At The Beginnig

Capitulo 1 – Noite do Baile

Era uma noite chuvosa e Relena estava sentada em seu quarto esperando pela peculiar refeição da noite que era servida todos os dias às 7:00, ela estava sentada lendo um livro de romance, Relena sonhava em ter algum dia, viver um grande romance como o que lia nos livros, a família de Relena era muito rica e tradicional, não queria vê-la por aí com "qualquer um" como diziam...Relena estava cansada disso, a única coisa que queria era viver feliz com a pessoa que ela mesmo escolhesse, não era tão difícil assim.

-Relena, hora do jantar! – Exclamou a empregada entrando para avisar a moça

-Obrigada Hilde!Eu já vou, só vou me arrumar! – Responde Relena para a amiga, depois disso Hilde saiu e fechou a porta

Relena estava cansada de tanta conveniência, parecia que, para jantar com a sua própria família tinha que fazer uma grande cerimônia, sinceramente, ela não estava com fome e não estava com vontade de descer para jantar, em vez disso foi para a sacada que tinha em seu quarto observar o céu, ficou lá cerca de uma hora, depois se retirou e foi tomar banho, quando saiu deste, encontrou seu irmão Miliardo na porta olhando para ela

-Ai que susto! Não devia fazer isso com ninguém mano, fora que eu estou só de toalha! Me deixe em paz para eu me trocar! – Disse Relena com irritação na voz

-Primeiro eu preciso falar com você, senão eu não saio! – Exclamou Miliardo com tranqüilidade

-Tá certo, eu vou me sentar na cama enquanto você fala porque eu já vi que essa bronca vai ser longa! – Responde Relena, desta vez com um pouco de chateação na voz

-Exatamente! – Exclama Miliardo vendo Relena sentar-se, ele se sentou ao lado dela – Por que você não foi jantar?

-Não estava com fome! – Responde Relena como se aquela fosse a coisa mais óbvia do mundo

-Não é tão simples assim, além de você saber que tem deveres para com a sua família, você sabe que pode passar mal por isso como das outras vezes que você o fez! – Fala Miliardo preocupado

-Eu sei, mas realmente não estava disposta, além disso se eu fosse ia acabar brigando com o pai de novo e eu não quero isso! – Fala Relena tranqüila

-Olha, eu sei que você e o pai vivem brigando mas ele só quer o melhor para você e além do mais, você não tem vindo jantar já a uns dois dias, isso não faz bem! – Tenta convence-la Miliardo

-O pai te mandou aqui para dizer isso, porque se foi você está perdendo o seu tempo e eu já devia estar me secando! – Diz Relena ríspida

Já vi que vai ser inútil falar com você! – Comenta Miliardo, se levanta e sai do quarto deixando Relena, mas antes de sair e deixa-la diz – Não se esqueça da festa do pai e da mãe essa noite, começa às 10:00, como eu sei que você demora, é bom já ir se arrumando e saiu

Relena lembrara, era uma daquelas festas horríveis com gente que não conhecia e com um monte de caras querendo namora-la, Relena fechou os olhos, ainda sentada na ponta da cama e pensou um pouco, como não tinha muita opção, levantou e começou a se arrumar para a festa...

Duas horas depois:

Relena terminava de se arrumar para a festa, deixou o cabelo totalmente solto, não gostava dele solto, vestia um traje vermelho, era um vestido com um xale um pouco mais escuro do que o vestido, o sapato, assim como os detalhes do vestido inteiro, era preto, o vestido era bem justo até o fim da cintura onde se alargava um poço e ia até o pé, era um vestido chique, mas Relena não gostava de parecer uma boneca de porcelana a qual todos podiam, sem querer, quebrar, mas fazer o que, Relena desceu e já encontrou algumas pessoas no grande salão, ficou feliz em ver seu amigo de infância, Quatree, sua irmã Dorothy e sua namorada Dinah, ela os cumprimentou alegremente

-Oi Quatree! Que saudades! – Relena dá um abraço no amigo e depois cumprimenta educadamente Dorothy e Dinah

-Querida, preciso lhe falar! – Dizendo isso, o pai de Relena "puxa" Relena pelo braço após um leve cumprimento de cabeça para os amigos de Relena

Assim que se afastaram um pouco o pai pigarreou e disse – Tem alguém nesta festa que eu quero que você conheça! Ele é bonito e rico, tenho certeza de que vai gostar e...Relena volte aqui! Eu estou mandando! – Relena apenas se afastava ouvindo os gritos do pai, todos olhavam a cena curiosos, Relena foi ao jardim onde era um lugar tranqüilo e podia pensar, ela sai e se senta em um dos bancos perto de uma roseira que havia ali, ela ouve, vindo de um pouco mais adiante, um barulho de galhos se quebrando, curiosa, ela se aproxima e quando chega perto a única coisa que se lembra é de ser acertada por alguma coisa...

