N/A1: Muito obrigada pelas reviews! Vocês fizeram meus dias!
N/A2: Agradecimentos, como sempre à minha beta Julie Weasley.
N/A3: Talvez o próximo capítulo demore a sair pois eu só tenho o comecinho pronto. Esse é meu ano de vestibular, então tenho menos tempo para escrever. Mas não se preocupem. Eu não vou abandonar a fic.
&&&&&&
Capítulo 1
"Que horas são!" - Ginny acordou num pulo. Tinha adormecido ao lado de Draco e agora sentia o sol em seu rosto. Sentada na cama com o lençol contra o corpo, ela tentava encontrar um relógio e acordar o rapaz. Finalmente teve êxito no segundo, quando o empurrou para fora da cama.
"O que diabos... mais q m... GINEVRA!" - exclamou ele se levantando do chão e percebendo o que havia acontecido. - "Virou sonâmbula ou sentiu uma vontade incontrolável de me jogar da cama? Porque de qualquer forma, eu não estou grato por ser acordado assim."
"Você não tem relógio nessa casa? Que horas são?" - enfim ela encontrou o relógio dele perto da pia. Eram oito e meia. - "Ai, meu guarda-chuva amarelo... Você devia estar a caminho do Ministério, e eu devia estar em casa tomando café da manhã!" - Ginny estava com a voz uma oitava acima do normal e a beira de um colapso de nervos. Não pretendera passar a noite toda ali. O fato de que Draco a olhava com uma expressão quase divertida no rosto sem menção de procurar as próprias calças não ajudava em nada. – "Vai ficar aí parado!"
"Eu realmente gosto de ter ver tendo um ataque desses tendo acabado de acordar e toda descabelada desse jeito." – Draco então foi para trás dela, a abraçou pela cintura, beijou-lhe o rosto e apoiou a cabeça no ombro dela. – "Vista-se, vá para casa e eu vou para o Ministério. Diz que pegou no sono na biblioteca ou algo assim. Você pensa em algo."
Ele começou a beijar o pescoço dela lentamente e Ginny, que antes estava agitada e tamborilava os dedos na bancada enquanto ele a abraçava, desmanchou-se.
"Você perde toda sua força de vontade quando eu faço isso, já reparou?" – provocou Draco, mordendo de leve o lóbulo da orelha dela. – "Ainda bem que um de nós ainda é racional. Vai." – ele a soltou e Ginny se vestiu e desaparatou na maior velocidade que suas pernas bambas lhe permitiram.
&&&&&&
Draco colocou suas melhores vestes para o Ministério. Iria usar a entrada de visitantes e para isso aparatou num beco e teve que andar por dois quarteirões. Finalmente chegou à cabine telefônica, digitou a senha e disse o seu nome e o que estava fazendo ali. Colocou o crachá em suas vestes.
Ao sair do elevador lançou um rápido olhar para a fonte que havia ali e depois olhou em volta. Bruxos aparatavam, e chegavam pelas lareiras. Havia muito barulho e ninguém parecia lançar a ele um segundo olhar. Dirigiu-se imediatamente para os portões dourados em direção ao homem sentado numa mesa sob uma placa em que se lia "segurança", conforme fora indicado pela voz no telefone. O rapaz se viu sendo expulso no momento em que o homem lesse seu nome, mas afastou esses pensamentos rapidamente.
"Estou aqui para uma reunião com o chefe da Comissão de Justificativas Dignas de Trouxas." – anunciou ele para o bruxo segurança. Seu tom era firme, mas acabava de perceber que não tinha hora marcada.
"Varinha." – disse o outro bruxo estendendo a mão. Draco obedeceu e viu sua varinha ser posta num instrumento que vibrou e emitiu um pedaço de pergaminho. – "Trinta e seis centímetros, corda de coração de dragão, em uso há dois anos, correto?"
"Isso mesmo." – respondeu ele, frio. Pegou sua varinha de volta e já estava andando quando o bruxo gritou "nível três".
Entrou em um dos muitos elevadores junto a mais uma grande quantidade de bruxos. Uma jovem bruxa morena com cabelos curtos entrou correndo por último e lançou-lhe um olhar atravessado que se transformou em um lampejo de sorriso antes dela voltar a olhar para frente. Draco a ignorou completamente e ajeitou suas vestes tentando parecer ainda mais altivo e imponente. Uma reação daquele tipo estava demorando a ocorrer. Quando ouviu a voz anunciar "Nível Três, Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas" saiu com a maior velocidade que pôde sem perder a classe.
Encontrar o escritório da comissão de justificativas dignas de trouxas não foi difícil. Era a última porta do corredor. Ao bater, não foi atendido, então abriu a porta para deparar-se com oito cubículos, sendo um pouco maior, o qual ele imaginou ser o do chefe da Comissão. Os bruxos nos cubículos não levantaram as cabeças quando ele passou e Draco pôde reparar que havia um lugar vazio, em frente a uma mesa com uma enorme pilha de pergaminhos. Finalmente o homem no cubículo maior olhou para ele.
