Capítulo VIII
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In the dark of night
By my side
In the dark of night
By my side
I wish you were
I wish you were
Na escuridão da noite
Ao meu lado
Na escuridão da noite
Ao meu lado
Eu gostaria que você estivesse
Eu gostaria que você estivesse
In the dark of night
By my side
In the dark of night
By my side
I wish you were
I wish you were
Na escuridão da noite
Ao meu lado
Na escuridão da noite
Ao meu lado
Eu gostaria que você estivesse
Eu gostaria que você estivesse
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Aquilo não podia ser verdade. Era tudo um grande pesadelo, logo ela acordaria e tudo estaria bem. Ora, a quem estava tentando enganar? Seu avô estava morto, ela estava sozinha no mundo. Que direção tomar agora? Que caminho seguir? Nada fazia mais sentido, tudo que Petra queria era poder se desligar de tudo, sumir daquele lugar horrível, daquele cemitério frio e tenebroso. Nem as pessoas ao seu lado importavam mais, era como se o céu fosse feito de trevas e seu mundo nunca mais visse a luz.
Por pura inércia (e muita insistência de Atena), a jovem voltou ao Santuário. Ficaria na sala do Grande Mestre, a deusa fazia questão de dar-lhe apoio e conforto em uma noite que com certeza seria muito difícil. Subindo, ou melhor, sendo conduzida por Atena e Saga (Afrodite e Seya os acompanhavam) pelas escadarias das doze casas, ela recebia os pêsames de todos os cavaleiros de ouro, amazonas e serviçais que se encontravam pelo caminho. Mas não ouvia nada, seus gestos eram todos automáticos.
Quando passaram pela casa de Capricórnio, Shura não conteve suas emoções e ímpetos e a abraçou. Adrian cumprimentou-a tentando transparecer pesar, mas Afrodite não deixou de perceber a frieza no olhar do rapaz. Petra nada notou, seu olhar estava vazio, perdido e sem o brilho que costumava ter.
Ao adentrar a sala do Grande Mestre, onde foi recebida por Shion, a jovem deixou-se levar até o quarto que ocuparia, até para se sentar sobre a cama precisou da ajuda de Saga, que ajeitou alguns travesseiros para que pudesse ficar mais confortável. O cavaleiro sentia uma dor terrível por vê-la daquele jeito, se amaldiçoava por não saber o que fazer para ajudá-la.
-Acho que ela precisa de um momento sozinha... - comentou Shion e Atena concordou. Desde o acontecido, Petra não tinha tido a oportunidade de descansar. Chamando Seya e Saga com um gesto, a deusa se retirou do quarto.
O cavaleiro de Gêmeos ia fazer o mesmo, mas a mão de Petra o deteve. Era seu primeiro gesto voluntário desde a notícia da morte do avô, a primeira vez que ela esboçava alguma reação. A deusa entendeu o que aquilo significava e Seya fechou a porta do quarto, deixando-os sozinhos. Saga sentou-se sobre a cama, Petra não soltava de sua mão.
Então, sem se conter, Petra abraçou Saga, deixando que suas lágrimas voltassem com toda força. O cavaleiro a envolveu em seu abraço, beijando os cabelos macios da jovem, dizendo palavras de conforto em seu ouvido. Com um fio quase inaudível de voz, ela falou, depois de um dia inteiro sem pronunciar uma única palavra.
-Eu tenho medo, Saga... Eu não quero ficar sozinha, não quero...
-Eu não vou te deixar sozinha, Petra... Eu juro...
-Saga...
Petra apertou sua cabeça contra o peito do cavaleiro, sentiu-se protegida e confortada. Saga intensificou o abraço, precisava mostrar a ela que nunca a deixaria sozinha, que estaria sempre por perto para protegê-la. E também para amá-la... Sim, era isso o que sentia por aquela bela criatura. Ele, que não se julgava no direito de amar um dia, estava apaixonado por Petra. E sabia que era correspondido.
-Petra...
Ele levantou o rosto molhado pelas lágrimas e a beijou, ternamente. Um beijo sem pressa, sem malícia, apenas carinhoso. Um beijo que selaria o destino de ambos. Um destino que, dali em diante, ganharia contornos trágicos...
