Capítulo 16: As peças tomam seus lugares no tabuleiro.

'A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.' Horácio

Erestor não viu Thranduil por semanas, mas ele encontrou mais capitães da Guarda indo e vindo pelos portões de ferro do que tinha visto desde a Aliança. Tanto ele quanto Morin estavam encabulados com os olhares mal disfarçados de mágoa que recebiam, mas ao menos era conhecimento comum que eles não ajudariam por falta de meios, e não de vontade.

O conselheiro descobriu que mal podia aproveitar sua estada na exótica caverna-palácio. Tudo no lugar o inquietava. Erestor sentia falta dos espaços abertos, mas onde quer que fosse havia olhadelas de acusação muda, uma quietude e sombridade que caía tão mal nos Silvestres. Não era difícil perceber porque ficavam silenciosos quando ele estava próximo.

Surpreendentemente, era no chalé de Galiond que ele encontrava alguma paz. Eámanë estava sempre fora, em treinamento desde o nascer do sol até quase o crepúsculo, e Galiond seu pai mantinha a mesma atitude ambígua para com Erestor e Morin. Mas Gwaloth estava sempre feliz em tagarelar para passar o tempo. Através da boa artesã Erestor descobriu muito da cultura Lindar, e muitas histórias da família.

Ele concluiu que liberdade tinha sido sempre uma meta da família, compreensível considerando-se o local e a maneira como o casal criara os filhos. Conseqüentemente ambas as crianças tinham sido perfeitas pestinhas, traquinas da pior espécie durante a infância e começo da idade adulta. Era impossível não haver algum tipo de magia que permitisse gerar pessoas alegres e bem-resolvidas debaixo da Sombra, Erestor pensou, lembrando da atmosfera contente mas sedada de Imladris. Aquela senhora baixinha, falando pelos cotovelos sobre tinturas e da qualidade dos diversos drinques de Rhovannion e de ensinar a crianças e das diferenças na moda entre as casadelfos, era um tipo de feiticeira.

As manchas de tinta em seu avental, o meigo sorriso distraído que ela lhe dava sempre, e as inúmeras questões que Gwaloth fazia sobre assuntos aparentemente sem relação alguma, fizeram com que ele sentisse uma onda de afeição. Mas Erestor se recusava a analisar o fato.

Ele não era um Elfo completamente degenerado, e até mesmo o reservado Erestor de Valfenda podia fazer alguns amigos novos.

Em uma tarde assim, o Rei Élfico o mandou chamar. Erestor o encontrou no gabinete real, estudando mapas com Morin, o capitão Laedhel e dois outros Elfos louros que ele não reconheceu.

"Oh, Mestre Erestor! Esperávamos por ti."

Havia apenas a mais leve insinuação de reprimenda no tom de Thranduil. Morin, como sempre, manteve sua mascara de indiferença, como se nada que acontecia fosse de seu interesse.

"Sinto muitíssimo, meu senhor. Vim assim que recebi sua mensagem."

"Não importa," Thranduil disse. Ele indicou que Erestor devia aproximar-se e mostrou as finas linhas de lápis no mapa. "Estou mandando um batalhão para o sul. Farão maior dano possível antes de voltarmos para o Norte, matando quantas aranhas puderem a caminho de casa."

Erestor pensou por um minuto. "Está certo que provocar o inimigo é uma estratégia sensata? Pareceu-me que não tinha meios de enfrentar Dol Guldur ainda, meu senhor."

Os Elfos ficaram em silêncio, e Thranduil encarou Erestor longamente. O conselheiro não se abalou, e respondeu aquela fúria fria com sua própria calma imperturbável.

Erestor era bom nisso. Afinal, ele havia enfrentado um Elrond enfurecido algumas vezes.

Inesperadamente, Thranduil abriu um discreto sorriso. "Temos alguns truques ainda," ele disse. "E, como não vamo-nos multiplicar miraculosamente nos anos vindouros, é melhor que usemos os meios que temos do melhor modo possível. A Sombra retornou com força em demasia para ser deixada em paz. Devemos fazer por onde não se fortaleça mais ainda."

