N. A. : Minha eterna gratidão a Jenny, a wood-elf, que foi minha parceira de crime e interpretou o Conselheiro Chefe tão bem que me apaixonei pelo personagem. Dois anos e também RPGs depois, eu pedi a Jenny permissão para transcrever as aventuras de nossos personagens para uma fic e ela permitiu, para que o Conselheiro reservado e a Elfa Silvestre pudessem finalmente alcançar o fim de sua própria Missão.
Capítulo Um: Paz frágil
'Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos'. Shakespeare.
Valfenda, Ano 2275 da Terceira Era.
O sol começava a afundar no Oeste, seus últimos raios de luz caindo sobre o topo das montanhas à distância, tornando a neve vermelha brilhante. Erestor olhou para além de Valfenda, além dos terraços e telhados de um dourado pálido. Ele sorriu. Que seja muito tempo até que a sombra do mal caia sobre o vale de Rivendell. Não mais que cem anos antes, Mithrandir cavalgou para dentro da floresta deturpada de Dol Guldur para confrontar seu mestre, cujo poder estava crescendo então. O Mestre Elrond mesmo havia procurado o conselho de Erestor na calada da noite; preocupado com a possibilidade de o Necromante ser Sauron tomando forma física novamente. Mas o Necromante havia fugido, e a Floresta das Trevas aproveitava um raro período de paz após mil anos de sofrimento.
Com passos lentos ele subiu a escada sinuosa para a mais alta torre, de onde se podia ver todo o vale. Um enorme sino de bronze estava suspenso na torre, e um machado para bater nele. Por muitos anos, foi seu dever oficialmente chamar todos para a refeição comunal, para desfrutar de boa comida e dividir as preocupações do dia e os planos para o futuro.
Levantando o pesado machado, ele bateu no sino duas vezes, e o retinir claro ecoou no vale.
Logo o som de seda em movimento encheu os corredores enquanto os habitantes de Rivendell se encaminhavam para o Salão de Refeições. Lindir passou por ele cantarolando suavemente o que parecia ser uma nova composição, e Glorfindel passou também de mãos dadas com uma Elfa da comitiva de Floresta das Trevas. Por um momento Erestor sentiu a curiosidade atiçada, e esperou que o guerreiro houvesse finalmente achado uma dama cujas graças Glorfindel buscasse. Mas não ainda. Eles discutiam com interesse as técnicas de combate desarmado, e o Vanya assegurava sua companheira de que damas podiam ser tão temíveis quanto quaisquer guerreiros do sexo masculino. Entre os Elfos, Havia pouca diferença entre as forças física de Ellith e Ellyn; ao contrário da raça dos Homens Mortais, onde o belo sexo era fisicamente mais fraco.
Erestor sacudiu sua cabeça, rindo baixinho.
O Conselheiro Chefe olhou para os dois lados antes de entrar no Corredor Oeste. O cozinheiro estava frenético com as preparações para o aniversário da Senhora Arwen, que seria em poucos dias. Mas qualquer um diria que a festa se daria na manhã seguinte pelo estado de caos organizado que havia tomado conta do vale. Servos corriam de um lado a outro comparando braças de tecidos e diferentes arranjos florais. Era um feito e tanto conseguir atravessar os corredores sem ser acostado para opinar sobre uma nova combinação de temperos ou uma nova receita de doces.
Ele tomou seu lugar ao fim da Mesa Alta e esperou pelo Senhor e Senhora de Valfenda, e também pela Senhora Arwen filha destes. Apesar de Erestor suavizar ao máximo os afazeres deles, era a família que sofria mais com a bem-intencionada devoção dos servos.Os convidados já se achavam à mesa, e os servos esperavam discretamente o começo da refeição.
Elrond entrou no salão com sua esposa Celebrían em seu braço direito e Arwen no esquerdo, e alguns artesãos os seguiam até o instante em que se sentaram à mesa. Depois de puxar a cadeira para as damas, Elrond Meio-Elfo convidou todos a comer.
"Uma benção ambígua, ter tão devotados assistentes", O Senhor de Valfenda galhofou alegremente, fazendo os convidados rirem. Erestor se aprumou em sua cadeira lançando ao amigo falsos olhares magoados. "Pois temi estar causando grande desconforto a vós todos, atrasando assim o jantar, ainda que contra a minha vontade. Por favor, não esperemos mais!"