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Enquanto o beijo acontecia, um cosmo começou a tomar conta do corpo de Petra. Uma energia rosada e repleta de amor, quente como fogo, cheia de desejo. Era tão quente que o beijo, por parte da jovem, acabou se intensificando, ganhando ares mais sensuais, cheios de volúpia e muito desejo.
Surpreso, Saga a soltou e viu, estarrecido, os olhos castanhos de Petra brilharem em cor-de-rosa, um brilho sensual e, ao mesmo tempo, terno. Não era a mesma Petra, tinha certeza.
-Eu lhe disse que voltaria um dia...
O tom de voz era diferente, mais grave e sibilado. "Eu já ouvi alguém falar assim antes...". De súbito, o cavaleiro lembrou-se de suas memórias passadas, que vinham em seus sonhos constantemente nos últimos dias. Aquele olhos castanhos, o brilho diferente que havia neles agora... Eram os mesmo olhinhos daquela menina, há mais de dez anos atrás.
-Você é a menina... A menina da rosa...
-Eu não... Petra é... Você sabe bem quem sou eu, disse que me esperaria...
O cosmo que emanava do corpo de Petra o envolveu, provocando reações diversas em seu corpo. E a maior delas acontecia em sua alma, em um canto obscuro que julgava lacrado para todo o sempre, um lugar onde depositava seu pior inimigo, o culpado por toda a desgraça que vivera no passado. O cosmo entrava por seu corpo, chegava até aquele canto escuro.
Com um grito de dor, Saga soltou-se de Petra, levando as mãos à cabeça. "Isso não pode estar acontecendo... Ele não pode... Não pode me dominar... Não pode...". Porém, não havia como lutar contra aquilo, estava além de suas forças. O cosmo de Petra clamava pela presença dele, era uma questão de instantes até ele assumir seu corpo.
De repente, o grito morreu na garganta de Saga, assim como as dores desapareceram de seu corpo. Erguendo sua cabeça, encarando a jovem que assistia a tudo, impassível sobre cama, ele sorriu. Seus olhos outrora azuis profundos, eram agora de um vermelho tão intenso quanto o sangue. E seus longos cabelos mudaram de cor, passando do azul para o branco.
-Parece que cumpriu sua promessa, minha deusa... - ele disse para a jovem, puxando para junto de si, beijando-a com tanto desejo que o ar em volta se tornou rarefeito, a volúpia tomando conta de seus corpos. Sem pensar duas vezes, ele a jogou sobre a cama, sentou-se sobre suas pernas, rasgando-lhe a roupa, tomando-lhe os seios com as mãos e boca, dizendo-lhe palavras proibidas e excitantes nos ouvidos.
A tensão era tanta, o calor tão atordoante que as janelas do quarto se embaçaram, os lençóis foram literalmente arrancados da cama, os corpos suavam em bicas. Pareciam até dois amantes que há séculos não se amavam, tinham necessidade urgente naquela transa.
Séculos talvez não. Mas milênios, isso com toda certeza...
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Um raio cortou o céu sobre o templo em ruínas, indo cair diretamente sobre o centro do chão de mármore, diante do homem quem mancava enquanto caminhava em volta de uma espécie de mesa, feita de pedra bruta. Era o sinal que tanto esperava, finalmente suas ambições se tornariam realidade.
-Sim, eu posso sentir... O seu cosmo se manifesta de forma aterradora! Finalmente você está liberta sobre a Terra, minha deusa... Eu poderei me vingar de toda a humilhação, toda vergonha que me fez passar diante dos nossos! A sua hora chegou, sua vadia!
-Isso é incrível! Estão sentindo a força de nosso mestre sobre este lugar? - questionou Edward, sentindo as paredes e o chão do templo se aquecerem e um rio de lava e fogo formar-se em torno da colina.
-Claro que sinto! Está na hora, amigos! Assim que o dia raiar, ela estará aqui...
-Será que nosso mestre deixaria a gente se divertir um pouquinho com ela? Uma mulher tão linda, imaginem só ter uma dessas na minha cama!