"Faz sentido," Erestor concordou amigavelmente. Algum sentido, pelo menos. "Mas não vi ainda que parte o senhor reservou para que façamos. Tenho certeza de que há uma."

"Aquela sabedoria começa a aparecer," Thranduil respondeu. Ele parecia quase... feliz. Deve ter recebido boas novas, Erestor pensou. E este é um pensamento reconfortante.

O Rei Élfico continuou. "Se aceitar esta missão, eu os enviarei com o batalhão. Eles o deixarão nas bordas da floresta, conforme sua capacidade, o mais longe possível; de lá deverão ter caminho fácil até a Floresta Dourada. Eu deixá-los-ei responsáveis por levar a meu parente Celeborn o Sábio uma mensagem minha, referente a esta ameaça que nos é comum. De lá a estrada para Imladris é muito mais segura. O que me dizem?"

Erestor encarou Morin, que estava ainda com sua máscara blasé. Como responder ao Rei Élfico? Era sua única dúvida. Thranduil era sábio. Ele estava se aproveitando de dois experientes guerreiros Noldor em suas terras, usando a desculpa de escoltá-los para casa. Erestor teria que passar por tudo que os guardas Silvestres passavam, o que arruinaria quaisquer julgamentos imparciais que pudesse ter, não por força mas com tal gentil persuasão que o conselheiro tinha de admirá-lo por isso. E Erestor aprenderia todas as carências da Guarda Silvestre na pele, sabendo que em breve Eámanë estaria entre eles em alguma destas missões, antes de chegar à Floresta Dourada para advogar a causa Silvestre diante de Celeborn.

Lembrando o encontro anterior, Erestor escolheu a franqueza mais uma vez. "O rei é muito astuto, digo eu." Ele observou, sem surpresa, que o rei mostrava-se divertido."Será como deseja."

"Assim pensei eu. Deixe-me apresentar-te Enedhûre, meu primogênito, e Legolas, o meu filho caçula." Ele apontou cada Ellon ao dizer seu nome, ambos tão parecidos consigo que Erestor teve de se controlar para não bater sua cabeça em algo sólido até que a inconsciência o tomasse ou sua sanidade voltasse. Como pudera não se aperceber dos laços familiares antes? "Legolas liderará os Elfos nesta missão. Talvez devessem passar algum tempo juntos antes de partir."

Os príncipes fizeram uma leve referência para Erestor. Mas Legolas foi quem atravessou a sala com o mapa, como se Erestor necessitasse tê-lo perto para ver os símbolos. "Podemos deixá-los nas bordas da floresta bem aqui." Ele tocou o ponto com um dedo delgado que ostentava calos quase imperceptíveis. Um guerreiro, Erestor percebeu, apesar da forma física dele ser mais delicada que a usual. Pelo modo casual com que falava, apontando os lugares no mapa, o príncipe era mais do que aparentava.

"As Montanhas Sombrias estão quase totalmente tomadas, eu diria," Erestor disse, mostrando o lugar onde encontrara orcs e Hallatir morrera. "Em verdade, os vimos apenas do lado oeste das montanhas, mas poderiam atravessá-las com facilidade."

"Enedhûre acha isto também." Legolas lançou um olhar afetuoso ao irmão mais velho. "Se formos abençoados, nosso povo atacará suas tocas antes do final deste ano."

O príncipe herdeiro deu um passo à frente. "Mas se os eventos na ocorrerem como planejamos, focaremos nossas forças contra Dol Guldur, e lutaremos contra os orcs das Montanhas apenas quando invadirem nosso território. O sul é nossa maior ameaça, e nossa prioridade."

"Uma coisa de cada vez," Morin falou.

"Exatamente," Enedhûre concordou. "Não podemos fazer diferente."

"Quando partiremos?" Erestor perguntou.

"Com a próxima lua cheia,"Thranduil respondeu. "Talvez depois, dependendo do tempo. Estamos no inverno, e eu preferiria que fossem quando a primavera estiver mais próxima."

Morin teve a primeira expressão perceptível da tarde - assombro. "Mas o frio não nos afetará."

