Sim, eu sei...Peço-vos que não me matem...Este ENORME atraso pode ser explicado pelo facto de eu e a minha AMADA beta andarmos meio que desencontradas...Pensem que o próximo já tá mt escrito...Daqui a nada começo, finalmente, a escrever Os Descendentes e os Diários Perdidos...
Beijos para todos vós...Desculpem pela demora
Capitulo XI – Reencontro.
- HEY!RAPARIGA!HELLO! – Catarina gritava de uma ponta da estação para outra. Joanne e Pamela, atrás dela, baixavam as cabeças de vergonha enquanto Helen se aproximava delas.
- Yo, dood.
Catarina, Pamela e Joanne : 0.0
- Helen? Estás bem? – Pamela perguntou, aproximando-se da amiga e pondo-lhe uma mão na testa.
- Não.
- Então? Que cenas são essas do dood! – Joanne perguntou.
- Influências do Jack. Aquele pirralho só me faz mal! – Helen disse, afastando a mão de Pamela da sua testa.
- Pirralho? Estás a sonhar. Ele tem 17 anos e é pirralho? – Pamela perguntou.
- Ele tem 17 anos de corpo, porque de cabeça ainda é um bebé de berço. A Sky já o conheceu, não foi? – falou Helen dirigindo-se para Catarina, que não lhe respondeu e parecia estar vidrada num ponto atrás de Helen.
Apercebendo-se disto, Helen virou-se e procurou a pessoa para que Catarina estaria a olhar. Fernando. Como não adivinhar? Aquela rapariga esquecia-se do Mundo por causa dele.
- Hey sis! Tudo bem? – Morgan chegou, juntando-se ao grupo. Vinha com umas calças pretas pela anca, super largas, uns ténis, uma t-shirt preta com um smiley que dava para ver o umbigo e um casaco de ganga, que dava também para ver o umbigo.
- Tudo na boa. E contigo? Que tal o Natal? – Joanne respondeu.
- Foi cool. Muita paparoca, muita bebida...Os meus irmãos tiveram lá. Pude ficar um pouco com a Kiki. E também conheci um rapaz, o Jim.
- BOA! Conta-nos tudo! – Pamela gritou.
- Mas lá dentro! – Helen gritou, puxando Catarina para dentro do comboio que as levaria a casa.
- Cho!Cho! – Carol chamava a companheira que acabava de chegar.
- Carol! – abraçaram-se e começaram a conversar sobre o Natal.
- BUUU!
- AI!MARIZA! – só podia ser ela. Mariza acabava de chegar e vendo as suas amigas tão entretidas a conversar, decidiu assustá-las. Com sucesso.
- Olá. – Diana aproximou-se das suas amigas. Ouviram o apito do comboio e correram para dentro do comboio.
Encontraram uma cabine livre e sentaram-se.
- Que tal o Natal? – Diana perguntou a todas.
- Foi giro. Mudei de visual. – Mariza começou a dizer. Mostrou, orgulhosa o seu cabelo negro com madeixas roxas todas espetadas. – Graças aos monstros que vivem em minha casa. A minha avó, quando viu passou-se. Até desmaiou. Ela parece ser do século XVIII. É um horror, mas para compensar a prenda dela foi um máximo. Olhem. – Mariza mostrou uma pulseira prateada com vários pendentes. No verso da oval dizia : Ao homem apenas resta esperar pelo destino. – Adorei a frase. E o vosso? Foi bom.
- Não! – começou Carol. – O meu pai convidou a família do chefe da empresa com que ele quer fazer negócio. O filho deles tinha mais de 20 anos e era um pervertido total. Tentou apalpar-me durante todo o jantar. A minha avó apareceu, do nada, durante o tempo de bebidas. Ela que não gosta do Natal. Contou-nos uma história e o meu pai chorou. Eu também recebi uma jóia, mas foram uns brincos. Muito bonitos. Eram da minha mãe.
- O meu foi completamente normal. A casa cheia de gente. A Li e Wing-La mal conseguiram cozinhar comida para toda aquela gente. Quase vinte pessoas... E o teu Diana? Ainda não nos contaste!
- Ah...Vocês sabem como é. – começou Diana – A minha família é enorme e juntamo-nos todos n'A Toca, o que a minha avó adorou! – Diana riu-se. – Mas depois o Shaoran e a Julliane começaram a dizer-me coisas muito esquisitas...Desde que o amor que eu sinto pelo James é tão profundo que ainda me vai salvar a vida – Mariza riu-se. – até que ainda vem muita coisa ai...
- Não duvido... – Carol começou a dizer e todas se calaram – Hogwarts é...