-Credo, que falta de senso, Heiner! Estamos falando da esposa de nosso mestre, seu depravado!
-Depravado? Ora, não sou eu que vivo me engraçando com outros por aí!
-Amigos, amigos... Não vão querer estragar a festa de nosso mestre com essa briga idiota, não é mesmo? - Tristão se colocou entre Edward e Heiner, antes que os cosmos explodissem de raiva.
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No one knows what its like
To be
mistreated
To be defeated
Behind blue eyes
Ninguém sabe como é
Ser maltrado
Ser derrotado
Por trás de olhos azuis
No one knows how to say
That they're sorry
And don't worry
I'm not telling lies
Ninguém sabe como dizer
Que eles estão arrependidos
E não se preocupam
Eu não estou contando mentiras
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O dia amanheceu cinzento, com nuvens espessas cobrindo os fracos raios de sol, que mal chegavam à Terra. No Santuário, tudo era silêncio. E, na sala do Grande Mestre, em um dos aposentos destinados aos hóspedes, Petra despertava de um sono pesado, sentindo seu corpo dolorido, as pernas fraquejando. Ainda tentando entender que dores eram aquelas, ela sentiu algo molhado sobre o lençol, bem embaixo de seu corpo. Abrindo os olhos com certa dificuldade (por Atena, como se sentia cansada!), a jovem tomou um susto: era sangue e escorria de suas pernas. E, para piorar a situação, ela estava nua, apenas um lençol rasgado a cobria.
Levantando-se depressa, ela tomou outro susto. Deitado ao seu lado, de bruços e com as costas toda arranhada, estava Saga. Os cabelos azuis embolados no travesseiro, o lençol que o cobria também rasgado e com manchas de suor. O vidro da janela ainda embaçado.
Cutucando o cavaleiro, a jovem tentava entender o que tinha acontecido. Aliás, isso era óbvio: pelo estado em que ela e Saga estavam, tinham transando durante a noite. Toda a noite. Mas então por que não se lembrava de nada? Nervosa, Petra viu que seus cutucões de nada adiantavam, o cavaleiro dormia profundamente. Saindo da cama, ela procurou por suas roupas e viu, estarrecida, que elas também estavam rasgadas. Pelo jeito, o negócio tinha sido, literalmente, selvagem.
Vestindo um robe que encontrou sobre uma cadeira, Petra saiu do quarto, deixando Saga adormecido. Pé ante pé, ela deixou a Sala do Grande Mestre e passou em silêncio pelas casas de Peixes e Aquário. Mas, na de Capricórnio...
-Petra! O que faz aqui? - perguntou Adrian, quando a jovem já estava saindo da casa e indo para Sagitário. Morrendo de vergonha, o coração disparado pelo susto, ela não sabia onde enfiar a cara.
-Eu... Eu estava...
-Saiu da sala do Grande Mestre usando apenas esse robe? Pelo visto, a noite foi quente, não?
-Do que... Do que está falando?
Adrian nada respondeu, ao contrário. Em silêncio e sorrindo cinicamente, ele foi se aproximando de Petra. A jovem foi recuando, descendo os degraus. Queria correr, mas seu corpo estava tão dolorido que jamais conseguiria.
-Por que está me olhando assim, Adrian? Eu não estou gostando desse seu jeito...
-Não? Então talvez goste disso!
O rapaz agarrou Petra pela cintura e deu-lhe um beijo, sufocante. Foi muito rápido, mas suficiente para fazê-la ficar vermelha de raiva.
-Me solte, desgraçado! Eu vou contar tudo para o senhor Shura, seu palhaço! Me solta... Demente... Me... Sol... Solta...
As palavras foram sumindo da boca de Petra, assim como as forças de seu corpo. Sentindo a cabeça pesar, as imagens ficarem disformes diante de seus olhos, a jovem desmaiou nos braços de Adrian. O espanhol sorriu satisfeito e jogou o corpo dela sobre seu ombro.
-Ainda bem que essa franguinha engoliu rápido a cápsula de veneno! Que coisa mais nojenta a boca de uma mulher!
