Capítulo IV

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Sobre todo creo que

No todo está perdido

Tanta lágrima, tanta lágrima

Y yo, soy un vaso vacío

Sobretudo, acredito que

Nem tudo está perdido

Tanta lágrima, tanta lágrima

E eu sou um copo vazio

Oigo una voz que me llama

casi un suspiro

Rema, rema, rema-a

Rema, rema, rema-a

Ouço uma voz que me chama

Quase um suspiro

Rema, rema, rema

Rema, rema, rema

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Depois da conversa com o padre Jean Luc, Sorento preferiu se dedicar ao trabalho, quem sabe assim esqueceria de tudo, mesmo que por algumas horas. O problema era que o vilarejo quase em ruínas o lembrava de seus tormentos a todo minuto e pensar que Ágatha logo o procuraria para lhe trazer o almoço causava-lhe uma enorme aflição. Chegou até a considerar a hipótese de abandonar tudo e sumir dali, mas não podia deixar Julian sozinho. E assim, o rapaz dedicou-se à limpeza dos telhados, que estava quase no fim, afinal, o vilarejo era muito pequeno.

Pouco depois do meio-dia, Ágatha apareceu com o almoço. Sorento desceu do telhado e se sentou em uma pedra, desta vez dedicando-se apenas à comida. Não queria conversar com a garota, mas seria difícil. Tê-la tão perto o desconcentrava.

-Eu estive conversando a manhã toda com a senhora Dolores e outras mulheres da vila... - Ágatha começou a falar, puxando assunto. Sorento não teve como ignorar.

-Sobre o quê?

-Estávamos pensando em fazer um jantar esta noite, uma pequena festa em frente à igreja. Até já pedi ao padre que nos deixe usar a mesa da sacristia.

-Mas por que uma festa assim, de repente?

-Não é nada de mais, nós só queremos agradecer a você e ao Julian por tudo que vêm fazendo ao nosso vilarejo. É a nossa maneira de lhes pagar.

-Ágatha, não precisa... Daria muito trabalho e vocês têm tanta coisa com que se preocupar.

-Mas todos fazem questão, Sorento! E não adianta tentar argumentar contra!

-Está bem... - o rapaz se rendeu - Então eu darei um jeito de terminar mais rápido por aqui para poder aproveitar a festa.

-Ótimo! Sabia que até o Ryan se animou com a idéia? - ela disse, recolhendo o prato e os talheres. Estava sorrindo e parecia muito feliz com tudo. Sorento acabou se encantando e sorriu também.

O restante do dia, ele dedicou-se ao trabalho. E ficou imaginando mil jeitos de contar à Ágatha a sua história.

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-Se a comida servida nesse jantar for tão boa quanto a da Ágatha, estaremos feitos, Sorento! - comentava Julian, dando um nó em sua gravata. O amigo, porém, não o ouviu. Tinha decidido que iria contar tudo para a garota após a festa e ficava bolando em sua mente exatamente o que diria a ela. O rapaz só voltou à realidade quando ouviu baterem à porta.

-Posso entrar? - perguntou Ágatha, esperando por uma resposta. Tentando ajeitar o nó mal feito de sua gravata, Julian abriu a porta. E ficou de queixo caído quando viu a garota.

-O que foi, Julian? Parece até que nunca me viu!

-Não tão linda desse jeito!

Rindo, Ágatha entrou no quarto e então Sorento pôde conferir com seus próprios olhos o que o grego dissera. A garota usava um vestido branco com o decote e o corpete todo bordado em azul, assim como a barra da saia, que lhe caía suavemente até os joelhos. Estava com um sapato branco de salto, o que a fazia ficar na altura do nariz de Sorento, e seus cabelos estavam presos em um coque todo despontado. Não tinha nada de maquiagem no rosto, apenas um batom cor de boca e brincos de pérolas. Uma bela criatura.

-Vai ficar aí parado com essa cara de besta e não vai fazer um elogio a tão bela dama? - perguntou Julian ao amigo. Sorento, sem fala, nem sabia o que dizer.

