Capítulo Quinze
Harry limpou lentamente o sangue de sua lâmina, quase como se estivesse em transe. Seu corpo doía, sua magia minguava, ele estava cansado, e ele queria Draco. "Três semanas, três malditas semanas, e eu não consigo parar de pensar nele." Ele murmurou para si mesmo, cansado. Hogwarts de fato fora tomada ao anoitecer naquele dia, em março, e Harry ainda empalidecia com quantos haviam sido perdidos. Fora um massacre.
"Você não deve ficar pensando nisso, jovem." Lucius vinha enquanto vinha para seu lado. Harry ergueu o olhar de sua posição ajoelhada e teve de sorrir. Apesar de todo o sangue fresco e coagulado e sujeira em seu cabelo e em sua veste negra de batalha, Lucius ainda era belo. Ele tinha a espada pousada em seu ombro, tão negra de sangue quanto a de Harry estivera.
"Como vai a luta para os dois lados?" Ele perguntou com um pequeno sorriso. Lucius deu um suspiro cansado enquanto também se ajoelhava e começava a limpar sua espada.
"Tediosa. Voldemort me mantém a seu lado durante a maior parte do tempo, e quando ele me diz para ir matar em algum lugar, eu passo esse tempo matando os homens dele." Lucius sorriu friamente. "É um grande prazer. Muitos me desdenhavam por minhas maneiras para com o Lorde. É agradável mandá-los para o submundo."
"Estou certo disso." Harry disse e cerrou os dentes contra o frio que continuamente deslizava para seus ossos. Lucius o olhou cuidadosamente, não disse nada, mas o ajudou a se levantar.
"Venha, precisamos descansar. Vincent e Gregory vigiarão enquanto dormimos." Os Lordes foram cautelosamente até sua barraca. Harry ficara agradado ao ver que Lucius não viera sozinho quando o buscara três semanas antes. Ele trouxera guerreiros Élficos, assim como Dion, e Deusa, como aquele Dragão lutava. Ele ficava em sua forma humana na maior parte do tempo, por não querer denunciar sua presença aos Dragões que lutavam no ar por Voldemort, no entanto, ele era mortífero com uma espada, e duas vezes mais mortíferos lutando com as mãos vazias. Enquanto Harry olhava a terra dividida pela batalha, ele mandou seus agradecimentos à Deusa por ter afastado Draco no momento certo. A barraca deles era uma coisa enorme e no meio do acampamento Élfico.
Elfos se curvaram para eles enquanto eles passavam e Greg e Vincent sorriram ao vê-los vindo. "É bom ver vocês dois, estávamos ficando preocupados." Vincent disse gentilmente. "Há duas banheiras ali dentro, se lavem e fiquem lá dentro, e nós cuidaremos delas depois."
"Vocês são santos." Harry disse com um sorriso cansado que então sumiu, "Houve alguma notícia de Blaise ou Pansy?" Greg balançou a cabeça.
"Nenhuma, nós os vimos na batalha hoje, eles parecem estar se virando." Ele sorriu. "Eles fizeram um feitiço defletor, assim qualquer maldição que eles lancem contra um aliado automaticamente se desvie e atinja um Comensal da Morte."
"Brilhante." Harry disse rindo. Lucius deu um risinho enquanto soltava sua bainha e o coldre de sua adaga e os deixava do lado de fora da barraca e entrava. "Nós os veremos em algumas horas." Vincent e Greg assentiram e ele seguiu Lucius.
Quando Harry se virou, ele sentiu seu corpo queimar de desejo. Lucius era tão belo despido quanto vestido. Ele afundou seu corpo comprido e ágil em uma das banheiras e arqueou uma sobrancelha friamente para seu genro. "Viu alguma coisa que gostou?" Ele perguntou, um tanto quanto travesso. Harry rolou os olhos e murmurou sob sua respiração, ele também tirando suas roupas sujas, atirando-as na pilha com as de seu pai e suspirou feliz enquanto afundava na outra banheira fumegante. Lucius deu uma risadinha enquanto começava a desentrançar seu cabelo. Eles se banharam em um silêncio amigável; cansados demais para planejarem batalhas e contentes demais para falarem sobre outro assunto.
Harry apanhou uma das toalhas dobradas enquanto saía da água da banheira, agora maculada por sangue e sujeira, e começou a se secar rapidamente. Ele estava tão desgraçadamente frio o tempo todo. A temperatura estava quente em comparação à de seu corpo, mesmo quando ele estava vestindo meias, botas, calças de couro e uma camisa de seda. "O que diabos está errado comigo?" Ele disse bruscamente, seus dentes batendo. Lucius estava saindo de sua banheira, ficando de pé, sem modéstias, e gloriosamente nu enquanto tentava secar seu cabelo muito longo. Ele observou Harry por debaixo de seus cílios e deu um risinho enquanto o garoto mantinha o rosto virado para longe.
"Não entendo porque você é tão tímido."
"Você é meu pai."
"Sogro."
