Harry e Adrian se fortalecem, Snape sofre mais e o casal dando uma de mulas deixam todos preocupados... Snape sofre uma pressão forte e Harry é que vai colher os frutos amargos de tudo.

O Angst retorna com tudo!

maripottermalfoy: Você agora tem a companhia da Cris Snape e da Thaissi na luta pró Sevvie.


.SOB.UM.CREPÚSCULO.PÚRPURA.

.11.A caminho do desespero.

Nunca fora um real admirador das refeições no salão, mas pressentia que se faltasse alguma Alvo iria exigir explicações.

No momento não tinha nenhuma, segundo Dumbledore mesmo dissera, "não é um alívio ver como as coisas se encaminham e se concertam?" E lhe ofereceu um biscoito.

Não era mais criança para comer biscoitos...

Sabia que retorcera o nariz para pilha dos malditos biscoitos que Flitwick pediu que alcançasse.

Então pela terceira vez na semana, viu o que lhe fazia sentir arrepios de indignação, embora nunca fosse admiti-los e para si mesmo dizia que era culpa do chá daqueles elfos... o que andavam pondo no maldito chá?

Nada relativo ao fato de que pela terceira vez na semana Harry Potter se furtava á mesa da Corvinal, entre a menina meio louca Lua, não... Luna Loveggod e Adrian McLogan.

Já haviam fofocas, ficara sabendo por seus hábeis informantes em sua casa.

Draco Malfoy entre eles.

Alguns diziam que Potter ainda corria atrás de Cho Chang... ridículo.

Outros apostavam que Luna... havia conseguido o que garota alguma conseguiria dele... em parte estavam certos, garota alguma conseguiria.

Haviam os que afirmavam que o Trio estava partido e Potter estava exilado... com seu time reserva...não parecia de todo errado uma vez que ele mesmo escutara respostas estranhas vindo do Weasley para o "amigo".

Apenas o próprio Malfoy havia dito ferinamente.

"Ninguém vê o óbvio professor... a bicha do Potter está com o McLogan... tenho quase certeza."

Malfoy era atento demais aos detalhes. Era um complicador o jovem desejar tanto uma vingança. Voltara a dizer que se afastasse.

O que Draco fez de bom grado... não gostara do que vira quando o eixo do mundo havia girado cento e oitenta graus.

E quando os três se levantaram e se dirigiram para fora, apenas estreitou os olhos ao ver McLogan estender a mão e apertar o ombro do rapaz mais baixo.

Que sorriu e disse algo a Luna.

Que saiu saltitando como uma criança doida salão afora.

Patético!

Logo percebeu a movimentação do time titular... tão discretos... se levantando daquele jeito e saindo apressados... era a terceira vez que seguiam o estranho trio. Dessa vez o chá horrível foi a gota dágua. jogou o guardanapo na mesa e saiu pela entrada lateral.


-Por favor... Por favor...- gemia Hermione.

O seu maior medo, depois do discurso de Harry para Rony "se sou ou não, não devia fazer diferença se estou feliz...", era que no auge da felicidade seu amigo resolvesse assumir com Adrian na frente de toda a escola, quando riam e falavam um na orelha do outro, Hermione sentia arrepios que os dois se beijassem na frente da escola toda.

Não que fosse algo de outro mundo, mas os Bruxos tendiam a ser muito discretos quanto ao assunto pelo que se informara... casais... diferentes... tendiam a manter uma aparência de solteiros e raramente assumiam tudo ás vistas.

Algumas pessoas podiam tornar tudo desagradável e ela não queria que o amigo fosse mais uma vez rotulado e exposto.

Além do mais havia o perigo para o próprio Adrian que Harry parecia tolamente não aceitar apesar de saber do problema anterior... não sabia porque, mas Harry repetira teimosamente que Adrian sabia se defender...

Certo, Adrian McLogan provavelmente seria um futuro Auror... mesmo assim era perigoso, pelo que entendera Harry achava que sua perda de memória fora um jeito fraco de aceitar a rejeição.

Isso a exasperava... se ele soubesse da verdade toda.

Hermione finalmente tinha entendido a verdade toda e por isso achava isso mais complicado ainda... o primeiro amor de Harry agora corria mais risco ainda.

