Capítulo Dezenove
Passos.
Vozes murmuradas... Os gritos de seu filho...
"Acho que ele está acordando." Era o som da voz de seu Consorte, mas Lucius estava furioso. Um torvelinho de poder cresceu nele enquanto sua fúria aumentava. Voldemort havia roubado sua criança... Sua criança e ameaçava a outra com morte, mas não apenas suas crianças... Não, ele também levara seu neto ainda não nascido...
... Lucius abriu os olhos e Severus se afastou rapidamente ao sentir onda após onda de incrível poder reverberar ao redor do Alto Profeta. "Lucius, querido?"
"Fique aqui, Severus." Lucius murmurou suavemente, baixo... Letalmente. "Isso acaba hoje." Lucius endireitou suas vestes, apanhou sua espada ainda suja de sangue e deslizou para fora do aposento. "Queimem o corpo dela; não quero ver essa sujeira em minha casa." Severus abaixou o olhar para a visão retorcida de Narcisa Malfoy e tremeu com a dor e medo gravados no rosto dela.
Ele sentiu pena de quem quer que cruzasse o caminho de Lucius.
Ali, Lucius estava isolado do mundo, mas não realmente. Ele podia ouvir a preocupação daqueles que estavam por perto, mas também podia perceber o medo. A idade e Poder combinados que Demetrius lhe passara com seu último suspiro e o poder que ele acumulara por conta própria o faziam quase três vezes mais poderoso do que antes e agora que ele não estava se contendo... Muitos podiam sentir sua intenção.
E isso os assustava.
Ele não se importou. "Leviathan, onde está você?" Ele perguntou baixo, mas sua voz reverberou pelos corredores. O Antigo veio, andando a passos largos e graciosos pelos corredores. Havia preocupação em seus olhos violetas e ele correu para Lucius.
"Lucius, você está...?"
"Não há tempo. O fim se aproxima." Lucius disse suavemente. Leviathan engoliu ao olhar nos olhos brilhantes do Alto Profeta. A sua magia jorrava dele, girando ao seu redor como uma hélice dupla, tamanho poder...
"Sim, Sire, o que você deseja que eu faça?"
"Chame de volta os bruxos e o nosso povo." Lucius ordenou. "Voldemort e meu filho Harry estão lutando agora, e Voldemort também tem Draco." Os olhos de Leviathan se arregalaram em horror. "O campo deve estar vazio, a destruição será terrível e..."
"Alto Profeta!" Um bruxo veio correndo para eles e fez uma reverência baixa. "Os Dementadores, senhor, os Dementadores chegaram."
"Deusa, não." Leviathan murmurou tristemente. Lucius não parecia surpreso.
"Recuem, fiquem a salvo e façam os Antigos Dragões lutarem contra eles." Ele olhou o bruxo nos olhos e o rosto do bruxo ficou pálido como um fantasma. "Diga a eles que eles podem usar tudo e qualquer coisa que seja necessária para fazer isso, você entendeu?"
"S-sim." Lucius passou por eles graciosamente e então desapareceu em uma fria rajada de vento. "Merlin, o que é ele?"
"Ele é o Alto Profeta."
"Alto Profeta ou não, ninguém consegue ter tanto poder quanto ele e ainda estar são." O bruxo murmurou. Leviathan arqueou uma sobrancelha.
"Então você não conhece bem Lucius Malfoy." Ele disse suavemente. "Ele nasceu para esse papel, e ele se prende a ele como uma mariposa a uma chama. Obedeça às ordens dele, ou receio que você vá sentir a ponta de sua espada."
O bruxo correu como se fugisse do inferno.
Draco tremeu incontrolavelmente na escuridão úmida de uma árvore apodrecida. Ele apertou ainda mais sua veste de batalha de couro negro contra si, no entanto, ela não pôde barrar o frio, que penetrava até os ossos. Ele fitou a abominação à sua frente e não pôde evitar pensar que tudo aquilo era inútil. A Alma de Voldemort era ainda mais desprezível que o homem. Apesar de seu pai sempre ter dito que o verdadeiro poder de uma pessoa, fosse ela bruxa, Élfica ou humana, sempre residia na sua alma.
Ele não acreditara, até ter encontrado essa alma maligna.
Ele estava cansado, faminto, e sentia um medo tão profundo que até mesmo as crianças dentro de si podiam senti-lo. Pequenas ondas calmantes o varriam nos períodos em que ele era corroído por terror agudo, apenas para que tal terror fosse barrado pelos minúsculos raios de luz azul bebê. As crianças de Harry e suas estavam tentando acalmá-lo. Fosse em outro momento, ele teria sorrido, encantado, mas agora, tudo o que ele podia fazer era tentar não chorar. Onde estava o poder que ele sentira correndo por ele quando ajudara Severus? Trancado, era o que parecia. Sua magia era, no melhor dos casos, esporádica, fora apenas sua má sorte que fizera sua magia retroceder e deixá-lo apenas um pouco melhor que um aborto.