- ...um lugar onde pode acontecer tudo – concluiu Cho.
-- Sim...Mas daí à Diana amar o James...Ainda vai um longo caminho. – todas riram às gargalhadas.
- Estão atrasadas! – Danna estava há uma hora à espera do Expresso e estava "muito zangada".
- DANNY!- Mariza foi a primeira a saltar para cima de Danna e só não a derrubou porque era bem leve. – Nós nunca nos atrasamos! Os outros é que se adiantam!
- Isso é tão " ai-não-me-toques" – Carol disse, surgindo atrás de Cho que descia calmamente as escadas, não ligando aos nomes que os outros alunos lhe chamavam pela sua demora.
- Finalmente! Tinha saudades deste castelo! – disse Cho, respirando fundo.
- E o castelo saudades de vocês todos! – Orlando dirigia-se ao grupo de amigas, ao lado de Diana, que sorria. – Sejam bem-vindas e que este período corra melhor que o anterior! – Orlando deixou-as.
- O que raios...? – Danna perguntou, já levantada e a limpar o seu uniforme da poeira.
- É muito simpáctico, o Orlando! – disse Diana com um imenso sorriso na cara.
- Aaaa...Sim..É fixe. – disse Danna.
Danna e Diana olharam uma para a outra, ouvindo os risos das suas amigas já distantes. Quem as visse naquele instante acharia que estavam prestes a duelar, tamanha a seriedade com que olhavam uma para a outra. Do nada e sem que nada o previsse, abraçaram-se gritando o nome uma da outra.
- DAN!
- DIANA!
Quando se desprenderam do abraço, fungaram, sorriram e foram em direcção ao Castelo de mãos dadas, contando as novidades.
Fred tauteava uma canção enquanto arrumava uma caixa dos recém chegados dentes de hipogrifo. Velhos e podres, é verdade, mas não era nada que ele e o irmão não pudessem utilizar.
- FRED! – a voz da sua mulher, Angie soou-lhe nos ouvidos.
- Diz...
- Encontrei uns sapatos que não são teus em casa. Recebeste visitas enquanto tive na minha mãe! – perguntou Angela, com os sapatos nas mãos. Eram sapatos formais, pretos. Algo que Fred nunca usaria na vida.
- Não, querida. Podes pergunta à Fred em como não tive visitas.
Angie deixou o marido de volta ao trabalho, olhando para os sapatos.
- OS MEUS SAPATOS!EU PRECISO DOS MEUS SAPATOS! Misericórdia! Eu não posso ir ter com o Fernando com os MEUS sapatos! – Catarina tirava tudo o que estava dentro do seu malão para fora, sem se importar onde iam parar.
- Porque não! QUE NOJO! – Joanne tirava uma meia de desporto da sua cara com a ponta dos dedos e olhava, com repugnância para a meia.
- PORQUE É A ÚNICA COISA FEMENINA QUE TENHO! VÊS! – Catarina, praticamente, fez com que Joanne engolisse os sapatos com a abertura no pé e uma fivela...Era o sapato que as raparigas em Hogwarts usavam.
- E como deves supor, o Fernando ia reparar que ela usava uns sapatos de menina, dos quais só se VÊ A PONTA! - Helen gritou estas ultimas palavras, visivelmente irritada (coisa sinistra) fechando com tanta força o seu malão que as outras deram saltos nas camas de susto. Todas, menos Catarina, que estava demasiado absorta no procura pelos sapatos.
- Aí é que eles não estão, Sky! – Pamela puxou Catarina para baixo, que tentava subir para cima dos dosséis das camas.
- Deixei-os em casa...Só pode...E a minha mãe vai desconfiar...O meu pai não usa aqueles sapatos. – Catarina sentou-se na cama e, desesperada, gritou, olhando para cima : 'TO PERDIDA!
- Não sejas tão melodramática, miúda. – Morgan que se tinha mantido silenciosa todo este episódio
- MELODRAMÁTICA! – Catarina levantou-se e agarrou-se a Morgan, abanando-a. – A MINHA VIDA ACABOU!
- Acabou o quê, sua estúpida! Usas calças largas que tapam os sapatos e ele nem nota! – Helen estava, visivelmente alterada.
- Concordo com a Helen, Fred. Estás a fazer uma tempestade num copo de água. – Jo disse, já deitada e enrolada nos lençóis quentinhos da sua cama. – Boa noite! – e começou a roncar.
- À falta de melhor...Parece que terei mesmo que vestir as calças largueinoras...QUE SEJA! O que eu não faço pelo Fernando... – Catarina enfiou-se na cama e adormeceu.
