NA: Os caps têm vindo bem rapido, certo? :-) Acho que vou começar a demorar mais a pô-los... Ñ sei...Vou pensar. Kisses (K)

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Desejos do fundo do coração

- Escuta, Fred!!! Não vás lá!!! Só te vai magoar ainda mais!!! - Pamela tentava parar a prima de ir falar com Nunne, o qual estava a ter uma conversa bastante interessante e boa para com Soraya.

- Larga-me Angel! - disse ela, tentado se separar da mão de Pamela, que agarrava a seu braço, entre dentes.

- Hum...Desculpem interromper...Mas preciso da vossa ajuda...

Ambas olharam para a voz. Pamela largou o braço de Fred e esta nem aproveitou a oportunidade. Danna Malfoy queria a sua ajuda?!

~*~

- Meu...Não sei o que tem de mal a tua irmã... - James ouviu William dizer ao seu ouvido. Eles estavam perto da Lareira, observando Diana a explorar a sala Griffyndor. Estava a conversar com suas companheiras de Primeiro Ano, em Griffyndor. Rachel Hught era uma delas. Tinha cabelos escadeados, castanhos claros. Era um pouco pequena para a estatura, mas como dizem, tamanho não quer dizer eficiência. Ela era das mais inteligentes naquela casa.

- Ela é mais inteligente e menina do papá... - disse ele, sussurrando.

- Eu vou lá.

James nem teve tempo para digerir as palavras ditas pelo amigo, pois, quando se deu conta já este estava a falar com a sua irmã.

~*~

Diana estava a achar a conversa com Rachel Hught muito interessante. Ambas tinham os mesmos gostos por Feitiços e Herbologia.

- Hum... Será que posso falar com a Potter, Rachel?

- William?! Bem...Eu acho que sim...

Diana olhou para o rapaz que queria falar consigo e achou-o bastante atraente. Tinha cabelos de um tom azulado, porte alto e tinha olhos negros... Fazia um belo contraste com a pele branca que possuía.

- Bom...Acho que sim... - disse Diana, seguindo, então William para um "canto" da Sala.

- Olá. William Oxford. - disse ele dando a mão a Diana.

- Diana Potter. - disse sorrindo - O que foi? O que o James quer?

- Hãn? - disse William, confuso.

- Tu és amigo dele, certo? Então, deves ter ouvido falar imensas coisas más de mim, portanto não virias de livre vontade. Desembucha o que ele quer?!

- Nada...Vim cá para ver se era verdade o que ele dizia...

- Agradeço pelo esforço. Apreciada...

- Estou a falar a sério. Que tal a gente conhecer-se melhor e depois a gente então tira as nossas conclusões sobre nós?

- Tudo bem... - disse Diana, sorrindo e achando que o rapaz até que poderia ser bem interessante.

~*~

- Eu não acho boa ideia Malfoy...

- Não te preocupes Weasley! PASSA-ME ISSO!!!

- O que vais fazer com ela?! - disse Pamela preocupada.

- Deixa a miúda divertir-se Angel... - disse Fred, dando uma pequena palmada no ombro de Pamela.

- Ok ok...MAS, por Merlin...Não faças estragos à sala.

- Ah...Isso depende dele, sabes? - disse Danna, dando um sorriso muito maroto,

~*~

Arthur a olhar para a festa, sem nada que fazer quando ele viu um copo de Cerveja Amenteingada, sendo segurada, por nada mais nada menos que Danna Malfoy.

- Malfoy... - disse cuspindo o nome da moça.

- Eu sei que sou Malfoy, Weasley. Muito obrigada.... Toma. - disse empurrando o copo para o peito de Arthur. Este olhou desconfiado, primeiro para o copo e depois para ela.

- Tás doente? Achas que eu irei aceitar *alguma* coisa de ti? - disse.

- A nosso briga é meio idiota, Weasley. Símbolo de paz.

Arthur olhou desconfiado para o copo, mas aceitou. Bebeu a cerveja ameiteigada, sob o olhar ansioso de Danna. Então todo a Sala começou a rir, com gosto. Até Pamela, riu do irmão. Este olhou à sua volta e depois olhou para Danna, que tentava não se rir, apesar de não ter sucesso.

