Se alguém está feliz é o tio Voldi...
Sinto muito aos fãs do Adrian, mas o personagem nasceu só para esse fim...é triste, mas é a vida... ou melhor, a hitória. Agora os fãs de Snape podem guardar as champagnes e serpentinas que ainda tem um bom tanto de coisinhas para ocorrer.
.SOB.UM.CREPÚSCULO.PÚRPURA.
.12.Em pedaços.
Alvo Dumbledore só fora informado do ataque alguns minutos antes do mesmo, afinal Severo havia sido intimado por Voldmort a liderar um dos grupos da invasão...
Providenciou aurores... contatou Ronald Weasley e Hermione Granger e pode respirar com alívio relativo...
Harry estava em Hogwarts em segurança... relativa... segurança, O plano não daria certo, mas Severo seria poupado, afinal estava lá servindo fielmente a frente de outros comensais.
Quando a situação pareceu gerar mais pânico que estrago deu-se por satisfeito... que cada lado considerasse o que lhe cabia desse incidente.
Estava praticamente tudo acabado... havia sido mais brando do que pensavam... brando até demais.
Então Fawkes apareceu a sua frente parecendo desesperada... a ave o encarou com os olhos brilhosos enquanto esvoaçou-se. Temeroso de algum incidente fatal entre os que ajudaram a conter os comensais esticou a mão deixou que a ave pousasse, agarrando um de seus dedos.
Fawkes nunca deixou de guiá-lo até onde era mais preciso... Fawkes sempre sabia instintivamente onde estar... Fawkes sempre estimara Harry...
Quando sentiu o chão sob os pés e pode ver através do mosaico de chamas... o que viu foi medonho...
Harry... de pé... apontando sua varinha para Adrian McLogan... que o olhava surpreso... o feitiço saiu no mesmo instante que Fawkes piou.
-Não pode ser...- Dumbledore murmurou então apontou a varinha para o rapaz...
E no instante seguinte um pouco atrás dele veio o brilho... Harry cambaleou dando dois passos trôpegos em direção ao corpo do outro estendido na relva... o vulto vestido de negro apenas gargalhou... erguendo a varinha para o alto.
-Morsmordre.
Então encarou-o, com os olhos vermelhos despidos de compaixão e cheios de arrogância, Dumbledore não pensou sequer em um feitiço... sabia que não seria necessário...
-Sim...- sibilou Voldmort maldosamente.- Chegou tarde velho... muito tarde...
-O que você fez Tom...- disse ele gravemente.
-Eu fiz... acabei com seu menino dourado velho... ele será inútil agora... ele é só um assassino... mas não perderei tempo com você, velho... não vou perder tempo impedindo-o de tentar fazer algum esforço inútil em prol de seu escolhido... morra tentando...
E sumiu com a brisa... desaparatou abandonando um misto de dor, raiva e desolação...
Fawkes estava piando... um som brando e tristonho... pousado ao ombro do rapaz menor...
Dumbledore andou rápido para alguém de sua idade... para o rapaz parado, imóvel ainda de costas.
-Harry...
O garoto não se moveu... ainda de pé, de frente para o corpo sem vida do outro rapaz... Fawkes voou de onde estava... pousando sobre o corpo sem vida.
-Harry...
Dumbledore sempre fora calmo... poucas vezes na vida havia tido um gesto desses... agarrou os ombros do garoto e virou-o para si, do mesmo modo como fizera a mais de um ano, quando o mesmo rapaz voltara estranhamente imóvel da última prova do Torneio Tribruxo...
A varinha que pendia na mão de Harry Potter caiu no chão... Dumbledore encarou-o nos olhos...
Os olhos verdes estavam escurecidos e opacos... mirando um ponto vago a frente com uma expressão indefinível.
-Harry...
Não houve resposta... balançou-o pelos ombros...
Nem sequer uma expressão de reconhecimento de que algo acontecera... a mesma expressão vazia...
Como se a alma houvesse deixado para trás somente uma casca oca.
Dumbledore escutou o som de outras aparatações... alguém se adiantou.
-O que diabos houve aqui?
Harry nem sequer piscou os olhos.
A marca negra refletia doentiamente na íris já verde.
"Quanto a você Severo... por falhar em me dar essa informação... "
Cruciatus não fazem efeito se não há dor a sentir... Severo se lembra de pessoas que sofreram mais, de uma pessoa que sofreu mais e seus bloqueios mentais não permitem ao lorde que entreveja o que pensa nem mesmo sob tais condições...
Voldmort não tem mais porque faze-lo sofrer uma vez que seus gritos já são conhecidos, não são novidades...
Ele lhe passa instruções sobre o ataque que planeja a Hogsmeade... embora não entenda o que isso tem com a descoberta do "amor" de Potter... olha e dá sugestões, afinal precisa manter seu cargo como espião, afinal muito fora sacrificado por isso, é seu dever para com todos...