-Obrigada pelos elogios, Julian! Bem, eu vim ver se estavam prontos para irmos!

-Eu só preciso ajeitar essa gravata teimosa!

-Deixa que eu faço isso... E a sua também está torta, Sorento.

Enquanto a garota ajeitava sua gravata, o rapaz conseguiu abrir a boca para dizer alguma coisa.

-Está linda...

-Imagina... - Ágatha respondeu, meio sem jeito. Engraçado que não ficara assim quando Julian a elogiara.

-Pronto! Podemos ir?

-Pois não, mademoiselle...

Dando o braço para Julian, Ágatha saiu do quarto. Juntos, os três foram ao jantar. E Sorento mal sabia que a noite estava apenas começando...

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Muita comida, bebida e alegria. Mesmo com todos os problemas que enfrentavam, as pessoas do vilarejo não deixavam de celebrar a vida. Totalmente enturmado, Julian dançava animadamente com uma garota, enquanto Sorento se preocupava em comer. E em qual momento iria contar tudo à Ágatha.

-Está gostando? - a garota perguntou. Impressionante como ela sempre aparecia quando o rapaz pensava nela.

-Está tudo uma delícia... E a música também é ótima!

-Então vamos dançar!

Puxando Sorento para o meio da roda, Ágatha dava risadas e rodopiava, ele tentando acompanhá-la. E era como se não houvesse mais ninguém além dos dois, uma mágica que contemplava o casal que parecia muito feliz e apaixonado. E Ryan, sentado à mesa, observando a irmã e o rapaz, sorria. Ninguém percebeu, mas o menino estava gostando de vê-los tão alegres, gostava de Sorento como se fosse um irmão. Ao final da música, o rapaz pensou em parar para descansar, mas descobriu que não seria tão fácil.

-Tio! Tio! - uma menina veio correndo até ele, eufórica - Vem cá, tio!

-O que foi, pequena?

-Vem tocar uma música pra gente!

-Mas agora?

-Por favor, tio! Toca! Toca!

Logo, todo mundo estava pedindo. Ainda bem que Sorento tinha levado sua flauta. Fazendo pose de importante, o rapaz começou a tocar músicas folclóricas e alegres, convidando a todos a dançar novamente. Até mesmo Ryan saiu de seu lugar e puxou a irmã pela mão, dançando, ainda timidamente, com ela. Mesmo tocando, Sorento não deixou de perceber as lágrimas de felicidade brotando dos olhos de Ágatha, enquanto ela pulava com o irmão.

Depois de mais umas duas músicas, o padre Jean Luc pediu a palavra e o silêncio tomou conta do lugar. Sentados lado a lado, Julian e Sorento não esperavam que ele faria um discurso em suas homenagens.

-Um discurso breve, apenas algumas poucas palavras que procuram exprimir nossa imensa gratidão a estes dois jovens rapazes de corações tão abertos e almas solidárias, que trouxeram a vida e a esperança de volta ao nosso vilarejo... Um brinde à Julian Solo e Sorento, por tudo que têm feito a nós...

Erguendo suas taças, todas as pessoas os saudaram e os aplaudiram, de pé. Em meio a alegria, Sorento se tocou de uma coisa, que ainda não tinha parado para pensar: as palavras do padre o lembraram que, em breve, partiria para um outro lugar com Julian. E talvez nunca mais visse Ágatha. "Eu preciso contar tudo a ela...".

-Ágatha... - o rapaz a chamou, ficando de pé ao lado da cadeira onde a garota estava sentada, comendo junto do irmão.

-Sim?

-Será que nós poderíamos conversar?

-Claro, é só falar.

-Aqui não, é um assunto sério e particular... Podemos ir para... Para... - Sorento olhou em volta, procurando um lugar mais reservado - Para dentro da igreja?

-Tudo bem... Fique aqui e termine de comer, Ryan.

Antes que os dois se afastassem, o menino puxou o paletó do rapaz e quando Sorento se virou, Ryan piscou-lhe um olho. Parecia certo de que alguma coisa muito interessante estava para acontecer...