- TU!!! O QUE ME FIZESTE?! - perguntou Arthur, tentando chegar a um espelho, mas só se lembrou do que havia no seu quarto. Então ele correu para a as escadas e subiu-as de duas em duas. Abriu a porta de rompante e correu para o espelho.

A sua roupa desaparecera e ele estava de roupa interior e o cabelo estava azul berrante.

Com o som dos risos a chegar ao quarto, Arthur sentiu uma coisa gelada a correr pela sua cara. Pôs a sua mão em cima da face esquerda e olhou-a. Estava molhada. Ele estava a chorar...

Chorar pela vergonha, pela maldade da Danna...Talvez fosse isso mesmo. Arthur chamou-se a si próprio de estúpido, como ele pode aceitar tal coisa? Ela tinha sangue Malfoy nas veias...Alguma coisa ela teria aprontado. Ou talvez fosse apenas por Danna...

~*~

Danna, depois da festa, voltou para a Sala Comunal dos Ravenclaw com toda a equipa e foi para o quarto.

- Parabéns Danna... - disse Diana, entrando com Carol, Cho e Mariza. Diana ficou em pé, enquanto as outras se sentaram nas suas camas.

Danna olhou para Diana, com uma cara divertida e agradeceu. Mas Diana, não estava a achar graça. Ela estava com aquelas caras zangadas, muito parecidas com a mãe. Mas Danna sentiu isso, e não era zangada...Era decepcionada. Graças a isso, o sorriso de Danna desmanchou-se e olhou para o chão, preparando-se para o sermão.

- Sabes o que fizeste? Tu sabes...Mas TENS A NOÇÃO do que fizeste, Danna?

- Apenas me quis divertir...Mas admite que achaste graça!

- Admito que me ri...Mas podias ter posto apenas uma poção para por o nariz vermelho, como a Mariza fez com o Joshua e com o Jonh. - disse Diana, cruzando os braços.

- Mas...

- Nem, mas nem meio, mas, Danna Joanne Pankirson Malfoy!!! Tu ridicularizaste o Arthur!!!! Em frente a todos os Griffyndor e Ravenclaw!!! Da família, dos amigos e da própria irmã!!! COMO A FRED E A PAMELA TE DEIXARAM FAZE ISSO?!

- Elas não sabiam que era para o Arthur... - disse Danna, baixando ainda mais os olhos...Ela estava a sentir-se culpada...Por ele.

- Escuta...Se ele fizer algo, ele ou a Pamela, não me admirarei, Danna... Boa noite. - disse encerrando a conversa e indo para a sua cama. Depois de ela puxar as cortinas azuis escuras, não se ouviu mais nenhum som.

Todas seguiram o exemplo da amiga e deitaram-se. Mas algo se passava com Danna.

~*~

- Danna...Danna... - ela ouvia uma voz doce e suave a chamá-la. A única luz, no meio daquela total escuridão...

- Danna... Danna... - então ela viu. Caminhando em direcção a ela, um homem de cabelos loiros a cair-lhe para os olhos, com uma cicatriz na bochecha esquerda e outra na mão, vestido de branco.

- Quem...Quem...Quem és tu? - perguntou Danna, assustada, mas ao mesmo tempo maravilhada pela beleza do homem...

- Um Anjo... Um Protector... Um Guardião...Escolhe - disse ele sorrindo.

- Anjo?!

- Sim...Um anjo chamado Danniel... Mas já fui Draco Malfoy...

Os olhos de Danna abriram-se tanto que aparecia que os globos oculares iriam sair por ali.

- Pai?! - perguntou Danna, aproximando-se de Danniel, esticando a mão em direcção a face da cicatriz e fazendo uma festa.

Danniel balançou a cabeça e fartas lágrimas caíam pela face de Danna. Danniel abriu os braços e Danna abraçou.

- PAI!!!

Ficaram assim por uns momentos até que Danna disse :

- Porquê? Porquê não me deixaste ali e não fugiste com o Thomas???

- Oh filha... Tu sabes o porquê... Tu e o teu irmão eram, e são, as coisas mais importantes para mim...Não aguentaria a culpa de ter deixado morrer pelas mãos dele...

- Eu sinto tanto a tua falta...

Danniel sorriu tristemente e responde :

- Eu também sinto a vossa... Tu e o Thomas estão a ficar tão lindos...Vocês não mereciam o que aconteceu. Mas foi melhor assim...