"Malditas semânticas, de qualquer forma, você é o pai de Draco, e ele é meu Consorte, eu não devia desejar você." Lucius bufou enquanto deslizava facilmente para dentro de calças de couro negro, e então meias e finalmente suas botas.
"Você não me deseja, Harry, você deseja Draco." Lucius disse simplesmente enquanto Harry se virava e o olhava de olhos arregalados. "A única razão pela qual seu corpo clama pelo meu é porque eu sou parente consangüíneo de seu Consorte, e o mais próximo de você." Lucius disse enquanto sentava ao lado dele e abotoava sua camisa de seda negra e então apanhava uma escova em sua bolsa e começava a escovar seu cabelo.
"Há algo mais, também." Harry disse suavemente enquanto engolia. "A minha magia tem clamado pela de Draco, sim, mas também tem clamado pela sua." Lucius continuou a escovar seu cabelo, enquanto tentava pensar, mas uma mão fria interrompeu a sua e ele se voltou para Harry. O poder em seus olhos esmeralda chamejou com o toque da cabeleira platinada à sua frente. "Deixe que eu faça isso," Ele disse baixinho. Lucius assentiu e deixou Harry começar a escovar gentilmente seu cabelo.
"Você está frio, certo?"
"Sim."
"E não consegue se aquecer, certo?" Harry pousou a mão no rosto de Lucius e ficou chocado ao sentir que o rosto dele estava tão frio quanto sua mão. "Que diabos...?"
"Nós dois estamos separados de nossos Consortes, Harry. Você se lembra do que Severus e eu dissemos a você e Draco há meses?" Harry rolou os olhos com a sua estupidez.
"A distância entre nós, ela faz com que fiquemos frios. Não sei como pude esquecer." Harry disse, balançando a cabeça enquanto começava a desfazer nós nas pontas, até que estava escovando mechas lisas e longas no cabelo semi-seco com a escova.
"Sim, no entanto, o motivo da sua magia estar clamando pela minha é o mesmo da minha estar clamando pela sua."
"E qual seria esse motivo, Pai?"
"Eu estou vinculado a Draco por sangue, por ser o pai dele, e você está vinculado a ele por casamento, magia e corpo, assim como por uma criança. Nós somos essencialmente vinculados à mesma pessoa, embora de formas diferentes." Lucius começou suavemente. "Em tempos de guerra, como esse, Lorde Supremos e Primeiros Lordes e todos que eram vinculados tiveram de deixar seus Consortes para trás, algumas vezes por meses e algumas vezes até por anos. Se o vínculo é mantido esticado dessa forma por muito tempo, no fim, os dois morrem.
"Então, para aliviar a tensão, os Lordes que eram vinculados de alguma forma uns aos outros, fosse por Consorte ou por família, dormiriam juntos, não sexualmente, mas por calor. Isso estabilizaria o vínculo de alguma forma, o suficiente, para que eles pudessem continuar lutando."
"Mas nós temos dormido juntos nessa cama por três semanas e..."
"Você nunca me deixou te abraçar, Harry. Ou se deixou aconchegar a mim, e na maioria das vezes, um de nós, ou os dois, estava tão exausto que mal conseguia chegar à cama antes de dormir. Manter um vínculo tão forte quanto o nosso com nossos Consortes tão longe esgota qualquer um, e, além disso, nós estamos usando magia e a nossa força todos os dias, sem pausa." Harry não disse nada enquanto deixava a informação atingi-lo e soube que era verdade. Ele sentira o desejo de abraçar Lucius e o havia sufocado, achando que era errado, e na maior parte das vezes das vezes ele estava delirando tanto com necessidade de dormir que ele dormira sem sequer se despir. Harry puxou o lindo cabelo de Lucius para trás e o alisou, certificando-se de que não havia cabelo na frente de suas orelhas elegantemente pontudas e começando o processo de trançá-lo. "Você é obcecado pro cabelos longos." Lucius disse sorrindo.
"Eu sei, mas o cabelo de Draco é tão lindo e macio, e o seu também o é. Eu gosto de brincar com ele." Harry resmungou enquanto trabalhava. Ele sentiu Lucius dar um risinho enquanto o homem mais velho se inclinava leve e inconscientemente contra ele. Harry terminou a trança e a prendeu com a tira de borracha que Lucius pusera ao redor da escova. Ele enrolou a mecha de cabelo em seu pulso e puxou Lucius para trás, contra ele. Lucius grunhiu, mas recuou até que suas costas estivessem contra o peito de Harry. A magia deles refluiu e fluiu ao redor deles e eles suspiraram contentes.
"Acho que essa é a primeira vez em sinto meus dedos dos pés em duas semanas." Lucius disse com um sorriso. Parecia tão absurdo que tal coisa tivesse saído da boca de Lucius que Harry explodiu em risadas. Ele finalmente estava sentindo novamente com seu corpo, que não estava mais tão parecido com chumbo. Ainda havia um friozinho, mas não tanto quanto antes.
"Eu me sinto melhor," Harry murmurou, "obrigado."
