry?" Draco indagou cautelosamente. Harry lhe deu um beijo delicado.

"Vou falar com Dumbledore, explicar o que está acontecendo. Quero todo o primeiro e segundo ano dentro quando isso acontecer, todos os outros anos devem estar preparados para uma luta, caso seja necessário." Draco assentiu.

"Tome cuidado, ainda há espiões na escola." Ele disse, Harry assentiu e se foi. Draco assentiu para Vincent e Greg e eles puseram feitiços de tranca, silêncio e de alarme por todo o aposento. Toda a Sonserina estava no Salão Comunal e todos eles olharam em expectativa para Draco.

"Se há algum servo do Lorde das Trevas nesse aposento que é verdadeiramente leal a ele, eu os derrubarei agora, se revelem agora e enfrentem seus destinos." Ele disse friamente; ninguém se moveu e ele assentiu lentamente. "Aqueles com a Marca Negra, reportem."

Um quintanista se ergueu e se curvou para ele. "As linhas estão ficando inquietas, aqueles no Círculo Intermediário e acima foram detidos, nada nos foi contado." Draco assentiu e olhou ao redor.

"Para todos os outros a serviço do Lorde das Trevas, isso é verdade?" Quase metade das cabeças na Sonserina assentiu. "Eu tenho notícias de Blaise e Pansy; os dois não voltarão." Olhos se arregalaram, mas nada mais mostrou sua preocupação. Draco fechou os olhos e reuniu sua força. "O Lorde das Trevas... Atacará Hogwarts em uma semana."

Ninguém se moveu, mas rostos empalideceram e seu medo era palpável.

"Será apenas uma de muitas batalhas. Eu não tolerarei que meu Esposo caia sob o feitiço ou adaga de um traidor, então aqueles que não prometerão aliança a ele; vocês podem ir, mas estejam preparados para morrer no campo de batalha. Essa é a primeira de muitas confrontações, provavelmente, e eu quero que tudo esteja claro para todos. Quem não jurará a sua aliança?" Houve apenas silêncio e Draco sentiu parte de sua tensão se dissipar. "Muito bem, então, que a reunião comece."

"Eles estão certos disso?" Dumbledore perguntou. Harry sentiu sua fúria crescer, mas ele manteve seu rosto inexpressivo. Ele sentiu a tristeza de Dumbledore com isso.

"Eu confio neles com a minha vida. Eles não mentiriam para mim ou Draco." Harry disse lentamente.

"Contanto que você confie neles totalmente..."

"Eu confio." Harry respondeu um tanto friamente. "Como você vai se preparar para a chegada dele?"

"Não tenho certeza de que entendi o que você quer dizer. O sr Blaise disse que ele chegará aqui em uma semana; a srta Pansy acha que será antes, não sei em quem acreditar." Harry sentiu sua irritação crescer.

"Eu me prepararia apenas por precaução. Estou certo de que você percebeu que, se Blaise disse uma semana enquanto Pansy disse que será antes, isso quer dizer que há uma boa chance de ele vir durante a semana. Todos têm de ser avisados."

"Você quer que eu diga que haverá um ataque e tal ataque não aconteça? Harry, há alunos que avisariam seus pais e esses pais ficariam irritados se fosse dito que um ataque iria acontecer e então tal ataque não acontece."

"Tudo bem, não conte para todos, mas pelo menos alerte os professores. Tenha ao menos um esboço de plano."

"Lucius confirmou isso?" Ele perguntou e Harry quase rolou os olhos.

"Sim, à sua maneira." Harry disse evasivamente. Os olhos de Dumbledore se estreitaram.

"Preciso de uma resposta melhor que essa, Harry."

"Essa é a única resposta que você terá de mim." Harry o encarou mais uma vez antes de se virar abruptamente. "Não sei quanto a você, mas eu me prepararei para o pior." Ele disse enquanto fechava a porta, no rosto surpreso de Dumbledore. Enquanto Harry caminhava até a escada que levava às masmorras, ele sentiu duas pessoas aparecerem atrás de si. Harry parou, mas não se virou. "Quem está aí?"