- Porquê? Porquê morrestes?

- Porque está na hora dos Descendentes e Herdeiros ocuparem o lugar dos pais... E além disso...Eu escondi o segredo tempo de mais... Isso arruinou a minha e a vossa vida...

- Mas...NÃO!!! ESPERA!!!! - gritou visão do seu pai a desaparecer, por entre os seus braços, em pequenas bolas de luz.

- Não te esqueças Danna. Eu amo-te. A ti e ao Thomas. Ele também te ama, apesar de não o mostrar... E lembra-te. És uma Malfoy, mas acima de tudo és minha filha...

- Mas eu preciso de ti!!!! PAI!!!!

- Precisas, mas vais aprender a desembaraçar-te sozinha. Cuida bem do teu irmão. Bons sonhos...Amo-te... - disse, finalmente desaparecendo.

Danna caiu de joelhos no chão, chorando. As suas mãos eram a única coisa que a impedia de cair, deitada, no chão. Lágrimas queriam correr, mas ela não queria chorar...Mas não aguentou e as lágrimas começaram a correr, caindo por cima das suas mãos. Ela tremia como varas verdes... Uma pequena lágrima caiu. A mais leve e mais linda de todas. A lágrima de cristal caiu em cima da mão direita e brilhou. Brilhou tanto que ela parou de soluçar e olhou para a mão. O brilho espalhou-se por todo o sitio e Danna sentiu-se sugada para baixo.

- AAAHHHH!!!! - gritou, vendo-se de novo na sua cama.

- QUE FOI?! - perguntou Cho, aflita, abrindo as cortinas da cama de Danna. Carol, Diana e Mariza olhavam por cima dos ombros de Cho.

- Pesadelo...Mais nada... - disse, sentido uma coisa pontiaguda a penetrar- lhe cada vez mais na pele.

- Mas estás bem? - perguntou Mariza.

- Sim. Voltem para as camas! - disse, num tom autoritário.

Elas voltaram para as suas camas e Danna abriu a mão, depois de ter fechado as cortinas novamente. Uma pequena pedra, em forma de lágrima estava na sua branca mão. Era transparente. Talvez de vidro... Mas é que reluzia tanto...Cristal? Impossível. Diamante? Igualmente impossível...

Ela ficou ali, tentando adivinhar que pedra seria, rodando-a na sua mão. Se ela soubesse onde ela a levaria...Não queria saber daquilo para nada.

~*~

O tempo andava depressa e já estavam em inícios de Dezembro. Ginny estava no seu quinto mês de gravidez e era de dois meninos, aos quais chamariam de Sirius e Remus.

Os 3ºs anos para cima teriam uma visita a Hogsmead no fim da semana, para comprar os seus presentes. Os restantes teriam que mandar corujas aos seus pais para lhes mandarem as prendas para os amigos.

Falando em prendas...Diana estava com um grave problema...O que ela daria aos seus colegas?! Para a Mariza estava decidido...Uma caixa de Gemialidades Weasley. Mas e para as outras?

Ela não sabia o que daria a Danna, Carol e Cho. Da ultima vez em que pensou no assunto tinha a seguinte lista :

" Mariza - Caixa de Partidas Super - Especial das Gemialidades Weasley.

Danna - Uma caixinha de ganjos e um colar e/ou um par de brincos

Carol - Um Livro sobre Poções e de Transfiguração-Avançada (mais especificamente, Animagia)

Cho - Uma moldura, um pente e um cascol."

- É...Talvez fique por aí mesmo... - dizia, enquanto tomava o pequeno- almoço sozinha, mas olhando para a mesa Griffyndor.

~*~

" Querida Mary,

Por aqui está tudo bem. Como sabe, o Natal está chegando e eu não sei se irei para aí ou se ficarei aqui, em Hogwarts. O que você acha? Eu estava pensado em ir para aí, para não ficar sozinha...

Bom, todas iram para casa, menos Carol, em que os pais estarão viajando. Então eu pensei se ela poderia ir para aí? Para a nossa casa, sabe?

Bom... Depois você me diz qualquer coisa, tá?

Beijinhos da sua neta favorita

Danna"

Danna releu a carta, segurando a pequena pedra em forma de lágrima na sua mão. Agora usava-a como um fio, e ele receberam bastante elogios por parte dos seus colegas. Foi ao corujal, para mandar a sua carta. Escolheu uma branca...