"Eu também lhe agradeço, venha, vamos descansar, não há previsão de quando poderemos ter uma pausa como essa novamente." Lucius cutucou Harry e ele se afastou, tirou suas botas e caiu sob o grosso montículo de cobertores; parecia que todos os Elfos sabiam que seus Consortes estavam longe. Harry contou seus pensamentos a Lucius e o Elfo mais velho meramente rolou os olhos enquanto seguia Harry. Tão logo Lucius estava confortável, Harry imediatamente se aconchegou a ele, ele estava praticamente faminto por algum tipo de contato, e Lucius também estava, caso puxar Harry contra ele fosse algum sinal.
"Deus, eu seu um idiota. Nós podíamos estar fazendo isso há tempos." Harry murmurou. Lucius deu um risinho e correu a mão pelas costas de Harry.
"Não se culpe, você não sabia." Lucius disse suavemente. "Fique em paz, Harry, e durma, sinto que vamos precisar disso."
"Hmm." Harry suspirou e adormeceu imediatamente.
Harry se aconchegou ainda mais ao corpo a seu lado ao ouvir sussurros raivosos começando a abrir caminho em sua consciência. "Não, eu quero dormir." Ele resmungou.
"Parece que estamos sendo convocados." Lucius disse arrastada e sonolentamente enquanto se mexia levemente, Harry meramente o imitando.
"Olha, o Diretor quer vê-los, e quer vê-los agora!" Era Rony; Harry gemeu. A abertura de sua tenda foi afastada e um Rony e uma Hermione de aparência insatisfeita entraram violentamente e Rony puxou todos os cobertores. "Que diabos...?" Harry abriu um olho sonolento e olhou para Rony, que estava tão ensandecido que estava ficando furiosamente roxo. Hermione, pela primeira vez, estava sem fala e Lucius simplesmente se esticou como um gato contente por debaixo de Harry.
"Parece que temos de nos levantar, Harry." Ele disse, um tanto indiferentemente. Harry gemeu novamente e rolou de cima dele, correndo as mãos por seu cabelo, tentando fazer com que eles adquirissem um aspecto que se assemelhasse a algo mais ou menos ordenado. Ele enfiou os pés em suas botas, pisou duro até suas vestes de batalha de couro negro, agora limpas e entrou nelas em uma fúria silenciosa. Lucius se moveu elegantemente pelo aposento, sem se deixar perturbar.
"Estou pronto." Harry disse, rabugento, e apanhou sua espada embainhada e saiu enquanto a prendia ao redor de sua cintura. Lucius deu um risinho e olhou para os grifinórios com um pequeno sorriso.
"Eu ficaria fora do caminho dele." Ele disse levemente e saiu graciosamente. Rony e Hermione trocaram olhares.
"O que foi que nós perdemos?" Hermione perguntou, Rony apenas fez uma carranca sombria e saiu pisando duro.
Draco virou a página de seu livro e tomou um gole de seu chá verde um minuto depois. A afobação de pés indo e voltando era um agradável barulho de fundo... Que estava começando a lhe dar nos nervos. "Tio Leviathan, você poderia, por favor, parar de andar de um lado para o outro?"
"Bem, você não viu vestígio algum ou ouviu nada de seu Consorte e ainda assim você fica aí sentado com uma suave indiferença, isso é muito esquisito, você é casado, não é?" O Antigo indagou. Draco riu, fechou seu livro e se remexeu para sair da confortável poltrona e com um pequeno grunhido, se levantou.
"Sim, eu sou casado, quem mais poderia me deixar assim?" Draco disse com um sorriso contente. Leviathan sacudiu a cabeça, mas sorriu. Nas três semanas que haviam se passado, parecia que Draco havia ficado duas vezes mais redondo; mas a gravidez combinava com ele. "Harry está bem, ele está um pouco irritado pelo que posso perceber agora, mas ele estava vivo e saudável, e Papai está com ele, isso é o que realmente me importa."
"Ele está tentando te deprimir de novo?" Severus indagou zombeteiramente enquanto entrava lentamente no aposento. Ele ainda era gracioso; no entanto, não conseguia mais andar a passos largos, tendo de andar calmamente. Seu estômago ainda estava um pouco maior que o de Draco, mas eles tinham as mesmas tendências graciosas e a alegria deles fez com que Leviathan sorrisse. Mas enquanto ele observava os Consortes, especialmente Severus, aquele sorriso abriu caminho para preocupação. Severus era mais velho, mais sábio, e, em alguns aspectos, mas frágil, por ter estado grávido antes, apenas para perder o bebê em uma tragédia e agora... Seu Esposo estava lutando nos dois lados da guerra e podia terminar morto. Leviathan franziu o cenho com isso; então ele teria de criar sozinho a criança.
"Seus pensamentos são mórbidos, amor." Claudius murmurou em sua orelha.
"Eu me preocupo com Severus, diabos, eu me preocupo com os dois." Leviathan murmurou. Ele se virou e beijou seu Consorte e beijou amorosamente a cabeça de seu filho. O bebê era agora uma criança pequena e ruidosa com mechas douradas e olhos violetas e travessos. Ele se contorceu para fora dos braços de Claudius e engatinhou até os dois homens grávidos com júbilo.
