Capítulo três: A dor da perda.

Cinco anos depois de terminar Hogwarts Draco Malfoy e Pansy Parkinson estavam casados. Moravam na Mansão Malfoy com os pais de Draco. Ainda não tinham conseguido comprar uma casa própria. Lucius Malfoy fora preso novamente e Narcisa cuidava da casa com a ajuda de um Elfo Doméstico. A mãe de Draco era bem mais tolerante e apreensiva que o pai. Narcisa entendia o fato de Draco ter abandonado a vida de Comensal da Morte e aceitou de bom grado abriga-lo na casa enquanto ele não arranjava dinheiro.

-Draco... Pansy... Vão querer almoçar? – gritou Narcisa.

A mãe de Draco encontrava-se na Sala de Jantar com o Elfo Doméstico: Hungy. Uma linda mesa de almoço estava posta. Comidas e bebidas variadas e milhares de sobremesas para todos os gostos.

-Já vamos! – respondeu Draco.

Draco esperava Pansy terminar de se arrumar. A noite tinha sido... Maravilhosa. Pansy acabara de acordar e entrara no banheiro para tomar um banho e se arrumar. Enquanto isso, Draco lia o Profeta Diário, que a muito tempo não contava fatos interessantes.

-Vamos Draco! – falou Pansy saindo do banheiro.

Roupas simples de trouxas. Era assim que Draco e Pansy viviam. Saiam nas ruas usando roupas de pessoas comuns, trouxas, sem magia. Chegaram à mesa e sentaram-se. Narcisa sentou ao lado do filho e começaram a comer. Quietos. Sempre quietos.

-Então filho... O que vai fazer hoje? – perguntou Narcisa procurando criar um assunto qualquer.

-Irei procurar emprego pela cidade. Não posso continuar assim para sempre. Preciso comprar uma casa pra mim.

-Não se preocupe filho. Logo não estarei mais aqui. E você herdará a casa.

-Não fale uma coisa dessas Narcisa! – falou Pansy assustada.

-É verdade... Estou cada vez mais fraca... Qualquer dia acabo caindo morta aqui dentro.

Draco bateu a mão fechada na mesa e levantou.

-Não vou ficar ouvindo você dizer isso! Você não vai morrer! Não PODE morrer! Entende? – batendo o pé Draco saiu da casa.

Narcisa soltou um sorriso triste e cansado. Levantou-se também e, arrastando os pés, andou até a escada.

-Pansy, querida... Poderia me ajudar?

Pansy Parkinson levantou-se correndo e ajudou a sogra a subir a escada que a levaria até o quarto.

-Obrigada... – falou Narcisa entrando no quarto e fechando a porta.

Pansy suspirou tristemente e caminhou para o próprio quarto. Pensando em Draco e onde ele estaria uma hora dessas. Pensando se ele estaria bem.

Enquanto isso, Draco corria pela cidade. A capa de chuva que usava era verde, discreta, que o disfarçava muito bem. Correu uma grande distância até chegar ao endereço que era anunciado no jornal.

-Por favor, quem é? – perguntou um velho que cuidava da portaria do prédio.

-Sou... Sou... Draco... Draco Malfoy... Vim atrás do emprego! – falou Draco mostrando o jornal ao homem.

-Hum... Suba, por favor. 6º andar. – anunciou o velho.

-OK – falou Draco se dirigindo ao elevador.

Como se meche nessa joça? Perguntou-se ele mentalmente olhando o elevador.

Para a sua salvação, estava chegando uma mulher acompanhada de uma garotinha de, no máximo, sete anos. As duas entraram no elevador e Draco entrou também.

-Qual é o andar? – perguntou a mulher sorrindo.

Imediatamente Draco reconheceu aquela mulher.

-WEASLEY? – gritou ele surpreso.

A garota levou um bom tempo pra perceber quem estava com ela no elevador.

-MALFOY? – gritou ela surpresa também.

Gina Weasley continuava ruiva, mas os olhos estavam verdes. Tinha crescido, de verdade. E estava bem bonita.

-Hunf... 6º andar... – falou ele revirando os olhos.

