Capítulo 2:

A doença

Rony entrou na enfermaria desesperado. Linda estava deitada em sua cama, e ele não sabia o que fazer... se chorava, se gritava, ou se morria, pois a dor era tamanha...

- Hei Weasley! – chamou a voz arrastada de Draco Malfoy. – O que faz aqui...? Achei que Linda não lhe quisesse mais! – disse ele.

- Mesmo que Linda não seja mais minha namorada... vai sempre estar em meu coração! – disse ele, com lágrimas enchendo os olhos...

- Que palavras mais lindas Weasley... – disse Draco batendo palmas... – Mas, eu já disse pra você cair fora! – rosnou Draco.

- A última coisa que quero é brigar hoje Malfoy... e eu vou passar a noite com Linda! – disse ele se sentando em uma cadeira ao lado de sua cama.

- Não vai mesmo! – disse Draco o segurando pelo colarinho e o tirando de cima da cadeira... tamanha foi a força que Draco colocou naquele ato, que Rony caiu no chão...

- Você me paga Malfoy! – disse ele, lhe dando um soco no nariz... Hill, que estava ainda desmaiada, acordou... olhando a cena desesperada se levantou ainda muito fraca, e dirigiu-se para onde os dois garotos brigavam.

- MENINOS... NÃO BRIGUEM! – gritou ela com as únicas forças que tinha... depois foi caindo em câmera lenta no chão... Draco correu a tempo, e a segurou puxando-a e deitando-a na cama.

- Tadinha da Hill... olha o que fizemos! – disse Rony pesaroso... – Ah, fique com a Linda... ela não é mais nada minha mesmo! – disse Rony saindo da enfermaria...

- Ainda bem que não são mais nada... se não eu teria os meus próprios meios de fazê-los terminarem! – murmurou Draco, se sentando na cadeira ao lado da cama de Linda.

Draco colocou suas mãos geladas sobre as de Linda... que também estavam geladas... ele sentiu uma vontade enorme de agarrá-la e fazê-la sua naquele momento... mas, sabia que isso seria sem escrúpulos. Draco fitava-a como se fosse o anjo mais lindo da terra... peraí... a Linda um anjo? Ela poderia ser tudo... mas, anjo ela não era... Draco sabia bem demais das magias que ele já levara... lembrando-se disso, ele teve um ímpeto e pegou em uma cicatriz que tinha no pescoço... foi quando suas mães os obrigaram a dançar juntos, Linda gritou e esperneou... até não conseguir o que queria pela primeira vez, foi ai que ela fez essa "Linda" marca registrada com os dentes.

- Linda, Linda... você é tudo pra mim! – disse Draco. Ainda tinha a esperança de que ela acordasse... mas, isso era impossível, e ele sabia que só tinha um modo de curá-la... mas, ele não o conhecia... e sabia também que se não encontrasse essa maneira logo, ela morreria.

Draco acordou dolorido, tinha dormido ao lado da cama de Linda... ela estava cada vez mais pálida (detalhe: Ela era imensamente pálida)... era Sábado, e por isso ele não precisaria faltar às aulas para ficar ao lado dela.

Uma mulher ruiva com cabelos esvoaçantes, de olhos incrivelmente azuis entrou na enfermaria, Draco se levantou rapidamente, quando viu quem a seguia, um homem com expressão mortífera... ele era alto, loiro, com olhos da cor dos de Linda.

- Madrinha... Padrinho... – disse ele se levantando.

- O que aconteceu a minha pequena? – Lisbella saiu correndo em direção a filha que jazia como morta na cama... – Oh... meu amor! – disse ela desencorajada pela cena... achava que a filha fosse morrer.

- Oh... a minha aprendiz... – disse Joseph se aproximando, Draco sabia que Linda era sua filha preferida... e sabia que a mãe se pudesse morreria por um de seus filhos. – O que aconteceu a Li, Draco? – perguntou ele.

- Não sabemos padrinho! – disse Draco.

- Lúcio! – vociferou Joseph, antes de sair pela porta da enfermaria... Draco não ligou... sabia que se entenderiam no final...

- Madrinha Bella... – chamou Draco carinhosamente... Lisbella apenas levantou a sua cabeça o olhando com ternura, se levantou e o abraçou...

