O que Voldmort pede a Snape? Uma conversa franca Harry/Hermione... Fã clube do Adrian aumentando... ele é um fofo!Snape se surpreendendo.
.SOB.UM.CREPÚSCULO.PÚRPURA.
.09.Quem está comigo.
Nos dias que se seguiram Harry sentiu algo estranho... primeiro aquela sensação exótica perto de Snape... certo... nem valia a pena pensar nisso, e o vácuo que Adrian deixara... sim, porque o outro simplesmente disse que queria uma distância.
Pena que Bernardo não fizesse o mesmo, embora não estivesse mais tão próximo, era uma presença constante...
Queria falar com Hermione sobre suas coisas, mas ela e Rony finalmente estavam juntos e acertados, de modo que Harry nem sequer encontrava forças para falar com ela, e bem, não era algo que quisesse falar junto com Rony... e segurar vela era ainda mais deprimente quando se sentia tão... frio e vazio.
Vazio... sim aquele frio e vazio inquietantes que por vezes o fazia ficar desperto a noite toda... ou, levantar e perambular por Hogwarts inteira... uma noite, chegou a ir conversar com Murta... sim... tinha ido falar com Murta.
Sabia, devia estar enlouquecendo.
Evitou furiosamente a tentação de ir até a sala precisa... não queria beber e tentar se matar de novo... era... idiota, pensava por vezes vendo as marcas finas em seu braço e mão... mais finas que a que ficara das detenções da Umbridge... muito parecida com a cicatriz de sua testa... que felizmente doía pouco.
Sentia que esse silêncio de Voldmort só podia significar uma coisa: ele estava satisfeito e não queria divulgar isso.
A confirmação de sua suspeita veio pouco depois na forma de uma coruja das torres muito irritadiça que fez seu café da manhã se esparramar pela mesa ao entregar um pequeno bilhete.
"Lareira. Meia noite e um.
RL."
-Lareira?- perguntou Hermione.
-O Lupin?- quase se engasgou Rony.
-Bom... é trabalho dos monitores manter a área limpa.- disse baixo.
Tinha certeza que aquilo não era boa coisa.
Rony havia ficado responsável por meia dúzia de "anõezinhos" numa pré-turma de AD,coisa que ele e Hermione revezavam, o que deu espaço para Hermione finalmente falar de suas anotações para Harry, sentou-se ao lado dele nas poltronas habituais em frente a lareira, onde Harry já montava guarda para esperar Lupin...
-Harry...- disse baixo.
Ele acabou olhando o monte de pergaminhos que reconheceu na hora.
-Sabe o que é?
-Bem... eu sei... Harry... me deixa ficar com eles... guardar.- disse sem encara-lo.
-É algo que eu não... deva saber então?- ele perguntou baixinho.
-É...
Harry havia desviado o olhar para a lareira, fingindo vigia-la, mas ambos sabiam que era cedo demais. Hermione sentiu o queixo tremer.
-Me desculpa Harry.
-Não é sua culpa Mione... não se preocupe.- ele disse amargamente.
O pior de tudo é que Hermione sabia que ele não a culpava, era ela mesma que se culpava, sabia instintivamente que Harry no mínimo estava se censurando e que não podia alivia-lo.
-Mione...
-Que Harry?
-Posso fazer uma pergunta?
Olhou-a, ela apenas forçou um sorriso, então ele voltou a desviar o olhar e falar baixo.
-Se não puder responder eu vou entender.- disse sério.- Mione... não falamos nada sobre o que houve... mas eu sei que você sabe de tudo... e que Rony não... Mione... eu estava apaixonado?
-Harry... você sabe...- suspirou.
-Eu estava apaixonado?
-Não é isso que você quer saber... é?- perguntou tristemente.
-Mione... essa pessoa sabia? Ela sabia o que eu sentia?
-Sabia.- deixou escapar... tarde demais para se arrepender.- Harry...
-Mione.- voltou a olha-la.- Eu fui... eu fui correspondido?- perguntou sentindo algo frio dentro de si.
Não, ela nunca imaginara que um dia ele perguntaria exatamente o motivo, o ponto central de tudo, dessa vez não foi só o queixo que tremeu, mas os olhos que perderam o foco, escutou a voz amarga... muito amarga, um tom que nunca tinha visto Harry usar.