"Eles serão pais maravilhosos." Claudius disse, sorrindo gentilmente. Leviathan assentiu e suspirou pesadamente e passou um braço por sua cintura.
"Severus dará à luz em breve."
"Ele ainda tem um mês." Claudius disse de volta.
"Isso é em breve."
"Por que eu tenho essa sensação maluca de que você quer dizer alguma outra coisa?" Claudius disse, estreitando os olhos para seu esposo. Leviathan meramente piscou inocentemente seus olhos violetas e Claudius bufou.
"Uh oh, você ouviu isso, rapazinho, seu papai acha que seu pai está escondendo alguma coisa." Draco disse em uma voz cantada. Leviathan riu, assim como Severus, e Claudius sorriu enquanto observava Darius bater as mãos felizmente. Os Antigos e os homens grávidos brincaram contentes com Darius até que Draco empalideceu, ficando quase cinzento, e parou de sorrir.
"Draco," Severus disse preocupadamente.
"Algo não está certo." Draco disse sufocado. "Eu... Eu não consigo mais senti-lo."
"O quê?" Leviathan disse, em um tom estridente. Olhos prateados arregalados e assombrados o olharam.
"O vínculo, eu não consigo sentir Harry, não sinto nada dele."
Harry se desviou de uma maldição feroz lançada por um Comensal da Morte; ele aproveitou o momento para apanhar uma adaga ensangüentada e a atirou contra o Comensal, houve um grunhido com o impacto e então ele ou ela caiu morto. Harry suspirou pesadamente e continuou a se mover, embora seu corpo lhe gritasse para ir encontrar Draco. Ele não sabia quando acontecera, mas em um minuto o vínculo estava tenso e no outro, ele não conseguia senti-lo e isso o amedrontou. Um duende apareceu em sua visão periférica e, de pura frustração, ele estendeu sua palma em direção à coisa feia e chamas vermelhas e violentas jorraram das pontas de seus dedos; o duende morreu a dez metros dele. Harry olhou ao redor e começou a ir até os outros membros da Ordem. Ele estava na metade do caminho quando uma mão o agarrou por trás e o puxasse para as sombras. "Que porra...!"
"Harry, sou eu." Lucius disse baixinho e Harry relaxou, ele se virou e olhou para seu pai, prestes a sorrir, até que viu sangue gotejando do lado de Lucius.
"Merlin, você está bem?" Harry perguntou preocupado, enquanto punha a mão na cintura de Lucius, de onde o sangue fluía.
"Eu ficarei bem, estou me curando enquanto falamos," Lucius disse suavemente. Harry olhou seu rosto pálido, mas assentiu carrancudo. Algo devia estar muito errado, para que ele viesse encontrar Harry durante a batalha.
"O que está errado?"
"Estou certo de que você percebeu que o vínculo não pode mais ser sentido." Ele disse e Harry assentiu gravemente. "E você se sente..."
"Prestes a correr e ir encontrar Draco, mesmo sabendo exatamente onde ele está? Sim, o que diabos está acontecendo?"
"Voldemort está acontecendo." Lucius disse, cerrando os dentes. "Ele está jogando sujo, em uma hora toda a magia nessa área será anulada."
"O que, o que isso quer dizer?"
"Dentro de dezesseis quilômetros de onde ele lance essa coisa, a magia não poderá ser usada. Ele está praticamente nos tornando a todos trouxas."
"Quanto tempo nós temos?" Harry disse. Lucius olhou para o céu.
"Talvez duas horas."
"Você sabe que feitiço ele está usando?"
"Não, mas eu sei que se você e alguns outros tentarem bloquear uma parte desse campo, então isso não funcionará." Lucius disse suavemente. Harry esfregou a cabeça, cansado, mas assentiu.
"Eu correrei o mais rápido possível para encontrar Dumbledore, se ele acreditar em mim, o que ele deveria fazer, depois de toda essa merda, então ficaremos bem."
"Corra depressa." Lucius disse enquanto respirava fundo pela primeira vez desde que a conversa começara. Ele beijou a testa de Harry, "Que a Deusa o proteja."
"Que ela também o proteja." Harry sussurrou e então assistiu enquanto Lucius sumia nas sombras. Harry andou para trás, antes de se virar e disparar pelo campo de batalha. A maior parte da Ordem o viu vindo e começou a protegê-lo de quaisquer Comensais da Morte que o visse. Harry desviou de um Crucio e então teve de mergulhar para o chão para que uma maldição letal não o atingisse. Uma mão forte o ajudou a se levantar e ele piscou ao ver o cabelo ferozmente ruivo de Rony Weasley.
"Que porra você está fazendo?" Rony exigiu. "Correndo pelo campo desse jeito?" Harry olhou para trás e então apontou.
"Bem, ajudou, olhe, são mais vinte inimigos mortos." Rony o olhou ameaçadoramente e Harry fez uma carranca. "Olhe, o Pai acabou de me contatar."