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Na igreja, Sorento e Ágatha sentaram-se em um dos primeiros bancos, próximo ao altar. A garota ficou quieta, esperando o rapaz dizer alguma coisa, mas ele não sabia muito bem o que falar. Passara a noite e o dia inteiros ensaiando mentalmente o que diria, mas, na hora em que precisava, não sabia o que fazer.

-Sorento, você parece preocupado com alguma coisa... - falou a garota, tomando a iniciativa de iniciar a conversa, esperando que o rapaz falasse logo o que queria.

-Não é preocupação, é só... Bem, eu... Eu queria... Queria dizer que... Que...

-Que...

Encarando Ágatha, Sorento sentiu um arrepio percorrer a sua espinha. Aqueles belos olhos castanhos tão próximos, a boca entreaberta, o perfume que o deixava maluco... O rapaz aproximou seu rosto e, com a mão, fez um carinho na face rosada da garota.

-Eu queria dizer que... Que você é linda...

Então, fechando os olhos, Sorento beijou Ágatha, sentindo o sabor de mel que aqueles lábios macios possuíam, o gosto de quero mais daquela boca tão perfeita. Precisava tanto daquele beijo, sonhara tanto com ele que acabou se esquecendo do que tinha a dizer...

Escondido atrás de uma das colunas na entrada da igreja, Ryan via a cena. E sorria imaginando que a irmã e o músico ficariam juntos para sempre...

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Porém, os dois, mesmo que quisessem, não poderiam ficar muito tempo dentro da igreja. A prova era que logo começaram a ouvir os gritos das crianças procurando por Sorento, querendo ouvir mais de sua flauta. Saindo juntos por uma porta lateral, os dois jovens beijaram-se mais uma vez e se separaram. Indo ao encontro do irmão, Ágatha não escondia o sorriso de felicidade. E o rapaz, tocando novamente sua flauta, não desgrudava os olhos da garota.

Ao fim da noite, quase madrugada, a festa teve seu fim. Extremamente cansados, o padre Jean Luc e Julian dormiram logo. Ágatha levou o irmão para o quarto e o colocou para dormir. Quando saía para ir se deitar, deu de cara com Sorento esperando por ela na escada.

-O que foi?

No entanto, o rapaz, ao invés de responder, a abraçou com força e a beijou novamente. Sabia que precisava conversar com ela e contar-lhe sua história, mas a vontade de tomá-la em seus braços e passar a noite inteira ao lado da garota era mais forte. Sem se soltar de Ágatha, o rapaz a levou para dentro do quarto dela e trancou a porta. A noite era somente deles e ninguém iria atrapalhar...

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Na manhã seguinte, Ágatha, como sempre, foi a primeira a se levantar. Parecia muito feliz, um sorriso iluminado estampava seu rosto. Cantarolando, a garota preparava o café e, ao olhar pela janela, estranhou algo.

-O que será isso?

-Isso o quê? - perguntou Sorento, entrando na cozinha e abraçando a garota, beijando-lhe o pescoço.

-Pára, Sorento... O padre Jean Luc logo vai descer... - ela afastou o rapaz e depois voltou a olhar pela janela - Eu estava falando do céu... Olha só, parece um eclipse.

Sorento olhou pela janela e viu a lua encobrir lentamente o sol. "Estranho... Que eu saiba, não é época para um eclipse do sol...", ele pensou. Pensativo, ele continuou a observar o céu e não viu quando Julian apareceu, bocejando.

-Julian? Acordado a esta hora? - surpreendeu-se Ágatha. Sorento virou-se para a mesa e viu o amigo sentar-se. E notou que ele estava um pouco diferente.

-O que deu em você?

-Estava sem sono...

Julian tomou seu café rapidamente e levantou-se. Na mesma hora, o padre apareceu e os dois trocaram algumas palavras. Até mesmo ele notou que o grego estava diferente. "Esse jeito... O olhar... Será que... Não, não é possível... Eu estou imaginando coisas...", pensava Sorento, enquanto uma idéia tomava forma em sua mente.