"Posso ajudá-lo, Sr..." – ele sorria e forçava a vista para tentar enxergar o nome de Draco no crach�, mas não teve sucesso. Ele já era de bastante idade, tendo cabelos grossos e muito brancos, com um corte antiquado. Seus olhos eram de um castanho esverdeado e não tinham muito brilho. Apesar da miopia, ele não usava óculos.
"Malfoy." – respondeu ele com firmeza. – "O senhor é o chefe da Comissão?"
O rosto do homem pareceu ter perdido dois tons ao ouvir a resposta de Draco. Os Malfoys tinham perdido todo o prestígio, mas a grande maioria das pessoas acreditava que estavam todos em Azkaban ou mortos, e gostavam da idéia.
"Sim, sou o Sr. Miller. O que posso fazer pelo senhor, Sr Malfoy?" – perguntou ele, se recuperando do choque e indicando uma cadeira para Draco que se sentou antes de começar a falar.
"Soube que vocês têm uma vaga. Gostaria de me candidatar." – ele achou que ser direto era o melhor que ele podia fazer. Ainda achava aquilo tudo ridículo. E suas suspeitas pareciam ter se confirmado quando o homem à sua frente começou a rir. Draco, por outro lado, permaneceu sério e entregou ao homem o currículo que havia montado na manhã anterior que também continha suas notas nos NOMs e NIEMs.
"Sr. Malfoy, eu não sei como você ficou sabendo da vaga, pois o anúncio sairá no Profeta de amanhã, mas o que o faz pensar que o senhor seria digno do posto?" – questionou ele, após dar uma rápida lida no papel em suas mãos.
"Eu não tenho muitas informações sobre o posto, mas almejo uma vaga no Ministério e acredito que essa seja uma boa oportunidade." – ele mentia descaradamente. Odiava o posto e odiava a forma que as coisas eram levadas no Ministério. "Não estrague as coisas, Draco. É sua única chance." disse a si mesmo.
"Bom, você trabalharia basicamente com a papelada. Registrando os acontecimentos e o que foi feito. Não há trabalho de campo no posto. Não exatamente um emprego de muita glória e prestígio. E o salário não é grande." – ele fez uma pequena pausa como se considerasse a próxima frase com extremo cuidado. – "Tem certeza que quer isso?"
"Sim. Como eu já disse, vejo o posto como uma ótima oportunidade." – Draco agora queria jogar uma maldição imperdoável em si mesmo. Era muito pior do que imaginava. Era uma vaga tão ruim que o chefe não parecia acreditar que iria conseguir ninguém melhor para o posto. Afinal, parecia estar realmente considerando-o.
"Tenho que confessar que estou apreensivo e hesitante em lhe conceder o cargo." – o Sr Miller coçou os olhos parecendo exausto apesar do expediente estar apenas começando. – "Já sei o que vamos fazer. Você vai ficar em teste durante os dois primeiros meses. Receberá seu salário e caso eu fique satisfeito com seu trabalho, irei o efetivar de fato. O que me diz?"
"Quando eu posso começar?" – perguntou ele, se demonstrar emoção.
"Amanhã às nove."
Os dois bruxos apertaram as mãos, se despediram e Draco voltou para os elevadores. Assim que chegou ao Átrio, desaparatou. O Sr Miller, enquanto isso preparava uma mensagem para o chefe do Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas, fazendo questão de acrescentar no final que "o Sr Malfoy deve estar realmente desesperado".
&&&&&&
Ginny conseguiu chegar em casa naquela manhã sem ter que responder a perguntas. Sua mãe achou que ela tinha ficado até tarde na biblioteca e que ela ainda estivesse dormindo, optando por não incomodá-la.
Ela não recebeu notícias de Draco e logo presumiu que ele não tivesse conseguido a vaga. Sabendo do temperamento dele, preferiu não tentar contatá-lo.
Como havia dito ao rapaz na tarde anterior, as notícias no Ministério se espalham com rapidez. Felizmente, as que seu pai trazia não eram catastróficas. Sinal de que Draco não tinha atacado nada nem ninguém.
"Vocês não vão acreditar quem estava no Ministério essa manhã." – disse Arthur durante o jantar. Na mesa encontravam-se, além dele e Ginny, Molly, Fred, George e Harry. Esse último, agora que morava sozinho, era sempre convidado para as refeições com os Weasley.
Todos lançaram ao mais velho um olhar inquisitivo, com exceção de Ginny que de repente passou a achar seu bolo de carne fascinante, uma vez que sabia que não poderia fingir curiosidade.
"Draco Malfoy em pessoa." – disse ele, respondendo a pergunta de todos. – "De acordo com os boatos ele ameaçou o chefe da Comissão de Justificativas Dignas de Trouxas e conseguiu a vaga do velho Gardner. "
"Não são boatos." – Harry agora se juntava ao relato. – "Hermione me contou. Ela falou com o Sr Miller quando pegou o elevador na hora do almoço. Ele confirmou a história. Exceto a parte da ameaça. Isso faz parte do embelezamento da história."