Eu sei o que ela tem querido... mas, só algo verdadeiro e puro pode curá-la... e você é o único que pode fazer isso! – disse ela. Depois de pronunciar isso ela saiu.

Ele estava muito preocupado com Hillary, já tinha reparado que ela não comia muito bem havia dias. E mesmo que ele tentasse faze-la entender que precisava se alimentar bem se quisesse continuar no time de quadribol ela se recusava. Ele era o novo capitão este ano, e ela entrou como artilheira do time. Mas ia sair logo se continuasse desse jeito.

Entrou na ala Hospitalar e reparou que Malfoy dormia encostado na cama de Linda. Ele sabia que eles se amavam, só não entendia o motivo de ficarem separados. Mas ele não podia falar nada. Sabia que estava sentindo algo além por Hill e não tinha coragem para dize-lo a ela. Porque?Bom, porque em sua cabeça eles não poderiam ficar juntos. Ele sabia como seria sua vida depois de Hogwarts. Teria que se afastar de todos, pois Voldemort ia persegui-lo. E não queria nenhum dos seus amigos machucados, muitos menos ela. E se o Lord das Trevas soubesse que ele amava alguém com todas as suas forças ele iria atrás dela...espera aí, amasse?Quem disse que ele a amava?Não...ele tentava evitar o máximo mas no fundo sabia que não conseguia não amar ela.

Harry? – ela perguntou quando o viu parado na porta olhando o casal ao lado. – o que você está fazendo aqui?Não deveria estar na aula?

Não, hoje é sábado esqueceu?

Ah é, desculpa. – ela se sentou na cama com os olhos arregalados – SABADO?hoje tem treino, eu tenho que...

Você não tem nada...vai ficar aí o tempo que precisar...

Nem pensar Potter, eu vou treinar...o primeiro jogo é daqui um mês e é contra a sonserina – ela disse olhando para o lado onde Draco ainda adormecia – temos que ganhar...e ...

E nada, você vai ficar no banco. – aquilo foi um choque para ela.

Você está brincando não é mesmo?

Não Lupin, você não está bem... – ele fez questão de chamá-la pelo sobrenome.

Eu estou ótima Harry, só foi o choque ao ouvir que uma das minhas melhores amigas estava em coma. Como você teria reagido?Bom, você é homem né, então homens não...desmaiam...

Não é bem assim...e você sabe que não comia direito há dias. Eu avisei...

Eu juro pra você que já estou melhor...quer ver como posso ficar de pé... – ela disse se levantando. Ficou cinco segundos de pé e uma tontura se apossou dela. Não sabia direito o que era. Cambaleou pra frente e deu de encontro com Harry. Seus olhos se encontraram com os dele e uma súbita vontade de beijar aqueles lábios lhe veio, mas a tontura foi mais forte.

Você...está bem? – ele perguntou um pouco sem fôlego pela pequena distancia entre eles.

Eu...eu...estou. – ela disse quando ele a pegou nos braços e a colocou na cama novamente. Ela estava tão linda, aqueles cabelos cacheados...uma vontade de senti-los o atingiu, mas ele se controlou. – eu só estou um pouco tonta, mas...

Sim querida você está tonta devido falta de ferro. Mas vai sair daqui segunda de manhã não se preocupe. E Harry, espere umas duas semanas para treina-la está bem. Agora preciso que você saia e leve consigo o Malfoy.

Tudo bem Madame Pomfrey.

O que eu te disse hein...Potter!

Você sabe que eu odeio que me chamem assim...principalmente...você. –aquilo fez o coração dela disparar. Será que ele...?

Está bem, estou brincando...

Tchau, depois venho vê-la com o pessoal. Melhore beleza... – e com isso ele se dirigiu a Draco que não queria sair dali, mas foi forçado pela Madame Pomfrey.

Ela ficou ali, olhando sua amiga de longe. Como queria estar em seu lugar. Odiava ver alguém que amava mal daquele jeito. Segunda ela ia descobrir o que deixou Li naquele estado.

Sábado para Draco, tinha sido um dia extremamente ruim, sem Linda para fazê-lo perder a paciência não era a mesma coisa. Ele se levantou da poltrona onde estava confortável na sala comunal da Sonserina, e se encaminhou para o quarto de monitor-chefe. Deitou-se em sua cama, e não demorou muitos minutos alguém bateu a sua porta...

- Entre! – exclamou emburrado.