- Tudo enquanto ele não faz nada por ti. – Pamela sussurrou, enquanto se enfiava na cama e se preparava para uma noite no mundo dos sonhos.
Enquanto as Marotas dormiam, todos os rapazes do primeiro ano festejavam o regresso à escola.
- Seis meses...É tudo quanto falta para acabar o ano... Seis longos meses! – Henry caiu em cima da cama como se fosse uma pedra.
- Ainda partes a cama, Henry... – William disse, arrumando os seus pertences no malão.
- Ah! Tenho uma coisa para todos vocês. – os olhos verdes de Peter estavam pregados ao interior do seu malão e as suas mãos começaram a estender-se em direcção aos amigos, enquanto dizia o seus nomes.
- James...Este é para ti. – James que estava com os pensamentos em casa olhou seriamente para o pacote com o nome dele escrito que Peter lhe entregava. Seria?
Quando abriu o pacote e viu o que este continha caiu de cu duro de tanto rir. Era um pijama com ursinhos castanhos vestindo calções verdes e numa mão tinham três balões.
- É...- Peter coçou o alto da cabeça – Não preciso de dizer o que é isso, pois não? – riu-se.
- A tua avó...? – começou Henry.
- Sim...Ela passou imenso tempo a fazer esses pijamas...São a minha prenda de Natal! – Peter deitou-se na cama ainda vestido. – A minha avó tem essas pancadas... Por isso é que se casou com o meu avô! – Todos se riram.
O tempo passa a correr, muitos dizem. E é verdade. Sem que ninguém se apercebesse as flores começaram a nascer e o Sol começava a esticar os seus braços depois de um longo sono. Depois das aulas todos os alunos corriam para as margens do lago para poderem aproveitar ao máximo aqueles tempos livres em que podiam esquecer a escola, os professores, os trabalhos, as notas...Enfim, esquecer tudo aquilo que queriam esquecer.
Diana estava a ler um livro à beira do Lago e perto dela estavam Cho, Danna e Carol que conversavam. Mariza tinha os pés dentro do lago e atirava pequenas pedras ao lago.
Diana fechou o livro e respirou fundo. Já estava com a vista cansada. Sorriu e juntou-se a Danna, Carol e Cho, que falavam das cusquisses da escola.
- Vocês já reparam naquele novo aluno que anda muito com o Nunne? – Carol falava baixinho.
- Ele é tão giro! – disse Cho, rindo.
- Ouvi dizer que a Marcia Penn está interessada nele! – Danna meteu-se na conversa.
- Ora...Quem não estaria interessada nele? Mas ele faz-me lembrar alguém...Parece...
- ARGTH! – Mariza levantou-se de rompante e os seus punhos estavam fechados com tanta força que os nós dos dedos já estavam a ficar brancos. Todas as outras olharam espantadas para ela. – SEUS IDIOTAS! – Mariza começou a abanar o punho em cima da sua cabeça. – QUANDO EU VOS APANHAR VÃO DESEJAR NUNCA TER NASCIDO! – sentou-se como se não tivesse passado nada.
Mariza cumpriu o que disse. Na aula de Transfiguração fez com John e Joshua Speed ganhassem caudas e orelhas de burro. Apesar de ter provocado a risada total e o espanto da professora Granger, ficou de dentenção. Ficou de catalogar todos os livros da Biblioteca. Danna, Carol, Cho e Diana ainda tentaram dar-lhe uma ajuda clandestina enquanto ela cumpria a tarefa à noite, mas foram apanhadas por uma visita surpresa da Professora Granger que as expulsou da biblioteca e decidiu fechar as portas da biblioteca à chave.
Mariza estava no meio da sua entediante tarefa quando uma janela da Biblioteca abriu-se e deixou entrar um vento gélido que pareceu ter-lhe congelado os ossos.
Caminhou em direcção à janela, com os braços a rodearem o seu corpo e fechou a janela. Sentiu-se logo mais quente e confortável. Quando se virou viu que a porta que dava para a Secção Restrita estava aberta. Fez menção de a fechar quando se aproximou das altas portas de metal, mas algo a empurrava para dentro da secção. A sua cabeça dizia para não entrar lá, que era proibido. Mas ao mesmo tempo perguntava-se que desde quando é que ela se preocupava em cumprir as regras?
Entrou.
E a porta fechou-se com um enorme estrondo.
- Porque te ris? – sentou-se ao lado da companheira que ria às gargalhadas.
- Apenas acho graça a todas estas lutas infantis que eles têm uns com os outros!