Você está apavorado... Bom, você deveria.
"O que você quer comigo?" Ele sussurrou baixo, feliz por sua voz não ter tremido, embora ele soasse subjugado, mas isso não podia ser evitado, sua força estava deixando-o, ele sentia seus olhos querendo se fechar e um grito de terror começar a preencher seus ouvidos. Draco saiu subitamente de seu estupor, não, ele tinha de ficar acordado. O terror que o esperava em seus sonhos era muito mais aterrorizante do que aquele sentado à sua frente.
Mestre quer seu Esposo, não você. No entanto, é você quem dará o Garoto Dourado para o Mestre.
"Eu nunca darei Harry a ele." Draco disse entre dentes. Um risinho doentio veio da escuridão viscosa à sua frente.
Seu esposo desistirá por vontade própria; você é muito precioso para ele.
"Eu..." Draco não conseguia falar. Essa alma retorcida estava certa; Harry faria qualquer coisa por ele... Draco fechou os olhos para barrar as lágrimas de desesperança que ele queria derramar desesperadamente, mas que não podia. Ele não deixaria esse monstro ver sua dor, seu medo. Ele era Draconis Malfoy e ele sobreviveria àquilo. "Bem, tenho certeza de que quando ele vier, ele derrubará a você e ao seu Mestre." A Alma de Voldemort não gostou daquilo. Ela arreganhou seus dentes podres enquanto sibilava em fúria.
Você tem muita coragem, Elfo. Veremos para onde vai sua confiança quando seu Esposo falhar! A Alma subitamente deu uma guinada para trás e Draco assistiu em interesse e também com um medo doentio enquanto a Alma se dissolvia e desaparecia.
"Pela Deusa, o que...?"
"Olá, Draco." Draco enrijeceu enquanto se voltava para a abertura no tronco da árvore. Voldemort estava ali, em carne, seus olhos vermelho-sangue enevoados com loucura, assim como com uma faísca do poder necessário para trazer sua alma de volta para seu corpo perfeito.
"Voldemort." Draco disse baixo. Essa era a primeira vez em que ele via o novo e melhorado assassino. Ele teve de admitir que o homem era belo, com aquele cabelo negro e sedoso, pele pálida, e interessantes olhos vermelhos. No entanto, Draco conseguia ver a sujeira interior, o brilho maníaco daqueles olhos vermelho-sangue e a palidez doentia de sua pele denunciando o fato de que ele estava morrendo por causa do veneno que Demetrius inoculara nele. Draco sabia que por detrás daquele rosto estava uma alma tão retorcida e decaída que ele automaticamente se afastou da mão bem cuidada que se estendia para ele. "Você fede a morte e vidas roubadas, não me toque." Draco disse baixo, seus olhos faiscando em azul oceânico sob a luz turva. O pequeno sorriso de Voldemort se tornou mais largo e ainda mais sinistro.
"Você tem coragem, eu gosto disso, é uma pena que esteja grávido, eu adoraria saborear e possuir esse corpo delicioso."
"Você nunca me possuirá, assim como você nunca possuirá meu pai, nós já estamos comprometidos." Draco disse suavemente enquanto graciosamente engatinhava para fora do tronco e se erguia, tentando calmamente arrumar suas vestes enlameadas e arruinadas e dar a seu cabelo alguma aparência de ordem, embora soubesse que parecia uma pessoa medonha.
Olhos vermelho-sangue se tornaram estreitos e frios. Draco instintivamente se afastou dele enquanto a aura malévola de Voldemort borbulhava e se alastrava ao redor dele. Ele deu um passo em direção ao Elfo grávido e Draco encontrou seu olhar descaradamente, mas não disse nada.
"Vá andando." Ele rosnou e apontou na direção de todos os gritos.
Draco andou e Voldemort o seguiu grudado em seus calcanhares. Ele fechou os olhos e afagou seu estômago.
Por favor, fique bem meu amor.
Por favor, fique bem meu amor. Harry parou e virou-se, seu peito ficando pesado. "Draco." Dizer o nome dele fez com que Harry caísse de joelhos com a saudade e dor que o rasgava. Draco estava perto agora, ele conseguia sentir isso, mas ele também sabia que isso significava que Voldemort estava com ele.
E era isso que mais o amedrontava.