Limpando a boca, o rapaz terminou de descer as escadas. "Bando de vagabundos, esses cavaleiros de Atena! Todos dormindo, que vergonha!", ele pensou, enquanto passava pela casa de Gêmeos. Porém, não percebeu que era observado por alguém.
Sentindo o cosmo maligno que emanava de Adrian (e que o espanhol nem se preocupara em ocultar, achando que todos dormiam), Kanon subiu as escadarias que nem um raio. Precisava encontrar seu irmão, avisar Atena do que estava acontecendo.
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Mal Petra tinha saído do quarto, foi a vez de Saga acordar. "Cara, como a minha cabeça tá pesada...", ele pensou consigo mesmo, enquanto se descobria para se levantar. Ao abrir os olhos, notou que não estava em seu quarto. E que tinha dormido completamente nu.
-Onde estou? Ai, minha cabeça...
Ao olhar em volta, ele deu de cara com o vestido de Petra, jogado no chão perto da janela e rasgado, assim como sua camisa. A calça, sequer conseguiu localizar.
-Por Atena, o que aconteceu aqui?
Sentindo que sua cabeça parecia prestes a explodir, o cavaleiro finalmente encontrou a sua calça e a vestiu, gemendo. Todos os músculos de seu corpo doíam. Saindo do quarto, ele viu que estava na sala do Grande Mestre.
Silencioso, Saga saiu da sala, tinha apenas uma idéia em mente: encontrar Petra e descobrir o que tinha acontecido durante a noite, embora a resposta estivesse bem óbvia para ele.
Kanon, por sua vez, estava atravessando a casa de Capricórnio quando quase trombou em Shura, que saía de seu quarto naquele instante (outro que adorava dormir só de cueca).
-O que faz aqui, Kanon? Para que a pressa?
-Eu não tenho tempo para explicações, Shura... Se bem que você vai ter de dá-las à Atena!
-Eu?
-Depois eu te falo o que é, preciso achar meu irmão primeiro!
-Espera, você não vai me deixar curioso!
Correndo atrás de Kanon ainda com as calças na mão, o espanhol passou pelo quarto de Adrian e notou que estava vazio. "Onde esse cara se enfiou a essa hora?". Os dois passaram por Aquário e, em Peixes, encontraram Afrodite vestido com sua armadura, pronto para lutar.
-O que é isso, Afrodite?
-Minha armadura, não estão vendo? E, se eu fosse você Shura, vestiria a sua também.
-Não entendi nada!
-Shura! Kanon! O que estão fazendo aqui? - perguntou Saga, entrando pela casa.
-Eu estava indo te procurar! A gente precisa correr, eu acho que a Petra está correndo perigo!
-Como?
-Eu vi quando o Adrian passou pela casa de Gêmeos, carregando-a nos ombros. E ele emanava um cosmo muito estranho.
-Peraí, como assim, cosmo? O meu serviçal?
-Isso mesmo, Shura... Por isso eu vesti minha armadura... - Afrodite entrou na conversa, ajeitando seu elmo. Os outros três o encararam, como se esperassem uma explicação.
-Tudo bem, eu falo... - o cavaleiro de Peixes resignou-se - Eu estive fazendo umas pesquisas desde que dei aquela rosa de presente para a Petra.
-Pesquisas? Por quê?
-Porque quando ela pegou a rosa, eu senti um cosmo emanar do corpo dela, bem fraquinho, mas senti... Eu achei isso muito estranho e então me lembrei de uma história que minha mestra me contou, sobre a deusa do amor e da beleza de quem herdei o nome.
-Que história, Afrodite? Fale logo que não podemos perder tempo!
-Não é apenas Atena que caminha sobre a Terra. Afrodite fugiu do Olimpo logo após Zeus subir aos céus com os demais deuses... Fugiu de seu casamento com Hefesto, o deus do fogo, e refugiou-se aqui, entre nós. Século após século, ela tem reencarnado no corpo de jovens humanas, sem, no entanto, nunca se manifestar... Se o fizesse, Hefesto a descobriria.
-Eu não estou entendendo nada... - disse Shura, tentando colocar as idéias em ordem. Porém, Saga parecia estar entendendo tudo muito bem.