A pessoa entrou e se colocou ao lado de sua cama, ele imaginava quem podia ser, Parkinson a garota pegajosa, a quem ele tinha repudio...

- Draco... preciso revistar o seu quarto como uma medida de segurança... – disse uma voz linda que Draco conhecia muito bem...

- Sim, pode procurar... já que sabe o que é! – disse ele, levantando a cabeça, a tempo de ver Lisbella remexer em suas coisas. – Madrinha... já que sabe o que pode curar Linda, porque você não me conta? – perguntou ele.

- Tarde demais Draco... alguém pegou Desire! – disse ela, olhando-o de modo assustada. – E respondendo a sua pergunta... meu querido... – disse se sentando na cama, e pegando o rosto de Draco em suas mãos. – O poder não será o mesmo... ela não sobreviverá... se eu lhe contar! – disse Lisbella novamente saindo, e deixando um Draco muito mais confuso para trás.

Draco acordou, estava na biblioteca, na seção restrita, eram 5 da manhã... ele corria um grande risco, podiam pegá-lo ali, devolvendo os livros as prateleiras, ele saiu da biblioteca, indo em direção a ala hospitalar...

Linda... minha Linda, como posso salvá-la? – Draco, perguntava ao lado da cama de Linda... – Aquela maldita pena chamada Desire... se ao menos eu pudesse tê-la novamente... – Draco, bateu na cama de Linda com força... saindo como um jato da enfermaria... ele ia tê-la de volta, sem ela ele não viveria...

O quarto parecia diferente, mas não sabia exatamente o porque. Talvez fosse a sensação de estar com ela em suas mãos...talvez não. Enquanto segurava-a um pensamento passou em sua cabeça...o que ela é capaz de fazer com a pessoa?Era muito estranho sentir aquilo...como se aquela simples pena fosse sua vida, e sem ela não vivesse. Nem sabia como tinha pegado ela do quarto de Malfoy, só sabia que ela era só sua agora. E se a perdesse...não queria nem pensar nisso. Escondeu a pena em uma caixa e colocou no fundo do seu armário para que ninguém a visse. Resolveu descer para o almoço.

Mione estava cansada de amar quem nem a via, mas não tinha como esquecer ele. Não mesmo. Olhou de relance para a escada do dormitório dos meninos e o viu descendo com uma cara nada boa. Ela sabia o quanto ele gostava de Linda.

Rony, você está legal?

Sim Mione, porque? – ele perguntou meio seco. Ela estranhou a atitude, mas nada disse.

Por...nada. – e saiu pelo retrato com os olhos cheios de lagrimas. Quando ele queria ser gentil...era, mas quando queria ser desagradável conseguia.

Mione... – ele saiu gritando – desculpa...eu não estou legal e...

Eu sei Rony, você tem direito de ter raiva, mas não tem direito algum de descontar ela em cima de mim...ou de qualquer outra pessoa. Eu não tenho culpa se a sua "amada" Linda está morrendo ta legal. – ela disse deixando escapar uma lágrima. – porque você não olha para os lados...ia perceber que existe alguém que te ama também...e que se preocupa muito mais com você do que com si mesma...mas não...você só tem olhos para ela...não te entendo...

Mione, o que você...porque...

Eu tenho que ir.

E saiu correndo deixando um ruivo muito confuso para trás. Ele não entendia aquilo. Porque ela tinha falado aquelas coisas?Pra deixa-lo pior?Ta legal que alguém ia amar ele...ela realmente havia acabado com seu dia. Foi direto almoçar, como havia planejado.

Fazia meia hora que estava esperando Hillary descer. Já estava ficando nervoso.

E se ela desmaiou de novo...eu vou subir... – mas nesse exato momento ela apareceu no começo da escada.

Não vai subir nada Sr. Potter. Eu já estou melhor...não vou ficar desmaiando por ai...

Hill, graças a Merlin, achei que tinha acontecido algo...porque demorou tanto?

Eu...estava trocando de roupa.

Ah...vamos então? – ele disse estendendo o braço.

Vamos Harry...abaixe esse braço, não vou desmaiar não se preocupe... – ela disse rindo. – cadê a Mione e o Rony?

Não sei, nem vi quando ele saiu do quarto...acho que já foram...

Ah ta, e a Gina?

Outra que eu também não vi.

Como assim?