"Somos nós, Harry." Rony disse semi-casualmente. Harry se virou e deu a ele e Hermione um sorriso que não alcançou seus olhos. Rony imediatamente percebeu a mudança e estreitou os olhos. "Diabos, eles o deixaram igual a eles."

"O que você disse?"

"Você está igual àqueles malditos sonserinos." Ele disse bruscamente. "O que aconteceu com você?"

"Eu cresci, Rony." Harry respondeu suavemente. Hermione se adiantou e pôs uma mão no braço de Rony.

"Mas você mudou, Harry, você não ri mais, você mal sorri, você se rodeou de sonserinos, se esqueceu de onde seus verdadeiros amigos estão?" Harry estreitou os olhos para ela.

"Verdadeiros amigos?" Ele disse zombeteiro. "Quantas vezes esses verdadeiros amigos me deram as costas ao menor sinal de algo incomum acontecendo? E todas aquelas chacotas desdenhosas sobre ser o Herdeiro de Slytherin, ou a inveja e ódio quando o meu nome saiu daquele maldito Cálice de Fogo, ou a morte de Cedrico; eu posso suportar, Hermione," Harry disse suave e firmemente, mas friamente. "E vez após vez quando eu triunfava sobre Voldemort, todos esses 'verdadeiros amigos' me convidaram de volta, com braços abertos. Todo maldito ano, isso é amizade? É, Hermione?"

"Todos nós erramos," ela começou, mas Harry sacudiu a cabeça.

"Desculpe-me por não ser quem vocês querem que eu seja. Eu não posso o Harry que ama se divertir, o Harry que simplesmente joga tudo para o alto e vai com um plano pela metade, que podem causar a morte de pessoas. Já fiz isso uma vez, e pessoas morreram." Ele afastou o olhar deles. "Eu tenho pessoas que me são mais preciosas do que esse mundo. Eu não as decepcionarei, e não as perderei." Ele se virou para Rony, "Eu lhe disse, Rony, eu lhe disse e Draco lhe disse; não me faça escolher," ele disse baixo. "Por favor, não me faça escolher."

"Estou cansado de ter você nos empurrando para o fundo de sua mente. Mione está certa, cara, nós somos seus verdadeiros amigos, aqueles sonserinos não sabem nada sobre você."

"Eles sabem mais sobre mim e sobre o que eu posso fazer, do que eu mesmo. Eu sempre amarei você e Hermione, porque vocês foram os dois primeiros e únicos melhores amigos que eu tive por um tempo, mas as pessoas mudam." Ele ficou em silêncio e então disse, "Eu mudei, vocês dois disseram isso hoje, não sou mais o mesmo. Eu lhes direi de novo, não me façam escolher."

"Por quê? Por que não podemos te forçar a escolher?" Hermione disse com mágoa brilhando em seus olhos. Harry suspirou e deixou um pouco de sua tristeza à mostra enquanto começava a se virar, "Harry, nos diga por que." Ela exigiu.

"Porque eu não escolherei vocês." Hermione e Rony se encolheram. "Eu escolho aqueles na Sonserina." Ele olhou para Rony. "Eu escolho Draco acima de tudo e de todos. Essa é a minha escolha, respeitem isso ou então vocês estão fora da minha vida para sempre." Harry se afastou deles e desceu as escadas.

Doeu quando eles não o seguiram.

Draco estava em seu antigo quarto quando Harry o achou. Ele estava sentado na cama, com apenas uma das camisas de Harry cobrindo seu corpo. Ele estava trançando lentamente seus cabelos e ele ergueu o olhar com tristeza enquanto Harry ia até a cama. "Eu sinto muito." Draco disse suavemente. Harry afrouxou todas as suas roupas e subiu na cama, foi então que ele percebeu que ela havia sido transfigurada para ficar maior e mais parecida com a cama deles na suíte. Ele esperou Draco terminasse de trançar seu cabelo antes de puxá-lo para seu colo e pousar a cabeça na curva de seu pescoço.