-Mamãe! Deixa eu apertar o botão? – pediu a menininha eufórica.

Gina sorriu e deixou a garotinha apertar os botões seis e onze.

-11º andar? – perguntou Draco olhando os botões apertados.

-Sim... Vou levar ela ao dentista! – falou Gina feliz apontando para a garotinha.

-E... Não vai me apresentar? – perguntou Draco.

A garotinha sorriu e sacudiu o braço da mãe pedindo permissão para falar.

-Pode falar sim, pequena... – falou Gina sorrindo.

-Oi seu moço. Meu nome é Lílian. Eu sou filha da minha mãe com o meu pai! – respondeu a menininha feliz.

Gina sorriu e segurou a mão da filha.

-Ela é filha minha e do Harry... – explicou Gina ainda sorrindo.

Draco olhou melhor pra garotinha. Ela SÓ podia ser filha de Gina e Harry. Os cabelos ruivos como o da mãe, os olhos verdes como os do pai (e agora da mãe também) e algumas sardas que marcavam seu rosto dando um toque Weasley.

-Ah sim! O que você fez com o olho? – perguntou Draco ao sair do elevador, virando-se rapidamente, antes da porta fechar.

-Ah... Isso é um artefato dos trouxas... Chama-se... Lente de Contato... Ou algo assim... Pode mudar a cor dos olhos ao mesmo tempo em que pode melhorar a visão se você precisar de óculos... São bem mais práticas... – disse Gina sorrindo.

A porta do elevador fechou lentamente, e Draco viu a pequena Lílian lhe acenar com a mão. Segundos depois Draco encarava novamente a porta dourada do elevador.

-Pelo menos aprendi a usar isso aí... – disse ele enquanto procurava a porta que tinha que entrar.

Rapidamente achou um aporta de madeira com os dizeres: "Consultório 602" em letras douradas e chamativas. Olhando novamente o jornal que tinha em mãos, Draco abriu a porta e entrou.

Uma leve campainha tocou anunciando a chegada de alguém, e Draco viu, diante de seus olhos, uma grande sala com paredes e cadeiras brancas. Um pequeno espaço cheio de flores e plantas anunciava que quem quer que fosse que trabalhava ali, amava as plantas. O barulho baixinho de água caindo num laguinho anunciava que por ali se encontrava uma fonte miniatura. Nas paredes, milhares de quadros enfeitavam o ambiente, alguns com pinturas abstratas, outros com fotos de florestas e lagos. Ao lado do pequeno jardinzinho encontrava-se um balcão bege, e atrás dele havia uma moça de cabelos loiros e compridos.

-Pois não? – perguntou a moça de cabelos loiros ao ver o rapaz entrar.

Draco olhou para ela e mostrou o jornal. A mulher sorriu e apontou uma cadeira na frente dela.

-Sente-se aqui... – disse ela.

Draco caminhou até a cadeira e sentou, colocando o jornal no balcão que separava Draco da mulher.

-Bom... Eu vi esse anuncio no jornal sobre um emprego aqui... – falou Draco mostrando o anuncio.

-Sim sim... É que eu estou indo embora... Preciso cuidar dos meus filhos e do meu marido... Ele está doente, sabe? – informou a mulher triste.

-Eu... Sinto muito... – falou Draco. Sentindo mesmo.

-Tudo bem... Eu passei a aceitar a vida... O emprego aqui é bom... O salário é decente... É divertido... Os colegas são amigos e companheiros e nos ajudam sempre... – respondeu a mulher sorrindo.

Draco não entendia como alguém podia estar com uma pessoa muito próxima doente, ter filhos e sorrir daquele jeito. Percebendo o silêncio de Draco, a mulher continuou.

-Meu nome é Suzane, mas pode me chamar de Suze...

-Draco... Draco Malfoy...

-Bom Sr. Malfoy...

-Draco...

-Draco... O emprego que você vai ter é de secretário. A única coisa que tem que fazer é: atender ao telefone e dizer 'Consultório da Doutora Denise, o que deseja'... Ou coisas assim. Terá que marcar horários para os pacientes, e terá que os atender com gentileza e amor... Como se fossem seus parentes.