Não sei...vi ela só ontem de manhã...

Ai droga, onde será que ela se meteu?

Sei lá...

Passaram pelo retrato e foram direto para o salão. Hill estava preocupada com a amiga. Onde Será que ela havia se metido?Quando entrou no salão avistou uma cena muito estranha. Malfoy e Johan estavam...brigando. Aquilo era novidade para ela. Os dois sempre foram muito amigos...e agora estavam brigando?Chegou mais perto na tentativa de falar com Johan...

Johan, o que...

Sai daqui Lupin...vá lá com o Potter...

O que deu em você?

Nada garota. Agora que você já estragou minha briga, vou dar o fora...e vê se some da minha frente...

Cadê a Gina? – ela perguntou se pondo a frente dele, sem medo do que ele era capaz de fazer. Tava na cara o que tinha acontecido...

A Gina... – ele parecia ter voltado ao normal ao lembrar-se dela, mas foi só um instante – não sei. Deve estar por ai lamentando-se por ter perdido o amor de sua vida para uma de suas melhores amigas não é Lupin... – ele respondeu seco olhando de relance para Harry, que estava imóvel na porta.

Johan, não vou levar nada disso a sério porque sei o que você tem, mas você está muito enganado se acha que ela ama o Harry... – de repente ela percebeu que havia acabado de assumir que amava Harry e quis se matar. – ao contrário, ela ama...você. Mas como você é burro o bastante e ainda não percebeu que o que você sente por ela é recíproco, nada fez.

Se você não sair da minha frente, juro que eu...

Que você o que Johan? – de repente ele escutou uma voz doce, que ele amava – vai fazer algo contra minha melhor amiga é isso?E Hill, você esta muito enganada, eu não gosto desse aí. Gosto do outro Johan, que pelo jeito não existe mais. – com isso Gina saiu correndo do salão.

Ginaaaaaa – ele gritou, antes de cair no chão inconsciente.

Todos estavam preocupados com a "epidemia" que havia paralisado Hogwarts. Era terça-feira e não tinha aula até encontrarem a pena e os alunos ficarem bons, segundo Dumbledore. Hillary não gostou do olhar que ele lançou a Harry quando disse isso, como se fosse dever dele achar a solução para o problema. Esse era o problema que ela tinha com ele. Acontecia-se algo, quem era o salvador que ele esperava: Harry Potter. E às vezes ele esquecia que Harry tinha apenas 16 anos e uma vida pela frente.

Resolveu visitar seus amigos. Sabia o quanto estava sendo difícil para a família de Linda, ter os dois únicos filhos naquele estado e pensou em dar uma força a eles. Sabia também da dor que Gina estava sentindo. Ela vivia insistindo que era culpada, pois se não tivesse deixado ele nervoso...ele não teria entrado em coma.

Mesmo com todos em sua volta falando o contrario não entrava na cabeça da teimosa Weasley, como dizia Rony. Hill abriu devagar a porta da enfermaria e avistou os pais de Linda. A mãe estava sentada ao lado de Johan, e o pai estava ao lado de Linda. Ela sabia que a filha era a coisa mais importante para ele.

Oi tio, oi tia... – ela disse ao chegar mais perto.

Oi querida – disse Bella – como você está? – ela perguntou com uma voz cansada. Hill percebeu que ela estava muito abalada, como o pai de Linda.

Estou bem...e eles?

Bom, continuam na mesma, mas a cada hora que passa ficam mais frios...estou com medo...

Calma querida, a gente vai dar um jeito...Hillary, você não está sabendo da pena?

Sim, ele nos contou...

Quem?

Dumbledore – ela disse com desgosto que Bella percebeu. E adorou na verdade. Por isso gostava tanto daquela garota. Ela era forte, corajosa e acima de tudo...inteligente.

Lisbella se levantou, e começou a caminhar em direção a porta... Hill apenas a acompanhava com os olhos... ela era uma mulher muito misteriosa, qualidade que Linda e Johan haviam puxado... viu então que na porta estava Draco... ele tinha os olhos cheios de lágrimas e as mãos estavam roxas...

- Draco... meu querido o que! – perguntou Lisbella desesperada.

- Eu estava tentando fazer uma droga de uma poção para ver se tirava eles do coma... mas, não deu certo! – disse ele chorando... Lisbella nunca havia visto Draco chorar... ela sabia que ele ia conseguir... Bella apenas sorriu, deixando Draco com raiva.