Depois de atar a carta à coruja, ela ficou vendo-a a desaparecer, em direcção aos subúrbios de Londres.

~*~

Mary chorava de tristeza. A sua pequenina estava pensando em vir para o Natal, mas ela não podia. Não podia porque Mary estava no hospital. Devido aos poucos cuidados e por se ter aventurado numa floresta à procura do pinheiro ideal, ela apanhara uma broncopneumonia. E as broncopneumonias na sua idade eram de incrível risco. Ela não conseguia responder à carta por conta própria por isso pediu à enfermeira que escrevesse a resposta:

" Querida Danna...

Claro que pode vir cá para o Natal!!! E os pais dessa sua amiga, deixam de certeza?

Beijos da avó

Mary Farm"

Mas o que ela não sabia era que a enfermeira, sabendo do forte amor que a sua paciente sentia por estes seus netos, escreveu no fim da carta:

" PS: Sua avó está muito doente, com broncopneumonia... Por favor, venha este Natal, para a visitar. Ela não lhe quer contar nada, pois não acha necessário. Mas é. Ela está piorando dia a dia... Parece que apenas se aguenta para a ver, a ti e ao teu irmão. Por favor, venham, que eu própria os alojarei na minha casa.

Ass: Clara Jonas - enfermeira."

~*~

- Thomas...Preciso do Thomas... THOMAS!!!!! - Danna Malfoy gritava, batendo na porta da masmorra : Sala Comum dos Slytherin. - THOMAS!!!!!

- Mas que raio... Malfoy? - disse Arthur, que estava a passar por ali, ouvindo os gritos, pensava que seria uma coisa mais grave.

- Weasley? Que fazes aqui?- disse ela virando-se.

- Estava a passar, ouvi os gritos e vim ver. - disse pondo as mãos nos bolsos do manto. Como ele odiava aquela moça...

- Olha...Eu queria dizer que lamento por aquela coisa do cabelo, mas isso não te dá direito de me fazeres o que fizeste!!!

- AHAHAHAH!!! Agora, tu, vens-me dizer o que devo ou não fazer? Vai passear Malfoy.

- Olha aqui, ruivo sarnento...

- Olha aqui, loira aguada! Eu não estou mais para isto, ok!? Da próxima vez, eu juro, que vai ser pior do que se fosse a própria Fred a tratar de ti! - disse, virando as costas e retomando o seu caminho.

- Eissh....Aquele miúdo é fogo, hein, Malfoy? - Danna ouviu uma voz atrás de sí

- Hãn? Ah, olá. O meu irmão está por aí? - disse, tentando espreitar para dentro da sala, mas a rapariga era mais alta que ela. Ela tinha grandes olhos verdes e cabelos pretos, ondulados.

- Está sim. Está no dormitório... Queres ir lá ter?

- Se poder ser... - disse passando pelo espaço que a garota lhe dera. Tinha uma pressa tal que não reparou em duas coisas :

1ª - A sala estava muito diferente do que quando Draco e Pansy ali tinham estudado. 2ª - Dos olhares de surpresa que os Slytherin lhe mandavam. Um quadro de Draco Malfoy estava na parede, com o titulo de " O Slytherin Mais Respeitado em Toda Hogwarts". E parecia que ela era mais parecida com ele do que o próprio Thomas.

Bateu na porta do quarto do 3º ano e ouviu um leve : Entre , vindo de dentro.

- Thomas...? Posso? - disse Danna. Thomas não esperava aquela visita e tentou esconder uma coisa de trás das costas.

- Ya. Entra Dan. - disse, desistindo de esconder o objecto, que se revelou em ser uma moldura. A relação Danna/Thomas tinha melhorado. Pelo menos tinha deixando de a chamar de assassina.

- A Mary...

- O que tem ela?

- Lê. - disse-lhe entregando a carta da Enfermeira Clara a Thomas. Este pegou na carta, olhando surpreso para Danna e leu-a. Os seus olhos abriram- se de espanto. Mary? Com broncopneumonia?

- Nós temos que ir lá. - disse olhando para Danna.

- Eu acho que ela pode morrer... - disse Danna, começando a soluçar.

