De repente do riso, fez-se o pranto

Autora: Katys

Nota de Autora: É! Resolvi fazer uma fic pequenininha! Rss... Na verdade, eu fiz essa história para minha aula de Redação, mas eu achei tão D/G que resolvi adaptar ela para um fic! O poema que está logo a baixo, é de autoria de uma amiga minha: Thaís P.. Então não pode usar sem autorização, hein!? O título, foi tirado de um poema de Vinícius de Morais, o nome é Soneto de Separação. Quem quiser que eu mande o poema, eu mando! É só me passar o e-mail! E quem não leu, minha fic, Assassina de Aluguel, dá uma lidinha! Por favor!! Ah, e pessoal: Comenta!!!! Rss... Sério! Eu preciso saber o que vocês acharam da minha historinha e do poema! Bjs! E, como sempre:Bom Apetite!

Se todos tivessem seu sorriso

Se todos tivessem seu beijo

Se todos tivessem sua beleza

Se todos tivessem seu cheiro

Apagariam minha tristeza

Se todos fossem tão carinhosos

Se todos fossem tão gentis

Eu sentiria nos seus olhos que

Se todos fossem iguais a você

Com você eternamente iria viver

"Estávamos bem... estávamos felizes e isso me assustava...Porque me perguntava a todo momento: Por quanto tempo?"

Gina estava com seus 80 anos. Agora, seus antes cabelos ruivos, estavam quase completamente brancos. Seu rosto tão bonito e delicado, mostrava a sabedoria que a idade trazia... Até os seus grandes olhos cor de chocolate haviam mudado. Outrora eles brilhavam sempre de ingenuidade e felicidade, mas agora mostravam serenidade e tristeza...

Ela releu o que havia acabado de escreve com lágrimas no olhos. Deu um profundo suspiro, puxando da alma, energia para continuar, o já seu, grosso livro. Sabia que não teria mais muito tempo de vida, afinal, já estava muito velha.

Olhou para o ponto que havia parado e com mais um longo suspiro continuou escrevendo, com lágrimas correndo livremente pelo seu rosto, molhando por fim a folha.

"Iríamos nos casar em um mês. Meu vestido estava quase pronto. E devo confessar que fiquei linda nele. É tudo tão mais fácil quando estamos com vinte e poucos anos, não?

Lembro-me como se fosse ontem... Harry chegando com os olhos cheio de pesar e pena, enquanto eu conversava e ria com minha amiga costureira. Que no momento, fazia os retoques no grande vestido branco.

Quando notei a tristeza nos olhos do meu grande amigo, pressentir que algo havia corrido com Draco...

Depois disso as lembranças são poucas e confusas... Lembro-me de Harry falando que Draco havia sido vítima de uma emboscada dos comensais, querendo vingança por ele ficar do nosso lado na guerra, enquanto Draco olhava os móveis para a casa que íamos morar... E que não havia sobrevivido...

Ainda me lembro de ter chorado como jamais chorei. Meu pranto era ouvido por quem passasse pela loja. Harry me disse mais tarde, que pessoas paravam para tentar me ajudar, mas que ele as afastava, por respeito a minha dor...

Mas, com o tempo, tudo foi se acalmando e minha dor amenizando. Eu e Harry ficamos mais unidos. Ele me ajudou e com o tempo, acabou me conquistando. Não como Draco, porque amor verdadeiro só se vive uma vez, mas não deixa de ser amor. Um amor mais calmo e sereno, sem tanta paixão, como o amor que sentia por Draco. Nos casamos depois de pouco mais de 6 anos. Logo depois, todos os comensais culpados pela morte de Draco foram presos... O casamento entre eu e Harry dura até hoje... e posso dizer que, até estamos felizes. Eu sei que a vida continua."

- Vovó!!!- chamou um jovem de 25 anos, apreensivo- Vai nascer! Meu filho vai nascer!

Gina, ao ouvir seu neto, sorriu genuinamente. E enxugando as lágrimas, disse com uma voz serena e calma, virando-se para a porta do escritório que estava:

- Se acalme querido. Não adianta ficar nervoso. Já estou indo, deixa só eu terminar de escrever isso. Vai ser rápido, prometo.

O rapaz, já conhecendo a calma e sabedoria de sua avó, sorriu mais tranqüilo e entrou no escritório, sentando ao lado dela. E afagando os cabelos da avó com carinho e admiração, perguntou:

- É o seu livro?

- É sim, Davi... já estou na última parte.- virou para o neto, e segurou sua mão carinhosamente, enquanto olhava para o livro e continuava a escreve-lo com a outra mão.

"Como eu escrevi, a vida continua... Mas existe um frase que gostaria de terminar esse livro. Sobre o dia que Draco me deixou. É de um grande poeta trouxa brasileiro, Vinícius de Moraes:

De repente do riso, fez-se o pranto."

FIM