Pessoas que sofrem por amor ficam descuidadas... isso é fatal para um espião.


Rony estava de braços cruzados... assim que Harry saíra da sala de feitiços juntou-se a ele, Hermione fora na frente para a biblioteca... haviam combinado de falar seriamente com o amigo... Hagrid havia comentado com Hermione ter visto Harry e Adrian andando á noite por fora do castelo, ela estava possessa.

Nenhum aviso ou ameaça tinha feito os dois deixarem de se ver... Rony ainda estava assustado com aquilo tudo, ainda sentia como se não conhecesse mais Harry.

Ele não agia normalmente desde o início do ano... claro que não era a escolha do amigo... foi ele não ter contado... afinal Não era Jorge que se pegava com Lino? Ou era Fred? Não... Fred estava firme com a...

-Se pedissem pra você esquecer a Mione... pra não ver ela nunca mais Rony... você ia fazer isso?- Harry perguntou baixo.

Rony parou no corredor e encarou o amigo.

-Que merda Harry! Pára de bancar o legi... -gesticulou nervoso.-...fazer isso!

Harry olhou-o.

-Você sabe muito bem que não sou bom nisso.

-Como vou saber? Você não me fala nada, lembra?- disse voltando a andar.

Harry soltou um longo suspiro cansado e seguiu o ruivo.

-É tão óbvio que vocês querer me passar mais um sermão... Mione tá esperando na biblioteca... não é melhor em uma sala? Ela vai gritar comigo...- disse olhando as janelas.

Rony voltou a parar e se virar um tanto irritado pronto para dizer "não ela não vai berrar com você... só quer..." e parou.

Harry tinha um olhar surpreso e dolorido... encarou-o, Rony olhou em torno, aliviado por mais uma aula ter iniciado e os corredores estarem limpos. Foi até o amigo que estava apoiado na parede com os dentes a mostra numa expressão de dor... o estranho é que Harry parecia agarrar o braço... enquanto se deixava escorregar para o chão.

-O que houve?-perguntou com urgência.

-Vold...- Harry grunhiu.- Que diabos...

Rony arregalou os olhos quando Harry ergueu a própria manga... era fraco... avermelhado como um arranhão... mas ambos reconheceriam em qualquer lugar.

A marca negra estava lá... Rony encarou Harry e reparou.

-Cara... você tá branco...

-O que está havendo?- Harry perguntou baixo encarando assustado a amarca em seu braço.

-Consegue levantar? Vamos ver a Mione.


-Severo... estou decepcionado com você... muito.- disse o bruxo olhando-o de cima.

Recompôs-se... sempre assim... nenhuma revolta, nenhuma queda. Amenizar a respiração irregular por conta da maldição.

-Soube quem é o... eleito... de Potter...- continuou Voldmort.

"Não pense, não tema, não reaja."

-Isso é uma boa notícia Milorde...

-Isso é um grave desapontamento Severo... grave...

Manteve-se em silêncio, silêncio tenso.

-Porque não me disse Severo... eu contava que me informaria algo assim...

Temeu... talvez pela primeira vez, tenha definitivamente temido por si mesmo.

-Um aluno... como não percebeu... um rapaz... e eu achei que um dia ele se tornaria um dos nossos como seu pai.Um desapontamento.

Então o Lorde sabia... o que poderia...

-Agora temos que matá-lo Severo... iremos matar o filho de Aleandro McLogan.

-O que faremos Milorde?

-Os alunos continuam saindo... Hogsmeade continua intocada... Severo, iremos mudar isso...- Voldmort disse com um tom de satisfação.- Derrotarei Potter sem tocá-lo... e Dumbledore nem perceberá o que os atingiu. Quanto a você Severo... por falhar em me dar essa informação...


Quando o sábado amanheceu havia um clima calmo entre os alunos... o sair para Hogsmeade... Rony e Hermione haviam desistido de pedir a Harry que não saísse com McLogan , Hermione saiu com os outros alunos deixando um "se cuida" no ar...

Harry concordou com a cabeça até porque não tinha planos de sair por aí com Adrian...

Pretendiam ficar em um lugar só.