Relena acorda ainda com a cabeça doendo e observa o local, ela estava deitada em uma cama de casal, sozinha em um quarto não muito grande, muito menor que o dela é claro, as janelas estavam abertas e já era dia, a porta localizada a direita de sua cama também estava fechada, Relena se levanta e vai olhar pela janela, não reconhece a rua, devia ser um bairro pobre pelo qual ela nunca havia passado, ela ouve alguém abrindo a porta, se vira e dá de cara com dos olhos azuis muito frios a encarando de longe encostado na porta

-Vejo que já acordou! – Ele exclama

-H-Hai! – Responde Relena temerosa, nunca em sua vida havia passado por isso

-Que bom, assim não preciso me preocupar! – Dizendo isso ele já ia fechar a porta quando Relena chama a sua atenção

-Espera! Quem é você e o que faço aqui! – Pergunta Relena confusa

-Tudo será respondido no seu devido tempo, princesa! – Dizendo isso ele fecha a porta deixando Relena inquieta, ela vê uma roupa em cima da cama, se troca pois ainda usava o vestido do baile, se troca colocando o vestido mais curto azul claro que estava em cima da cama, fazendo isso, não resistindo a curiosidade ela se levanta e vai até a porta, encosta seu ouvido e não ouve nada, abre a porta com cuidado, dá logo de cara com um grande corredor dos dois lados onde um deles tinha uma escada, Relena desce e se depara com uma sala onde havia um sofá e uma televisão apenas, ela anda um pouco mais quando encontra o homem de antes virado de costas para ela preparando um café, ela estava escondida atrás da porta discretamente, ele se senta e sem olhar para ela diz

-Sente-se também e tome café antes que fique doente!

Relena senta-se na frente dele e toma um pouco do café, estava amargo, Relena faz um careta

-Se quiser açúcar esta em cima da mesa ali ao lado – Relena olha e se levanta para pegar, ainda de costas pergunta – Quem é você?

-Já que insiste tanto em apresentações, meu nome é Heero Yui e eu te raptei ontem a noite por ordens superiores! – Ele diz friamente

Relena apenas confirma suas suspeitas, mas, ao contrário do que Heero pensava, que ela fosse se espernear e berrar feito criança, Relena apenas se vira e sorri – Já imaginava que isso fosse acontecer um dia!

Heero fica apenas olhando a garota surpreso, ele jurava que pelo menos gritar ela gritaria – Você não vai nem ao menos gritar dizendo que quer ir para casa? – Pergunta Heero interessado

-Não, você acha mesmo que eu sou esse tipo de garota, não sou burra, sei que não adiantaria, e, afinal de contas, estou feliz em estar longe de casa, não agüentava mais aquela prisão, apenas vou esperar que paguem meu resgate e até lá morarei com você? Estou certa? – Pergunta Relena voltando a sentar-se no lugar onde estava

-Está sim, mas quanto ao resgate eu acho que vai demorar, pois quanto mais tempo você ficar desaparecida, maior será a recompensa! – Fala Heero com tranqüilidade

Relena agora baixa a cabeça e olha para os pés um pouco triste – Isso significa que eu vou ficar meses longe da minha família certo? – Pergunta Relena um pouco triste

-Hai – Responde Heero – Agora vamos comprar algumas roupas para você!

-Mas você não corre o risco de nos reconhecerem! – Pergunta Relena curiosa

-Não, nessa parte isolada da cidade ninguém vai te reconhecer, agora vem, vamos! – Ele a puxa pela mão até saírem da casa, lá fora havia uma moto onde ele se sentou e esperou que ela fizesse o mesmo – Quando se sentar segure-se em mim para não cair! – Exclama Heero,ela se sentou e o ouviu dar a partida, a moto caminhava velozmente por ruas que Relena nunca havia visto antes e se não fosse por estar segurando em Heero estaria com muito medo e também com muito frio

-Você é quente! – Ela fala baixinho mais para si do que para ele

-O que disse? – Ele pergunta

-Nada! – Diz Relena envergonhada, a moto parou em uma rua, Heero desceu da moto e ela também

-Aqui compraremos as sua roupas por enquanto! – Heero apontou uma loja de roupas normais, nem chiques e nem esfarrapadas

-Hai! – Exclamou Relena seguindo Heero para dentro da loja, Relena viu e comprou tudo o que precisava no momento

-Vamos! – Ela diz após ele ter pagado as compras

-Vamos! – Ele confirma com a cabeça

Os dois voltam para casa, almoçam e saem a mando de Heero, ficam perambulando pela cidade sem fazer coisa alguma até umas oito da noite quando voltam para casa, jantam, assistem TV e vão dormir, Relena toma banho no banheiro indicado por Heero, veste o pijama e quando sai do banheiro encontra Heero deitado na cama, lendo...

-O que você faz aqui? – Ela pergunta um pouco sonolenta

-Como assim o que faço aqui, eu vou dormir aqui! – Exclama Heero sem tirar os olhos do livro que estava lendo

-Como assim, e onde eu vou dormir? – Relena pergunta confusa

-Você pode dormir nessa cama ou no chão, você escolhe! – Ele diz em tom de deboche

-O QUE! – Dessa vez Heero olha para ela, ele finalmente havia conseguido o que queria, irritá-la

Após muito esforço, Relena aceita dormir na mesma cama de Heero, agora já estava muito tarde e ela não conseguia dormir, estava preocupada em estar em um lugar tão longe de casa, deitada na mesma cama de um homem que nem ao menos conhecia, depois de muitas horas pensando no assunto, Relena finalmente consegue dormir vencida pelo cansaço e pela fadiga...