Gakkou no Kaidan - Histórias de Fantasmas
O Fantasma do Acampamento
De P. Buffay
Declaração: O anime 'Gakkou no Kaidan' não me pertence!
Capítulo 4: A estranha aparição de Cody.
Já se passara mais ou menos 30 minutos desde que o ônibus começara a andar. Na parte de trás do veículo, os professores tentavam acalmar os agitados alunos que não paravam de gritar eufóricos. Cantavam e brincavam daquelas tradicionais brincadeiras de estrada. Mais lá na frente, Momoko e os outros iniciavam uma amigável conversa com Cody:
- Então, você é novo na escola? – perguntou a menina de cabelos lilás.
- Sim. – começou o garoto. – Na verdade, comecei no mês passado. É, eu sei... eu deveria começar só no ano que vem, mas meus pais e os professores insistiram para que eu já me 'enturmasse' desde cedo...
- Que legal. – disse Satsuki. – Você já fez algum amigo?
E ele encarou-a por alguns segundos, falando finalmente:
- Não, ainda não... Sabe, é meio difícil fazer amigos quando se entra no final do ano... – percebeu que agora todos o olhavam e pareciam prestar muita atenção no que dizia, então acrescentou: – mas é por isso que vim a esse acampamento... pra tentar fazer amigos...
- Então pode contar conosco, Cody. – disse Satsuki, sorrindo.
- É isso aí, cara! – falou Hajime, dando um tapinha no ombro do garoto. – Pode contar com a gente!
- Aham. – concordaram Momoko, Reo e Keiichiro.
- É sério? Muito obrigado! – exclamou ele.
Agora, já se passara mais ou menos 2h e 40min desde que partiram da escola... Todos estavam satisfeitos com o lanche que Momoko havia trazido, o qual a garota distribuíra a todos. E, naquele momento, eram poucas as risadas e barulhos que se ouvia vindos de trás do ônibus, pois a maioria dos alunos havia se cansado de gritar, e se aquietara um pouco... muitos escutando música em seus modernos aparelhos portáteis, outros cochilando, e outros conversando baixinho ou cantarolando. Lá na frente, Reo tinha os olhos fechados, cobertos pela aba do boné, e fones de ouvido nos seus; Hajime estava enterrado no acento, e, com os braços por trás da cabeça, tirava um bom cochilo; Momoko, Keiichiro e Cody brincavam de alguma coisa que lembrava muito um 'stop' de c.e.p.
Satsuki tinha a cabeça apoiada na mão, e o cotovelo, no parapeito da janela, seus olhos mirando a verde paisagem que passava vagamente. Naquele momento, recordava os passeios que fizera com a mãe, quando esta ainda estava viva. Recordou os momentos felizes que tivera com seus pais e seu irmão... dos pic-nics que fizeram, dos passeios no parque, das brincadeiras ao ar livre... este acampamento certamente a faria lembrar de muitas coisas boas que vivera... coisas que agora eram apenas lembranças do passado... Ela sentiu um forte aperto no coração e um grande nó formou-se em sua garganta. Queria reviver aqueles dias... só mais uma vez, pelo menos... queria poder sentir novamente aquela brisa de verão, a qual trazia consigo alegria e amor. Que entrava por suas narinas, deslizava suavemente por sua traquéia e invadia seus pulmões, purificando todo o seu interior, proporcionando-lhe uma gostosa sensação de paz... Naquele momento, o ônibus passou por cima de uma pequena lombada, balançando um pouco. Não o bastante para acordar os alunos adormecidos, mas o necessário para trazer Satsuki de volta a realidade. A menina ouviu Keiichiro dizer ' Islândia', e Momoko exclamar logo em seguida: 'Muito bem, Keiichiro! Sua vez, Cody', o que provavelmente indicava que eles já estavam na letra 'I' em seu jogo. Satsuki, porém, continuou a mirar a paisagem, que se formava através da janela. Deixou que os pensamentos voassem novamente... Mas agora pensava um pouco diferente... Percebeu que ia se divertir com os melhores amigos que já fizera na vida! Amigos que sempre estavam lá para ajudá-la quando precisava, ou quando estava em perigo por causa de algum fantasma... De repente, o rosto de Hajime surgiu em sua mente. Ela percebeu que o garoto já havia salvado sua vida tantas vezes! E que ela, Satsuki, de fato, nunca parara para agradecer por tudo que ele já havia feito... Sentiu, naquela hora, um aperto no coração com a mesma intensidade daquele que sentira ao lembrar da mãe. Lembrou-se de todas as vezes em que ele a havia salvo... mesmo sendo seu 'vizinho tarado' (apelido que deu ao garoto logo que o conheceu) ele estava sempre lá para ela quando a menina se encontrava em apuros, ou precisava de ajuda... pra ela, Hajime era mais que um amigo... Satsuki inclinou levemente a cabeça e viu o amigo que dormia tranquilamente. Sorriu para ele e voltou a mirar a paisagem verde.