- Calma meu querido... poção nenhuma vai tirar eles do coma... – disse ela, sorrindo. – Mas, é melhor ir ver a madame Pomfrey... a sua mão vai inchar... – disse ela, se sentando novamente ao lado da cama do filho, Draco entrou no gabinete de Pomfrey, e saiu de lá alguns minutos depois, com a mão pálida novamente, mas os olhos ainda cheios de lágrimas. Hillary se encaminhou calmamente até ele, com medo de que ele pudesse dizer algo pois estava em um estado horrível. Seus cabelos sempre arrumados estavam desalinhados, e seus olhos azuis cheios de rancor...

- Malfoy! – chamou ela... ele soltou um suspiro...

- Olha Lupin... eu não quero falar... com ninguém! Principalmente se for sobre a Linda... – disse ele indo em direção a porta...

- Espera! – disse ela, segurando o seu braço. – Sabe, não é sobre isso... quero saber se você sabe exatamente o que está causando isso! Eu sei que sabe... – disse ela.

- Sim, eu sei! Mas, não sei como reverter essa droga... – disse ele, chutando uma maca... – Alerto uma coisa a você Lupin... fique longe de qualquer... absolutamente qualquer coisa que lhe dê desejo... – disse ele bravo. – Principalmente se ela se chama Desire! – murmurou... mas, ela pode ouvir. Ele passou então pelo portal... fazendo Hill sorrir interiormente, sabendo que Draco amava Linda, mais que sua própria vida.

Draco entrou no seu quarto e se jogou na cama.

- Nada mais de festinhas à noite, Malfoy! – disse a si mesmo.

- Não mesmo Draco? – perguntou uma voz doce ao lado de seu ouvido. Ele olhou para o lado e pode ver a sua atual namorada, ao lado da cama... ela era deslumbrante, mas Draco não a amava... ela tinha olhos verdes e profundos, cabelos platinados como os dele... os dela eram enrolados... e seu corpo era escultural... – Poxa... você brigava tanto com a Monroe... o que deu em você? Você não tem estado mais comigo... e essa é a primeira vez que você me vê no ano! E aposto que você nem pensa mais em mim! – diz ela, extremamente irritada.

- Desculpa Emma, mas... você sabe que ela é filha dos meus padrinhos... eles iam ficar bravos comigo... além do mais ela é afilhada do Lord, e a última coisa que quero, é briga com ele! – diz ele dando um selinho na namorada. – E com você! – disse ele, fazendo ela sorrir maliciosamente, e subir em cima dele.

- Bem, então Malfoy... você terá o seu castigo! – disse ela, sorrindo maliciosamente.

- Sabe o que é, Emma... – disse ele a empurrando para o lado... – Eu hoje não vou conseguir me concentrar! – disse, se sentando e abraçando as próprias pernas.

- Draco... você está muito avoado... eu acho que nós devíamos parar por aqui o nosso relacionamento... – disse ela, se levantando...

Também acho! – disse ele, não gostava nem um pouco de terminar namoros... mas, peraí... nenhuma garota tinha terminado com ele, sempre ele terminava... – Você teve sorte dessa vez Emma Giselly Nerfall... porque hoje, eu estou mal, se não EU terminava o namoro! – disse ele sorrindo sinceramente. Ela não sorriu, muito pelo contrário, fechou a cara e saiu do quarto... deixar um loiro maravilhoso daqueles não era fácil.

Estava debruçada sobre o peitoril da janela de seu quarto de monitora. O céu estava lindo mais que o normal. Não estava conseguindo dormir por ficar pensando em seus amigos. De repente avistou cabelos loirinhos no campo e reconheceu Kirsten correndo em direção ao castelo. Ela havia saído da floresta. Ficou preocupada e desceu as escadas correndo, sem se preocupar com seus trajes.

Ele estava vagando pelos corredores com o mapa na mão para saber se alguém vinha vindo. Não parava de pensar na Hillary, em como estava se sentindo quando ficava por mais de cinco segundos perto dela. Não sabia o que era aquele sentimento. Ficou surpreso por ver seu nome no mapa e foi de encontro com ela.