"Por que, por que eles não entendem?"

"Estou certo de que eles entendem de alguma forma, querido." Draco disse enquanto corria uma mão pelas mechas negras e bagunçadas de Harry. "Eles apenas não conseguem ver porque você teve de mudar tanto, apenas isso. Você foi deles por quase sete anos. Deve doer que você alterou a percepção que eles tinham de você em tão pouco tempo. Talvez quando estivermos mais velhos, as coisas finalmente voltem ao que eram e você possa ter seus amigos de volta." Harry suspirou, inspirando fundo os aromas de lavanda, água do mar e ricas florestas que sempre sentia quando estava perto de Draco.

"Você sempre cheira bem." Ele resmungou, o envolvendo o máximo que pôde. Draco riu suavemente enquanto eles caíam nos travesseiros baixos e delicados de penas atrás dele.

"Estou feliz por você achar isso." Ele provocou. Harry correu uma mão por sob sua camisa de seda e acariciou delicadamente a pele do estômago proeminente de Draco. "Hmm, é bom quando você faz isso."

"É fantástico." Harry cochichou suavemente, "Nossa criança está aí dentro, Merlin, estou excitado e assustado ao mesmo tempo." Draco gentilmente afagou sua bochecha e puxou para seus lábios para um beijo apaixonado. "Eu te amo, Draco."

"Também te amo, Harry, agora me faça amor." Ele disse. Os olhos de Harry faiscaram com preocupação e Draco deu um risinho rouco enquanto seus olhos brilhavam suavemente com desejo e luxúria. "Tudo bem, querido, o bebê e eu ficaremos bem." Ele beijou Harry sensualmente enquanto se movia sobre ele e se pressionou contra a ereção que roçava sua coxa. Harry gemeu baixa e longamente. "Eu quero você dentro de mim, por favor Harry." Harry sorriu, seus olhos agora eram chamas ardentes.

"Como eu poderia dizer não a um pedido desses?" Ele perguntou rouco. Draco riu, e seu riso logo se tornou um gemido de paixão e Harry começou a jornada que levaria ambos ao êxtase.

"Está tudo pronto?" Blaise conteve um calafrio, assim como Pansy, que havia sido recentemente aceita no Círculo Íntimo; o corpo morto do pai de Vincent jazia a seus pés e Voldemort estava sentado em seu trono em um mezanino à frente deles.

"Sim, Milorde, está tudo pronto." Blaise disse humildemente.

"E os espiões nas outras Casas sabem o que têm de fazer?"

"Sim, Milorde, eles romperão os escudos ao redor de Hogwarts no momento certo."

"Pansy, querida, você falou com meu querido Lucius?" Voldemort ronronou. Pansy manteve seu corpo relaxado, embora quisesse cerrar os dentes com o desrespeito a Lorde Malfoy.

"Sim, Milorde, eu falei com Lorde Lucius, ele disse que tudo está indo de acordo com o plano, eles não suspeitam de nada."

"Excelente." Ele disse agradado. "Parece que fiz sábias decisões ao trazer vocês para o meu Círculo Interno. Agora, me contem sobre Harry Potter, o que ele está fazendo?"

"Ele está se sobressaindo nos estudos, Milorde." Blaise disse neutra e cuidadosamente, deixando de fora coisas essenciais... Como a gravidez de Draco. "Ele está louco por seu Consorte e está fazendo amizades em nossa Casa."

"Hmm, fiquem de olho nele." Ele disse, seus olhos vermelhos lampejando lugubremente.

"Sim, Milorde." Eles disseram em uníssono. Voldemort os dispensou com um aceno de mão; Blaise e Pansy se levantaram e começaram a sair quando ele chamou.

"Oh, Blaise."

"Sim, Milorde?"

"Eles descobriram para onde Severus foi?" Blaise sentiu seu sangue gelar e esvaziou sua mente, caso Voldemort a estivesse lendo.

"Não, eles estão meramente seguindo a programação que ele deixou para o resto do semestre."