-Se me dão licença... - Julian falou, saindo da cozinha - Eu vou sair um pouco, dar umas voltas pelo vilarejo...

-Ele me parece estranho, meu rapaz... Aconteceu alguma coisa? - comentou o padre com Sorento, vendo Julian sair para a rua.

-Eu não sei, padre... Mas vou falar com ele.

Saindo logo atrás do amigo, Sorento ganhou a rua. E Ágatha, sentindo uma sensação estranha, uma vontade de sair da cozinha, deixou o que fazia pela metade e dirigiu-se ao padre Jean Luc.

-Padre, o senhor pode cuidar de tudo por mim?

-Claro, minha filha... Mas por quê?

-Eu... Eu preciso sair um pouco, não demoro...

Quando Ágatha saiu, ela viu Sorento e Julian mais a frente, já na saída do vilarejo. Sem saber o porquê, a garota os seguiu de longe. E nas casas próximas, tochas iluminavam as ruas, pois o sol já estava quase metade encoberto pela lua.

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-Julian! Você está bem? - perguntou Sorento, alcançando o amigo. Julian estava parado próximo a algumas pedras, na saída do vilarejo. Quieto, com o olhar fixo no céu, parecia outra pessoa. Alguém que Sorento conhecia muito bem. Aproximando-se do grego, o rapaz tentava disfarçar seu nervosismo. Nesse momento, Ágatha chegou perto de ambos, mas, inexplicavelmente, preferiu se esconder atrás das pedras.

-Julian! O que isso significa? De repente você ficou estranho, parece até que mudou de personalidade... - Sorento falou, observando o amigo pelas costas. Sentiu que o que mais temia estava acontecendo. "É como se aquela personalidade terrível que ele possuía quando foi ao templo submarino tivesse vindo à tona... Será que a alma do imperador dos sete mares voltou a possuir seu corpo?", pensava ele, suando frio.

-Sorento! - Julian disse, chamando pelo rapaz. Sua voz demonstrava autoridade e altivez. Surpreso, a reação de Sorento foi se ajoelhar diante do rapaz. E Ágatha via a tudo, sem entender o que acontecia.

-Sem dúvida... O Julian voltou a se transformar em Poseidon, mas por quê?

"Poseidon!... Então o Julian é a reencarnação de Poseidon, o imperador dos mares? Não pode ser, isso é um grande engano...", perguntou-se Ágatha, sentindo suas pernas tremerem.

-Sorento... Eu simplesmente dei uma ajuda aos Cavaleiros do Zodíaco...

-Aos Cavaleiros do Zodíaco? Como assim?

Enquanto Julian/Poseidon explicava o que estava acontecendo para Sorento, Ágatha sentia seu sangue ferver, seus olhos ficarem cheios de lágrimas. Então aqueles dois eram os responsáveis por toda desgraça que havia acontecido: Julian Solo era, na verdade, a reencarnação de Poseidon e Sorento, seu mais fiel general marina. "Você... Me enganou... O tempo todo...".

-Isso é obra de Hades... Ele quer transformar a Terra em um mundo de trevas e dominá-la, por isso este eclipse... Agora, os Cavaleiros do Zodíaco estão no mundo das trevas, usando todas as suas forças para impedir o eclipse... Infelizmente, eu estou contido pelo selo de Atena, não pude fazer nada além de enviar os trajes dourados...

De repente, mal terminou de falar, e Julian sentiu uma pontada na cabeça. Baixando os olhos, ele viu Sorento ajoelhado à sua frente.

-O que houve, Sorento? Por que está assim?

-Majestade? - perguntou o rapaz, ainda ajoelhado.

-Majestade? Que história é essa, Sorento? Anda, levanta daí que temos muito trabalho a fazer.

Enquanto Julian voltava ao vilarejo, Sorento levantou-se e ficou observando o céu. "Agora entendi... Poseidon renasceu por alguns minutos só para conter a ambição de Hades...", pesou ele, sorrindo. Porém, o sorriso deu lugar à surpresa quando o rapaz se virou e deu de cara com Ágatha, de pé ao lado das pedras. Parecia furiosa.