"Malfoy nunca te contatou no meio da batalha." Rony disse baixo. Harry assentiu e olhou para Rony, implorando.
"Olha, eu sei que as coisas entre nós não estiveram muito boas nesse ano, mas acredite em mim quando digo que ainda amo muito você e Mione, então por favor, acredite no que vou te dizer." Rony o olhou com um pequeno sorriso e então assentiu.
"Vá em frente."
"Voldemort está prestes a anular a magia em uma vasta área. Em breve, toda a magia do mundo não poderá ser usada neste campo de batalha." Rony empalideceu. "Agora, o Pai me disse que se bloquearmos ao menos algumas partes do campo e as mantivermos bloqueadas, então ele não conseguirá espalhar isso."
"Mas isso exige muito poder, Harry; muitos de nós estamos esgotados. Eu acabei de sair de um descanso de uma hora e ainda não consigo fazer muitos feitiços." Harry correu uma mão por seu cabelo de pura frustração.
"Eu sei, mas temos de tentar. Essa coisa não está apenas anulando a magia, ela também está anestesiando os sentidos. Não consigo mais sentir Draco." Os olhos de Rony se arregalaram.
"Mas esse é um vínculo permanente; você deveria senti-lo o tempo todo..."
"Você está me dizendo coisas que eu já sei." Harry disse bruscamente, em tom cansado. "Acredite, eu sei, e estou sofrendo sem o vínculo. Meu corpo está congelando e agora eu estou tendo noções malucas para ir procurar Draco, quando eu sei muito bem que ele está bem."
"Malfoy está tendo o mesmo problema?" Harry piscou.
"Qual deles?"
"O mais velho, Harry, por que você estaria achando que... Oh, se você não consegue sentir Draco, então ele não deve estar te sentindo, certo?" Rony perguntou baixo e Harry assentiu.
"Sim, e também estou preocupado com isso. O Pai parece estar bem, mas você o conhece, se ele não quer que eu saiba que ele não está bem, eu não saberei até que ele esteja desmaiado no chão." Harry deu um risinho e Rony riu dissimuladamente. "Chega desse assunto, onde está Dumbledore?"
"Não o vejo há quatro horas. Ele pode estar em qualquer lugar."
"Droga, temos de encontrá-lo." Harry disse. Ele piscou, cansado, e olhou o campo e então seus olhos se estreitaram; todos os Comensais estavam recuando. "Mas que diabos?"
"Eles estão recuando?"
"Com certeza... Recuar!" Harry gritou com todas as forças. Toda a Ordem parou e o olhou. "Recuar!" Ele latiu e então agarrou o braço de Rony e começou a puxá-lo enquanto corria. O cabelo na nuca de Harry começou a se arrepiar e ele acelerou o passo. "Droga, não vamos conseguir."
"Harry, o que diabos vamos fazer?" Rony disse enquanto eles corriam em direção às árvores. Harry estreitou os olhos e então eles se arregalaram... As árvores.
"É claro, é isso." Ele sussurrou e buscou pela árvore mais velha que pudesse encontrar. Rony o olhou como se ele fosse louco.
"Harry, você enlouqueceu?"
"Não."
"Mas..."
"Cale a boca, Rony." Harry disse enquanto contornava a árvore e então assentiu para si mesmo. Ele pousou a mão na parte mais grossa do tronco e fechou os olhos, e respirou fundo até que estivesse completamente calmo. Tudo o que havia no fundo se desvaneceu e ele deixou sua magia fluir para a árvore, através de sua palma, e então esperou.
Ah, minha irmã me contou sobre você. Era uma voz quase antiga e Harry sorriu de alívio. Você precisa de ajuda, pequeno?
Sim, Voldemort está tentando impedir que a magia seja usada no campo. Não faço idéia do por quê, isso o danificaria também.
O mal não tem motivos; verei o que eu e minhas irmãs podemos fazer. Leve seu amigo; você deve chegar ao acampamento Élfico rapidamente.
Por quê?
Você se descobrirá muito cansado, quando quebrar nossa conexão. Apresse-se jovem, a escuridão dele está se espalhando.
Obrigado. Harry sussurrou e lentamente removeu sua mão do tronco da árvore e a conexão se desfez. Foi bom que Rony estivesse ali, uma vez que Harry desmoronou para o chão.
"Droga, Harry," Rony murmurou enquanto o erguia. Harry meramente apontou para a direção para onde eles haviam estado correndo e Rony xingou, mas correu naquela direção. Ele não teve de correr muito, já que dois Elfos saltaram graciosamente das árvores a seu lado e tinham flechas preparadas para serem atiradas.
"Abaixem... As armas." Harry disse baixo.
"Milorde, você está bem?"
"O Pai voltou?" Ele indagou; os Elfos trocaram olhares e balançaram as cabeças.