"Ele conseguiu o emprego?" – perguntou Ginny, tentando não soar animada. Ela falhou, mas os outros tomaram seu tom como incredulidade e um ligeiro divertimento com a situação inesperada.
"Ficará em observação no primeiro mês antes de ser efetivado por completo. Mas está na folha de pagamentos, então, sim, ele conseguiu. Segundo Miller, não era uma oferta de emprego tentadora e de fato, Malfoy tem as qualificações necessárias. Pessoalmente, o acho louco por aceitá-lo para qualquer coisa."
"Não acha que está o julgando demais, querido? Afinal, pessoas mudam ao crescer." – comentou Molly ao ouvir o tom de desaprovação de Harry.
"Mãe, você esqueceu quem é o pai daquele delinqüente?" – perguntou George.
"Lucius Malfoy. Que, devemos ressaltar, só não está em Azkaban porque morreu antes. Sortudo." – continuou Fred.
"Mas ninguém tinha nada contra o menino. Dêem uma chance a ele." – finalizou ela, em um tom que indicava que o assunto se encerrava ali.
Ginny passou o resto do jantar em silêncio. Comeu o mais rápido que pôde sem fazer da sua conduta algo estranho e logo seguiu para seu quarto. Lá ela escreveu uma carta para Draco usando a coruja que havia quando se tornara monitora em Hogwarts (a maior decepção dos gêmeos Weasley) para despachá-la. Era uma bela ave. De um porte grande para uma coruja de estimação, suas penas eram de um marrom quase preto e ela tinha penetrantes olhos âmbar. Ginny havia a chamado de Aranel, e fez questão de lhe dar um pedaço do bolo de carne que havia guardado antes de abrir a janela.
A resposta de Draco chegou às duas da manhã e Aranel teve que bicar a orelha da ruiva por cinco minutos antes de conseguir acordá-la. Quando finalmente conseguiu, entregou-lhe a carta, voou para sua gaiola aberta sem nem lançar um segundo olhar para a dona e adormeceu imediatamente.
O bruxo confirmava o que Harry já tinha dito durante o jantar e dizia ter passado o dia inteiro em busca de um lugar para morar, sem sucesso, e por isso não tinha entrado em contato antes.
Após terminar de ler, Ginny queimou a carta com um feitiço e voltou a dormir.
&&&&&&
Ginny chegou no local que havia sido indicado por um coruja recebida há duas semanas meia hora antes do horário no qual os testes teriam início. Não havia muita gente ainda, mas obviamente não tinha sido a única ter aquela idéia. Quando a sala em que eles foram postos para esperar começou a ficar cheia, a ruiva e os outros candidatos foram levados a uma sala maior onde várias cadeiras com mesas individuais estavam dispostas em fileiras.
Ela optou por um lugar mais ao fundo. Sempre odiara fazer prova nas primeiras cadeiras. Esperou mais alguns minutos quando uma bruxa por volta dos trinta anos de idade entrou na sala. Ela tinha uma expressão severa e longos cabelos negros que lhe caíam lisos pelas costas.
"Boa tarde. Meu nome é Anselma Moirrey e vou supervisioná-los. Como vocês já foram instruídos previamente por uma coruja enviada pelo departamento, a prova de hoje consistirá em uma parte teórica e outra prática. Boa sorte a todos e lembrem-se que as penas que vocês irão utilizar estão protegidas por um feitiço anti-cola. Aquele que tentar burlá-la será devidamente punido."
Assim que a bruxa terminou de falar agitou sua varinha e pergaminhos, tinteiros e penas apareceram em cada mesa ocupada. Ginny segurou sua prova levantando o topo ligeiramente. Deu uma rápida lida nas perguntas, escreveu seu nome e começou a responder.
Somente quem acertasse 75 da prova teórica seguia para a parte prática. A correção era feita na hora por Anselma, e Ginny, apesar de ter sido a penúltima a terminar e recebido um olhar atravessado da mulher, acabou acertando 89.
Todos os que passaram foram encaminhados para uma ante-sala com uma porta de entrada e uma de saída no lado oposto. Ali, Anselma voltou a falar.
"Muito bem, gostaria de parabenizá-los por terem passado em seus testes teóricos, apesar de essa ser a parte mais fácil." – muitos do que estavam presentes e já começavam a dar sinais de terem certeza que seriam os escolhidos para uma das três vagas, de repente perderam o sorriso. – "Tenho aqui em minhas mãos os nomes dos senhores e em ordem alfabética chamarei um por um. Vocês vão passar por aquela porta e dar início ao seu teste prático frente à banca examinadora."
Assim que ela terminou o discurso, chamou o primeiro nome. Não deu mais nenhuma informação e Ginny pensou que não saber exatamente o que iria enfrentar era provavelmente parte do teste. Encontrou-se pensando em Bill, mas imediatamente afastou-o de sua cabeça. Não podia ficar desconcentrada.