Especialmente para com ele... arriscando-se mandou uma mensagem direta á Dumbledore pouco antes do ataque... coisas devem ser feitas... colocou seu capuz...
Esqueceu sua humanidade, para o seu próprio bem... quando? Quando finalmente teriam a paz que tanto procuravam? Tanto lutavam e tanto sacrificvam?
Guiou o grupo que estava sob seu comando... estuporando bruxos, incendiando lojas, convocando com sua própria varinha conjurações proibidas.
E os aurores vieram... numerosos... foi um embate morno no entanto, nenhum dos lados pareceu levar a sério que acontecia, naquele instante, Hogsmeade não parecia importante.
Algo estava errado...
Muito errado.
Apesar do discurso sobre terror que o Lorde fizera ao organizar o ataque, ele mesmo não estava lá.
Deu a ordem de retirar com um sinal... num desaparatar estava longe, mas não tão longe, pronto para transfigurar suas próprias roupas e retornar para perto dos membros da Ordem...
Como o Lorde ordenara...
"Assim que ordenar a retirada, quero que volte até os seguidores daquele velho e aguarde... mais tarde quero saber o que eles acharão sobre o que aconteceu..."
"O que devo tentar saber Milorde?"
"Eles irão falar... Severo... espere e verá..."
E foi ao lado da Ordem que viu surgir no céu... e na memória de todos que haviam vivido o antigo tempo de horror, surgia para anunciar uma morte.
A marca negra.
Tão luminosa em seu verde doentio que parecia escurecer o céu.
-Oh não...- murmurou Remus Lupin.
-Onde está Dumbledore?- perguntou Arthur Weasley que segurava com força o ombro do filho Ronald.
-O que houve?- perguntou Hermione se aproximando da janela.- Oh!
-Estão todos aqui?- perguntou Moody.- Quem será que...
-É para o lado do caminho entre a escola e a vila... eu e Quim vamos verificar...- dissera Tonks.
A última coisa que passou pela sua cabeça antes de dizer algo sobre ser provavelmente um auror morto, e levar olhares tortos, foi que pelo menos dessa vez o garoto estava a salvo.
Foi quando a própria McGonagall apareceu com um bule velho na mão.
-Onde está Alvo? Porque não está aqui como o combinado?
-O que você está fazendo aqui?- acabou tomando a palavra.- Não deveria ter ficado no colégio? Principalmente agora?- apontou para a janela.
Minerva se aproximou da janela e ficou pálida.
-Oh Deuses...
-Minerva posso saber porque saiu de Hogwarts?- perguntou Moody.
Mas McGonagall o olhou longamente.
Porque todos os grifinórios tem mentes transparentes.
-Maldição.- foi tudo que conseguiu dizer.
Hermione Granger e Ronald Weasley eram os únicos que sabiam... e compactuaram com o risco... era necessário... todos conseguiriam fugir com ferimentos mínimos foi o que disseram...
Hermione era nascida trouxa, estava familiarizada com o conceito de guerra de fachada... era um ataque para aparecer... uma coisa publicitária... era terrorismo.
No entanto ainda não entendera bem o que ia contecer... havia corrido com Rony para o esconderijo no três vassouras... mas haviam se perdido de Luna, Neville e Gina.
Rony ficara desolado. "Devíamos te-los avisado! Eu disse... só os três!"
Mas haviam prometido silêncio... nem Harry sabia daquilo.
Bom, isso era um dos principais motivos do segredo... Harry não podia saber...
Mas algo estava errado... algo não encaixava... parecera tudo tão mecânico, ou talvez fosse impressão... talvez fosse só o fato de saber antes o que ia acontecer... a hora que os comensais chegaram para limpar as ruas... e quando os aurores chegaram para detê-los...
Por tudo que era sagrado... era só um espetáculo...
Severo Snape aparatou entre eles... tudo pareceu acabar...
Era só distração.
Então o céu... pareceu mudar...
Pela janela algo parecia diferente no céu...
-Oh não...- murmurou Remus Lupin.
-Onde está Dumbledore?- perguntou Arthur Weasley que segurava com força o ombro de Rony.
-O que houve?- perguntou se aproximando da janela.- Oh!- Estacou surpresa, desagradavelmente surpresa com a marca negra que brilhava no céu.
-Estão todos aqui?- perguntou Moody.- Quem será que...
-É para o lado do caminho entre a escola e a vila... eu e Quim vamos verificar...- dissera Tonks.
Ainda olhava boquiaberta a mesma marca no céu que vira a dois anos na copa de Quadribol... só que muito maior, mais forte, nítida e pavorosa...