O tempo já era firme sendo meio de março... o céu levemente nublado, ainda tinha ventos frios, mas o sol brilhava entre as nuvens... Harry e Adrian sentaram sobre as árvores perto do lago com algumas pilhas de livros... o estudo seria maravilhoso.

Seria... deveria ser, mas não foi...

Coisa de sina...

Destino amaldiçoado.

A primeira agitação foi de um grupo de alunos ensandecidos indo até a porta principal correndo, alguém gritou sobre ataque.

-Oh Meu Deus...- disse Adrian se levantando.

Mas Harry estava de pé, olhos arregalados.

Rony, Hermione, Gina, Luna... Neville... estavam todos em Hogsmeade.

-Tenho que...

A mão pesada de Adrian caiu em seu ombro.

-Não. Lembra do que...

Foram interrompidos por mais gritos.

Respiravam rápido... a turma que corria pelos portões apenas se avolumava... os primeiros feridos apareceram... sem perceberem estavam andando devagar para perto da multidão.

Adrian lhe segurava firmemente pelo ombro como se quisesse garantir que ele não fugiria.

Então Harry escutou uma garota sonserina falando histéricamente com um monitor da Corvinal que tentava organizar a entrada das pessoas.

-Logo não vem mais ninguém! Eles cercaram o centro! Quem estava na rua saiu correndo! quem estava nas lojas não pode sair...

Sabia que Rony e Hermione deveriam estar no três vassouras...

-Harry! Aqui! Harry!

Virou-se... as duas correram... então sentiu os braços de Gina em seu ombro... ela tremia.

Luna ostentava um corte no rosto que sangrava.

-Mione e Rony?

-Neville foi procurar... mas eles não tavam no três...-ela soluçou.- Cercaram tudo... Harry...

Adrian começou a levá-os até a enfermaria, Gina estava muito abalada e Luna parecia mais zonza que o normal... deixaram ambas lá e saíram, Harry andava a esmo... Adrian somente o seguia.

-Não adianta ficar nervoso.

-Não posso ficar sossegado sabendo que eles ainda podem estar lá, feridos ou...

Adrian o puxou num abraço.

-Eles vão ficar bem... não iam querer você lá, certo?

Harry se devencilhou de Adrian e olhou o tumulto que diminuía.

-Mas se fosse o contrário... eles já estariam lá tentando me achar...- murmurou.

Chegaram ao salão principal e os monitores tentavam com a ajuda de alguns professores dispersar o grupo que se formava por ali querendo saber notícias.

Como ele e Adrian se moviam rente ás paredes conseguiam ver e ouvir quase sem serem vistos, então finalmente escutaram uma boa notícia.

-Alvo foi para lá.- dizia Minerva para Flitwick...-Tenho certeza que os aurores já devem ter chego ou vão chegar muito em breve, espero não haja nada de mais grave.

-Vamos... vamos ficar na enfermaria para ter notícias se mais alguém chegar...

Concordou e foram andando, saindo do bolo formado por estudantes apavorados ou curiosos... andaram devagar, os corredores estavam vazios.

Estavam próximos da enfermaria quando passos desabalados foram ouvidos.

-Potter! Ei! Potter! Finalmente!

Virou-se para dar de cara com Dennis Creevey que vinha esbaforido...

-A professora Minerva mandou entregar isso para você...

Adrian enrugou a testa e encarou o garoto.

-Quando?

Dennis olhou Adrian como se não tivesse entendido então falou.

-Agorinha... vi vocês saindo... vim correndo atrás.- disse de modo eficiente.

Harry pegou o bilhete e abriu, sabia que deveriam ser notícias, nem agradeceu ao garoto que os olhou e saiu andando para a enfermaria.

-O que é?- perguntou Adrian.

Harry leu, meteu o bilhete no bolso e começou a correr...

-Harry...- Adrian o seguiu.

-Dumbledore... mandou me chamar...

-Onde!

-Hogsmeade... eles precisam de mim lá.

Saindo pela lateral que dava acesso aos vestiários do campo de quadribol Harry saiu e empunhou a varinha.

-ACCIO FIREBOLT!

-Pensa!- berrou Adrian.- Tem certeza!

-Foi Dumbledore que mandou me chamar, deve ser importante.