Harry começou a andar a passos largos pelos restos de árvores e corpos sangrentos. Ele sentia sangue pingando da ferida em seu lado e seu braço esquerdo estava quebrado e pendia frouxamente a seu lado. Sua cabeça latejava e sua cicatriz queimava. A luta com Voldemort o havia quase exaurido. Harry tremeu ao se lembrar da força de seus golpes com aquela espada de lâmina larga, a dor correndo por ele quando a arma o atingira. Ele tremeu em horror, por ter sentido toda a extensão da magia de Voldemort. Harry engoliu sua ânsia de vomitar quando se lembrou daquela aura oleosa e negra que o embrulhara, sufocando-o. Harry havia formado um antigo feitiço de luz, pequeno, mas poderoso, em sua mão, que aprendera com seu pai. O feitiço lhe dera a abertura de que precisara para se libertar e lançar um feitiço.
Harry sorriu sinistramente. Voldemort não o sentiria agora, mas na próxima vez que usasse sua magia como usara... O feitiço fora feito para funcionar com qualquer tipo de veneno já inoculado no inimigo. Como Voldemort estava tomando a essência vital de seus seguidores para retardar o veneno, ele não estava funcionando tão bem quanto deveria. Harry sabia que o feitiço que lançara iria combater e destruir qualquer progresso que a magia de vidas roubadas que Voldemort estava absorvendo, o deixando incrivelmente fraco. Ele esperava que fosse o suficiente para salvar Draco. Harry mordeu o lábio quanto sua visão o assaltou novamente. Ele rezou para a Deusa para que aquilo funcionasse.
Uma vez que o feitiço era Élfico, ele não tinha nome ou movimentos de mão ou de varinha a serem feitos. Ele vinha somente da essência da magia do inimigo, do veneno inoculado na pessoa e da intenção do lançador. Era um equilíbrio delicado e demorara uma eternidade até que ele aprendesse. Lucius estava prestes a desistir quando Harry finalmente o acertou. Harry agradeceu seu pai silenciosamente, mas soube que o agradecimento não chegara até seu destino.
Harry começou a acelerar o passo ao se aproximar do Palácio dos Antigos. A aura de Lucius estava se tornando tão grande, tão poderosa que Harry teve de bloquear a presença dele em sua mente. Ele não sabia o que seu pai estava fazendo, mas, fosse o que fosse, ele estava reunindo uma grande quantidade de magia Selvagem para fazê-lo. Enquanto corria pelas ruas ensangüentadas em frente ao Palácio dos Antigos, Harry se sentia como se gelo o tivesse varrido. Harry cambaleou e caiu sobre um joelho ao olhar para cima e o sangue deixasse seu rosto.
"Oh não." Ele arfou, Dementadores, centenas deles estavam deslizando pelas ruas. Harry utilizou-se de uma pequena, mas poderosa, quantidade de sua magia e lançou três Cervos Patronos e assistiu enquanto eles começavam a dispersar os Dementadores, mas ele sabia que seria apenas uma breve trégua. Ele fitou o chão polvilhado de corpos Élficos e bruxos que já haviam sido Beijados.
"Lorde Supremo Malfoy!" Harry se forçou a ficar de pé e olhou para a sua direita. Dion estava correndo para ele rapidamente.
"O que foi, Dion?" Harry indagou, cansado. Dion o vistoriou rapidamente e seus brilhantes olhos azuis se estreitaram ao caírem sobre seu braço esquerdo e lado sangrento.
"Você está ferido, deixe-me ajudá-lo." Ele disse enquanto ia em direção a Harry. Ele puxou para trás o couro flexível que cobria seu pulso esquerdo e mordeu. Harry empalideceu.
"O que você está fazendo?"
"Beba, isso vai te curar. Beba agora; há problemas a serem resolvidos. O Pai e a Mãe querem falar com você." Ele disse suavemente. Harry baixou o olhar para o pulso oferecido, enterrou seu nojo enquanto gentilmente segurava o braço do dragão, e curvou sua cabeça e começou a beber.
Era como beber magia pura. Harry gemeu inconscientemente enquanto sorvia e engolia o sangue do dragão. Ele correu por suas veias, varrendo seu sangue, sua mente estava ofuscada por luz e ele sentiu vagamente músculos, tendões e ossos se religando. O músculo e a pele de seu lado estava se emendando justamente. "Chega." Harry recuou e olhou para Dion com os olhos vitrificados.
"Deusa." Harry cochichou enquanto lambia os lábios. "Isso foi... Intoxicante." Dion sorriu.
"Nós somos a magia mais Antiga, com exceção da Deusa. Mesmo o sangue Élfico, após um certo período de tempo, se torna magia e poder quase puros. Fico feliz por isso ter ajudado; agora temos de ir." Harry assentiu e o seguiu enquanto eles corriam levemente pela rua agora deserta.
"O que está acontecendo?"
"O seu Diretor estava, ou talvez ainda esteja, falando com meus pais. No entanto, o que quer que ele estivesse dizendo os estava enraivecendo. Minha Mãe me enviou para te achar, para ser se você conseguia fazer seu antigo pensar sensatamente."