-Pode deixar... Quando começo?

-Só um minuto. – Suzane pegou o telefone e digitou alguns números.

Draco ficou olhando para o aparelho que Suzane tinha pegado e se perguntava mentalmente como lidava com aquilo.

-Doutora Denise? Oi... É a Suzane... Vieram em busca do emprego... Posso deixá-lo entrar?

A voz do outro lado murmurou alguma coisa e em seguida Suzane desligou o telefone.

-Pode ir falar com a Doutora Denise. É a terceira porta a direita.

Draco agradeceu e procurou a terceira porta a direita. Entrando ele percebeu que aquela sala era bem mais discreta. Paredes e móveis brancos eram as únicas coisas que tinha por ali.

-Boa tarde... Meu nome é Denise e eu sou Psicóloga Infantil... Precisava de uma secretária nova... A Suze está indo embora e não posso ficar só com uma secretária! – riu a Doutora.

Depois de longas horas de conversa, Draco finalmente se ajustou bem ao emprego. Mas o horário era rígido. Teria que conversar bastante com Pansy. Mas sabia que a esposa ia aceitar, ela entenderia. Saindo para o corredor, Draco apertou o botão que se localizava ao lado do elevador. A porta abriu, e ele entrou no elevador. Mas não estava sozinho. Num dos quatro cantos do elevador havia uma mulher. Usava um sobretudo cinza escuro, com um capuz que não permitia a Draco ver seu rosto. Mas ele pode observar duas longas mechas de cabelo preto caindo-lhe sobre o colo.

Quando o elevador parou a mulher não se mexeu. Com isso Draco passou na frente dela e saiu do elevador. Perturbado com aquela mulher. Voltou a correr pela cidade, caia agora uma leve garoa, mas as nuvens negras no céu anunciavam uma forte tempestade. Draco chegou à Mansão Malfoy e entrou. A cena que viu o chocou de tal maneira que ele não conseguiu sair do lugar. Pansy se jogara em cima dele chorando desesperada. Ele nunca vira Pansy chorar daquele jeito.

-O que houve Pansy? – perguntou ele.

-Sua... Sua... Nar... Sua Mãe... Narcisa... No quarto... – ofegou Pansy.

A mente de Draco demorou alguns segundos para processar os ofegos de Pansy. Mas quando caiu a ficha, Draco levou um choque maior que o anterior. Não poderia ter acontecido o que ele imaginava que havia acontecido.

-Mãe! – gritou ele subindo as escadas de três em três degraus.

Chutou a porta do quarto de Narcisa com violência. E entrando lá viu o seu maior medo. Narcisa estava deitada na cama, os olhos fechados, mais branca do que já era. Os cabelos loiros estavam sem brilho e um pequeno sorriso estava espalhado na sua face.

-Pansy... Não me diga que ela... – começou Draco. A dor no coração aumentando cada passo que dava em direção a cama.

-Sim Draco... Narcisa está morta... – falou Pansy caindo no choro mais uma vez.

O coração de Draco deu três pulos para a direita, oito para a esquerda, cinco saltos mortais seguidos e depois desabou no imenso vazio negro na perda e da dor.

Meu pai preso, minha mãe morta... O que mais falta me acontecer?

O pensamento de Draco foi o pior que ele já teve em sua vida. As chances de mais uma fuga de Azkaban eram praticamente nulas. E sem mãe e pai, Draco teria que contar com a companhia de Pansy Parkinson, sua amada esposa. Mas o coração de Draco não sairia tão cedo do vazio da perda. E ele temia que seu coração ficasse lá... Para sempre!

N/A

Queria agradecer muuuuito a única alma que teve a bondade de comentar na minha fanfic! ¬¬"

Obrigada do fundo do meu coraçãozinho de escritora ¬ seu comentário eh muuuuuito importante pra mim ; )

COMENTEM POHA! Ò.Ó"

NÃO CUSTA NADA! .

EU SOH QUERO PEQUENOS COMENTÁRIOS NEM QUE SEJA PARA DIZER: "odiei sua fic... sua escritora besta"... UU