Prólogo
Nuvens, eu, Lord Supremo de toda maldade, permanecia preso em meio as simpáticas nuvens brancas do céu. Com meu perfeito manto negro trocado por panos claramente velhos.
'Humildade é fundamental', disse-me o guarda divino que me entregara as minhas novas roupas, ao ver meu sorriso de escárnio.
Tons pastéis nunca foram os meus preferidos, sempre deixam as pessoas mais pálidas, bem diferente de meus belos mantos negros, que me demonstram minha merecida imponência.
Uma comissão de babacas bonzinhos me observava com uma intensidade tão bondosa que estava me dando coceiras, e eu começa a pensar se eu fui bom demais pra não ter ido pro inferno.
Era o fim. Literalmente, o fim de minha existência, mas mais fim ainda por ter de encontrar com aquele velho caduco que se achava o maior mágico de todos os tempos - quando eu era o melhor mágico de sempre.
'Você se arrepende de seus atos?', me perguntaram.
Ora, é claro que não, eu pensei, porque eu ia me arrepender de buscar um mundo mais puro. Tolos!
'Olá Tom', Dumbledore me olhou com aquele patético sorriso superior, 'Pronto para o seu julgamento?'
Julgamento? Como assim? Então eu seria condenado? E mandado para o inferno? Meus olhos brilharam intensamente.
Então ainda havia esperança para mim! Esperança, que sentimento mais... primitivo... o fato de pensar nisso provoca-me ânsias. Isto é... deplorável...
Foi então que eu me senti uma batata boa no meio da caixa de batatas estragadas. E tudo que eu menos queria era ser uma batata boa. Era vergonhoso. Até mesmo Crabee e Goyle deveriam ter ido diretamente para o inferno. Foram os crucios. Oh, se foram. Me preocupei tanto em lançar avadas e imperius que esqueci dos crucios. Que idiotice a minha!
- Vamos então começar, Tom - disse Dumbledore, seguido de um longo suspiro de ambas as partes.
- O tem a dizer em sua defesa?
- Eu acho que fui leviano demais em minhas torturas. Talvez devesse ter sido mais cruel. Eu repetiria, uma, duas, três vezes, é claro que não seria tão tolo de deixar o cabeça rachada vivo! E tenho certeza de que, se eu não tivesse morrido agora, daquela maneira tão deplorável, eu teria erradicado os sangue-ruins do mundo bruxo, juntamente com todos os trouxas existentes na face da Terra. Posso descer agora? - disse apontando para o andar inferior, o inferno.
Eu via nos olhares terrivelmente angelicais a condenação evidente. Se não fosse, mais uma vez, por aquele ser idoso de barba quilometricamente branca parado em minha frente sorrindo até com os olhos. Detestável o seu modo de sorrir com os olhos.
- Acho que tenho a condenação perfeita para você, Tom.
Eu sorri, como um daqueles poodles bem educados a espera do seu ossinho. Ele ia me mandar ao inferno, amar e idolatrar o senhor do fogo. Eu sabia, eu sentia, eu pressentia isso.
- Você terá a deslumbrante oportunidade de estar em contato com algo que nunca teve em seu sombrio coração. O amor, Tom, o amor.
Eu arregalei com os olhos e engasguei com um floco de nuvem. Quem aquele velho idiota pensava que era pra achar q eu nunca tive amor por nada? Logo eu, que amei tanto a raça bruxa pura que até morri por ela! Morri tentando salvá-la do sangue impuro!
- O que você quer dizer com isso, barata idosa?
- Que você, Tom, terá a chance de... de ver o mundo com outros olhos.
- Oh não, obrigado, eu gosto da cor avermelhada dos meus. Já os seus... Dumbie, você nunca reparou que seus óculos são ridiculamente horríveis? Essas meias luas cafonas caíram de moda na década de 70!
- Sim, obrigado pela crítica construtiva, mas voltando ao assunto... Você tem duas opções: Ficar vagando eternamente pelo solitário Limbo, ou aceitar uma missão que planejamos pra você e, após cumpri-la, escolher seu caminho a seguir posteriormente.
- E que missão seria essa? - eu perguntei cauteloso, não que eu fosse me sujeitar aos desejos insanos dele, mas, não custava descobrir.
Notei que nada de realmente mau sairia dali quando o senil abriu aquele sorriso odioso dele.
- Tom, você terá que, amavelmente, unir um casal impossível.
Sorri triunfante. O que seria unir um casalzinho qualquer, quando se é o Bruxo mais poderoso do mundo? Seria como torturar uma criança!
- Mas é claro! Essa será a missão mais fácil de toda a minha existência. Quem é o casalzinho apaixonado? - perguntei satisfeito pela facilidade com que iria ao inferno.
Eu segui o velho barbado quando este começou a andar, e no fim, paramos em uma capsula espaçosa entre as nuvens.
- Está é a nossa central de vídeos da terra - ele disse com um sorriso de felicidade - Daqui monitoramos tudo que acontece lá embaixo.
Tecnologia trouxa, revirei os olhos, até no céu?
- Apenas este casal - disse o senil, com os olhos brilhando por trás dos ridículos óculos.
Pela rede-céu, pude ver um loiro aguado numa pose digna de um sonserino, mas ainda muito aprendiz, com a varinha apontada para uma ruivinha sem graça. Com as mãos nos quadris, a ruiva parecia enfrentá-lo. Péssima a vestimenta dela. Péssima cor de cabelos. Péssima pele. Provalemten nao era uma sangue-puro. Provavelmente era muito pobre. Jamais a tinha visto em meu círuclo seleto de bruxos. Porém, nem por isso ela deixa de me ser familiar. Perai. Perai! Familiar não. Não apenas familiar. Pobre, ruiva, loiro, sonserino.
- Não. Não pode ser. Malfoy e... e... Weasley?
- Sim - sorriu novamente o senil - Eles mesmo. Boa sorte, Tom, boa sorte.
Eu realmente devia ter matado o testa rachada!
N/A/I: Queridos leitores, não se assustem, isto é apenas fruto de duas mentes insanas combinadas. Isso prova que Manoela e Guta no MSN todo fim de semana é na realidade como a fabricação de uma bomba de alta potencia.E tudo que pedimos em troca da exposição de nossa ciencia intelectual privilegiada éq eu vocês deixem reviews, alimentando assim a nossa insanidade total.
Bye and kisses and hugs,
Gutitenha e Manuzitenha.