"Eu duvido, mas vou tentar." Dion lhe sorriu e Harry retribuiu sorrindo. Eles correram lado a lado por alguns minutos antes de entrarem em uma clareira com uma cachoeira no centro. Em frente à cachoeira, estava um sujo, mas ainda vivo, Dumbledore, assim como quase todos os Weasley, salvo Percy, e Hermione. Draconis e Illyrian encaravam o grupo de bruxos, como se desejassem poder dispensá-los. Harry e Dion diminuíram para uma corrida lenta e então pararam entre os dois grupos. "Certo, estou aqui, o que está acontecendo?" Harry disse. Hermione e Rony piscaram para ele.
"Harry, você está bem? Você está ensopado de sangue." Hermione disse com preocupação. Harry a encarou.
"Agora não é hora, Mione." Ele rangeu os dentes; agora que ele estava curado, seu corpo decidira lembrá-lo de que ele estava sem ter contato com seu Consorte por um tempo maior que o aceitável. Uma rajada de frio correu por ele e ele cerrou seus dentes que batiam e firmou sua determinação. "Draconis, o que foi?" Harry se voltou para o Dragão Mais Velho. Draconis estava fulminando Dumbledore com o olhar.
"Eu recebi instruções explícitas do Alto Profeta. Ele diz que minha esposa e meu filho e eu podemos usar quaisquer meios necessários para destruir o resto do inimigo, e isso inclui aquelas monstruosidades... Aqueles Dementadores, como vocês os chamam. Esse... Esse..." Harry podia dizer que ele estava furioso.
"Ele disse para vocês pararem." Harry disse suavemente e Draconis assentiu, os lábios apertados e sua aura se expandiu até seus limites. Illyrian pousou uma mão calmante em seu ombro.
"Lorde Supremo Malfoy, esses Dementadores, esses ladrões de almas, estão dizimando nossas forças, e também estão matando a terra. A terra está saturada de magia Selvagem, que embora poderosa, é frágil. Coisas como os Dementadores são feitas primariamente de morte e decadência; eles tomam a vida de todos ao seu redor. É esse o motivo por eles serem tão perigosos."
"Vocês podem matá-los?" Harry perguntou e os Dragões Antigos assentiram.
"Sim, mas precisamos de todos aqueles que ainda vivem fora do campo de batalha, longe daqui. A magia que será liberada matará um ser mágico normal. Por favor, diga isso ao seu antigo." Draconis disse mordaz. Harry se voltou para Dumbledore.
"Há algum motivo particular para não deixá-los fazer isso?" Dumbledore o olhou com olhos azuis velhos e cansados.
"Os Dementadores, Harry, não são o problema, é o fato de que eles liberarão uma onda de magia que pode muito bem nos tornar abortos, então haverá ou magia nenhuma, ou tanta que os trouxas serão capazes de senti-la."
"Estou certo de que isso não acontecerá. Se o Pai disse que eles podiam usar quaisquer meios necessários, então isso significa que ele deve estar fazendo algo para que a onda de magia não se espalhe além das barreiras já existentes ao redor do mundo bruxo e do reino Élfico." Harry explicou. "O Pai não diria alguma coisa sem um plano antes."
"Harry, você quer deixar esses Dragões fazerem isso?" Rony perguntou incredulamente. Harry suspirou.
"Quero, porque isso significa que os Dementadores estarão mortos, todas as forças de Voldemort estarão mortas, e que o homem estará substancialmente enfraquecido, e eu espero que o suficiente para que eu possa recuperar meu Consorte e matar aquele homem maldito. Tudo bem para você?" Harry gritou. "Estou cansado de lutar; eu matei tantas pessoas nessa guerra para livrar o mundo bruxo de uma ameaça que há muita deveria ter sido eliminada."
"Mas, Harry, criança," Arthur disse baixinho, "Você está destinado..."
"Foda-se o destino!" Harry disse bruscamente, "Estou cansado de ouvir que estou destinado a destruir esse maníaco. Se Eles fizerem isso, ele já estará parcialmente destruído, e é isso o que eu quero. Metade do exército bruxo foi morta; vocês não querem que quem possa sobreviver o faça?" Ele olhou para eles. Eles eram seus amigos... Bem, amigos distantes agora, mas eles haviam sido tudo o que ele tivera por seis anos, ele valorizava a opinião deles, mas a forma como eles o olhavam agora... Ele estava diferente, ele sabia disso.
Eles não gostavam disso.
Harry estava cansado de tentar ser o que todos queriam que ele fosse. Ele se voltou para os Dragões. "Se o Pai disse para fazer o que fosse necessário, então o façam. Eu..." Dor fulminante correu por sua espinha e Harry arfou em surpresa e agonia. "Draco." Ele disse enquanto caía de joelhos. "Deusa." Draco, Draco, você está aí?