"Eu não creio que ele estivesse falando de ti, meu amigo", Glorfindel comentou. "Sabemos todos que se tu não distraístes os servos do Senhor Elrond para ti mesmo, este jantar nunca ficaria pronto".
Erestor girou a sua taça de vinho, observando o líquido. Ele ergueu a sobrancelha na direção do nobre matador de Balrog. "Levarei isto em consideração... e não retribuirei antes do fim das festividades".
"Ele será grato por isto também", Glorfindel concedeu, solene.
"Estamos falando de um combate?" A dama ao seu lado quis saber. "Eu não creio que estaria pronta para defender-me caso os Senhores de Valfenda decidam duelar. Embora com certeza seria... instrutivo, digamos? Assistir tais duelos".
"Não duelamos, Senhora." Erestor protestou. "Apenas aperfeiçoamos as habilidades uns dos outros".
Ela gargalhou, cachos dourados chacoalhando em seus ombros. Os Elfos Silvestres eram muito mais livres em suas demonstrações de emoção que os Elfos com que Erestor convivia, mas ele achava isto uma mudança refrescante. "Não me enganarei novamente, meu senhor".
"Chame-me Erestor, por gentileza. Não sou tão empoado quanto alguns Elfos de que poderia lhe falar".Ele lançou ao amigo um olhar cheio de malícia.
"Ele fala de mim", Glorfindel disse. "Várias vezes ele me acusa de ser insuportavelmente rígido".
A dama abriu a boca como se fosse protestar, mas refreou-se, tomando um gole de vinho. "Então me chame Eámanë, pois não serei chamada Senhora se o Conselheiro Chefe está dispensando formalidade".
"Ai, tenham caridade!" Glorfindel colocou sua mão sobre o peito em um gesto dramático de desespero. "Não juntem forças contra mim".
"Não preciso de reforços contra você, meu amigo".
"Devo procurar um lugar para me esconder?" Emane perguntou, estudando os dois Elfos um em cada lado dela. "Não sou hábil o bastante para me defender caso vocês decidam esclarecer suas diferenças com uma espada. Digo, afiar as habilidades um do outro".
"Estarás bem, minha cara, desde que te lembres de chutar com bastante força —"
"Acho que ela já entendeu, Glorfindel", Erestor deu um grunhido. "Não creio que devêssemos entrar em detalhes".
"--A batata da perna do seu adversário. Mas queres saber, Erestor, a tua idéia é melhor".
O Conselheiro sacudiu a cabeça de novo, e virou-se para a dama, que já estava corando. "Não se preocupe, por favor", ele disse. "Quando pessoas tão diferentes convivem, tensões sempre aparecem. Contudo, o Senhor Glorfindel pode ser muito desleixado em suas brincadeiras... peço-lhe que não lhe dê ouvidos. Eis o resultado de vários golpes na cabeça, pobrezinho. Ele não faz por mal." Erestor parou para servir-se de uma sobremesa, um pudim com especiarias. Os cozinheiros de Valfenda haviam se superado outra vez.
"Embora, por vezes acho que um bom chute na... batata da perna... seria uma recompensa justa para seu comportamento. Agora, gostaria de um pouco de sobremesa? Ou talvez já tenha tido surpresas suficientes por uma noite?"
Eámanë silenciosamente desculpou-se por estar brincando com Glorfindel, olhando em seus olhos. Glorfindel apenas balançou os ombros e sorriu.
"Não se ofenda, meu senhor, se lhe disser que prestei mais atenção à conversa que à comida, e agora me vejo com um enorme apetite. Penso que provarei destes bolinhos de mel".
"Erestor."
"Não se ofenda... Erestor".
"Uma ótima idéia", Glorfindel disse. "A conversa aqui pode ser muito... absorvente".
Ele puxou para si um prato do meio da mesa que continha bolinhos de mel, frutas cobertas de caramelo e docinhos diversos.
"Eu acredito que você seja da comitiva da Floresta das Trevas", Erestor disse, enquanto ela escolhia alguns doces do prato que Glorfindel buscara. "Talvez não tenha ouvido ainda, mas haverá um treino aberto de arco-e-flecha amanhã. Também os espadachins sugeriram algumas aulas entre si, para comparar técnicas com nossos irmãos de outras terras. Não gostaria de comparecer, e mostrar sua perícia com o arco? Pois tenho ouvido que os Elfos da Floresta das Trevas tem uma técnica diferente da nossa aqui em Valfenda, e eu gostaria muito de ver se há verdade nisso".