Após quase duas horas de espera, a bruxa finalmente chegou ao 'W'. Ginny olhou em volta. Só havia mais três pessoas depois dela. Ela seguiu decidida para a porta. Viu-se numa sala ampla, pouco iluminada e sem nenhum indicativo de ter uma única alma presente. Ela queria perguntar por alguém, saber o que tinha acontecido com a tal "banca examinadora". Contudo, permanecia alerta até que finalmente algo chamou sua atenção.
No final da sala havia uma arca. Era enorme e estava sobre uma espécie de pedestal. Havia uns 10 degraus para chegar a ela. "E provavelmente milhões de feitiços para eu desfazer" pensou Ginny.
De fato, ela estava certa. A cada degrau que subia, havia uma tarefa. No começo eram coisas simples. Um feitiço para confundir. Uma cortina que invertia chão e céu. Uma senha que acabou representando um exercício de Aritmancia. Então as coisas começaram a ficar mais complicadas.
Assim que ela pisou no degrau seguinte, um jato de luz azul partiu da arca. Ginny, acostumada com feitiços saindo do nada (em uma casa com nove pessoas, reflexo era vital) imediatamente lançou um feitiço de proteção. O impacto foi forte. A ruiva achou que fosse cair dos quatro degraus que já havia subido. Isso considerando que o feitiço não tivesse atravessado seu escudo.
Ela abriu os olhos para ver o estrago e reparou que, de fato, o que temia havia acontecido. Por sorte, Ginny tinha se jogado para um dos lados quando o raio de luz veio em sua direção, mas não fora o suficiente. O feixe que atravessou acabou por causar um rasgo nas mangas da sua veste. Não havia lhe cortado a pele por pouco.
"Droga! O que era aquilo?" pensou ela. Apesar de não ver a banca examinadora, não acreditava que eles estariam satisfeitos com aquilo.
Só faltava um degrau agora. Ainda com o escudo conjurado, ela avançou e... nada aconteceu. Ginny tinha agora a arca a sua frente. Não se deixou levar pela sensação de confiança que tomava conta dela. Ainda estava com raiva de si mesma por não ter evitado o feixe de luz azul e aquilo simplesmente não poderia ser a última coisa.
Ginny parou para prestar atenção na arca. Era de madeira envelhecida e parecia que ia se desmontar a qualquer momento. Não mostrava nenhum adorno. As dobradiças eram de ferro enferrujado e fechando-a havia um cadeado também em péssimo estado. Um leigo diria que poderia abrir a arca se acertasse o cadeado com algo duro e um mínimo de força. Contudo, qualquer proteção mágica não seria visível.
Ela desfez o escudo para se aproximar do cadeado. Não queria encostar nele, mas procurava alguma inscrição ou seqüência numérica. Reparou que não havia buraco para uma chave.
"Ótimo. Isso só abre com feitiço. Bombarda? Não, isso explodiria a arca toda e seu conteúdo. E provavelmente faria que maldições me atingissem de todos os lados. Pense, Ginny, pense."
Alguns minutos haviam se passado quando ela finalmente chegou numa conclusão. Iria tentar o mais simples dos feitiços. Algo complexo poderia destruir toda a estrutura, que era muito frágil.
"Alohomora!" – Para surpresa dela, que não esperava que aquilo realmente desse certo, o cadeado se abriu e caiu no chão. Logo depois o topo da arca se levantou.
Dentro dela havia um objeto esférico e, a princípio, dourado. De repente, ele começou a brilhar e Ginny conjurou uma barreira usada geralmente para observação de eclipses solares. Nada havia mudado na sala, então ela imaginou que sua tarefa ainda não estava completa. Tinha que tirar o objeto dali.
Ele não parecia oferecer perigo. Apesar de brilhante, não emitia calor. Contudo, a ruiva achou imprudente tocar nele. Decidiu-se por manter-se ainda no campo de feitiços simples e o levitou. Não poderia arriscar colocá-lo no chão. Então, com a esfera ainda no ar, ela tirou as vestes com a manga rasgada e colocou-a aberta no chão. Pousou o objeto que ainda brilhava com cuidado em cima dela e, com um rápido movimento de sua varinha, fez com que as vestes o cobrissem.
As luzes se acenderam e a sala ficou completamente iluminada. Finalmente Ginny viu a banca examinadora quando as paredes se tornaram translúcidas. Uma voz magicamente amplificada se dirigiu a ela:
"Srta. Weasley, por favor volte a pegar suas vestes e encaminhe-se para a porta à esquerda no final da sala. Receberá sua avaliação e a nossa resposta dentro de uma semana. Está dispensada e pode voltar para casa."