Estou bem, amado, ele só lançou um feitiço, nada com que eu não possa lidar.
Mas Draco...
Apenas se apresse. Eu pude impedir aquele, mas eu posso sentir minha magia, ela está protegendo as... A criança e eu.
Estou indo. Harry disse e Draco enviou uma onda de gratidão e amor através do vínculo. Harry olhou ao seu redor e então assentiu para os Dragões. "Façam isso." Eles se curvaram para ele em respeito e Harry virou-se para longe de todos eles e começou a andar para a floresta.
"Harry, onde você está indo?" Hermione o chamou, preocupada. Harry olhou por cima de seu ombro para ela.
"Terminar isso, de uma vez por todas." Ele disse e em um estalo ele se fora.
Severus calmamente ergueu Adonia de seu berço e a menininha imediatamente parou de chorar. Os olhos escuros dele luziram com amor enquanto ele a trocava cuidadosamente e então se sentava em uma cadeira de balanço próxima à janela da torre, erguia uma mamadeira e começava a alimentá-la. Dysis estava em seu berço, ao lado da cadeira e dormia calmamente. "Pronto, anjo," Severus murmurou. "Tudo está bem." Ele olhou ao redor e suspirou, desejando poder ajudar com a guerra que sabia que rugia do lado de fora das belas portas e corredores ao seu redor. Leviathan o havia levado de volta para seu quarto após a partida de Lucius. Isso o cansara excessivamente, e, depois de ser adequadamente repreendido, e depois de sua réplica fria, Severus sossegara, cuidando de suas crianças, mas se preocupando ao mesmo tempo.
Lucius estava reunindo uma grande quantidade de magia e poder, e a sua presença no vínculo era como uma luz ofuscante, tão brilhante que ele tivera de bloquear parte dela, temendo que o poder o consumiria. "O que você está fazendo, Lucius?" Ele murmurou para si mesmo, erguendo Adonia gentilmente para seu ombro e dando tapinhas em suas costas.
O que devo. Severus se sentou mais ereto; a voz de Lucius dentro de sua cabeça era como um gongo, poderosa e suave ao mesmo tempo.
E o que seria isso, amado?
Reforçar as barreiras de nosso mundo. Severus inclinou a cabeça, Adonia arrotou baixinho e ele sorriu, a erguendo e a colocando ao lado de seu irmão. Olhos grandes e negros piscaram para ele e então lentamente se fecharam enquanto ela adormecia uma vez mais.
Lucius, você quer dizer do mundo bruxo?
Sim, meu amor, os Três irão liberar uma onda de magia tão poderosa que até os trouxas seriam capazes de sentir a magia. Você sabe como os trouxas ficam quando não conseguem explicar algo.
Eu sei. Severus engoliu e inspirou calmamente. Mas e todos aqui, o poder e a habilidade magia inata de todos aqui não vão se cancelar? Lucius deu um risinho.
É claro querido, é por isso que aqueles que são próximos serão trazidos para minha casa. Haverá alguns que ficarão com você e nossa criança em nossos aposentos.
Quem? Lucius continuou em silêncio. Severus estava prestes a perguntar uma vez mais quando uma batida urgente soou na porta. São eles, Severus, por favor, seja gentil, tenho de ir.
Não, espera! Severus suspirou tristemente quando a conexão deles foi bloqueada uma vez mais. As batidas ficaram mais frenéticas e Severus fez uma carranca para a porta, antes de graciosamente ir até ela e abri-la. "Oh, maldição."
O clã Weasley, mais Hermione, estava à sua porta. Severus os olhou e então avistou Claudius ao lado deles, com uma expressão preocupada em seu rosto. "Alto Consorte, você está bem?"
"Estou bem, Claudius, por favor, veja se algum criado pode trazer algo para meus... Convidados comerem e beberem, estou certo de que eles precisam." Severus deu um passo para o lado e deixou todos eles entrarem.
"Sim, claro." Claudius murmurou e se curvou para o grupo. "Abençoados sejam." Severus se curvou de volta e então se endireitou ao ver Dumbledore aparecer diante dele. Seus olhos se estreitaram.
"Diretor."
"Severus, meu garoto..."
"Eu não sou mais seu garoto." Severus disse mordaz. Ele olhou para o grupo e franziu a testa. "Por favor, fiquem quietos, meus filhos estão dormindo, e eu também me encontro um pouco cansado."
"Filhos!" Rony disse alto. Severus cerrou os dentes.
"Foi o que eu disse, não?" Severus perguntou baixo antes de voltar a seu assento ao lado da janela. "Deusa, dê-me forças, essa será uma longa espera."