"Nos perdoe, mas não. Lorde Supremo Lucius não voltou." Ele olhou para Rony e franziu levemente a testa enquanto ia até ele, estendendo seu arco para seu camarada. "Eu posso levar o Primeiro Lorde Harry." Rony franziu o cenho, mas Harry já estava se esquivando de seus braços; Rony ficou magoado com isso, mas ainda assim, o ano anterior havia visto muitos distanciamentos deles. O Elfo murmurou para Harry enquanto eles se afastavam. O outro ainda olhava Rony e curvou-se levemente para ele.
"Somos gratos por você tê-lo trazido, obrigado." Ele disse suavemente. Rony assentiu, mas então franziu o sobrolho.
"Olha, ele estava falando com uma maldita árvore; eu achei que ele estava ficando um pouco maluco." Ele murmurou. O Elfo lhe franziu o cenho e desapreço faiscou em seus olhos.
"As árvores são muito poderosas e muito sábias, se Lorde Harry falou com as árvores, então elas ajudarão." Ele se voltou e olhou para trás de Rony e sorriu. "Elas já ajudaram, olhe." Rony se voltou e piscou ao ver o verde claro luzindo ao redor e acima das árvores, formando uma barreira. A escuridão que os havia forçado para as árvores do lado norte da Floresta Proibida recuou e lentamente sumiu.
"Como..."
"Vocês bruxos tomam a terra por certa." O Elfo disse sabiamente, seus olhos de um castanho líquido faiscando com diversão. "Se você abrir os olhos, descobrirá que a Terra está viva e Ela o protegerá se isso lhe for pedido. Você deve voltar ao seu acampamento; Lorde Harry o verá mais tarde."
"Dumbledore ainda precisa falar com ele." O Elfo rolou os olhos e se afastou.
"O seu Diretor terá de esperar. Nós não o deixaremos ir até que ele esteja melhor. Diga isso ao seu Dumbledore." O Elfo sumiu. Rony olhou ao seu redor, cansado, mas então apenas balançou a cabeça; se eles não o queriam ali, tudo bem, ele iria embora. Rony se voltou e começou a voltar para onde sabia que Mione e Dumbledore estariam, afinal de contas, ele tinha uma mensagem a dar.
Lucius, Blaise e Pansy se curvaram diante de Lorde Voldemort enquanto ele arengava furiosamente sobre seu plano frustrado. Um número de corpos mortos jazia diante deles, o sangue lentamente escorria em direção a eles. Pansy não se encolheu exatamente, mas ela de fato recuou. Blaise e Lucius trocaram olhares pelos cantos dos olhos e sorriram levemente com o circo dela. Eles haviam matado pessoas o dia inteiro e agora Pansy estava enojada; inacreditável.
"Lucius, venha aqui." Lucius se ergueu graciosamente e se aproximou lentamente do Lorde das Trevas.
"Sim, Milorde?" Ele indagou em voz baixa. Voldemort o encarou com olhos vermelhos como sangue. Lucius viu luxúria e desejo entrarem em seus olhos, mas aquela raiva ainda estava presente.
"Desfaça sua trança." Ele disse baixo. Lucius engoliu; ele tinha um sentimento nauseante sobre o que estava prestes a acontecer. Ele tirou suas luvas e começou a soltar seu cabelo. Voldemort assistiu com fascínio e seu desejo aumentou enquanto o ágil Elfo à sua frente soltava seu lindo cabelo. Ao terminar, Lucius correu os dedos por ele, inconscientemente juntando-o em seu ombro para que as mechas não se sujassem com o sangue a seus pés. "Ajoelhe-se à minha frente." Lucius subiu no mezanino e caiu de joelhos, pousando suas mãos nas coxas cobertas de couro do Lorde das Trevas. "Você é tão lindo, Lucius."
"Obrigado, Milorde." Lucius disse suavemente. O sorriso que Voldemort deu o fez sentir um medo tão agudo que ele quase fugiu.
"Estou insatisfeito com meus servos, Lucius. Muitos estão mortos, mais morrerão, e mais testam minha paciência. Não tenho paciência para com traidores, e apesar de um ter desaparecido, agora há outro em minhas fileiras, um que está arruinando todos os meus planos." O Lorde das Trevas pulou, rápido como uma cobra, agarrando violentamente um bom punhado de mechas platinadas e as enrolando em seu pulso com força. "Eu não gosto de falhas, Lucius."
"Não, Milorde." Lucius disse, estremecendo levemente. Voldemort o puxou para mais perto e Lucius se encolheu quando seu escalpo começou a queimar com a dor da tensão. "Eu os descobrirei."
"Você irá fazê-lo." Voldemort concordou prontamente. "No entanto, eu acho que o traidor está mais próximo do que o esperado." O sangue de Lucius gelou. "Você vê, penso que ele ou ela está em meu Círculo Íntimo, algum deles tem agido estranhamente a seus olhos?" O aperto de Voldemort se intensificou e Lucius deixou escapar um grunhido de dor. Pansy e Blaise estremeceram, mas medo correu por eles; o que estava acontecendo? Ele sabia que um deles era um traidor? Ou ele estava meramente suspeitando?