-E, com essa história toda, está querendo dizer que Petra é a reencarnação de Afrodite em nossa época?
-Exatamente.
-E como pode ter tanta certeza?
-Por causa disso... - Afrodite mostrou aos amigos as rosas que colhera no jardim do hospital - Elas nasceram das lágrimas que Petra derramou no jardim do hospital, quando a levei para fora daquela saleta para tomar um pouco de ar. Somente Afrodite tem poder para algo assim.
-Então, é por isso que Adrian a seqüestrou?
-Sim. Eu suspeito de que ele seja um "Cavaleiro do Vulcão".
-Hã?
-Um dos homens que servem à Hefesto. O deus do fogo jurou que encontraria Afrodite e a mataria por toda humilhação que sofreu e, para tanto, forjou quatro armaduras e deu-lhes poderes ligados ao fogo. Os homens que as vestem são sua guarda de elite e os responsáveis por tentar encontrar a deusa. E conseguiram.
Ouvindo a tudo com atenção, Saga começou a compreender certas coisas. O brilho cor-de-rosa que vira nos olhos de Petra, a voz mais grave e sensual, as coisas que ela lhe dissera, tanto quando era criança quanto na noite anterior, a última coisa de que se lembrava... "Eu lhe disse que voltaria".
-Uma coisa eu não entendo nisso tudo! - disse Shura, finalmente abotoando a calça, tirando Saga de seus pensamentos.
-O que é, Shura?
-Por que o cosmo de Afrodite se manifestou se essa era a única maneira de Hefesto descobrir onde ela estava?
-Bem... A explicação está bem diante de nossos olhos... - o cavaleiro de Peixes encarou Saga. Kanon, sem entender nada, questionou o que Afrodite dizia.
-Por que diz isso? Meu irmão é o responsável pela manifestação do cosmo de Afrodite?
-Não estou falando de Saga e sim de quem ele mantém trancado em seu interior, Kanon. O único que tem poderes suficientes para fazer Afrodite despertar seu cosmo.
-Está falando de...
-Você sabe muito bem, Saga... - Afrodite disse, já partindo de sua casa - Estou falando de Ares...
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No templo em ruínas, deitada sobre a mesa de pedra, estava Petra. Não usava mais o robe e sim um belíssimo vestido vermelho, com detalhes bordados em dourado na barra e no corpete, que lhe marcava o busto. Seus longos cabelos estavam soltos e espalhados em volta de sua cabeça, adornados com pequenas rosas douradas. Sem dúvida nenhuma, uma imagem que condizia perfeitamente com a deusa do amor. Mas que era, na verdade, o seu manto de morte.
-Ela é realmente linda! Uma pena ter de morrer assim, tão jovem...
-Guarde esse tipo de comentário para você, Heiner, se não quer sentir a ira de nosso mestre! E vocês dois... -Tristão ralhava agora com Edward e Adrian, juntos em um canto mais sossegado do salão - Parem de tanto agarro, sabem muito bem que o mestre odeia esse tipo de coisa!
Fechando a cara, os dois rapazes se largaram. Heiner riu e voltou-se para a jovem, adormecida e pálida.
-Está parecendo uma vampira.
-É efeito do veneno... Mas não deixa de ser bonita, você tem toda razão.
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Finalmente eu cheguei ao ponto que queria desde o início! Eu amo as histórias da mitologia e o amor entre Afrodite e Ares sempre foi algo que me chamou a atenção, eu queria muito escrever algo sobre isso. Bom, eu também queria descrever a primeira noite de amor do Saga e da Petra (ou melhor, Afrodite e Ares) de outro jeito, só que da maneira como imaginei eu não tive coragem de pôr no papel, ainda não estou preparada para publicar algo tão forte... A solução foi descrever o dia seguinte, quando ambos acordam e tiram suas próprias conclusões. E você que está lendo tem a chance de fazer o mesmo... Beijos e aguardem os próximos capítulos!
Uma nota escrita por uma autora que baba pelo belo espanhol: imaginem a cena, o Shura tudo de bom saindo só de cueca do quarto... Como queria ser eu a encontrá-lo no corredor e não o Kanon...