Legolas enrolou os mapas com cuidado e os guardou em uma caixa cilíndrica. "Não, mas as árvores estão distorcidas e envenenadas perto da Fortaleza, e agora provêem pouca cobertura. Quando chegar a primavera haverá algum verde, e isto nos convém."

Erestor ficou vermelho. Ele havia visto as árvores com copa rica e densa em seu caminho pela floresta. Ele abriu a boca para falar, pensou melhor e calou-se, para depois olhar para Morin num apelo mudo.

Legolas inclinou-se, parecendo um pouco com Eámanë quando ela o provocou à mesa na noite em que se conheceram, e sussurrou com a mesma confiança atrevida, "elas não perdem as folhas completamente perto do nosso povo."

Erestor balançou a cabeça, e muito sabiamente manteve-se calado.

"Poderia ter sido pior," Morin comentou dias depois, enquanto ambos observavam os iniciantes treinando. Antes que quinze dias se passassem Eámanë já tinha seis colegas mulheres em sua classe. Um fenômeno que poderia ter algo a ver com o fato de que ela conseguia desarmar o professor de luta de espadas, com alguma dificuldade.

Depois de treinar com Glorfindel, achar um oponente que apresentasse um desafio real ficara difícil.

As lições de arco e flecha acontecendo diante dos curiosos Elfos do vale era algo diferente. O Mestre Ethir ordenou que os alunos iniciantes atirassem em alvos que eram puxados de um lado a outro através de cordas finas, enquanto corriam através do campo, desviando-se e lutando contra os alunos mais avançados. Era o mais próximo a um combate real que se podia chegar dentro da segurança da Corte. Os novatos começaram o exercício unidos, em formação de ponta-de-lança. Mas quando os atacantes pressionaram, a formação fraquejou e sumiu.

"Definitivamente, uma técnica diferente," Erestor falou, aéreo. "São muito bons. Ao menos, é o que parece aos meus olhos destreinados."

Morin deu uma olhada azeda na direção do conselheiro, depois sacudiu a cabeça e voltou sua atenção ao exercício.

"Falei com os mestres ferreiros, mas além de testar seu trabalho não sou de valia alguma para eles. Se estivéssemos lidando com carpintaria, poderia ajudar, mas a forja não é minha área de conhecimento."

Erestor suspirou, e soltou um gemido fraco ao ver uma Elleth morena ser agarrada por um Ellon muito maior que ela, e jogada ao chão. Ela provavelmente 'morreria', tendo sido capturada por um 'orc'. Erestor tentou lembrar-se do nome da donzela... Ilverin... Ithiliel... algo assim. "Nunca compartilhei o amor dos meus compatriotas por metalurgia. Sinto, mas não poderei ser de valia também."

A morena empurrou o Ellon alguns centímetros acima do corpo dela com a palma da mão pressionada contra o pomo-de-adão dele, e atingiu-o no peito com uma faca sem corte. Ela estava 'morrendo', mas aquele 'orc' também não mataria mais ninguém. O Ellon levantou-se, massageando a garganta, e ofereceu sua mão para ajudar a amiga a se levantar, e depois colocou a mão dela em seu braço e a escoltou galantemente até a área onde os alunos desclassificados assistiam o resto do jogo com os mestres.

"Que pena," Morin disse.

Eles continuaram a assistir enquanto mais e mais alunos deixavam a quadra. Apenas alguns dos alvos não tinham seus centros atingidos com flechas, e Mestre Ethir gritou para que as cordas fossem puxadas mais rapidamente. Eámanë tinha alguma dificuldade em mirar em movimento, e Erestor notou que ela não era das melhores do grupo. Até mesmo os alunos mais novos tinham melhor domínio do arco. Mas, teimosa até a alma, Eámanë tinha unido forcas com um Ellon desde o início do exercício, e passava a maior parte do tempo guardando sua retaguarda com um par de facas longas. Mais de uma vez ela abandonou a sutileza e derrubou o oponente com um chute bem-colocado antes de desclassificá-lo usando as facas cegas, enquanto seu parceiro seguia em frente atirando flechas com uma velocidade e perfeição impressionantes nos alvos móveis.

Meia hora depois Himind declarou que o jogo estava acabado, e chamou os estudantes para junto dos mestres. Ethir, Laedhel e Maecheneb ficaram de pé no centro do círculo, enquanto os alunos sentavam no chão.