"Você aceitaria provar novamente sua lealdade?" O Lorde das Trevas indagou enquanto puxava. "Reafirme sua aliança a mim."
"Sim, Milorde." Lucius disse, embora se encolhesse ao pensar no que esse 'teste' lhe custaria.
"E vocês dois?" Ele perguntou.
"Sim, Milorde." Eles responderam em uníssono. Voldemort sorriu friamente.
"Muito bem, Lucius, vá para o quarto e se prepare." Ele afagou o rosto de Lucius. "Faz um tempo desde que brincamos com brinquedos." Lucius empalideceu, mas assentiu e foi até a cortina por detrás do mezanino. Voldemort se voltou para Blaise e Pansy e sorriu. "Venham, seus teste os espera." Blaise e Pansy se curvaram e seguiram Lucius até o quarto do Lorde... Seus rostos empalidecendo a cada passo.
"Blaise, o que você está... bom Deus." Vincent ficou branco como uma vela. Blaise fez sua montaria parar. Ele desmontou e então docemente puxou Lucius da sela. Lucius gemeu em dor cheia de delírio, e Vincent rapidamente embalou o Elfo em seus braços. "Blaise, que porra aconteceu?" Ele rosnou. Blaise estava mais pálido do que jamais havia estado, ele parecia nauseado.
"Nós... Nós 'refizemos' nossos votos de aliança." Ele disse com voz sufocada. "Pansy ainda está vomitando. Por favor, cuide dele, e diga a ele que... Diga a ele que nós sentimos tanto." Vincent viu a dor e desgosto em seus olhos e assentiu. Vincent deu uma olhada nos olhos vidrados de Lucius e rapidamente foi até a sua barraca, onde Harry estivera andando para lá e para cá ininterruptamente por três horas. Greg o encontrou na metade do caminho e seus olhos se arregalaram.
"O que aconteceu?"
"Voldemort." Vincent rosnou e os olhos de Greg se estreitaram. "Precisamos de água fresca, alguns trapos, e veja se há algum Curandeiro entre os Elfos."
"Harry vai ficar lívido." Greg disse baixo enquanto eles rapidamente iam para a barraca dos Lordes. Greg passou pela abertura e Harry parou de andar. "Harry."
"Bom Merlin, Pai?" Harry parecia à beira de um colapso enquanto ia até Vincent e a forma entrouxada em seus braços. Ele puxou o capuz para trás, mechas platinadas estavam em desarranjo ao redor do rosto muito pálido de Lucius. Harry o tocou levemente e Lucius se virou levemente; seus olhos estavam sombrios de dor. "Oh, Papai, o que ele fez a você?" Lucius lhe deu um pequeno sorriso.
"Nada que não tivesse feito antes... Ele só fez com que Blaise e Pansy fizessem o trabalho, com exceção de ter sexo comigo." Lucius deixou escapar um bufo cheio de dor. "Ele nunca dispensaria isso."
"Deitem-no, eu preciso de água quente e..."
"Aqui." Greg disse enquanto entrava. Vincent deitou Lucius gentilmente na cama, mas hesitou enquanto estava prestes a sair; Greg fez o mesmo.
"Eu cuido dele." Harry disse baixo enquanto olhava para os dois sonserinos. A fúria violenta e merecida que eles viram em seus olhos os fez tremer de medo.
Eles não queriam ser Voldemort quando Harry pusesse as mãos nele.
"Não derrame lágrimas por mim, Harry, isso já aconteceu antes." Lucius disse, estremecendo enquanto Harry limpava todas as marcas de um dos 'brinquedos' de Voldemort.
"Não posso evitar, o que diabos você fez para merecer isso? Pai, isso é... É... Eu vou arrancar a cabeça dele com as minhas mãos." Harry se enfureceu em voz baixa enquanto limpava o sangue, e pele solta... Dentre outras coisas, da pele pálida e cremosa de Lucius. "Isso vai curar?"
"Sim, Voldemort me deu três dias para me recuperar. Devo estar de pé até lá." Lucius disse baixo. Harry engoliu um soluço enquanto esfregava violentamente seus olhos, uma vez que as lágrimas ainda caíam.
"Eu estava tão preocupado, sabia que algo estava acontecendo, mas nunca imaginaria isso."
"Voldemort está ficando desconfiado. Quando ele faz isso, ele desconta em todos. Ele diz que só confia em Blaise, Pansy e eu, e receio que ele vá fazer com que eles durmam um com o outro para provarem sua lealdade." Harry lentamente parou de limpar as feridas e aplicou o creme de ervas que um dos Curandeiros fizera nas costas de Lucius.
"Então você quer tirá-los de lá?"
"Sinto que é o momento de eu também deixar os serviços dele. Eu cansei disso, Harry; não quero voltar... Me sinto muito... Enojado de mim mesmo depois..."
"Ele te estuprou, Pai, ele tem te estuprado e não é culpa sua."
"Eu volto, sabendo o que vai acontecer." Lucius disse lentamente.