"Ah, sim, estávamos discutindo isso mesmo antes... bem, antes que os senhores decidissem que estava na hora de aperfeiçoarem suas habilidades. Não posso dizer que a técnica dos Elfos da Floresta seja diferente da dos Elfos de Rivendell. Talvez você pudesse fazer as honras da casa amanhã, e então compararíamos?"
"Não sou arqueiro," Erestor disse. "Sinto dizer que nunca adquiri esta habilidade. Mas talvez eu possa mostrar-lhe uma coisa ou duas com a espada".
A face de Erestor se tornou sombria com memórias tristes, por um momento. Ele havia lutado lado a lado com os arqueiros do Reino da Floresta na Última Aliança. Tão frágeis eles tinham parecido então, tão fina a armadura que usavam. Mas sorriam, e as canções que cantavam em sua língua silvestre tinham aliviado vários corações aflitos no começo da Guerra.
Ele lembrou-se de quando seu Rei Oropher foi derrubado, irredutível por causa do orgulho, não querendo seguir as instruções de Gil-Galad. Lembrou-se da alegria após a batalha, quando a batalha de Dagorlad havia terminado e o sol brilhou claramente mais uma vez. Mas ainda mais clara tinha sido a tristeza no rosto do Alto-Rei Gil-Galad quando soube que quase dois terços do exército de Oropher havia morrido, cercados no Pântano dos Mortos, e não retornariam para casa. Mas Sauron não tinha ainda sido derrotado, e a Aliança sitiou Barad-dur por sete longos anos antes de Isildur cortar o um Anel da mão de Sauron, e nesta última batalha Elendil e Gil-galad morreram ambos.
E pensando nisso ele sorriu para Eámanë. "Eu esperarei ansioso por sua demonstração".
"AH!" Ela bateu palmas, deliciada como uma criança. Seria um dia fabuloso! Muitos dos soldados na casa de Elrond estariam mostrando sua perícia e confraternizando. Eámanë mal podia esperar pelo entretenimento. "Então está combinado".
"Tomarei isso como um desafio", Erestor disse, os olhos brilhando. Quando a dama havia terminado ele sorriu para o amigo e estendeu a mão para ela. "Já que comemos nossa quota, o que me diz de um passeio lá fora? Não, é claro, para mantê-la cansada. Não lutaria com um oponente sonolento".
"Devo avisar-te, meu amigo, de que dei a Eámanë algumas dicas", Glorfindel declarou. "Ela pode dar-te trabalho".
"Com você como professor?" Erestor perguntou, impávido.
"Não posso me atrever a dizer que estou à sua altura, Senhor. Na Floresta das Trevas também se contam as lendas da Guerra do Anel e a Última Aliança. Mas de qualquer forma, é preciso manter a honra da minha terra: serei sua oponente por alguns turnos".
"Tenhas cuidado, Eámanë", Glorfindel gritou enquanto Erestor a conduzia para o jardim, lá fora. "Ele tentará te dizer que meus conselhos não são bons, mas não acredites nele!"
N. A. : Eu vou comentando sempre que usar referências a fatos da História da Terra Média na fic, personagens, lugares e detalhes que alguém que não tenha lido o livro possa não saber; além de esclarecer alusões à História Antiga que não aparecem no SdA ou aparecem apenas nos apêndices. Como base de referência, além de O Senhor dos Anéis, do Silmarillion e O Hobbit, Eu uso muito um site chamado Encyclopaedia of Arda. Ele é bárbaro. Tem quase tudo lá. Sempre que você vir EoA nas notas de rodapé, saiba que estou me referindo a este website. Se você não tem muita paciência ou é um especialista em SdA, pule. Eu vou comentando sempre que usar referências a fatos da História da Terra Média na fic, personagens, lugares e detalhes que alguém que não tenha lido o livro possa não saber; além de esclarecer alusões à História Antiga que não aparecem no SdA ou aparecem apenas nos apêndices. Como base de referência, além de O Senhor dos Anéis, do Silmarillion e O Hobbit, Eu uso muito um site chamado . Ele é bárbaro. Tem quase tudo lá. Sempre que você vir nas notas de rodapé, saiba que estou me referindo a este website. Se você não tem muita paciência ou é um especialista em SdA, pule.