Harry... – ela disse quando se bateu com ele virando um corredor. Ela estava com uma camisola branca de seda. Ele apenas com um short azul escuro. Ficou sem ar ao ver ele daquele jeito, seminu.

Hill...o que... – ele olhou para sua camisola...e sentiu um arrepio – você está fazendo?

Eu estava no quarto, mas vi a kirsten lá embaixo, você desce comigo?

Claro, mas o que será que ela esta fazendo lá?

Não sei...ela saiu da floresta...

Ora ora...uma monitora fora da cama... – disse a voz puxada de Snape. – Que feio...é assim que você quer dar exemplo sra. Lupin?

Eu...eu...vi uma aluna no campo e não pude evitar...

De colocar o nariz onde não se deve?

Não fale assim com ela Snape...a menina esta lá fora, ela fez muito bem.

Opa...me ferrei... – disse Kirsten atrás de Snape.

O que a senhorita pensa estar fazendo lá fora uma hora destas? – disse Snape seco, assustando a menina. – 50 pontos a menos para a grifinória. E mais 20, sendo dez de cada um de vocês dois – ele olhou com desprezo para Hill e Harry – continuem assim. – ele disse com um riso malicioso.

Vamos meninas, eu levo vocês... – disse Harry olhando Snape se afastar.

Kirsten, você...meu Merlin...Harry me ajuda. – Hill havia reparado como a menina estava branca, quando foi falar com ela, a menina simplesmente desmaiou.

O que aconteceu a ela? – perguntou Madame Pomfrey quando chegaram na enfermaria.

Não sabemos, ela simplesmente...desmaiou. – disse Harry amparando Hill que estava com lágrimas nos olhos.

Foi a maldita pena...ela estava com a pena Harry...mas...onde estará a Desire agora?Temos que acha-la...

Calma, amanhã veremos, temos que ir dormir agora Hill...eu te levo até seu quarto. – eles foram andando com Hill abraçada a Harry.

Você promete que se achar essa maldita pena, não vai ficar com ela...promete?Não quero ver você naquele estado...por favor... – ela disse suplicando. Estavam na porta de seu quarto.

Eu... – ele não agüentou, aquele olhar dela, tudo fez com que sentisse seu coração batendo mais forte e teve o impulso e não se conteve. Hill se assustou com o movimento, mas quando percebeu o que estava acontecendo tudo parou.

Ele não sabia o que era aquilo. Nunca tinha sentido aquilo por ninguém!Aquele beijo...aquela boca...tudo nela era maravilhoso...ele queria se perder nela...descobrir todas as partes daquele fabuloso corpo que o encantava cada dia mais. Depois daquele beijo ele tinha certeza do que sentia.

Ela o amava com todas as suas forças e faria de tudo para ter ele só para ela. Não sabia o que ia falar depois que terminasse o beijo, mas isso não importava...não naquele momento. O beijo dele era tudo. Era suave e ao mesmo tempo demonstrava que queria descobrir mais e mais a sua boca.

...prometo – ele disse por fim, acabando o beijo, o que fez Hill soltar um pequeno gemido.

O que está acontecendo com a gente?

Eu não sei Harry...mas...

Ta difícil de...

Resistir... - Os olhos se cruzaram e a vontade de outro beijo surgiu. Dessa vez foi ela que começou. A mesma sensação de antes...como se fosse o primeiro beijo deles.

Só sei que...não posso te perder...por isso você também tem que prometer que não ficará com a pena se a encontrar... – ela o olhou meio assustada – Lupin...prometa...

Eu...prometo...- E se beijaram novamente.

Será que era possível ele estar apaixonado por sua melhor amiga?Mas como...ele não teria percebido se estivesse?Ah sim...ele percebeu, mas já era tarde. Já não existia mais o caminho de volta do paraíso que era aquela garota. E mesmo que existisse, ele não ia querer voltar.

Ele já tinha perdido a razão nesse momento.

Eu não sei o que eu estou sentindo...juro que queria saber, mas não sei Hill...

Eu...

Desculpa

Porque?

Por...te confundir...eu deveria ter ouvido a razão...deveria ter me afastado de você, mas não consegui...sei que é errado mas...

Harry...Não diz nada...só...me beija.

Agora eu tenho que ir, amanhã conversamos... – ele disse, mas sem perceber já a beijava novamente.

Não, fique... – ela pediu separando um pouco os lábios – não me abandone...

