CAPÍTULO 6 - O Ex-Namorado

No dia seguinte...

Ele agora estava parado em frente a casa da sua antiga amante. Olhou ao redor, poucas coisas haviam mudado.

Ele tocou a campanhia. Demorou um pouco até que ela abrisse a porta. Quando a viu, não pôde esconder a surpresa, ela tinha uma aparência horrível, vestia um roupão vermelho bem surrado e seus cabelos estavam bagunçados. Segurava uma garrafa de uísque já pela metade na mão direita.

- Ora, ora, mas que surpresa! Se não é o Senhor Draco Malfoy! - ela falou entre os soluços.

- Pelo amor de Deus, Parvati, você está bêbada. - ele olhou para ela com desprezo.

- Ah, cala a boca e entra.

Draco entrou e se sentou em um sofá vermelho.

- Você é muito cara de pau mesmo... - ela disse sorrindo e tentando inutilmente acender um cigarro com as mãos trêmulas.

Ele acendeu o cigarro para ela.

- Você acha? - ele disse, sorrindo cinicamente.

- Claro, depois de ter levado o Ronald a falência. E também... Por ter um caso com a esposa dele.

- Mas ele nunca soube do nosso casinho, infelizmente...

- Pois é... - ela disse, dando uma longa tragada no cigarro - Eu gostaria de ter jogado isso na cara dele quando nos divorciamos, mas corria o risco de perder a guardar da menina se confessasse adultério.

- É, as leis inglesas são muito severas.

- Mas não se aplicam a você, não é mesmo?

- Você sabe que não... Nada nunca foi provado. - ele falou. - Então, é verdade que você e o Weasley se separaram?

- Você quer beber alguma coisa? - ela perguntou. - Deveria ter te oferec...

Ele revirou os olhos nas órbitas.

- Parvati, você sabe que eu não vim aqui para beber. - ele disse, se levantando. Foi até ela e segurou o seu queixo, aproximando o seu rosto do dela. - Eu quero informações sobre o Weasley, todas as que você puder me dar.

Ele soltou o rosto dela, bruscamente.

- Para se vingar dele?

- Lógico.

Ela o olhou de cima a baixo. Ele se manteve de frente para ela com as mãos nos bolsos.

- Sim, é verdade... Nos separamos há uns cinco ou seis meses, não sei... Como você soube?

- Tenho as minhas fontes. É verdade que você foi trocada por uma garotinha? - ele perguntou, debochando.

- Ela não é uma garotinha... Já é uma mulher, a ordinária...

- Tudo bem, me poupe da sua opinião de mulher traída e me diga... Qual o nome dela?

- Ué, suas fontes não lhe disseram?

- Não, não me disseram. Qual o nome dela?

FLASHBACK

Draco entrou na empresa de Potter, sabia que o Weasley trabalhava ali e seria um bom local para coletar informações, principalmente, se encontrasse alguma empregada com a língua maior que a boca.

Logo, encontrou a recepcionista, Sandy. Em menos de três minutos, ela já estava caidinha por ele, falando pelos cotovelos.

- Foi um escandâlo! Abandonou a esposa e a filhinha por uma menina muito mais nova! O senhor precisa ver o que falam sobre aquelazinha...

- Senhor, não... - ele disse, sedutor - Draco, pra você. - ele pegou a mão dela e a beijou. Sandy suspirou, estava nas nuvens.

- E qual o nome dessa...

- Olha ali, quem está chegando! É o Senhor Potter!

Quando Sandy se virou já era tarde demais. Ele tinha ido embora.

- Ai, eu não acredito que ele foi embora sem ao menos pegar o meu telefone...

FIM DO FLASHBACK

Parvati deu uma longa tragada no cigarro.

- Antes, me diga uma coisa.

- O que?

- No início, você só queria se vingar do Draco porque ele casou comigo e nós dois não pudemos ficar juntos, né?

- É, é mesmo.

- E agora? Qual a razão?

- Apenas por esporte.

Parvarti olhou pela a janela da sala e viu Rony brincando com Joanne, quando ela ainda tinha três aninhos. Ele a carregava nas costas e ela puxava os seus cabelos ruivos. Logo, essa lembrança feliz se dissolveu na memória.

- Hermione.

- Como?

- É o nome dela. Hermione Granger. - ela disse, com desdém.

Draco arregalou os olhos.

- Granger? - ele disse - Hermione Granger?

Parvati sorriu.

- Pela sua reação você conhece a vagabunda.

- Conheço e cale-se porque ela não é nenhuma vagabunda! - ele falou ameaçador, os olhos faiscando de raiva - Hermione Granger... - sua expressão facial mudou rapidamente - Isso vai ser mais divertido do que eu pensava...


Hermione aguardava Rony em frente ao seu prédio. Ele sempre que podia a levava ao trabalho. Hoje, no entanto, ela não esperava ansiosa pelos seus beijos e carinhos, pois sabiam que eles não viriam. Toda vez que brigavam pela sua provável doença, Rony ficava muito chateado com ela. Mas só por um tempinho... Mesmo assim, ela não podia evitar a tristeza e cantarolava baixinho:

- Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo

Ela observou o céu, estava nublado, quando ficava assim era certeza de chuva forte.

