Tapa de amor não dói

Naquela noite as portas do salão se abriram semelhantemente a um dia de sopão na favela, em que um bando de crianças corre pra garantir os legumes cozidos e quentinhos. Sentados porcamente organizados, eram observados pelo reprovador olhar do mestre de poções.

Contrariando o burburinho instalado, em absoluto silêncio uma magnificamente opaca taça surge em meio ao Salão Principal. Sem brilho, luz, contraste ou configuração de ajuste de vídeo, a taça tem gravado em seu centro em letra de forma o título a qual pertence: Campeão do Torneio de Hogwarts-Brasil.

Magnífico por sobre os demais, Snape ergue-se majestosamente portando um argiloso tijolo vermelho-barro que é lançando em linha reta com mira estupenda em direção a maravilhosa taça não resplandecente, fazendo ecoar pelo salão o barulho de latão amassado.

- Vermes, teremos uma nova escola em nossas dependências a partir de amanhã. Eles participaram, junto conosco, de uma competição de conhecimentos em dupla; duplas essas que serão escolhidas em sorteio. Uma péssima noite pra vocês e uma boa indigestão.

Snape senta-se deixando todos com suas bocas despencadas em direção ao solo, devido ao movimento gravitacional pelo qual a Terra é afetada. O salão estava mergulhado em profundo silêncio. Ninguém sabia ao certo o que era para fazer. Exceto Hermione, que dizia que era pros alunos depositarem seus nomes na taça para o tal sorteio. Só que ninguém tinha coragem de levantar e ser o primeiro a fazer isso. Em mais um ato de auxilio aos alunos, o magnânimo professor Snape levantou-se e dirigiu sua sonora voz ao Salão:

- Vamos lá Potter, coloque seu nome, você sempre é sorteado mesmo.

Os alunos situados próximos a Harry começaram a empurrá-lo. Quando ele percebeu, já estava de cara com a Taça Opaca. Alguém mais inteligente do que ele lhe estendeu um pergaminho e uma pena. Mais alguns minutos se passaram até que ele fez alguma coisa, pois Harry Potter só pega no tranco.

Rabiscando lentamente letra por letra de seu nome, Harry, depois de meia hora e 5 pergaminhos desperdiçados por errar a grafia, colocou, sobre aplausos e vaias, seu nome na taça. Sendo nesse mesmo momento quase esmagando pela manada educada de alunos semelhantes a paquidermes enfurecidos que pretendia depositar seu nome.

Harry, em meio à guerra do empurrão, sentiu uma mão segurar docemente sua mão suja de tinta e ser puxado para longe da zona de perigo perigosamente perigoso.

- Ginny - exclama Harry abobadamente feliz ao ver sua salvadora.

- Potter - cospe Ginny (N/A/I: manias Malfoy! Eu sempre quis saber como se "cospe um nome").

- Harry - começou Ginny - minha vizinha será uma das alunas que virá para nossa escola - ela respirou fundo ao perceber o brilho de malicia e libido nos olhos verdes de Harry - E AI de você se encostar na minha vizinha, ouviu bem, Potter? - completou Ginny cuspindo o nome de Harry a ponto do cuspe passar pelo braço de um certo loiro-morenito-gostosito.

- Mas que porra é essa? - diz Draco olhando para a saliva gosmenta escorrendo em seu braço macho.

Ao olhar na direção do cuspe, ele vê uma ruiva sardenta nojenta e sente vontade vomitar ao pensar que o cuspe veio daquela boca de pobre cheia de bactérias e outras coisas mais que não queria nem pensar!

Num ato de extrema revolta, o loiro puxa um daqueles cabelos cheirando a xampu barato e limpa o cuspe nojento e molhado de seu braço nos cachos ruivos de Ginnoca.

Arfando de raiva e ainda com os olhos arregalados diante de inesperada e nojenta atitude baixa, Ginny dá um soco tão forte no rosto metido de Malfoy que tem certeza de que quebrou o nariz branquelo do almofadinha.

Ainda mais enojado por seu intocado e belo nariz aristocrático ter sido evidentemente ferido por uma ruiva classe baixa (pobre), Draco empurra a garota correndo atrás dela e puxando os cabelos, para empurrá-la mais uma vez. Logo, ao redor de ambos, um circulo entoando palavras de apóio as partes de forma.

- PORRADA! PORRADA! PORRADA! - era o coro que se ouvi ao redor do casal ensangüentado.

Harry, perplexo, estava sem ação. Ele sabia que deveria se meter na briga para defender a pobre Ginny, mas lembrou-se de que a garota tinha uma penca de irmãos e que estava acostumada com esse tipo de coisa.

Então resolveu ficar ali torcendo por ela e gritando "WEASLEY! WEASLEY! WEASLEY!".

N/A/I: Interrompemos a nossa programação pra postar um capítulo – pequeno, certo, mas é um capítulo.

A gente empacou ai, esperamos que postar nos faça desempacar. Colaborem com reviews e ganhem capítulos novos, que tal? xD

Ótimo acordo né?

Bye and kisses and hugs,

Zitenha e Titenha