De repente, viu que alguma coisa era nova ali. A menina enxergou uma placa onde estava escrito: "Acampamento Summer Camp: 5km." Abriu um sorriso que repentinamente se transformou em medo: Bem ao lado da placa, um garoto alto estava parado. Tinha espessos cabelos azuis e olhava fixamente para Satsuki, acenando com uma das mãos, sorrindo macabramente. O coração da garota congelou. Seus olhos, que agora estavam arregalados, não acreditavam no que viam. Era Cody! Cody estava lá, do lado de fora do ônibus! Acenando para ela com aquele sorriso maléfico! Instintivamente, a menina levantou-se do acento e pulou para frente, apoiando as mãos na cabeça de Hajime, que acordou depressa:
- Cody! – exclamou ela, tentando ver o garoto.
No mesmo instante, o ônibus deu uma freada brusca e todos foram atirados para frente. Satsuki caiu violentamente em cima de Hajime, plantando uma semi-bananeira no acento do garoto e empurrando-o para baixo. Reo, que arrancara os fones de ouvido com apenas um puxão, e se virara rapidamente para ver o que havia acontecido, teve de virar o rosto para o outro lado, para fingir que não vira a calcinha da amiga, que aparecia claramente por trás da saia.
- AAAAHHHH! Mas o que é que deu em VOCÊ, mulhé! – exclamou Hajime perplexo, enquanto tentava tirar o peso de Satsuki de cima do corpo. Sem ligar para o amigo, a menina notou que a curta saia que usava havia deslizado para cima do tronco, e, tentando se ajeitar o mais rápido possível, ouviu a voz de alguém ecoar em sua cabeça:
- Satsuki, tá tudo bem! – Cody, que havia se virado, e assim como Reo, apoiava-se com os joelhos no acento, e estendia a mão para ajudar a garota a voltar à posição normal. Assim que o vira, a menina recuou um pouco o tronco, mantendo, porém, os braços em cima de Hajime, não ligando para o mesmo, que lutava para respirar embaixo dela.
- O quê foi? O quê aconteceu? – perguntava Cody desesperado, enquanto Momoko e Keiichiro olhavam para ela incrédulos e Reo ainda tentava disfarçar o fato de ter visto, por um momento, a calcinha da amiga. Satsuki olhou desesperada para a janela e de volta para Cody. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia... Apenas ficou ali, parada, olhando para o garoto, com uma cara assustada.
- Na-na-nada não... – falou finalmente. Também percebeu que estava sufocando Hajime, o qual gritava desesperado embaixo de seus braços. Voltando a si, ela rapidamente tirou-os de cima do amigo, que pôde finalmente respirar. – Me, me desculpe, Hajime. – disse ainda olhando para Cody. – Tro-tropecei...
Hey, people! Obrigada por lerem mais um capítulo de minha fic. Agradeçoaos revisadores por todas as revisões! Obrigada pelo carinho e paciência. Desejo a todos um FelizAno Novo, repleto de saúde, paz, felicidade e conquistas! Que Deus os abençoe sempre.
Afetuosamente, P. Buffay.
Gustavo: Muito obrigada pela revisão! Um Feliz Ano Novo pra você!Grande abraço.