- Todos os dias antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder

Ele estava demorando, seria que havia mudado de idéia e iria deixá-la esperando?

- Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem

Rony chegou, desceu e abriu a porta do carro para ela entrar.

Quando os dois já estavam sentados dentro do carro, Hermione perguntou:

- Rony, você ainda está zangado comigo?

- Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos
Então, me abraça forte e me diz mais uma vez
Que já estamos distantes de tudo

Eles se abraçaram e se beijaram ardentemente.

- Temos nosso próprio tempo. - ela cantou, baixinho. - E não é de manhã, já está de noite.

- Hermy, não seja boba. É a letra da música.

Ela riu.

- O único bobo aqui é você.

- É, um bobo muito apaixonado.

Eles riram.

Rony ficou sério.

- Hermy, eu tive um sonho...

- Ah, Rony, por favor não me venha com os seus sonhos.

Ele riu.

- Você é, provavelmente, a única psicóloga que não leva em conta os sonho dos seus pacientes como uma manifestação do subconsciente.

- Ei, não é nada disso! Mas você não quer interpretá-los apenas como "uma manifestação do subconsciente". Você os interpreta como realidade.

- E não são?

- Você precisa de um médico para examinar essa sua cabecinha... - ela disse, sorrindo.

- Pra que, se eu já tenho você?

Quando eles chegaram no Klark's Bar, Hermione foi direto se arrumar.

Rony entrou e ficou sentado na mesma mesinha em que ficara observando Hermione pela primeira vez.

Ele bebeu, o tempo passou e o seu telefone tocou.

- Alô.

- Alô, Rony? É a Parvati.

As pequenas cortinas se abriram e Hermione apareceu. Deslumbrante com um vestido branco esvoaçante de alcinha com fitas de cetim entrelaçadas na cintura. Os olhos com uma sombra azul e os lábios pintados com umbatom rosa cintilante.

Ela pôde ver Rony se levantar depressa, falar com o seu chefe Klark e ir embora correndo. Ela teve um mal pressentimento, alguma coisa horrível ia acontecer ou já acontecera.

- Não tenho medo do escuro,
Mas deixe as luzes acesas agora
O que foi escondido é o que se escondeu
E o que foi prometido, ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido

Somos tão jovens...
Tão jovens...

No final da apresentação, Klark veio falar com ela. Parecia que a ex-esposa de Rony tinha ligado, dizendo que a filha deles estava passando muito mal.

- Ela levou a menina para algum hospital? - ela perguntou, nervosa.

- Não sei. - ele respondeu. - O seu noivo estava tão aflito que eu nem lembrei de perguntar.

- Hum...

- Ah, a propósito... Tem um homem no seu camarim querendo te ver.

- Um homem? - ela disse, suspresa - Não é o meu pai?

- O seu pai eu conheço, menina! Esse daí é um loiro alto de olhos cinzas, muito fino e chique e com uma cara bem simpática.

Quando Klark falou "loiro" o coração de Hermione parou.

O único loiro que ela conhecia era... Não, não podia ser ele! Principalmente, sendo "fino e chique", o loiro que ela conhecera era "desfavorecido financeiramente".

Será que era ele? O homem que ela amara tanto há tempos atrás e que a abandonara sem motivo? Seria o seu ex-namorado Draco Malfoy?


N/A: Achei a voz perfeita pro Lucius Malfoy, a do cantor Alessandro Safina, foi assim msm que eu imaginei ele cantando. Dessa vez, eu atualizei mais rápido, vocês não podem negar... Sabe, eu achei q no cap anterior ia ter um monte de comentários, pois foi um cap q eu já deveria ter escrito ao maior tempão e qnts comentário? 1!Aliás, comentário que eu agradeço, vlw JuRuby! Mas, poxa, depois reclamam de atualizações, ninguém comenta... Isso desanima, principalmente em uma fic que está se tentando retomar o embalo... Confesso que só postei esse capítulo pq já não aguentava esperar mais comentários, pq se eu fosse esperar o cap ia mofar no meu pc, ñ é msm? Eu escrevi esse cap assim q postei o último, super preocupada em não decepcionar pela milésima vez as pessoas que lêem essa fic, tentando fazer o melhor e o mais rápido possível. E tb só ñ termino logo essa história (com um final bem medíocre ou deletando), pq gosto muito dela e pelos leitores q msm q ñ comentam, eu respeito, pois ñ dá pra se comentar em todas as fics que se lê e também pelos leitores q já comentaram nem q fosse uma única vez. Pq senão já tinha anulado essa porcaria de projeto, q vai ser bem longo, pois eu tenho milhares de idéias pra essa fic. Ou seja, msm sem incentivo, eu vou continuar, não se preocupem, mas no meu ritmo.