"Você voltava porque não tinha escolha." Harry começou. "E agora você volta porque está nos passando informações, mas depois disso... Eu acho que você está certo. É hora de você e os outros saírem."
"Ele ficará muito raivoso ao descobrir que estava certo sobre o espião."
"Então ele fará um erro." Harry disse confiante. "Então, qual é o plano?" Antes que Lucius pudesse dizer qualquer coisa, houve o vento da abertura de sua tenda sendo aberta e Harry ergueu o olhar e viu Demetrius de pé, vestido identicamente a Lucius. "Demetrius?" Lucius virou a cabeça enquanto o Alto Profeta ia até a cama e se ajoelhava para ver o rosto de Lucius.
"Oh, minha Criança, eu sinto tanto." Demetrius disse tristemente. "Eu não fazia idéia do que aquele monstro estava fazendo a você." Os olhos de Demetrius pareciam atormentados e ele estava transtornado de pesar.
"Você viu acontecer?" Lucius inquiriu e Demetrius assentiu.
"Eu vi, vim tão logo vi, e os outros não sabem que eu estou aqui. Tudo está como deveria. Eu farei a coisa certa."
"O quê?" Harry disse suavemente.
"Eu estou aqui para cumprir meu papel nessa guerra; tomarei o lugar de Lucius."
"Não, Demetrius," Lucius começou, mas o Alto Profeta balançou a cabeça.
"É o meu papel a desempenhar," Demetrius disse suavemente, "É... É o meu destino." Os olhos de Lucius se arregalaram.
"Oh, Deusa, você viu isso, não viu? Isso é o que você fará... Que te matará." Lucius disse baixo e Demetrius assentiu e pousou uma mão confortante na cabeça de Lucius.
"É o meu destino, não se entristeça. Eu aceitei. E estou tão feliz por ter conhecido vocês dois." Ele sorriu, seus olhos luzindo com lágrimas não derramadas. "Eu ficarei aqui, no seu lugar. Você disse que esse Voldemort está te esperando em três dias?"
"Sim."
"Muito bem então," Demetrius disse e então seus olhos se endureceram. "Isso é que vocês farão. As suas forças se moverão de acordo com os planos nesses três dias, os Elfos aqui sabem aonde ir. Vão com eles e eles os levarão para Draco e Severus." Ele sorriu. "Vocês deviam estar orgulhosos, eles estão tão lindos, e estão indo muito bem." Os dois Lordes sorriram, mas qualquer um conseguiria dizer que eles estavam morrendo por dentro. "A guerra de verdade começará lá, onde a magia Selvagem corre livre. O tempo para descansar está quase terminado. Vocês entenderam?"
"Sim," Harry sussurrou.
"Sim," Lucius sussurrou. Demetrius sorriu docemente e beijou os dois na testa.
"Amo vocês dois, mesmo tendo falado com cada um de vocês apenas uma vez, eu vi suas vidas e os conheço intimamente, vocês dois farão grandes coisas, e suas vidas serão repletas de alegria e riso. Lutem duramente e que a Deusa os proteja sempre." Demetrius disse enquanto mexia com seu pulso por um momento antes de erguer uma pulseira bela e ornada para os olhos de Lucius. "Isso é seu agora. Você é o Alto Profeta, você foi nascido e criado para isso." Demetrius a pôs em seu pulso e então voltou-se para Harry. "E o seu Consorte receberá seus poderes Élficos em breve, você ficará surpreso com o que ele está destinado a fazer."
"Estou certo disso; Draco sempre estará destinado a fazer algo de importância ou grandeza. Essa é uma das razões pelas quais eu o amo tanto." Harry disse sorrindo. Demetrius se ergueu e assentiu.
"Descansem, essa guerra está prestes a alcançar seu clímax."
"O que você está prestes a fazer?" Lucius indagou. Demetrius sorriu em desdém e Harry viu Draco e Lucius naquele sorriso; era um sorriso patenteado dos Malfoy.
"Acender as chamas do ódio, pôr fogo na alma de Voldemort." Ele disse e então se desvaneceu. Os dois Lordes encararam silenciosamente o lugar onde ele desaparecera.
"Vou sentir falta dele." Lucius disse enquanto rolava cuidadosamente. Harry pousou a cabeça no ombro de Lucius e suspirou.
"Nós podemos salvá-lo?"
"Não."
"Por quê?" Harry indagou e Lucius afagou seu cabelo desordenado.
"Porque ninguém pode fugir de seu destino, você, dentre todas as pessoas, devia saber disso muito bem." Harry deu um risinho à ironia.
"Yeah, eu sei disso, sei muito bem disso." Ele franziu o sobrolho. "O destino é uma porcaria."
"Eu não poderia concordar mais." Lucius disse baixo, "Eu não poderia concordar mais."
N/T
argh! dps de meia hora tentandu postar essi cap finalmenti foi!
tenhu uma mah noticia: dps do dia 18, naum sei qdo vou postar de novu... mas issu naum eh motivo pra vcs naum deixarem reviews, certo? Pelo menos eu espero que naum...
Eternal Requiem