Ela obedeceu e, após passar pela porta, foi encaminhada por um bruxo de seus quarenta anos que não se apresentou. Ele a levou até o térreo onde havia três lareiras usadas para o transporte por pó-de-flú e uma área para aparatar. Ali disse que ela estava livre para deixar o local e deixou-a sozinha.
Não havia mais porque adiar a partida e ficar por ali. Ginny desaparatou e, sem saber como tinha se saído, voltou para' Toca.
&&&&&&
Quando a coruja do Gringotes chegou, Ginny estava sozinha em casa. Seu pai e os gêmeos ainda estavam no trabalho, enquanto que sua mãe tinha ido ao St. Mungos visitar uma amiga de Hogwarts que tinha sofrido um terrível acidente envolvendo um pelúcio.
Ela não teve coragem de abrir. Realmente acreditava ter ido mal. Tinha usado feitiços infantis e ainda por cima não conseguira parar o feixe de luz azul. Decidiu esperar alguém chegar. O expediente de seu pai terminaria em menos de cinco minutos. Mas e se ela de fato não houvesse passado? Não queria enfrentar o olhar de decepção dele. Tinha que abrir agora e arrumar uma forma de contar. Foi então que pensou na pessoa mais fria para realizar a tarefa de abrir o envelope. Afinal, o expediente de Draco também terminaria logo.
O rapaz havia se mudado para sua nova casa no dia anterior. Era um outro flat, mas pelo que ele dizia, um pouco maior que o antigo. Ginny ainda não tivera a oportunidade de fazer tal constatação. Draco a proibira de ir lá até que ele terminasse de ajeitar as coisas. Mas ela resolveu que agora iria ignorar essa suposta "ordem".
Ginny colocou roupas com as quais pudesse se misturar entre os trouxas e escreveu um curto recado dizendo que fora devolver um livro para a Biblioteca. Caso demorasse muito para voltar, inventaria que encontrara alguém no caminho. Deixou o papel sobre a mesa da cozinha e desaparatou.
Ela agora estava na frente de um prédio que parecia uma construção do final do século XIX transformada em dois andares de apartamentos. Era bem no centro movimentado da Londres trouxa. Ginny sentou nos primeiros degraus da escada que levava para o interior e esperou com a carta em seu bolso.
"Ginevra! O que você está fazendo aqui?" – sibilou Draco olhando ao redor para ter certeza de que não havia ninguém conhecido.
"Preciso de um favor. Também é muito bom te ver, por sinal." – ela se levantou e cruzou os braços.
Draco nem tentou retrucar. Pegou-a pelo braço e puxou-a prédio adentro e dois andares para cima. Só quando trancou a porta atrás de si que voltou a falar:
"Perdeu o juízo? O centro de Londres, parte trouxa ou não, está repleto de bruxos em um horário como esse!"
"Eu queria aparatar direto aqui, mas alguém não me deu permissão..." – Ginny parou para olhar em volta. O lugar estava... arrumado. O que certamente era uma surpresa considerando a desordem do antigo flat. Talvez demorasse para as coisas saírem de ordem. Dali a um mês o caos estaria reinstalado. – "Está tudo direito! Por que você não me deixou vir? Está escondendo sua esposa, seus catorze filhos e seu bode aqui?"
"Por que eu teria um bo... Esquece. Agora que você já está aqui, qual é o favor?" – Draco já aprendera que havia certas excentricidades na ruiva que não deviam ser questionadas.
"Me diga o porquê." – ordenou Ginny, com as mãos na cintura e batendo um dos pés no chão.
"Não seja teimosa. Ou ciumenta. Iria mandar uma coruja hoje. Terminei de arrumar pela manhã." – ele dizia a verdade. – "Se você não acredita em mim, só posso lamentar. Quer ch�?" – perguntou, revirando os olhos e colocando a água para ferver com um movimento de sua varinha.
"Se eu vir filhos, mulheres, bodes ou qualquer outro animal ruminante, arranco seus membros. Todos eles. De qualquer forma, toma." – ela passou a carta do Gringotes para ele.
"O que é isso?" – perguntou o loiro, lendo o remetente da carta e levando Ginny para o sofá com uma das mãos nas costas delas.
"A resposta do meu teste. Não consigo abrir."
"Ginevra Weasley se acovardando? Posso ter uma declaração por escrito? Para a posteridade..." – disse ele, sarcástico.
"É exatamente por esse tipo de atitude que eu preciso que você abra e leia."
Draco fez como ela pedia, ainda com um sorriso irônico no rosto. Passou os olhos pelo conteúdo da carta e depois começou a ler em voz alta para Ginny.
" 'Cara Srta. Ginevra Molly Weasley,' er... tem algo que queira dividir?" – perguntou o loiro, se referindo ao nome dela. Ginny nunca revelara seu nome do meio. Ele agora estava se contorcendo para não rir. Queria uma resposta dela antes.
"É o nome da minha mãe. E algo que eu omito com todas as minhas forças. Como se já não bastasse 'Ginevra'." – respondeu ela, encarando-o severa, desafiando-o a rir, o que ele fez. – "Continue a carta!" – ordenou estapeando-o no ombro, irritada.