Longas mechas platinadas flutuaram ao sabor do vento como um lençol de seda. Olhos azul gelo luziam brilhantemente, misteriosamente, enquanto o Alto Profeta zelava por seu reino e além. Magia e poder se enrolavam ao seu redor como um vórtice, se torcendo e gemendo enquanto se revolvia e deslizava ao redor de seu corpo ágil. Lentamente, como se em transe, Lucius ergueu sua palma para o céu, relâmpago rasgou o céu, atingindo furiosamente a terra. Um grande relâmpago dividiu o céu enquanto convergia direto para o Elfo no alto das colinas, zelando pelo reino Élfico.
Lucius fechou os olhos com a breve faísca de dor. A magia que chamara para si durante as últimas horas emergiu e então explodiu para fora. Lucius abriu os olhos para o céu, luz branca brilhante e ofuscante se estendeu para o céu e ao seu redor. Ela se estendeu até que tudo o que podia ser visto era o brilho glorioso de magia Selvagem pura e inalterada.
"Proteja," ele murmurou e a magia viva pulsou ao seu redor e no fundo de sua alma. "Escude, Vele e destrua todos aqueles que querem mal." Uma batida profunda e ressoante que veio do chão, através de seus pés, e no fundo de seu coração, quase fez com que Lucius caísse de joelhos. Era Ela.
Bem feito... Meu Escolhido, como você e eu queremos, assim será. A Mãe da Terra, a Deusa, disse, e Lucius inspirou firmemente enquanto sentia Sua mão sobre sua cabeça e então sua visão ficou branca.
Draconis, matem-nos agora. Lucius pensou e então tudo ficou escuro.
Draconis olhou para céu quando uma parede de magia Selvagem pura começou a se espalhar em todas as direções. "O quê...?" Illyrian começou e então Draconis sorriu.
"O Alto Profeta, ele começou a barreira. Venham, nós temos de..." Ele se interrompeu e seus olhos se arregalaram quando a terra tremeu abaixo de seus pés e uma batida ressoante vibrou nele, em sua esposa e seu filho. Dion o olhou com olhos arregalados.
"Pai, a Deusa, Ela..."
"Sim, eu sei..." Draconis cochichou, milhares de anos haviam se passado desde que ele sentira o verdadeiro Toque da Deusa.
Draconis, matem-nos agora. Draconis ouviu o comando de Lucius antes que todos os vestígios da presença de Lucius sumissem. Draconis olhou para sua família e os dois assentiram. Lentamente, ele deixou a mudança se apossar dele. Garras primeiro, então pernas, depois braços, pescoço, cabeça, asas... Draconis rugiu, fogo jorrando de seu focinho.
"Se transformem, se transformem agora." Ele ordenou e Illyrian e Dion mudaram para suas formas primárias e subiram no ar. Draconis os seguiu de perto até que eles estivessem pairando sobre a localização central do exército inimigo. Eles estiveram reunindo poder por horas, e agora, finalmente... Draconis inalou uma respiração fortificante antes de cuspir pura magia por sua boca. Illyrian o seguiu e finalmente Dion... A magia se combinou. Houve uma explosão ressoante e os Três deslizaram com os ventos enquanto assistiam a onda azul, negra e carmesim de magia explodir e se espalhar em várias direções.
Gritos ecoaram na noite.
Harry escorregou para o chão quando o primeiro tremor sacudiu o chão abaixo dele. Ele ergueu o olhar e viu luz branca ofuscante... "Pai." Ele disse em espanto, mas continuou a correr pela floresta após se levantar, desequilibrado. Galhos arranharam seu rosto, mas ele não seu importou. "Draco!" Ele berrou. O vínculo estava ficando apertado, ele estava perto.
Então veio o segundo tremor e Harry ficou completamente estarrecido enquanto espirais negras, carmesins e azuis de magia passaram acima de seu corpo, voando acima da floresta. Ele ouviu gritos, sufocares, e pessoas morrendo. Harry se levantou e começou a se mover novamente, dessa vez passando por Comensais em vários estágios de morte e decadência. O fedor de pele queimada pairava no ar e Harry enrugou o nariz e tentou não vomitar. Ele não viu Dementadores, só as capas rasgadas que eles sempre vestiam. A magia pura os dizimara completamente. "Draco!"
"Harry!" Harry parou e se virou bruscamente. Draco estava sentado no chão, suas vestes de seda rasgadas e cobertas de lama e sangue. Seu cabelo estava cheio de ramos e emaranhado, seu rosto estava machado de sujeira, mas para Harry, ele era o mais belo ser que Harry já havia visto.
"Draco." Ele cochichou e deu um passo para a frente, mas foi empurrado para trás por um choque de magia negra. Os olhos de Harry se estreitaram quando uma figura se distinguiu nas sombras atrás de seu Consorte. "Olá, Tom."
