Capítulo 4:

A descoberta sobre a pena

Linda jogou suas malas no chão, a fim de se livrar do peso, quando se virou para a cama, sentiu nojo de sua quinta geração se tivesse filhos com Draco.

- Eu já devia imaginar! – disse ela, pegando suas malas e saindo do quarto, com os olhos embaçados pelas lágrimas.

- Linda! – gritou Draco. – Linda... não é nada do que você está pensando!

- Como não é nada? Eu vejo sua ex namorada deitada NUA NA SUA CAMA, MALFOY! O QUE ESPERA QUE EU PENSE? – gritou ela. – QUE ELA ROUBOU A SENHA DO SEU QUARTO?

- Nada Linda... – disse cansado. – Só esperava que isso fosse acontecer logo, e que quando acontecesse, você entendesse... porque passamos por muita coisa juntos, e eu nunca trairia você... Linda, eu pensava que você já soubesse que eu amo você, eu amo você Linda... e nunca, nunca quis que tudo terminasse como está terminando.. Só não consigo acreditar que sua insegurança... – Draco já soltava discretas lágrimas. – NÃO ESPERAVA QUE SUA MALDITA INSEGURANÇA, NOS IMPEDISSE DE FICAR JUNTOS! – Linda já se sentia mal por ter dito aquilo a ele, tentou passar a mão no rosto de Draco, mas ele a impediu. – Se for pra acabar Linda, quero que acabe como tem que ser! – ele a puxou para um beijo, talvez o último, Draco sabia que se Linda não estivesse com ele... iria morrer. – Você sabe que agora nossas vidas estão por um fio Linda Lisbella Monroe... então adeus! – Draco entrou no seu quarto, gritando com Nerfall, Linda só pode ver a garota sair de lá com as roupas nas mãos, escondendo as partes íntimas.

Pegou suas malas novamente, e começou a descer as escadas para as masmorras... sentia tontura já, e sentia como se fosse a pior tontura que já teve, largou as malas e cambaleou até a parede mais próxima, tentava subir as escadas, mas os degraus começaram a ficar fora de foco... Linda caiu no chão batendo a cabeça.

As vozes eram desconexas, e ela não sabia onde estava, se levantou do gramado... o jardim era tão bonito... rosas, suas flores preferidas para todos os cantos, vermelhas, brancas, amarelas... Seu vestido era branco e lhe servia perfeitamente...

- Linda! – disse uma voz em seu ouvido. – Linda... seu nome lhe cai perfeitamente bem! – o dono da voz lhe segurou pela cintura e começou a embalá-la... – Linda, agora minha Linda... eu sabia que não ia aceita-lo... ele lhe traiu Linda, e merece morrer, ele merece... agora você é minha Linda... a garota que eu sempre quis! – Linda se virou, e se deparou com talvez o único homem que fizera seu coração bater mais forte, fora Draco. – Me reconhece Linda?

- Kevin! – disse ela. – Como poderia me esquecer de você! – disse ela o abraçando.

- Kevin McNail... o homem que você viu o seu pai matar impunemente... eu tinha apenas 27 anos Linda... eu não queria morrer.. mas, ele quis! – Linda já chorava compulsivamente.

- Oh Kevin, perdão... eu não queria que você morresse! – disse ela, o homem a sua frente era lindo, cabelos negros até os ombros, olhos negros... pálido. – Mas, meu pai quis!

- Linda... você vai morrer... sim, você vai! E virá comigo... para o resto de seus dias! Eu amo você Linda... amo você! – Kevin ia se afastando, e Linda chorava, caiu de joelhos no chão, e viu sangue nos seus braços...

- NÃO! EU NÃO QUERO! KEVIN... KEVIN!

- Linda, Li... Linda... calma! – disse Draco em seu ouvido. Linda ouvindo isso pulou na cama... estava no quarto dele, abraçou-o chorando.

- DRACO... – disse ela sem fôlego.

- Calma, você precisa descansar...

- Eu descobri... eu descobri... acho que descobri quem criou a pena! E quem liberou-a! E o porquê da minha mãe saber sobre o mistério!

- C... como?

- Eu conheci, quando tinha uns cinco anos de idade, um vizinho meu que se chamava Kevin McNail... e eu me apaixonei por ele! Foi o único além de você... só que ele tinha 25 anos, e me lembro que houve rixas entre meu pai e ele quando eram mais novos, por causa de minha mãe... ele era completamente apaixonado por ela, e meu pai acabou se casando com ela...Mas, ele não se rendeu... lembro dois anos depois, que meu pai invadiu a casa dele, me arrastando pelos cabelos, e perguntando porque ele estava me molestando... mas, ele não me molestava! – enquanto falava Linda chorava. – Ele tentava se aproximar da cópia de minha mãe, só isso! Ele tirou a varinha e matou o homem... eu fiquei chocada... e não sabia muito bem o que fazer, apenas chorei! Meu pai entrou no quarto dele, e pegou várias fotos de minha mãe, e fotos minhas também! Depois ele abriu uma caixinha de música onde continha uma pena muito colorida, meu pai pegou-a e levou para casa, lembro que ficou algumas semanas doente, mas... eu era criança, não me lembro de um coma, minha mãe salvou-o! Entende Draco? Tudo se encaixa!