-Porquê lá?

-Não sei...- agarrou a vassoura.- deve ser algo que eu tenho que ver... ou...- tentou afastar a possibilidade de ver alguém ferido.- Ele não chamaria se fosse perigoso.- Montou na vassoura.

-Vou com você!

-Não!

-Não é um pedido.- disse o outro montando atrás e agarrando sua cintura.

-Então se segure.

Alcançaram altitude rápido, e logo iam paralelos á floresta, para evitar olhares sobre ambos, depois de perceber que o caminho para Hogsmeade estava mesmo vazio, Harry relaxou, enveredou paralelo ao caminho, seguindo as árvores...

Harry ainda sentia algo errado, mas tinha medo que esse sentimento fosse relativo a Rony ou Hermione... seu coração estava acelerado... a mão que guiava a vassoura também segurava a varinha... sentia que o outro também tinha o coração aos pulos.


Adrian não era acostumado a voar... não que não gostasse... só não tinha o costume de voar... muito menos á velocidade de uma Firebolt... além do mais estava com um mal pressentimento, mas como Harry garantira ser a letra de Dumbledore... como ele se dispusera a ir... fizeram um contorno pela floresta e seguiram... Harry tinha o coração acelerado.

Quando tomaram o caminho sobre a passagem aberta entre árvores para a cidade sentiu novamente aquele mal estar... aquele silêncio opressivo e o vazio.

Havia algo errado... imensamente errado.

Então Harry gemeu e a mão com a varinha foi parar no rosto.

-O que foi, Harry!

-Não... não... não...- ele murmurara.

E algo os atingiu... por alguns segundos Adrian achou que estava suspenso no ar... então sentiu-se cair...

-Epsus Leviosa!-escutou a voz de Harry...

Então sentiu-se leve... virou-se no ar e encarou o chão... encarou o baque seco de Harry e sua Firebolt enquanto caia devagar como uma pluma.

Havia um volto caminhando, saindo de um conjunto de árvores... indo até Harry...

Puxou a varinha em desespero quando viu Harry erguer-se cambaleando... no chão a vassoura partida... Isso não era o pior.

Sentiu literalmente um grito ficar sufocado em sua garganta...

Puro medo... era medonho e inumano...

Era, e não teria uma mínima dúvida, de quem era.

Era Voldmort.

E escutou a voz seca.

-Crucio.

E os gritos de Harry.

Não adiantaria tentar atacar... a magia do Epsus não permitiria que a magia saísse da bolha encantada na qual estava até que tocasse o chão... nunca na vida cair pareceu tão necessário.

"Adrian Mclogan... você vai enfrentar Voldmort..." pensou insanamente ' Ao lado de Harry Potter..."

"Sua mãe ficará orgulhosa..."

O impacto com o chão fez com que Voldmort o encarasse... Adrian tentou, em vão, não sentir o medo paralizante. Ergueu a varinha com firmeza...

Mas não chegou a pronunciar o feitiço.

-Expelliarmus!- era Harry que atacara ainda de joelhos e ofegante...

-Crucio!

-Estupefaça!

Adrian apenas viu um raio de luz unir as varinhas... Harry deu alguns passos e ficou entre ele e Voldmort... podia ver a luz contra a brancura cadavérica do bruxo das trevas... e sabia que nunca mais esqueceria.

Quando finalmente caiu em si a ponto de erguer sua varinha e atacar... algo aconteceu...

Voldmort pareceu desaparatar...

Adrian soltou um suspiro aliviado e sentiu-se tremer de susto...

Quando Harry gritou.

Gritou enfiando ambas as mãos no rosto.

Um grito de agonia.

-HARRY!- gritou dando alguns passos.

Viu com alívio o outro se endireitar... e se virar...

Adrian só teve a certeza de que não era Harry... não podia ser...

Era... mas não era...

Aqueles olhos vermelhos... a varinha apontada em sua direção de forma trêmula, o ar desolado no rosto dele...

Então ouviu a última frase que ouviria na vida... na voz distorcida da pessoa que tanto amava.

-Avada...Kedavra.


No próximo... FELICIDADE! Pelo menos para Voldmort.

O Angst é geral!