"Seu maldito garoto impertinente!" Lorde Voldemort sibilou enquanto tossia sangue negro. "Parece que aqueles malditos Dragões dizimaram minhas forças, não há nenhuma de onde me alimentar. Oh bem, eles só eram servos." Ele deu um risinho e então tossiu mais sangue, sorrindo sinistramente. "Eu tive uma surpresa desagradável quando usei minha magia, muito sonserino de você, usar um feitiço que me enfraqueceria se usasse magia suficiente." Voldemort tossiu uma vez mais enquanto encarava Harry. "Espero que goste do meu presente." Ele disse. Ele moveu-se furtivamente e tocou a cabeça de Draco. Draco não se encolheu, mas tentou se esquivar. "Pare de se mexer!" Voldemort rosnou e a visão de Harry ficou vermelha quando Voldemort esbofeteou seu Consorte no rosto. A cabeça de Draco se virou violentamente, mas ele não gritou. Ele acalmou sua respiração, apalpou seu lábio cortado e fulminou o homem com o olhar.
"Seu maldito bastardo!" Harry rugiu, sua magia vindo em seu auxílio, incendiando seu sangue com sua própria fúria.
"Essa coisinha significa mais para você que o mundo inteiro, não?" Voldemort desdenhou enquanto olhar para o Consorte grávido. "Eu quase consigo saborear seu medo... O que aconteceria para o grande Harry Potter se Draco Malfoy morresse? O que aconteceria, Garoto Dourado?"
"Eu morreria." Harry disse simplesmente, se engasgando com o mero pensamento de um mundo sem seu amado Consorte. Voldemort riu, mas sua risada se transformou em uma tosse, ainda assim, ele deu um sorriso selvagem.
"Foi o que eu achei." Ele desdenhou e Harry sentiu o sangue fugir de seu rosto quando uma lâmina curva e ensangüentada lampejou no luar turvo. Harry deu outro passo para a frente e algo no fundo de sua mente faiscou um aviso, mas era tarde demais. Harry desmoronou no chão, gritando, enquanto os fios oleosos da magia farpada de Voldemort se enrolavam ao seu redor, sufocando sua magia e matando-o.
"Harry!" O grito de Draco estava em sua mente e vibrando em seus ouvidos. Harry se convulsionou no chão enquanto a magia negra o corroía, lentamente absorvendo sua magia, e avançando em direção a seu corpo, e então para sua alma... Harry gritou de dor. "Harry!" Ele não conseguia ouvir nada além da risada sádica de Voldemort. Sua visão estava ficando borrada e vermelha... Oh, aquilo era sangue, seu sangue, enquanto sua cicatriz pulsava e sangrava em seu rosto. Harry tossiu sangue e gemeu em delírio enquanto a magia rastejava por suas defesas. Forte demais, forte demais...
Adeus, Potter. Foi divertido. Harry lutou, ms conseguiu erguer a cabeça e seus olhos se arregalaram. Draco o assistia, e não prestava atenção.
Voldemort ergueu graciosamente sua espada acima de sua cabeça; seus olhos carmesins brilhantes com triunfo doentio... A lâmina desceu...
"NÃO! Draco!" Harry sequer reconheceu sua própria voz; sua dor era tão profunda, a agonia e desespero por poder perder seu Draco, seu Draco e sua criança. O tempo desacelerou, Draco estava se voltando, seus olhos se arregalando, e a lâmina já sangrenta estava muito perto...
Harry lutou para se levantar, mas as restrições ao seu redor o deixaram imóvel. Harry começou a chorar. "Não, Draco, não!"
Grito de uma lâmina...
Silêncio.
E então música.
Severus se ergueu em um pulo de sua cadeira e cambaleou para a janela, assustando a todos. "Draco?" Ele disse temerosamente. Ele estivera ficando de olho em seu afilhado... Não seu filho, ele sabia que Draco estava ferido, sabia que a magia de Draco estava protegendo sua criança, e agora não havia nada. "Não!" A aflição de Severus acordou seus gêmeos de um sono profundo e as duas crianças Élficas começaram a chorar, mas então pararam abruptamente. A cabeça de Severus se ergueu rapidamente quando ele sentiu magia poderosa correndo pelo vínculo que ele tinha com Draco e então ele ouviu.
Era uma nota longa e esticada, mas ele sabia que era a melodia de Morte e Salvação.
E era Draco quem a cantava.
Harry sentiu as restrições desaparecerem. Ele rosnou baixo em sua garganta, agarrou sua espada de sua bainha e pôs todo o seu poder, todo o seu ódio e raiva, na lâmina, deixando-a negra. Ele se levantou, suas orelhas não registrando a estranha, embora linda, música saindo dos lábios de Draco. Tudo o que ele podia ouvir era o grito cheio de agonia e sua própria sede por vingança lhe dizendo para fazer o pior.