" 'Gostaríamos de informar-lhe que' " – ele parou para pegar ar. Ainda lutava para controlar o riso. – " 'seu exímio resultado na prova escrita, unida a sua excelente performance na prova prática no teste para desfazedor de feitiço do Banco Gringotes feita no dia primeiro de setembro, a srta está entre os três selecionados para preencher as vagas. Por favor compareça à Central no dia 10 de setembro às duas horas da tarde para discutirmos seu futuro. Atenciosamente,' blá blá blá. Você vai pular no meu pescoço e gritar?" – perguntou Draco, incerto.
"Não. Sua chaleira esta chiando." – Ginny mordia o lábio inferior para não fazer o que ele havia sugerido.
Draco levantou para servir o chá enquanto ela pegou a carta para confirmar o que ele havia lido. Era verdade. Menos o "blá blá blá" no final, óbvio.
"Er... Draco?" – era demais para ela. Parando de lutar, a ruiva saiu correndo, o abraçou e soltou um gritinho. – "Desculpe." – pediu, corando de leve e sendo beijada por isso.
"Parabéns. Fazer feitiços idiotas era a coisa certa, veja só!" – disse ele com menos emoção do que deveria. Deu uma xícara a ela e ambos voltaram para o sofá. – "Acabou de me ocorrer... Você não vai trabalhar no exterior?" – perguntou, parecendo indiferente.
"Não sei. É provável. Mas eu posso trabalhar dentro da Grã-Bretanha. Só vou saber no dia 10. Esse emprego me dá liberdade. Não acredito que consegui!" – ela amava sua família, mas queria desvencilhar-se um pouco. Ganhar independência. E ela agora conseguiria isso junto a um emprego fascinante. Era melhor do que imaginava. – "Com medo que eu te abandone?"
"Sei que você não consegue viver sem mim." – mentiu. A verdade era ele que já tinha experimentado seis meses de vida sem ela após deixarem a Borgin & Burkes e preferia quando Ginny estava a seu lado. Agora, se sentia idiota pois talvez ela não pensasse da mesma forma.
"Fiquei sete dias trancada com você. Ter sobrevivido a isso me dá força de vontade e a certeza de que irei aparatar para Londres com uma certa freqüência. Sou uma masoquista incurável. Não vai se livrar de mim tão cedo. Pode cancelar a festa."
"Mandarei as corujas essa noite." – Draco passou o braço pelo ombro de Ginny e a puxou mais para si.
&&&&&&
No final de outubro, o trabalho tedioso de Draco teve seu ápice: ele finalmente estava sendo efetivado. Era algo tedioso e não merecia ser comemorado, mas Ginny insistira que ele a avisasse quando acontecesse. Por isso, na hora do almoço, o rapaz havia enviado uma coruja para ela e agora a ruiva estava à sua porta com uma garrafa de Whisky de Fogo na mão.
"Trouxe nossa bebida especial." – brincou ela, se referindo ao que haviam bebido quando estavam trancados. – "Versão francesa, ainda por cima." – Ginny havia sido designada para trabalhar na França. Tinha um pequeno apartamento na periferia de Paris, mas como havia dito à Draco anteriormente, sempre aparatava em Londres para vê-lo, ou em Ottery St. Catchpole para almoçar com seus pais aos domingos.
"Quanta classe, Ginevra." – respondeu ele, com um sorriso e deixando-a entrar. Ele pegou dois copos e ambos sentaram-se no sofá.
"E então? O que o Sr. Miller disse? Confesso que não esperava que você se comportasse."
"Foi exatamente o que ele me disse. Estava surpreso em eu ter me saído tão bem. Como se tivesse tarefas muito complexas. Não surpreende que o cara antigo tenha se aposentado e sumido do mapa. Tem dias que eu quero arrancar os braços do Sr. Miller e me bater com eles. Nunca vi, registrei e tive que arquivar tanta besteira na minha vida." – Draco estava realmente mal-humorado. Ser efetivado naquele emprego lhe passava a sensação de estagnação. Sentia-se como se estivesse tendo um rápido vislumbre do resto de seus dias. Temia morrer ali, sentado no cubículo, com uma pilha de pergaminhos. – Mas eu ganhei um convite para a tão esperada festa de Halloween do Ministério amanhã, então tudo está bem.
"Ai, não!" – exclamou Ginny como uma expressão alarmada no rosto. – "O aniversário da minha mãe!" – a carta de Draco tinha afastado o jantar comemorativo daquela noite por completo. – "Draco, eu preciso ir! Parabéns mais uma vez." – após um rápido beijo, ela desaparatou, deixando para trás um Draco ainda mais aborrecido que jogou a garrafa que ela levara longe.