"Oh, tudo bem, então, se ele aparecer durante a próxima semana, matem-no. Eu realmente desprezo traidores." Ele disse calmamente. Pansy e Blaise se curvaram uma vez mais.

"Milorde." Eles disseram e saíram rapidamente. Quando eles aparataram para a Mansão Malfoy, ambos tiraram suas vestes de Comensais da Morte e foram direto para o escritório de Lorde Malfoy. Ele estava ali, ao lado do fogo, vestido em vestes Élficas verde oceano, parecendo elegante e belo sob a luz suave. Ele voltou-se para eles e acenou uma mão casualmente, suave magia Élfica correu por eles rapidamente e ele assentiu ao ver que não havia nenhum feitiço de rastreamento ou outros feitiços de qualquer tipo que pudesse ouvir o que estava prestes a ser dito.

"Se o homem ficar ainda mais desconfiado, ele irá matar a todos em suas fileiras." Pansy murmurou. "Ele quer que nós vigiemos Harry, e matemos Severus se ele aparecer." Ela disse.

"O pior é que, depois de nos dizer que matássemos, ele colocou casualmente que despreza traidores." Blaise disse baixo. "Lorde Malfoy, o que vamos fazer?" Lucius suspirou pesadamente e gesticulou para que eles se sentassem.

"Eu devo ir ao Reino Élfico, meu cônjuge está me chamando, e meu corpo já está ficando frio devido à distância entre nós. Eu partirei hoje à noite, o Lorde das trevas já sabe da minha partida, mas não de meus motivos. Mantenham qualquer informação para si mesmos. Eu lhes agradeço por avisarem Harry e Draco antes de me contarem seus planos."

"Ele não te contou?" Blaise indagou, empalidecendo.

"Ele insinuou, mas na última vez que ele me chamou para a sua cama, ele estava meramente pensando nisso. Ele não me chamou desde então, uma vez que estive ocupado indo ao Ministério e a Hogwarts." Lucius se virou para eles e sorriu gentilmente. "Vocês estão fazendo algo que pede muita coragem."

"Nós queremos fazer isso." Pansy disse baixo. "Aconteceu uma outra coisa." Ela disse lentamente. Lucius ouviu dor em sua voz.

"O que foi, criança?"

"Lorde Crabbe, ele está morto." Ela disse baixinho, Lucius deixou sua dor e pesar o varrer; ele fora um de seus amigos mais próximos. "Eu tomei seu lugar, agora sou parte do Círculo Íntimo." Os lábios de Pansy tremeram enquanto ela tentava manter o controle sobre suas emoções. "Merlin, o que vou dizer a Vince?" Ela disse rasgadamente. Lucius voltou seu olhar para as chamas.

"Lhe diga a verdade. Ele merece ao menos isso. Eu também lhe escreverei." Ele deslizou pelo aposento em direção a eles e beijou suas testas. "Que a Deusa os abençoe. Blaise, você pode ir para seu quarto, Pansy escreva sua carta agora e eu escreverei a minha." Os dois adolescentes assentiram tristemente e fizeram o que lhes fora dito. Lucius permaneceu na janela atrás de sua escrivaninha e olhou a noite. Presságio o cortou como uma faca; morte estava no horizonte.

Harry, mantenha você e Draco a salvo; eu rezo por vocês dois.

Tapinhas insistentes acordaram Vincent de um sono profundo e ele abriu um olho, olhando a janela, e viu uma coruja empoleirada ali. Ele se forçou a levantar, chutou os cobertores para longe e foi até a janela e acenou uma mão displicentemente. A janela se abriu e a coruja veio diretamente em direção a ele. Ele sorriu cansadamente enquanto soltava os dois pergaminhos que estavam em sua perna e então deu um petisco à coruja antes que a coruja piasse feliz e decolasse. Ele sentou-se na cama e abriu o pergaminho menor primeiro. Um corpo morno se ajeitou às suas costas e ele mudou de posição para que Greg pudesse ler a carta com ele.

