Todos já estavam menos alterados. Haviam se acalmado. Havia juntado as histórias aos poucos. Na irreal esperança de descobrirem o que haviam feito. Dito e feito, cada um depois de se arrumar e arrumar a pequena bagunça que havia feito tentaram juntar as histórias. Cada um contado as poucas coisas que lembravam. Entre todas as cinco diferentes versões pequenas peças de quebra cabeça foram se juntando. Recriando a 'real' história.
- Tem certeza que foi realmente assim? – Kagome perguntou preocupada.
- Tem uma explicação melhor? – Miroku não parecia perturbado. Mas sabia que mais tarde apanharia.
Quem lhes poderia dar uma resposta melhor que essa? Quem fora o único ser presente que não bebera além de Naboles? A resposta apareceu pouco tempo depois, postada na entrada do casebre.
- Algum problema? – Kaede perguntou.
- Sabe nos dizer o que aconteceu aqui, vovó Kaede? – Shippou pulou no colo da velha senhora, que riu.
- Acho que vocês já sabem o que aconteceu. Está tudo correto. Cada parte, cada garrafa de sakê, cada lembrança de vocês. – A senhora riu animada, enquanto os demais pareciam... Se sentirem envergonhados com a situação. A não ser por Miroku.
- Então, a senhora acompanhou tudo que fizemos? – A exterminadora agora vestida, perguntou.
A velha balançou a cabeça, contendo o riso. Shippou pareceu se divertir com a idéia.
- Então, vovó, você sabe que Miroku me deu sakê? – Shippou disse animado.
- Ah claro. Eu sempre soube. A idéia inicial da festa foi minha. Passei ela para Miroku, que aceitou sem hesitar.
Todos os olhares se direcionaram para o jovem monge, que aos poucos se encolheu. Parecia estar sumindo ao olhares do grupo. Kaede e Shippou pareciam animados com a brincadeira e riram. Kagome, Inuyasha e Sango, ainda lançavam olhares de repulsa ao monge.
- Como ousa? – O hanyou vociferou.
- Estávamos precisando descansar e nada melhor que uma festa.
Inuyasha revirou os olhos, como poderia não esperar uma resposta daquelas do monge?
- Ok, não vou te punir. – Miroku viu o brilho dos olhos do hanyou. E preparado correu o mais rápido que pode.
- Corra monge, corra enquanto tem vida. – O hanyou saiu logo atrás preparado para descontar todo o nervosismo e curiosidade. Como já era esperado, foi sozinho pronto para matar o monge Miroku.
Enquanto, os demais preferiram rir animados da estranha perseguição. Estava aberta a caça ao monge Miroku. A estranha caça de monges.