-Ágatha... O que você...

-Você me enganou Sorento! Ou será que devo chamá-lo de General Marina? Qual era o seu pilar, hein?

-O que... Você ouviu...

Sorento tentou se aproximar da garota, mas ela se esquivou, com raiva e cuspindo ódio por seus belos olhos castanhos.

-Fique longe de mim!

-Ágatha, por favor... Eu posso explicar tudo...

-Explicar o que, seu nojento? Que você e aquele idiota do Julian me enganaram esse tempo todo? Que você me usou, me fez acreditar no seu amor?

-Eu não menti quanto a isso, Ágatha... Eu gosto muito de você, eu...

-Você me usou! Com toda certeza estão se divertindo com a desgraça que causaram, não é? Está feliz com o que fez ao meu pai e ao meu irmão, seu monstro?

-Não é nada disso! Deixe eu explicar o que está acon...

-Cale essa sua maldita boca, eu não quero ouvir mais nada!

-Mas eu...

-Me esqueça, Sorento!

Chorando, sentindo-se usada e humilhada, Ágatha saiu correndo, sumiu da vista de Sorento. O rapaz ainda tentou ir atrás dela, mas não conseguiu nada. O sol já estava quase todo eclipsado, não havia muita iluminação por ali. Achando que a garota voltaria para casa, o rapaz decidiu ir até lá. E se culpava por tudo, sentia-se um monstro por não ter contado nada a ela antes...

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Porém, quando voltou ao vilarejo, Sorento encontrou o caos começando a se instalar. Muitas das pessoas que viviam ali não sabiam o que estava acontecendo de fato e corriam para a igreja, querendo abrigo. O rapaz percebeu que todos pensavam se tratar de uma nova tempestade. "Ágatha... Eu espero que esteja em casa!".

Mas, ao chegar, ele deu de cara apenas com Julian e Ryan, que também saíam em direção à igreja.

-Sorento! Você viu a Ágatha?

-Ela não está em casa?

-Não... Será que não está na igreja?

-Eu duvido, ela sabe o motivo desse eclipse, não está se importando com ele.

-Como assim, sabe o motivo? - indagou Julian, curioso. Sorento disfarçou e não disse nada.

-Bom, eu vou atrás dela. Você leve o Ryan para a igreja, lá é mais seguro.

Julian concordou com um aceno e já ia se afastando com o menino quando Ryan soltou de sua mão e correu até Sorento, agarrando-se nas pernas do rapaz.

-Você gosta da minha irmã, não gosta?

-Ryan, você... - Sorento ficou surpreso ao ouvir com clareza o menino falar com ele.

-Gosta ou não?

-Muito, por isso eu estou preocupado com ela.

-Então, procura por ela no bosque atrás daquelas casas... - Ryan apontou a direção para Sorento - Toda vez que a minha irmã está muito triste e quer ficar sozinha, ela vai para lá.

-Obrigado, Ryan... Agora anda, vai com o Julian. Eu prometo que volto trazendo a sua irmã.

-Muito bem, tio!

Ryan correu e deu a mão para Julian, que acenou positivamente para Sorento. O rapaz entrou na casa de Ágatha, pegou sua flauta (talvez fosse precisar dela, não sabia o que encontraria no bosque) e foi procurar pela garota. No céu, a lua já tinha encoberto quase todo o sol.

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Aqui neste capítulo eu tenho de fazer uma nota especial: o diálogo que Sorento e Julian têm fora do vilarejo faz parte da saga de Hades e está descrito no mangá, se não me engano no volume 46 ou 47. Eu o coloquei porque achei mais interessante a Ágatha descobrir tudo pelas vias tortas, fica mais dramático e bacana.

A fic está quase no fim... Querem saber como termina? Então não percam o próximo capítulo! Beijos!

Ah, outra coisa: quero muito mandar um beijo e agradecer a todos que estão acompanhando e, principalmente, os reviews super carinhosos da Juli Chan e da Dama9, brigadão!