Vince,

Querido, eu sinto tanto, mas o Lorde das Trevas matou seu pai nessa noite. Você agora é Lorde Vincent Crabbe e único proprietário das Propriedades Crabbe. Não consegui pensar em nenhuma forma mais fácil de te contar isso, é a verdade, e você sabe que não minto quando não preciso. Espero que Gregory esteja com você, não quero que você passe por isso sozinho. Eu realmente sinto muito.

Sua "irmãzinha",

Pansy

Vincent sentiu sua mente entorpecida; morto, seu pai estava morto. "Merlin." Ele disse tremulamente. Os braços fortes de Greg o rodearam e ele se inclinou no abraço, fechando os olhos rapidamente, tentando conter as lágrimas que queriam vir; ele não chorava desde que tinha três anos, e ele seria amaldiçoado se recomeçasse agora.

"Leia a outra, Vince." Greg disse suavemente. Vincent piscou para afastar as lágrimas e abriu o outro pergaminho; ele respirou fundo, era de Lorde Malfoy.

Lorde Vincent Crabbe,

Vincent, você faz parte da minha vida e da de Draco desde que você é jovem e por isso você é como meu segundo filho. Eu sinto muito por sua perda e rezo à Deusa para que nenhum outro pesar venha a seu encontro. Seu pai era meu amigo mais querido e eu irei pranteá-lo sinceramente, no entanto, esse não é o tempo para prantear. Estou certo de que Harry e Draco lhe contaram os planos do Lorde das Trevas, por favor, eu imploro, proteja-os com o melhor de si.

Espero que Greg esteja aí com você, vocês dois sempre ajudaram um ao outro durante os piores acontecimentos e esse é um deles onde você pode usar o apoio. Se você o ama tanto quanto eu sei que você o ama, não o tranque para fora de seu coração e o empurre para fora de sua vida. Um amor tão puro quanto o seu e o de Greg, ou o de Harry e Draco é difícil de surgir.

O Ministério foi informado da morte de seu pai e enviará papéis detalhando a sua herança, se você tiver alguma pergunta, não hesite em me mandar uma coruja. Eu virei se você precisar. Mantenha a cabeça erguida e a mente lúcida. Haverá tempo para prantear, e tempo para curar.

E Gregory, cuide bem dele... Estou certo de que ele vale o esforço. Tenho orgulho de vocês dois. E eu rezo à Deusa para que vocês sobrevivam a tudo isso.

Que Bênçãos Caiam Sobre Você,

Lucius Xavier Demias Malfoy

Vincent sorriu um tanto quanto tremulamente e Greg deu um risinho. "Ele está certo, você sabe." Greg disse suavemente. "Haverá tempo para prantear. Nós dois temos nossos papéis a representar nesse jogo. Vamos representá-los até o fim." Ele disse baixinho. Vincent não disse nada enquanto enrolava o pergaminho e assistia enquanto ele se transformava em cinzas. Ele se virou para Greg e não disse nada, mas ele entendeu. Gregory voltou a se deitar e Vincent se aconchegou a ele e fechou os olhos enquanto ele corria os dedos por seu cabelo. Não se passou muito tempo até que ele sentisse que Vincent estava chorando e demorou ainda mais até que Vincent finalmente caísse em um sono atormentado. Greg finalmente se deixou relaxar o suficiente para dormir, seus olhos ardendo com lágrimas não derramadas por Vincent e sua família e as provações à frente. A guerra estava à sua porta, pessoas iriam morrer, isso era certo, mas ele sabia, sabia que o pai de Vincent fora morto por mero tédio; o Lorde das Trevas era realmente impiedoso.

Ele esperava que Harry mandasse o maldito desgraçado para as profundezas do Inferno.

Afinal de contas, era um pagamento justo... Pelo inferno pelo qual ele fizera todos passarem.

N/T

sorry... fim de semana passado não deu pra postar, de verdade, e essa semana foi um inferno, prova, trabalhos etc... Não foi por falta de vontade, juro!

mas anyways, aí está o capítulo!

Reviews, por favor! O próximo capítulo já está pronto, só faltam as reviews (já estou no capítulo 19)

Eternal Requiem