-Eu sabia.- ele disse sério.- Então não faz... não faz diferença.
Oh Hermione segurou o pulso dele... engraçado Harry estava frio.
-Harry... não é... Não foi…
-Não precisa me consolar Mione.
-Eu preciso perguntar... Harry... você anda saindo com Bernardo Wiry?- sussurrou.
-Ele me persegue.- disse simplesmente.
Hermione enrugou a testa.
Aquele frio doentio que sentira desde aquela manhã com Adrian se intensificara... havia feito um sacrifício, havia escolhido esquecer o sentimento de amor que sentira, mas talvez, não tivesse sido um gesto nobre... talvez fosse um gesto covarde para esquecer... "eu não fui correspondido".
"Eu queria sentir-me um pouco bem... inteiro... completo."
Havia tomado nesse instante uma decisão sabidamente errada, mas apesar de tudo, sentiu-se em paz em faze-la.
Permaneceram em um silêncio duro até Rony retornar, então jogou xadrez com o amigo. Ignorando os olhares que Hermione lhe dava.
Um pouco antes da meia noite eram os únicos na sala comunal.
Quando a cabeça de Lupin apareceu na lareira todos se ajoelharam a frente dele.
-E aí? Como estão vocês?
-Preocupados com os exames.- disse Hermione.- Bem, eu estou!- disse defensivamente ao perceber os olhares dos outros dois.
-O que houve Lupin?- perguntou Harry preocupadamente.
-Harry lembra quando pedimos pra você não por os pés para fora de Hogwarts? Bom... ficamos sabendo que Voldmort tem planos de atacar em Hogsmeade e queremos que fique de olho no castelo.
-Como assim?- perguntou confuso.
-Não saia mais para Hogsmeade, parece que há um plano para capturá-lo, é uma coisa na qual Snape vem nos advertindo a tempos, mas até então conseguimos contornar...
-Como assim? O que Snape tem com isso?- perguntou Rony.
-Voldmort pediu que ele e um grupo de bruxos fizessem uma poção específica, que podem ter conseqüências graves se ingeridas...
-Veneno?- perguntou Hermione.
-Não... ela adormece a parte lógica de um individuo deixando apenas como diria... suas emoções básicas, sob Império ou sobre outros feitiços ele conseguirá um exército completamente obediente e agressivo de modo quase permanente.
-O que eu tenho a ver com isso?- perguntou confuso.
-Isso seria mais perigoso, se ele conseguisse contaminar os estudantes e colocá-los contra você?- Lupin o encarou.- Não saia de Hogwarts, ela é segura para você, entendeu.
-Entendi.- disse contrariado.
-E não quero saber de você zanzando de noite pelo castelo. Pode ser perigoso... sabemos que há inimigos aí dentro... não atacariam diretamente mas...
-É claro... sei disso, vou ficar mofando na sala comunal.- disse enjoadamente.
Lupin piscou e voltou falar aborrecido.
-Espero que sim.Para seu bem...- e complementou contrariado.- Espero que você lembre muito bem do que eu lhe disse no terceiro ano sobre visitas não autorizadas a Hogsmeade.
-Tá bem... até parece mesmo que tenho treze anos.- disse num bufo irritado.
-Vamos ficar de olho.- disse Hermione.
-Cara, prometo que ele não sai do castelo até segunda ordem.- disse Rony socando de leve o braço de Harry.
-Sei que posso contar com vocês três. Agora seria legal que você se esforçasse com a oclumência Harry e os três fossem dormir.
-Certo...- Harry concordou laconicamente.
-Você fez progressos muito bons Harry.- disse Dumbledore.
-Mas não consigo... ver nada.- disse desanimado.
Dumbledore sorriu.
-Temos que considerar que tenho muito mais experiência em oclumência que você em legelimência Harry.
-Professor... Lupin entrou em contato.
-Eu sei Harry, ele comentou que havia falado com vocês.
-Bom... acha mesmo que há um grande perigo?
-Infelizmente creio que sim... Harry desde o incidente... antes do natal.- completou o bruxo um tanto desconfortável.- Voldmort parece obcecado com algo.