&&&&&&
O atraso de Ginny era mínimo e ela nem precisou dar desculpas. No quintal da' Toca estavam todos os outros sete Weasleys, Harry, Hermione e Parthenope. Ela cumprimentou a todos, desculpou-se com sua mãe por ter deixado o presente em casa e tomou um lugar entre os dois únicos não ruivos, dando a mamadeira à sua sobrinha.
Após o jantar, enquanto todos comiam o bolo e Parthenope dormia um sono profundo, a conversa passou a ser sobre a festa do Ministério no dia seguinte. Dos presentes, Ron, Hermione, Harry e Arthur tinham convites por serem funcionários. O último iria obviamente levar sua esposa enquanto que os dois primeiros iriam usar os seus passes de acompanhante para levar os gêmeos, que não sossegaram até terem a confirmação de que iriam.
"Hermione, você já tem alguém para ficar com Parthenope? Porque eu poderia servir de babá." – ofereceu Ginny, sorrindo. Sabia que Draco também teria um passe para acompanhante, mas não poderia aparecer por lá como seu par. Sem contar que o loiro provavelmente nem iria comparecer. Logo, ela estava com a noite livre e não ficava com a sobrinha há um bom tempo. De fato, desde que ela e Draco se reencontraram.
"Minha mãe vai tomar conta dela. Mas obrigada." – respondeu a outra. – "Por que você não vai à festa?"
"Como eu faria isso? Trabalho no Gringotes, não no Ministério."
"O Harry pode te levar." – disse Ron, usando um tom casual, mas com um olhar que talvez sugerisse algo mais. – "Ele disse que não iria levar ninguém, não é, Harry?"
"Er... é. Quer ir comigo? Não recuse. Seria um desperdício de convite da minha parte e um sábado chato pra você." – disse o rapaz de óculos, sem demonstrar segundas intenções.
"É, acho que vai ser divertido."
A noite se extendeu por mais algum tempo. Quando Ginny finalmente voltou para casa, escreveu uma carta para Draco se desculpando pela forma que havia saído. Não mencionava que iria à festa com Harry. Já havia superado qualquer coisa que eles tinham tido e era só uma forma dela poder ir, mas não achava que o loiro fosse reagir bem àquela notícia. Após despachar Aranel, ela adormeceu.
&&&&&&
A festa de Halloween do Ministério era na verdade um baile de gala; servia para confraternizar os funcionários. Ginny tinha planejado ir para' Toca e encontrar com Harry lá. Contudo, o rapaz tinha outras coisas em mente. Quando ele bateu na porta às oito horas, ela ainda estava de roupão, usando um feitiço para desamassar suas vestes de gala e um outro para cachear algumas poucas mechas de seu cabelo.
"Qui est-il?" – perguntou ela, querendo saber quem batia. Pousou a varinha sobre a cama e foi abrir a porta.
"Bon Soir." – disse Harry sorrindo para ela. Usava vestes luxuosas azuis. – "Cheguei muito cedo? Desculpe..." – Ele entregou a ela um buquê de rosas vermelhas.
"Obrigada, Harry. Estou quase pronta. Não estava te esperando, mas entre." – Ginny indicou o sofá para que ele se acomodasse e, após colocar as rosas em um jarro com água, foi terminar de se arrumar.
Depois de dez minutos, Ginny, com suas vestes verde-água, aparatou junto a Harry no local da festa. Era uma espécie de grande ginásio, parecido com o dos trouxas. Estes, porém, não viam nada além de um galpão abandonado. O teto do local estava coberto de morcegos vivos e a iluminação era quase que completamente mágica, saindo de lugar nenhum a não ser pelos pequenos castiçais nas mesas.
Ginny encontrou seus pais, os gêmeos e Ron e Hermione. Aliviada, constatou que Draco não estava presente. Harry a tirou para dançar. Agora que estava mais velho conseguia realizar a tarefa de maneira aceitável.
Eles dançaram o final de uma música rápida e, depois, a banda começou a tocar uma balada. Ginny nem pensou em recusar. Não estava fazendo nada de errado. A não ser sob o ponto de vista de um loiro que acabava de entrar no salão e imediatamente pousara os olhos na ruiva que dançava.
Ela sentiu os olhos dele em suas costas, mas não queria se virar alarmada. Deu um jeito de fazer Harry virar e então ela pôde ter certeza de que Draco tinha, no final das contas, aparecido.
O rapaz a encarava sério e frio. Não dava para Ginny dizer o que passava pela sua mente. Quando uma bandeja passou flutuando sozinha por ele, Draco pegou uma taça e acabou de costas para ela.
Na verdade, quando o loiro a viu dançando com Harry, queria puxá-lo pela gola das vestes e socá-lo com óculos e tudo. Draco pensava que, se desse sorte, os cacos de vidro iriam cegá-lo e Harry nunca mais poderia olhar para a ruiva.
Ao terminar sua primeira bebida, seguiu para o bar para pegar mais uma. Sabia que iria se arrepender de ter vindo, mas agora não iria sair. Sentou-se ao lado de uma jovem morena, que lhe deu um leve sorriso, atitude que estranhou. Não estava com o humor para aquilo, mas se Ginny estava se divertindo, ele não perderia uma oportunidade de causar-lhe ciúmes.