- Eles são crianças, Samatha. Crianças.
- Eu sei, Daniel. Mas...Até parece que estão a gozar com a nossa força, não é? Protege-los de umas brigas que não fazem mal nenhum não é trabalho para uma Sombra e tu sabes disso.
- É verdade...Mas nós fazemos mais que isso. Nós somos o...
- Fio condutor que os leva a verdade... – completou Samatha.
- Exacto. E não passamos disso.
- Foi para isso que morremos. – Samatha desvaneceu-se.
Estava um frio de congelar os ossos dentro daquela câmara. As estantes eram altas, de tamanho de gigantes e o corredor era apenas largo o suficiente para ela conseguir andar. As velas destinadas a iluminar aquela câmara mal ardiam e os seus reflexos dourados davam um aspecto ainda mais assustador aos livros.
Ela não conhecia aquela Secção da biblioteca, mas parecia que tinha andado por aqueles corredores toda uma vida. Parecia saber exactamente onde pisar e que pedras evitar. Um livro chamou-lhe a atenção.
Era dourado e passaria despercebido de tão fino que era. A lombada não tinha nada escrito, assim como a capa. Quando o abriu ficou desapontada porque as folhas acastanhadas estavam vazias. Se algo tivesse sido lá escrito, a tinta já tinha desaparecido há muito. Guardou o livro debaixo do ombro e deu-se por si a voltar para trás. O livro de folhas vazias seria por um caderno com as suas formulas de poções e partidas lá escritas.
Quando chegou junto da mala e viu que os livros já estavam catalogados e arrumados no sitio a que pertenciam. Trabalhara mais do que se lembrava. Arrumou o pequeno livro dourado no fundo da mala e ele lá ficou.
- Continuo sem entender essas marcas vermelhas na tua cara, Peter. São cada vez mais frequentes! – James apontava com o garfo para Peter que estava à sua frente.
- Tem cuidado com isso, ainda me arrancas um olho! – Peter chegou-se ainda mais para trás.
- A verdade é que parece que lutas com um gigante todas as noites! – Arthur falou de boca cheia.
- Não se fala de boca cheia, Arthur! – Henry engoliu um pedaço de bolo e depois falou : Mas concordo contigo. Onde raios vais arranjar essas marcas Peter?
- Eu bato em mim mesmo durante o sono. – disse simplesmente.
Todos se riram as gargalhadas.
- Isso é tipo masoquista, não? - disse William entre as gargalhadas – Bateres-te em ti próprio. Deves ter uma enorme força, para elas ficarem assim tão vermelhas.
- Queres experimentar? – Peter ergueu o seu punho cerrado em direcção à face de William.
- Tem calma Pete. Estava só a brincar. – William baloiçou o seu guardanapo branco em sinal de rendição.
Todos se riram novamente. Peter também se riu, mas a cara doía-lhe imenso.
Um pouco mais afastados deles estavam as Marotas, que comiam alegremente o seu pequeno almoço.
- Até que tem corrido bem. O Fernando não tem notado a diferença entre os teus sapatos e os dele, não é Sky? – Helen disse, enquanto empurrava os óculos que usava para ler para mais junto dos seus olhos azuis.
- É o que parece, não é mesmo? – disse Joanne, que fazia rabiscos de jogadas de Quiddicht numa pequena folha de papel.
- Parece que ele é mais cegueta do que pensávamos! – Morgan falou com a boca tão cheia que migalhas de pão lhe sairam da boca.
- Que nojo Morgan! – Pamela fez uma expressão de nojo, mas riu-se.
- É mesmo...Que nojo. – Catarina finalmente falou, mas sem olhar para nenhuma das suas companheiras, que olharam para o mesmo ponto para onde ela olhava. Soraya tentava dar pequenas garfadas de bolo à boca de Fernando, que apesar de recusar mais de metade delas, aceitou algumas.
- Não ligues Sky. Aquela vaca será sempre uma vaca. – disse Pamela.
- Pepino que nasce torto nunca se endireita! – disse Joanne assinando com um grande J e um W por cima no canto da folha de pergaminho.
- Vamos embora. Estamos atrasadas para as aulas. – Helen disse e levantando-se pegou nos livros e dirigiu-se para as amigas. – Vêm?
- Sim. – Catarina levantou-se, pegou na sua maleta e segui atrás de Helen.
Todas as outras Marotas seguiram atrás das duas amigas, deitando um olhar enjoado a Soraya, e virando logo o olhar. Se não o tivessem feito tinham visto o olhar e o sorriso triunfante na face de Soraya e o olhar profundo de Fernando