Thomas levantou-se e abraçou a irmã, que se escondeu no peito dele. Ele próprio começava chorar. Depois do pai, apenas Mary conseguira fazê-lo sorrir. Não era justo. Logo ela!

- Dan, eu vou tentar falar com o Snape...Ele tem que nos deixar sair mais cedo. Afinal, é a nossa família!!!

Dan acentiu com a cabeça, tentando sorrir, mas mesmo fazendo um esforço descomunal, ela não conseguira.

~*~

- Por favor...Tem que me deixar ir!!! - Thomas gritava, imagine-se com Professor Snape. Os cabelos continuavam oleosos, mas grisalhos. O nariz enorme, assim continuava e agora passava a usar mais verde do que preto.

- MALFOY!!! NÃO TEIMES!!! TEM AS AULAS!!!!

- MAS ELA É A MINHA FAMILIA, TIRANDO A DANNA!!! ELA ESTA DOENTE!!!TEMOS QUE A IR VER PROFESSOR!!!

-NÃO QUERO SABER SE É A TUA FAMILIA OU NÃO!!! A FAMILIA É MENOS IMPORTANTE QUE AS AULAS!!!

- ESCUTE AQUI...SEU...SEU...

- Seu quê, Senhor Malfoy? - a voz de Minerva chegara vinda do fundo da sala. - Que gritos são esses, que se ouvem na minha sala?

- O sr Malfoy quer... - começou Snape.

- Visitar um "parente", não estou certa? - disse, olhando para Thomas. - E ele está a pedir a si, director da casa, se pode ir? A irmã também me pediu isso. Infelizmente a professora Tayler está doente, então ela veio logo a mim. Eu dei-lhe permissão, Severus.

- Mas...E as aulas Directora?

- Eles recuperam...- disse com um olhar doce, dirigido para Thomas. - É família Severus...

~*~

Danna estava tão feliz que não conseguira dormir, indo arejar, dando um passeio pelos corredores do castelo.

Mas, há medida de avançava nos corredores, um sentimento de frio, medo e dor tomava conta de si. E se Mary morresse? Ela e Thomas definidamente ficariam sós no mundo, tenho que ir para o orfanato de Madam Polkin. Tinham sido salvos de lá por Mary, que os tinha ido buscar, depois de os terem arrancado dos seus braços, inventando uma lei qualquer...

Aquilo era o inferno. Não se queria lembrar, não lhe fazia bem.

Foi com estes pensamentos que abriu uma porta escura de madeira, sem se importar se estaria lá alguém. Andou, olhando para o chão, até esbarrar em alguma coisa.

- Aí! - disse, pondo uma mão na testa e olhando para cima. Viu um espelho muito grande, maior que Hagrid e lá em cima viu a inscrição: * Erised stra ehru oyt ube cafru oyt on wohsi mis saom oco orut uf etara lever*

Danna virou a cabeça, de forma a ficar quase a tocar no ombro direito. Talvez aquela posição a ajudasse a perceber o que ali estava. Não serviu de nada.

Olhou para o espelho e os seus olhos abriram-se de tal forma...

- Mãe? - disse olhando para a mulher de cabelos castanhos, pouco abaixo dos ombros, cacheados e os olhos negros que estava no lado direito do espelho. A mulher disse que sim, pôs as mãos nos ombros dela própria, no espelho, e deu-lhe um beijo no alto da cabeça.

-Não...Isso não existe - disse fechando os olhos à imagem do abraço conjunto da família Malfoy.

Ela atreveu-se a olhar outra vez e viu o espelho a entrar num remoinho, e quando focou, ela viu um homem a aproximar-se dela. Era alto, tinha músculos bem formados e visíveis (normal... Não usava camisola). Mesmo não usando camisola, usava umas calças, umas botas de cano alto, que iam para cima das calças e uma capa, presa por um pendente em forma de coração trespassado por duas setas.

- NÃO!!!!!!!! - o homem estava sem cara, desapareceu, dando lugar novamente à família Malfoy, brincando.

- Isso não existe...NÃO EXISTE!!! - disse batendo com os punhos fechados no espelho.

~*~

Carol, Diana, Mariza e Cho estavam em Hogsmead, com a permissão especial de McGonaggal, para se despedirem de Danna. O irmão já estava lá dentro e chamava-a sem se cansar.

- Danna?! Anda lá!!!