-Como assim professor?
-Creio que Voldmort anda obcecado em encontrá-lo pessoalmente de novo, compreender melhor o que houve das outras vezes, ele começa a duvidar que suas escapadas sejam só sorte.
-Ele está errado.- disse desanimado.
-Você acha Harry?- perguntou Dumbledore o olhando.- Acha mesmo que tudo que teve foi somente sorte?
-Não houve nada de extraordinário nelas.- acabou retrucando.
-Harry você esqueceu o que conversamos no ano passado?
-Não...- disse contrariado.- Claro que não.
-Gostaria que lembrasse sempre disso Harry...- disse Dumbledore bondosamente.- Sua melhor arma é seu coração.
"sua capacidade de amar..."
Essas palavras de Dumbledore apenas deixaram mais fácil sua resolução... amar... o que diabos era amar? Amara Sirius... amava Rony e Mione, todos os Weasleys... Lupin... gostava muito deles, como se fossem sua família, até Tonks, porque não Moody? Eram pessoas importantes, mas ao mesmo tempo, não era como se pudesse abraçar, ou contar seus medos para um deles, Rony e Mione talvez, mas até isso parecia insuficiente, sabia também, sabia seguramente que gostavam dele, não podia negar isso, mas... faltava algo, queria mais, queria sentir o que via nos rostos dos amigos quando se abraçavam...
Havia tomado sua decisão... queria se sentir amado também.
Tinha decidido.
Seria na próxima aula com os veteranos.
Harry estava esperando todos saírem, olhou com desgosto que Bernardo ficaria, então tomou coragem.
-Adrian... posso falar com você? Poderia ficar um pouco mais?- disse quando o outro ia passando por ele.
Adrian o encarou e concordou com a cabeça. Harry dispensou Bernardo com um olhar duro e fechou a porta, quando olhou o outro rapaz estava parado no meio da sala olhando vagamente para o detector de mentiras na estante.
-Não prefere sentar?- perguntou e no mesmo instante apareceram duas pequenas poltronas apareceram no centro da sala.
-Acho... melhor... sabe...- murmurou Adrian desconfortável.- Acho melhor não Harry.
A negativa do outro deixou o que desejava falar mais difícil e fez com que Harry se calasse.
-Acho que você quer conversar sobre aquele dia... sabe... eu sinto muito ter feito o que fiz... você é uma pessoa legal e eu te agarrei daquele jeito...- disse Adrian rápido visivelmente constrangido.- Eu entendo que você... bom, eu acho melhor mesmo nos afastarmos.
Harry falou mais na decepção do que realmente com intenção.
-Então você não quer tentar?- perguntou um tanto quanto decepcionado.
Adrian ia falar mais alguma coisa e então encarou surpreso.
-Você disse...
-Bom, eu entendo se você está magoado... do jeito que eu agi.- Harry disse acabando por desviar o olhar e indo sentar numa das poltronas, sentindo-se infeliz.- Saindo de lá daquele jeito mas...
Adrian havia colocado a mão no seu queixo e erguido.
-Harry...- a voz dele tremeu, mas ele sorria.- Você disse tentar?
-Bom...- disse inseguro.- Se você quisesse... eu... sabe, queria... tentar... mas só se...
Adrian sorriu largamente. Agachou-se a sua frente.
-Você quer me dar uma chance Harry? Pra nós... nós dois?
Harry concordou com a cabeça.
-Eu... sabe, gosto de você, você é legal... me sinto bem... só...
Adrian o abraçou fortemente.
-Eu sou apaixonado por você Harry... eu quero tentar.
-Eu gosto de você Adrian...- disse sentindo-se mais leve.- Se você quiser... me aceitar assim...
-Quero!- disse ele olhando-o.- Harry... posso beijar você?
Adrian estava levemente corado, mas Harry tinha certeza que estava muito vermelho, mas mesmo assim murmurou.
-Pode. Pode sim.
Adrian aproximou-se devagar, segurando o lado de seu pescoço com a mão a outra ainda abraçada ás suas costas... roçando os lábios contra os seus... beijando-o de leve.
Um beijo doce.
