Me espreguicei. Estive animado toda a noite. Poderia parecer anormal, mas eu estava mais feliz que o normal. Talvez fosse o efeito do sakê que Miroku me deu. Durante a festa, ele havia me dado uma garrafa. Sim, ele tinha um bom coração com uma criança inocente como eu. Eu nunca havia ganhado uma garrafa de sakê de ninguém. Sabe o que é ninguém? Talvez seja por que eu sou uma criança ainda. Mas realmente, odeio que me chamem de criança.
Logo depois que bebi o sagrado liquido, que por sinal tinha um gosto ótimo, senti uma vontade louca de sair andando por onde quer que fosse. E realmente fiz isso. Acho que só lembrei um pouco das coisas. Por exemplo, o fato de Inuyasha e Kagome terem praticamente se agarrado durante algum tempo. Sim, ele o fizeram depois de beber uma quantia considerável de sakê. Eu ri. Além do fato... De eu ter dormindo com um... Um... Nabo! Bom... Durante aquela noite, eu encontrei o sr. Nabo e ele falou comigo. Disse que precisava de um lar. E de alguém, eu me toquei com a história e...
Epa, não me lembro de mais nada. Talvez fosse pelo fato de que o sakê deve ter feito algum efeito durante esse tempo. Isso faz com que eu gele, só de pensar no que posso ter feito. Mas o que uma criança inocente como eu pode ter feito? Roubado um doce? Mexido em alguma coisa e deixado fora do lugar? Queimado alguma coisa? Todas essas perguntas fazem minha mente rodar até o momento. Estou tonto, cansado e ainda agarrado ao Naboles, sim, e ele olhou acusadoramente para mim. Era como se ele realmente tivesse vida. Joguei o longe. E era como se lentamente ele mudasse de expressão.
Me afastei mais dele, me encostando em alguma coisa... Ou melhor alguém. Sango estava quase nua. As poucas roupas que vestia... Realmente, poucas e curtas demais, mas do que as roupas de Kagome. Estava realmente assustado com aquilo. Nunca esperei que as duas pudessem ficar daquela forma e ... Epa!
O que o Miroku ta fazendo com aquelas roupas? Ele está simplesmente... Com todas as suas atenções, numas estranhas e pequenas peças de roupa coloridas e rendadas. E ainda... sim, o nariz dele deixava escorrer uma enorme quantia de sangue. Acho que nada havia me assustado tanto em tão pouco tempo. Prendi minha atenção nele por algum tempo. Até ver Sango se remexer novamente e ver Naboles do meu lado.
Não, ele veio me assustar novamente. Comecei a correr em círculos. Por que o maldito nabo tinha que me perseguir? Por que eu o trouxe para cá? Tombei ao ver Sango se levantando, com um olhar desanimado e curioso, perguntando a si mesma o que havia feito.
Acho que era a pergunta que todos faziam a si mesmos no momento. E eles pareciam muito mais preocupados do que eu. Bom... Eu esperava que sim. E por um tempo que não. Quem estaria mais confuso ali?