Eles ficaram mais um tempo "namorando" e dormiram. Ele ficou contemplando sua amada deitada. Quando ela fizera o pedido ele pensou outras coisas, mas agora estava rindo por ter pensado aquilo. Hill não era assim. Estava com medo, e queria alguém pra ficar cuidando dela, não que fossem "dormir" juntos mesmo.

Ele nem tentaria nada mesmo. Amava essa garota mais que tudo, mesmo que tentasse se desfazer desse sentimento não conseguia esquecer aqueles olhos, aquela boca. Levou os dedos ao lábio e pode sentir o gosto dela. Mas sabia que não podia...não tinha o direito de tirar a felicidade dela assim. De coloca-la num caminho sem volta. Não queria vê-la em perigo. Mesmo se magoando e sabendo que a magoaria, tinha que terminar o que nem tinha começado na verdade.

Amanha...será um novo dia...tanto pra mim, como pra você... – ele disse passando as mãos pelos cachos dela – me desculpe...

Ela estava dormindo, mas conseguia escutar o que ele falava. Ficou perturbada pelo pedido de desculpas dele, mas o sonho estava começando e ela nem ligou.

Ele estava na enfermaria, Linda ainda estava deitada na maca, e ele sentou-se ao seu lado. De repente ela abriu os olhos, eles estavam brancos, e sua pele cada vez mais pálida, seus lábios vermelhos... seu vestido foi transfigurado para um vermelho provocante.

- Eu sei que me quer Draco... – disse provocante, mas essa não era mais a voz doce que ele estava acostumado a ouvir, ela parecia grunhir enquanto falava.

Ele tentou se afastar, mas nada conseguiu... sangue começou a jorrar dos olhos e da boca dela, seu corpo ia abrindo buracos e mais sangue ia saindo. Draco gritou... e ele só pode ouvir alguém sussurrando em seu ouvido. "É assim que ela irá morrer!".

Draco pulou na cama, as imagens de Linda se desfazendo na sua frente ainda o assustavam, ele se levantou vestiu-se rapidamente e correu para a enfermaria.

- O-ou! – exclamou ele. – Dejavu!

Linda se debatia na cama e gritava escandalosamente. Draco correu para perto dela, e viu seus olhos se abrindo, os mesmos olhos brancos que ele viu no sonho, a camisola que ela vestia se transfigurava lentamente para um vermelho sangue, os lábios dela estavam cada vez mais vermelhos, e sua pele mais pálida. De repente ela parou de se debater, e começou a flutuar lentamente. Draco começou a sentir um aperto no peito.

- LINDA! – gritou ele. Linda virou o rosto na sua direção, o rosto contorcido em uma risada demoníaca.

- O QUE É! – grunhiu ela, na mesma voz do sonho.

- Fica comigo! – disse ele. Ela riu alto debochando dele.

- O QUE QUER COMIGO?

- Linda... minha Linda, acho que sei o que pode tirar todo esse desejo de dentro de você! – disse ele puxando ela pelo braço.

- NINGUÉM SABE! – grunhiu. Logo depois caindo na cama com tudo. O peito dela subia e descia freneticamente, ao passo que ela tentava respirar.

- Linda, eu amo você! – quando ele disse isso, uma luz negra começou a emanar dela. – É o desejo... ele tá saindo! – exclamou ele feliz. – Não me deixe Linda! Nunca me deixe! – ele apertava a mão dela fortemente. E seus olhos enchiam-se de água... ele falava sinceramente, a luz negra saia cada mais forte, e Draco chorava cada vez mais. – Não me abandone Linda! NÃO ME ABANDONE! – gritou a última frase e caiu no chão, desmaiado ao mesmo tempo em que Linda despertava completamente, sem os olhos brancos, a pele na cor normal, e sua camisola.

- Draco! – chamou ela. – PAPOULA! – gritou, a enfermeira chegou, e deu um berro de alegria ao ver Linda acordada, abraçou-a e beijou-a... até ver Draco no chão.

Draco abria os olhos lentamente, olhou para o lado e se encheu de alegria ao ver Linda totalmente revigorada.

- Draco! – exclamou ela rapidamente. E sem que ele pudesse protestar deu um selinho estalado em seus lábios. – Eu também te amo! Muito obrigada por ter me salvado! – disse levantando-se e indo ao encontro dos pais.