Em um movimento fluido para cima, Harry estocou sua lâmina pelo estômago de Voldemort, e continuou até que o punho estivesse contra o couro ensangüentado da veste de batalha de Voldemort. Olhos carmesins estavam arregalados em descrença e dor. Voldemort estava sufocando com seu próprio sangue. Harry lutou com sua consciência; ou ele acabava aquilo agora, ou ele deixava o maldito bastardo sofrer. E ele queria tanto que ele sofresse...
Você não é um monstro, meu amor, não se torne igual a ele. O pedido de Draco se fez registrar e Harry torceu a lâmina e assistiu enquanto o que restava de vida nos olhos de Voldemort se desvanecer. O corpo do Lorde das Trevas tombou contra Harry e ele afastou o peso morto de si. Draco roçou o seu lado e Harry imediatamente voltou-se para ele e ergueu o seu rosto.
"Deusa, acabou." Harry disse em um sussurro espantado. Draco assentiu e sorriu.
"Sim, acabou, meio anti-climático, não?" Draco disse suavemente. Harry sorriu um tanto vacilante enquanto se inclinava e beijava Draco nos lábios.
Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo..."
"O que está acontecendo?" Rony exigiu. "Acontece um terremoto, e então outro, nem quinze minutos depois, e então Malfoy está supostamente morto, e agora ele não está e..."
"Arthur Weasley, se você não calar a sua cria, eu o farei permanentemente." Severus disse abruptamente. Arthur o olhou e então encarou Rony.
"Ronald, por favor..."
"Oh, cale-se." Uma voz arrastada e preguiçosa se ouviu da porta. Severus estava fora de sua cadeira em um segundo, e no outro, estava nos braços de Lucius. "Severus, querido, você está bem." Sua voz estava mais melodiosa, sua aura uma hélice mágica e calma que se revolvia ao redor dele. Severus o olhou e ofegou.
"O seu cabelo." Severus disse em assombro. As mechas antes platinadas agora eram de um prateado assustador e seus olhos praticamente brilhavam em um azul cerúleo. "Deusa, você é lindo." Lucius sorriu indulgente.
"Você também." Ele sussurrou e o beijou suavemente. Severus suspirou, feliz, e sentiu seu vínculo se fortalecer e fortalecer até se tornar tão forte que ele soube que nada conseguiria separá-los novamente. "Agora, onde está nossa linda criança?" Severus sorriu timidamente.
"Você quis dizer onde estão as nossas crianças?" Ele disse baixinho. Lucius pareceu confuso e então seus olhos se acenderam de alegria. "Venha, deixe-me apresentá-lo a seu filho, Dysis Ares, e filha, Adonia Rayna Malfoy." Severus tomou sua mão e o conduziu para o pequeno berço. Lucius olhou para suas crianças pela primeira vez e lágrimas vieram para seus olhos. Ele voltou-se para Severus e o beijou novamente.
"Deusa, eu amo você." Ele sussurrou.
"Claro que ama, Papai, ele também te ama." Lucius girou e viu seu lindo e grávido filho, Draco, sujo, mas vivo e bem. E Harry estava ao lado dele, o braço passado protetoramente ao redor da cintura de Draco e seus olhos verdes faiscavam como se um imenso fardo houvesse sido retirado. Severus foi até Draco e começou a checá-lo, levando-o do aposento e para o banheiro. Lucius estava em frente a Harry e Harry o olhou de volta, maravilhado, e então ele sorriu.
Harry havia visto os outros no aposento, mas nenhum deles lhe era tão importante quanto Draco, Severus e o homem à sua frente, com cabelos assustadoramente prateados e uma aura que era quase tão brilhante quanto o amanhecer.
"Gostei do novo cabelo, Pai meu." Harry disse suavemente. Lucius abriu os braços e Harry caiu neles e suspirou, a aura calmante de Lucius atenuando todas as suas mágoas e dor.
"Fique em paz, minha criança, o seu destino está cumprido; Voldemort está morto e se foi para sempre. Você pode descansar agora, Harry." Harry suspirou e ergueu o olhar para ele.
"O que eu faço agora? Meu destino está cumprido, como você disse, o que devo fazer agora?" Ele sussurrou e Lucius sorriu gentilmente.
"Ora, viva a sua vida, é claro, afinal você tem um bebê por vir e dois jovens irmão para cuidar." Harry riu; e, pela primeira vez em anos, seus olhos esmeralda brilharam sem dúvidas, medo ou incerteza; seu destino estava cumprido.
E agora, ele podia simplesmente viver a vida.
Simplesmente viver a vida.
N/T
yay! gente, toh começando a entrar em desespero! A fic tah acabando, o q eu voh fazer depois dela?
Anyways, eu sei q alguma coisa eu arranjo...
Pra qm deixou reviews, toh indu respondeh agora, entaum a resposta deve chegar ateh amanha ou depos.
Eternal Requiem