A ruiva, assim que a música terminou, disse para Harry que estava com sede. O rapaz quis buscar a bebida, mas ela, a muito custo, conseguiu impedi-lo. Tinha visto Draco no bar e precisava arrumar alguma forma de falar com ele.
Andando na direção do loiro, Ginny pôde ver que ele conversava com a mulher a seu lado. Bem, ela falava e ele balançava a cabeça de uma forma que a ruiva sabia que ele não prestava atenção alguma. Provavelmente, era alguém com quem ele trabalhava. Apesar de que ele só mencionara velhos bruxos no seu departamento. Mas então, como ele a conhecia? Ginny estava começando a sentir algo estranho e se censurou por estar com ciúmes quando finalmente atingiu seu destino.
Parou ao lado dele. A mulher com quem ele conversava era bonita e falava de um assunto banal que Ginny não tentou acompanhar. Pediu uma cerveja amanteigada e cutucou Draco de leve. Ele olhou discretamente para ela e a cutucou de volta, para confirmar que havia entendido a mensagem. De fato, gostaria de ter discutido antes de aceitar o pedido dela de conversarem, mas não havia como fazer aquilo sem atrair a atenção e por conseqüência as suspeitas de alguém.
Ginny foi até a mesa onde estava Ron e Hermione. Harry agora dançava com uma senhora que ela sabia ser chefe dele. A morena massageava os pés que o marido tinha massacrado e a ruiva ficou grata por isso, pois quando disse que iria sair para pegar ar, nenhum dos dois se ofereceu para acompanhá-la.
Draco se despediu de forma brusca da bruxa que ainda continuava seu monólogo a seu lado e caminhou um pouco pelo salão seguindo Ginny com as olhos. Viu-a sair e a seguiu. Manteve a distância por um tempo, imaginando aonde ela poderia estar indo.
Ela parou em um beco a duas ruas do local da festa. Aparatou para ficar no primeiro andar da escada de incêndio. Ele fez o mesmo. Ambos estavam alheios ao fato de que estavam sendo observados.
"Por que você está aqui?" – perguntou Ginny, em um tom de quem genuinamente queria uma resposta coerente que não conseguia encontrar sozinha.
"Para confraternizar." – ironizou. Na verdade, queria ver o quão patético era aquilo com os próprios olhos. Para ter embasamento para ridicularizar. – "O que você está fazendo com o Potter?"
"O Harry é meu amigo. Se você não se lembra ele salvou a minha vida quando seu papai me deu aquele diário de presente no primeiro ano." – Ela se encostou na grade e cruzou os braços. Não podia acreditar que ia ter que aturar uma cena de ciúmes.
"Você sempre dança dessa forma com seus amigos? Ou só com os que foram seus ex-namorados?"
"Era uma música lenta! Como você dança uma música lenta! Você tem essa neurose com o Harry desde que estávamos na Borgin & Burkes. Supere! Use aquela bruxa morena que estava falando tão eloqüentemente!" – Ginny quase se bateu por isso. Havia falado mais do que queria.
Abaixo deles, ocultos por algumas latas de lixo, estavam Ron e Hermione. O ruivo havia visto Draco sair atrás de sua irmã e suspeitando de algo, resolveu segui-lo. Para evitar uma catástrofe, sua esposa o seguira. Ao ver que os dois conversavam, Hermione impediu que o marido os interrompessem. Apesar de estarem discutindo, pareciam ter alguma familiaridade. Quando Ginny mencionou a loja na qual ficara trancada, ela começou a juntar algumas coisas. Segurou mais forte o braço de Ron. Ele não chegara a nenhuma conclusão ainda, mas ela queria ter certeza de que ele estava imobilizado por ora.
"Quem está neurótico agora, Ginevra?" – perguntou Draco, sorrindo ironicamente quando ouviu as palavras da ruiva. Ela estava com ciúmes. Tinha tido êxito, apesar de nem se lembrar mais do rosto da mulher.
"É isso? Vamos fazer esse joguinho agora? De causar ciúmes um no outro? Porque eu não fiz nada de propósito ainda, mas se você quiser, eu faço um esforço."
Draco xingou alto, revirou os olhos tamborilou com os dedos na grade por um momento e então puxou Ginny para si e a beijou. Não ia pedir desculpas, pois não tinha feito nada de errado a não ser defender sua honra, mas acreditava que aquilo iria amenizar os nervos da ruiva. Não deveria funcionar imediatamente, mas o que se seguiu levou da mente dos dois a discussão que ocorria. Ron tinha se desvencilhado de Hermione.
&&&&&&
N/A4: Pela frase "não vai se livrar de mim tão cedo. Pode cancelar a festa" eu tenho que agradecer à Roberta, que disse isso pra mim e me deixou roubar.
N/A5: Deixem reviews ;)