- Mas isso não resolve muita coisa, Linda – Draco passou a mão nos cabelos da amada – o único jeito de acabar com tudo isso... é destruindo a pena.

- Sim, mas não enquanto meu irmão e minha melhor amiga estiverem em coma... – ela deixou que algumas lágrimas caíssem por seu rosto pálido e se aconchegou nos braços de Draco.

- Espero que isso seja logo... – Linda sentiu preocupação na voz de Draco e fechou os olhos para descansar, mas tinha muito medo. Medo de que um deles morressem, e sabia que sem ele não conseguiria viver.

Harry estava cochilando sentado numa cadeira ao lado da cama de Hill. Segurava suas mãos e tinha fé de que a qualquer momento ela acordaria. Mas isso não aconteceu.

- Harry...acorda... – ele sentiu alguém lhe cutucar no braço e acordou assustado – calma, sou eu.

- Gina... – esfregou os olhos e abriu a boca num delicioso bocejo – que horas são?

- Já está na hora do treino... – ela sentou-se ao seu lado.

- Cadê o Rony? – perguntou olhando para o resto da enfermaria – quero que ele fique em meu lugar hoje...

- Pode deixar comigo – naquele momento a porta da enfermaria abriu e por ela entraram Rony e Mione – não se preocupe, vou arrumar uma artilheira para substituir Hill...

- Obrigada cara... – Harry baixou os olhos e sentiu algumas lágrimas insistindo em cair, mas não permitiu. Sentiu que eles o olhavam, mas não teve coragem de levantar os olhos.

- Capaz... – ele se assustou quando sentiu alguém o abraçando. Rony fora tão rápido que ele não conseguiu evitar, e abraçou-o também. Foi aí que não conseguiu mais segurar as lágrimas e deixou que elas caíssem. Sentir aquele abraço fora tão bom, saber que tinha amigos verdadeiros e que eles estavam ali para ajuda-lo o deixou mais aliviado.

- Oh Harry – resmungou Mione indo até eles, pois o amigo soluçava e resmungava coisas que só Rony entendia – ela vai ficar bem, você vai ver.

- Eu... porque... ela... prometeu... – ele dizia entre os soluços ainda abraçado no amigo, sentindo as mãos de Mione em suas costas – eu fui duro demais com ela...

Calma, passou... ela vai melhorar e vocês vão se acertar...tudo vai ficar bem... – eles estavam tão preocupados com o amigo que estava desesperado que não perceberam outra pessoas chorando ao lado de outra cama.

Harry se sentiu muito egoísta por estar recebendo tanto apoio e a pessoa que mais o entendia estava precisando dele também. Olhou para Gina e se soltou do abraço de Rony. Caminhou até onde sua amiga estava e tocou seu ombro.

- Gina, eu sei o que você esta sentindo... – ele disse ainda chorando – mas não vai adiantar nada nós dois ficarmos chorando e não fazermos nada... – ela parou um instante e se levantou muito rápido. Se virou para encarar olhos verdes ofuscados pelas lágrimas.

- E o que vamos fazer? Os únicos que sabem são Linda e Draco, mas eles não podem nos falar...eles disseram que temos de descobrir por nós mesmos... não sou capaz nem de ir bem em transfiguração, você acha que serei capaz de descobrir a cura para essa maldita doença? – agora ela estava alterada, e começou a gritar – eu estou cansada disso, cansada de sofrer... primeiro foi Linda... depois Johan... e agora... Hillary... eu queria... – ela soluçava e suas pernas amoleceram, não agüentando mais o peso de seu corpo, ela deixou-se cair no chão – morrer...

- Não... – Rony gritou do outro lado e saiu correndo ao encontro da irmã – você... não vai... morrer... eu não vou deixar nada te acontecer... – ela soluçava no colo do irmão – você tem de ser forte Gina... eu sei que você é forte... demonstre isso por favor... não posso te perder Gina... vamos... acorda... por favor... – ele estava começando a ficar desesperado. Gina havia fechado os olhos.

- Morrer... morrer... para ficar junto de meu amor Johan... – ela caiu a cabeça no ombro do irmão que entrou em pânico. Levantou-a e colocou a pequena Gina numa cama.

- Harry... chama alguém... minha irmã não pode morrer... não pode... – olhou fundo nos olhos do melhor amigo e sentiu que ele estava com os mesmos pensamentos que a irmã – não... você também não...HARRY, CHAMA ALGUÉM LOGO POR FAVOR... – ele gritou e fez com que o amigo desse um pulo e saísse correndo atrás de Madame Pomfrey.