"Trinta e uma baixas," Himind contou os alunos iniciantes desclassificados. "Não podemos perder todos estes soldados. Há alguém que saiba porque tantos guardas morreram hoje?"

A morena que Erestor observara ergueu a mão, e Mestre Ethir deu-lhe permissão para falar. "Não nos defendemos contra o inimigo eficientemente?"

"Estás correta, mas eu necessito de uma resposta mais clara que esta, Imloth. Alguém sabe, exatamente, porque a defesa caiu?"

Imloth! Erestor pensou. Eis o nome. O parceiro de Eámanë levantou a mão. "Estávamos preocupados demais em acertar os alvos moveis para prestar atenção nos inimigos."

"Não tu, Ivreno, tinhas uma guarda-costas." Máster Himind encarou Eámanë com um olhar inflexível e fulminante. "Pensei que tivéssemos concordado em trabalhar tua perícia no arco?"

Eámanë aceitou a esparrela com o mais leve sinal de mágoa. "Sim, Mestre."

"A idéia em si não era má. Mas não poderiam ao menos ter trocado de papéis algumas vezes? Precisarás mais que perícia em corpo-a-corpo no serviço ativo, Eámanë."

"Sim, Mestre, eu lembrarei."

Himind balançou a cabeça. "Para teu próprio bem, espero que sim."

"Alguém mais?" Ethir interrompeu com suavidade. Um ellon baixinho e Delgado pediu permissão para responder. "Sim, Uthenid?"

"Abandonamos a formação, Mestre."

Maecheneb sorriu e falou pela primeira vez. "Em batalha, devem fazer o possível para manter-se ao plano, embora improvisação talvez venha a ser necessária. Em verdade, quando a luta começa, é certo que algo inesperado aconteça. Então devem adaptar o plano, não abandonar totalmente a estratégia. O que eu vi hoje foi um grupo de mais de sessenta guerreiros que lutaram sozinhos, cada um e todos eles, até mesmo os que incidentalmente se aliaram a um colega. Devem aprender a antecipar e prover as necessidades de seus companheiros, a agir como uma só mente em vários corpos. Até então, dispersar-se-ão, e serão presa fácil para seus inimigos. A classe está dispensada."

Laedhel chamou os outros mestres de lado para discutir alguma coisa, e os estudantes começaram a avaliar suas ações, discutindo entre si.

"Não, não, não e não! Ah, você não vai mesmo!" Eámanë gritou, furiosa, respondendo a algo que um de seus colegas havia dito.

"Mas você falhou!" O Ellon tentou de novo.

Eámanë deu-lhe um olhar tão venenoso que até Erestor, de seu ponto de observação a metros de distância, ficou alerta. "Eu não falhei. Eu sobrevivi o jogo todo, e matei tantos inimigos quanto os alunos mais avançados. Então não enche."

Ela afastou-se dos amigos andando tão rápido que estava quase correndo, parou para tomar um gole de água do barril colocado no canto, e aproximou-se dos amigos de Imladris. "Podemos ir, por favor?"

Morin tomou-lhe a mão e a colocou em seu braço, o engraçadinho metido a galã. Erestor fez cara feia e sutilmente posicionou-se entre eles. Morin simplesmente colocou a mão de Eámanë no braço de Erestor.

Eámanë estava tão irada que mal notou a interação entre os Noldor. "Aquele arrogante... aquela mula!" A donzela bateu o pé no chão, com força. "Trapaceiro, metido... Argh!"

"Devo entender que o Ellon estava sendo impróprio?" Morin perguntou, todo tato.

"Impróprio?" Eámanë grunhiu, sem notar o desconforto de Erestor. "O tolo pensa que eu não consigo atravessar o campo. Eu lhe disse que estaria de pé ao fim do exercício, mas ele não me acreditou, então fizemos uma aposta. Diga-se de passagem, que não fui eu quem foi desclassificado aos vinte minutos." Ela sorriu, como um lobo sorriria ao derrubar a caça. "Eu contei. Agora ele se recusa a pagar porque Mestre Himind me corrigiu. O que importa? Eu estava de pé no fim do jogo, e eu atravessei o campo, então eu ganhei a aposta."