Ou leia pra me esculhambar quando eu errar alguma coisa...
1- Mithrandir é um dos cinco nomes conhecidos de Gandalf. O mago só perde pra Aragorn: Olórin; Mithrandir; Gandalf, O Cinzento; Peregrino Cinzento; Gandalf, O Branco.
2- Dol Guldur: Colina e a fortaleza construída nela, ao Sul da Floresta das Trevas, por Sauron. A princípio achava-se que o Senhor de Dol Guldur, conhecido como Necromante, era um dos Espectros. Gandalf só vai descobrir que ele é Sauron disfarcado em 2850 T.E. (uns seiscentos anos depois deste capítulo) vide N.A. capítulo quatro, ponto três, Amon Lanc.
3- Última Aliança dos Homens e dos Elfos e a Guerra do Anel: A história começa antes da Guerra do Anel do fim da Terceira Era. Portanto refiro-me a Guerra do Anel do final da Segunda Era, quando Isildur corta o Um Anel da mão de Sauron. Após Frodo, A Sociedade do Anel e a coroação de Elessar, a Guerra do Anel da Segunda Era viraria a Primeira Guerra do Anel, e a da Terceira Era a Segunda Guerra do Anel (mas muitas vezes, chamada simplesmente A Guerra do Anel). Aliás, uma das coisas que eu percebi quando estava revisando é uma pequena omissão sobre a (1a) Guerra do Anel.
A - O pessoal da Última Aliança não era só Homens e Elfos, embora fossem maioria e ela tenha ficado com esse nome. Vide EoA:
'A Aliança inteira que marchou contra Mordor parece ter consistido de mais do que meramente Elfos e Homens. Há registros de ao menos alguns Anões do povo de Durin lutando com a Aliança, e de fato'Of the Rings of Power and the Third Age' em sua descrição da Aliança e seus inimigos na Batalha de Dagorlad, nos diz'Todos os seres viventes estavam divididos naquele dia, e alguns de cada raça, até bestas e aves, eram achados em ambos os exércitos, com exceção dos Elfos' (Levado ao pé da letra, o texto faria parecer que Elendil e Gil-galad tinham orcs em seu comando, apesar de ser improvável que Tolkien tivesse essa intenção!) Apesar disso, fica claro que a Aliança consistia primariamente de Elfos e Homens.
B - A Aliança também não chegou lá e abalou. É sério. No filme a impressão que passa é que foi uma batalha cruel e rapidinha. Não. Foi um monte de batalhas, cruéis e longíssimas. A (1a) Guerra do Anel durou onze anos. Ainda segundo EoA (cara, eu amo aquele site!), embora esta informação possa ser encontrada nos Apêndices do Retorno do Rei também:
3429 T.E. – Sauron ataca Gondor e toma para si Minas Ithil. (que vai virar Minas Morgul mais adiante, uma das fortalezas do Senhor do Escuro).
3430 – formação da Última Aliança dos Elfos e dos Homens (Será que eles já sabiam que seria a última quando
nomearam-na?).
3434 - os exércitos de Sauron são derrotados na Batalha de Dagorlad. Essa foi a batalha decisiva da Guerra do Anel, e aconteceu em uma planície vasta e poeirenta diante da entrada de Mordor (Lembra do Pântano dos Mortos? Pois é. O lugar ainda estava mal-assombrado três mil anos depois. Bota energia ruim nisso!), e houve perdas pesadas em ambos os lados, embora O Lado Negro da Força tenha sido derrotado e forçado e se retirar. For nessa batalha que Oropher, pai de Thranduil, morreu junto com dois terços de seu exército. Depois de Dagorlad (que significa Planície da Batalha e passou a ser o nome daquele lugar), seguiu-se um longo sítio de sete anos a Barad-dur, durante o qual Anárion, segundo filho de Elendil e irmão de Isildur, foi assassinado à traição.
3441 – Sauron é finalmente derrotado pela Aliança. Barad-dur é destruída, mas suas fundações não; Gil-galad e Elendil morreram; os Nazgûl fogem; Isildur não destrói o Um Anel, mas o toma para si como herança de sua linhagem.