Harry sentiu-se leve o resto da semana, não que fosse sair sorrindo ou simplesmente flutuando como diziam que acontecia, apenas... leve, como se algo ruim tivesse sumido, sabia instintivamente que era aquele buraco negro no fundo do peito, sabia que Hermione estava de olho, mas dessa vez não se importava, era bom conversar com Adrian quando podia, era bom sentar e sentí-lo arrepiar seus cabelos, enquanto puxava-o para perto.
Era confortável, no sentido de sentir-se confortado de não estar totalmente sozinho. Poderia parecer imbecil ou infantil, mas era bom saber que podia correr para ele e ele lhe receberia com um sorriso, e uns carinhos... um porto seguro para esquecer as notícias do jornal.
O fato de Adrian ser outro rapaz não parecia importar... só por segurança fez com que ele entendesse que não deveriam ser indiscretos. Ele entendera, o maravilhoso em Adrian é que ele não parecia abalado ou temeroso com o que lhe acontecia... pelo contrário... agia como se pudesse defendê-lo... e isso era novo para Harry, alguém se dispondo a cuidar dele.
-Soube que o ministério está pensando em abrir duas vagas.- Adrian disse estendido na cama.
Estavam novamente no quarto dele, final de semana, não havia ninguém mais ali então haviam deitado na cama lado a lado, apenas isso, Adrian concordara em ir bem devagar, na verdade, fora ele mesmo que dissera que queria ir devagar, o que fez Harry admira-lo ainda mais.
-Tenho certeza que você consegue, com esses NOM'S.- sorriu.- Melhores que os meus, tenho certeza que vai com bons NIEM'S também.
-Não sei.- ele sorriu marotamente.- Ando me distraindo muito...- e piscou.
-Humpf.- Harry cruzou os braços.- Então vou embora... aí você pode estudar... ou melhor... vou convidar Hermione para essas nossas tardes de estudo.- disse se fingindo de magoado.
-Não sabia que você gostava dessas coisas de três na cama.- disse Adrian no seu ouvido maldosamente.
Harry corou muito.
-Não disse isso.- quase se engasgou.
Adrian riu.
-Harry... você é doce.- disse e o beijou de leve no pescoço.
Snape erguera a sobrancelha... em seis anos, quando H...Potter havia entregue algo que prestasse totalmente? Olhou novamente o frasco destampado, a consistência era perfeita... a cor era exatamente o azul turquesa descrito no livro, na verdade, pensou pegando mais dois frascos e colocando-os ao lado do dele, estava num tom forte e brilhante que nem Granger ou Zabini haviam atingido.
-Impossível.- murmurou.
Era o segundo Ótimo deveria dar, deveria, porque no exercício anterior apenas dera um Aceitável a poção repelente de bandinhos. Agora era impossível, não poderia dar menos que Excede as Espectativas para o veneno que havia naquele frasco.
Sabia instintivamente que Potter não lembrava mais de suas "experiências malucas" com poções... aquelas memórias haviam sido perdidas.Seria um dom despertando tardiamente? Impossível, H... Potter era um total ignorante no assunto. nesse ponto ele não puxara nada da mãe.
Lílian Evans tinha sido uma excelente preparadora de poções. Severo Snape lembrava bem disso, seu calo na aula que mais desfrutava depois de defesa. Irritante como o filho.
Balançou o frasco em busca de matéria em excesso depositada no fundo, nada, cheirou-o, exatamente o aroma de castanha que deveria ter... a cor perfeita... só faltava Potter reduzi-la do jeito certo na aula.
Etiquetou com um EE e fechou o frasco, dando uma nota que nunca mais iria dar a Ha... Potter.
Tentou ignorar aquela voz... que parecia vir de outra existência... tentou ignorar a imagem magoada e a voz que repetia:
"...você nunca me daria pontos..."
Severo Snape terminou suas anotações e retirou-se para a cama. O maldito ainda era uma esfinge cheia de enigmas sem resposta.
Sim! Adrian que aproveite... as coisa começam a entornar para Harry no próximo capítulo.
Sevvie... morra de ciúmes!
A série não é alegre lembram? o Angst retornará mais poderoso! HAHAHA!