"É justo," Erestor interrompeu antes que Eámanë ficasse ainda mais agitada com o contar da história. "O que ganhou?"

"Um garanhão."

Erestor não conseguiu esconder o choque.

"Eu disse que ele achou que eu não conseguiria."

Erestor achou melhor não saber o que ela teria de pagar se perdesse a aposta.


A.N.: Olha que meigo! Os ensaios estão virando resuminhos! Agora, notícia ruim: acabaram-se os capítulos que eu tenho no forno. talvez demore uns dez dias pra eu escrever mais alguns, porque agora eu estou meio enrolada, mas não estressem que chega.

1- Através da boa artesã Erestor descobriu muito da cultura Lindar, e muitas histórias da família. - A princípio, os Nandor em geral não escreviam em sua própria língua e preferiam escrever em Sindarin, e assim o Sindarin tornou-se a língua élfica oficial, com apenas algumas diferenças de uso entre os reinos mais isolados já que linguagem é uma coisa viva e muda sempre. Nesta fic, a Língua Verde existe e predomina no dia-a-dia dos Elfos Silvestres, e a língua Sindarin é reservada a ocasiões especiais ou de cerimônia, e ao tratamento com culturas 'estrangeiras'. Entretanto eu acho, como já disse antes, muito mais da cultura e tradição dos povos élficos deviam passar através da tradição oral, de contos e canções do que dos livros, devido à dificuldade em produzir papel na época e tudo o mais.

2- Thranduil e O Plano – Oras, vocês não acharam mesmo que o Rei ia dormir o ponto, acharam? Além do mais, a distância entre Lóthlorien e Dol Guldur é relativamente pequena (Eu particularmente acho que Sauron atacou os Silvestres, e não os Galadhrim, só por causa do Anel da Galadriel mesmo), sendo mais fácil para dois guerreiros élficos passarem em grande velocidade sem serem assassinados no caminho. Da Floresta Dourada, Erestor e Morin podem escolher entre pedir uma escolta decente e ir para Imladris através do Passo Vermelho, ou pegarem o caminho mais longo contornando as Montanhas passando por Roham.

3- Dol Guldur versus Montanhas Sombrias -"Mas se os eventos na ocorrerem como planejamos, focaremos nossas forças contra Dol Guldur, e lutaremos contra os orcs das Montanhas apenas quando invadirem nosso território. O sul é nossa maior ameaça, e nossa prioridade." Curiosidade da autora: alguém mais além de mim achou estranho que nem os Silvestres, nem os Galadhrim nunca fizeram campanha contra os orcs de Moria (Antes da Guerra do Anel, claro)? Vá lá, Celeborn sabia que o balrog tava lá, e talvez tenha passado o rádio pro primo-em-sabe-deus-que-grau Thranduil. Muita falta de sorte que o demônio de fogo estava dando cobertura pra aquele monte de orcs se multiplicando bem na esquina dos reinos deles, não acham?

4- Camuflagem em Dol Guldur -"Não, mas as árvores estão distorcidas e envenenadas perto da Fortaleza, e agora provêem pouca cobertura. Quando chegar a primavera haverá algum verde, e isto nos convém." Recapitulando: Em A Sociedade do Anel, Legolas diz no Conselho de Elrond: "e a Floresta das Trevas é um lugar maligno, exceto onde nosso reinado está sendo mantido".

É bem mais fácil para os Elfos, especialmente os macaquinhos Elfos Silvestres sempre se penduricando nas copas, se camuflar nas folhagens que se esconder atrás de troncos nus, não acham?

Na área de Dol Guldur, as árvores estavam realmente distorcidas, e suas almas corrompidas tinham uma 'vibração' ruim. Eu não me lembro da referência exata agora, quando lembrar eu coloco aqui, tá legal?

Nomes: (Sindarin)

Enedhûre – coração-de-fogo. Ethir – estuário. Maecheneb - Sindarin, olhos aguçados. Laedhel - Elfo aguçado. Himind - Alma constante, firme. Ivrino –cristalino Imloth – vale de flores