4- 'A Grande Floresta Verde' (Greenwood the Great) tornou-se a 'Floresta das Trevas' (Mirkwood) após a chegada da Sombra em 1050 da Terceira Era. Em mais ou menos 1100 T.E., os Sábios descobrem que a Sombra tem base em Dol Guldur, mas então ainda se acreditava que o Senhor de Dol Guldur, O Necromante, era um dos Espectros. Em 2060 T.E. o poder de Dol Guldur crescera a tal ponto que os Sábios começam a temer que o Necromante fosse Sauron, tomando forma física novamente. Três anos depois Gandalf vai a Dol Guldur em pessoa confrontar o Necromante, mas então Sauron já estava fortalecido e tinha feito seus planos, fugindo para o Leste. Começou então a Paz Vigilante, um período de paz para o Reino da Floresta após mais de mil anos de luta contra Dol Guldur.
Nesta fic, os Elfos Silvestres aproveitaram a ocasião para explorar o mundo além das fronteiras do Rhovannion. Apesar de em A Sociedade do Anel Celeborn declarar que há muito tempo não via seus parentes. Muitos acreditam que com isto ele declara que Legolas e ele sejam aparentados, teoria que tem até um certo respaldo canônico. Ou ele (Celeborn) poderia estar referindo-se de modo vago aos Silvestres da floresta das Trevas, que são aparentdos com os Galadhrin de Lothlórien – quando a companhia é abordada por Haldir nas bordas da Floresta Dourada, Legolas diz que os Elfos de Lórien haviam reconhecido-o como um 'parente do norte' por terem ouvido-o cantar. Mas também há quem interprete que Celeborn não havia visto Elfos da divisão Sindar (Legolas tem no mínimo um quarto de sangue Sindar por parte do avô paterno, possivelmente mais se a mãe de Thranduil também for Sinda, mas é interessante notar que ele se apresenta como Silvestre. Talvez por ter vivido toda sua vida em um reino de maioria étnica Silvestre) por muito tempo, já que os Elfos de Lothlórien eram Silvestres.
Tomei a liberdade de colocar o distanciamentodas casasélficas após o fim da Paz Vigilante, e convidar Elfos de todas as cidades e reinos élficos para a festa do aniversário de Arwen.
5- Glorfindel e a questão da cor de cabelo dos Elfos. Acabo de descobrir que a teoria do Glorfie Vanya não se sustenta, ele era mesmo Noldo. Argh. Esse erro vai ser retificado por toda a fic. As duas entradas de Glorfindel no EoA, Glorfindel de Rivendell e Glorfindel de Gondolin colocam ele como Noldo, 'possivelmente com ascendência Vanyarin'.
"Os Noldor são normalmente morenos, mas os cabelos dourados dos Vanyar foram introduzidos através de Indis, uma dama Vanya; portanto os descendentes de seus filhos Fingolfin e Finarfin às vezes tinham cabelos loiros, sugerindo que Glorfindel pode ter parentesco com esta nobre linhagem".
Até onde eu sei, todos os Elfos tem cabelos escuros, exceto: Os Vanyar, os descendentes de Indis, loiros; o povo de Nerdanel (esposa de Fëanor) e os filhos dela, que tinham cabelos em tons de vermelho, cobre ou acaju; e os descendentes/parentes de Elu Thingol. Na verdade, Thingol nasceu moreno, mas quando encontrou Melian na floresta seu cabelo clareou até um tom de prata. Celeborn, seu parente, tem cabelos prata também, e Thranduil que também é provavelmente aparentado com Thingol é loiro. Estranhamente, a filhinha Lúthien era morena. Vai entender.
Ah, Círdan tinha cabelos prateados também, mas ele era o queridinho de Ulmo. Cabelos claros são o jeito Tolkien de indicar a graça dos Valar em um indivíduo ou seus descendentes, assim como altura indica nobreza de espírito.
6- Ellith e Ellyn significa Elfas e Elfos. O singular de Elfa e de Elfo é Elleth e Ellon. Nos idiomas élficos havia uma palavra para homem e mulher, meramente referente ao sexo e pertencente a qualquer raça; e também homem e mulher da raça Mortal e dos Elfos.
Quanto a Anões (raça é hadhod, naug, naugol, nawag...), Hobbits (raça é perian) e outros... Bem, eu não sei. Provavelmente sim, mas são desconhecidos (ou não consegui encontrar).
Homens Mortais (raça) é fair, plural fîr; mulher mortal é firieth ou firiel; homen mortal é firion em Sindarin.