- Tô indo. - respondia ela. - Ok... Já sabem. Cuidem bem de vocês... - disse abraçando cada uma delas com carinho.

- Tu também. - disseram-lhe ao mesmo tempo.

Danna sorriu e entrou no comboio, levando a mala consigo. O comboio, então começara a andar, e Danna acenava, enquanto Mariza estava inquieta. O seu coração não estava sossegado. Pressentia que as coisas não iriam correr bem...

~*~

Ele odiava o cheiro de hospitais... Odiava o tecto, as paredes, os vestidos dos médicos, as saias e chapéus das enfermeiras. Resumindo, odiava hospitais em geral.

Ele caminhava, um pouco mais atrás da irmã, que andava apressada, sendo conduzida pela enfermeira, que se apresentara de Clara. Mas de clara é que ela não tinha nada. Ela era ruiva, de olhos negros e de tom moreno.

Entraram no quarto 712 depois da permissão da Enfermeira Clara.

- Mary... - disse Danna correndo para o leito da cama de Mary, com Thomas, estranhamente com uma face, aparentemente calma e serena.

- Oh minha princesinha... - disse fazendo uma festa na face de Danna que segurava a sua mão. - Meu pequeno príncipe dourado... - disse referindo-se a Thomas. Os seus cabelos loiros tinham um tom dourado, graças ao Sol que entrava pelas cortinas entreabertas daquele quarto.

- Mas...O que vocês estão aqui a fazer? E a escola? - perguntou, olhando para Thomas.

- Pedi permissão ao nosso professor de Poções e Director da Minha casa se podia vir, Danna, devido ao Professor Flit... estar doente, pediu directamente à Directora, 'vó.

- Hum...Que bom vocês terem vindo. - Mary teve um ataque de tosse. - Eu queria-os ver mais uma vez... Ver que cumpri bem a minha missão. Que retribuí o que o vosso pai fez por mim...

- Mary... Precisas de descansar. Eu e a Dan vamos sair, ok? - disse Thomas pegando na mão da relutante Danna.

- Não...Fiquem aqui por favor... - pediu.

~*~

- Não é muito, mas dá para passarem a noite. Aquele hospital não tem umas cadeiras nada confortáveis. - Clara explicava enquanto os dirigia para o quarto de hospedes.

Danna confiava nela, mas Thomas não. Ele tinha voltado a ser aquele garoto frio... Ele achava que em ser frio para com os outros, que os outros perceberiam o que ele sentia... Uma sensação de solidão, dor... Medo.

~*~

Clara tinha aconchegado os seus pequenos hospedes, há, quê?, menos de uma hora, e ouviu a pequena voz de Thomas, chamando-a.

- Porquê a Srª está fazendo isto para comigo e com a minha irmã?

Clara virou-se e teve a rápida visão de um príncipe. Os cabelos começavam a cair para cima dos olhos e ainda usava o manto de Hogwarts, o que fazia um contraste bastante elegante e que lhe dava um certo ar misteriosos. Usava roupa completamente escura e preta, como se ainda estivesse de luto pelo pai. Estava de braços cruzados que possibilitava a Clara ver um anel em forma de uma pequena serpente, prateada com uma pedra brilhante alojada da boa. Ela tinha a impressão que seria uma das poucas coisas que conseguiram salvar da casa dos Malfoy, antes de ela ser assaltada e completamente destruída pelos ladrões.

- É pela Mary. Apesar de seres de uma família respeitada e bruxa, não quer dizer que todos façam tudo por ti.

- Nunca ninguém fez nada por mim...Além da Mary, claro.

Clara apontou para a almofada de veludo vermelho ao seu lado, na varanda, e disse a Thomas para se sentar lá.

- Escuta...A Mary realmente gosta de vocês...

- É... - disse Thomas baixando a cabeça. Quando a levantou gritou : UMA ESTRELA CADENTE!!!

- Pois é! - disse Clara. - O que pediste?

- Pedi para ter o meu pai de volta... E que a Mary ficasse boa.

- O teu pai está morto... - disse, receando a reacção de Thomas.

- Eu sei... E que o que está morto, morto está. Mas, se queria pedir o que mais desejo, do fundo do coração, tinha que pedi-lo de volta.

- Eu também gostava de ter a minha mãe aqui comigo outra vez... - sussurrou Clara.

- É...Os desejos do fundo do coração...