Algo muito errado acontecera, ignorou o comentário de Snape sobre ser a morte de algum auror... assustou-se quando McGonagall apareceu segurando uma chave de portal, perguntando sobre o diretor... estranho... mais estranho foi a cara de Snape que falou rapidamente.
-O que você está fazendo aqui? Não deveria ter ficado no colégio? Principalmente agora?- apontou para a janela.
-Oh Deuses...- dissera ela vagamente, dando a certeza de que não tinha visto a marca ainda na escola e sim agora...
Hermione teve certeza que ela saíra da escola por outro motivo e pelo jeito olho-tonto também pensou o mesmo.
-Minerva posso saber porque saiu de Hogwarts?
Mas McGonagall olhou longamente Snape... ambos pareceram pensar na mesma coisa... foi quando se preocupou de verdade... ambos ficaram muito sérios.
-Maldição.- foi o que Snape dissera antes de se virar e sair se nenhuma outra palavra.
-Alastor leve todos para Hogwarts agora.- dissera Minerva passando a chaleira para o ex-auror.- Lupin... por favor... não Arthur, só Lupin vá com eles para Hogwarts.
E saiu rapidamente chamando Snape no corredor... Lupin a seguindo, Moody os obrigou a tocar no bule.
Harry ainda sentia algo errado, mas tinha medo que esse sentimento fosse relativo a Rony ou Hermione... seu coração estava acelerado... a mão que guiava a vassoura também segurava a varinha... sentia que o outro também tinha o coração aos pulos.
Mal reparou no estranho vazio do caminho, nem aurores, nem comensais... nem um movimento de pássaros... nada... até a brisa pareceu parar...
Então sentiu... a dor fina em sua cicatriz, sentiu ao mesmo tempo que sentiu uma fisgada em seu coração.
Decepção consigo mesmo...
"você caiu em uma armadilha de novo... seu imbecil... você cometeu o mesmo erro de novo!"
-Não...- murmurou pra si mesmo ignorando as perguntas de Adrian.
"Não... não posso ter feito de novo, não, não... não de novo..."
Ainda olhava para baixo preocupado, mas não pode evitar o feitiço que os atingiu... sentiu que a Firebolt estava danificada... iam cair...
Iam cair e era do alto...
Ergueu a varinha usando um dos últimos feitiços que aprendera... levitação de corpos...
-Epsus Leviosa.
Adrian ficaria bem enquanto demorasse a cair... nada entra ou sai desse feitiço.
Mas não houve tempo para fazer outro feitiço e Adrian não lhe ajudaria... já deveria ter aprendido a cair depois de tantos anos de quadribol não? O chão se aproximava rápido e em seguida apenas o impacto... seco... sentiu-se ficar zonzo... amortecido... mal percebeu que o outro estava tão perto saindo do meio das árvores á beira do caminho... tentou-se por de pé mas cambaleou... a dor da queda e a dor na cicatriz o impediram de pegar a varinha a tempo...
Então conseguiu encará-lo e a dor ficou pior... Voldmort o encarava, havia empurrado o capuz revelando sua face monstruosa.
E escutou a voz seca.
-Crucio.
Gritou... sabia que gritava porque estava escutando os próprios gritos.
Não poderia precisar se algo passou por sua cabeça... só que a dor parou... estranhamente interrompida, virou-se de lado no chão tateando na própria roupa atrás da varinha... percebeu que Adrian e Voldmort se encaravam... que Adrian ergueu a varinha com firmeza...
Não... ele não teria chance... tinha que tirar a atenção de Voldmort... ainda respirava com dificuldade por causa do Cruciatus e não chegou a se levantar... apontou a varinha ainda ajoelhado no chão.
-Expelliarmus!- Mas errou o alvo.
-Crucio!-Voldmort havia se virado para ele.
-Estupefaça!
Apenas viu um raio de luz unir as varinhas... deu alguns passos e ficou entre Adrian e Voldmort...
Havia algo errado... sabia disso.
Voldmort não parecia surpreso como da primeira vez, ou sequer parecia irritado, parecia calmo...
Começou a se preocupar quando não ouviu canto algum de fênix, nem sentiu-se levitar, mas como poderia saber se o efeito seria o mesmo?
Papai e mamãe não viriam ajudar agora... ninguém viria... nem Adrian parecia em condições de ajudar.
"Ninguém irá ajudar..." Ouviu em sua mente.
Soube que arregalara os olhos de surpresa... Voldmort estava em sua mente... então...
Ele não estava a sua frente... e preferia estar morto...
Gritou ao sentir sua cabeça estilhaçar-se...
Definitivamente, prefiria estar morto a sentir-se usado daquela maneira...
-HARRY!
Seu corção se apertou acima da dor que sentia...
"Não... fuja! FUJA! Não faça isso! Por favor... não faça!"
Sentiu-se virar e encarar o outro rapaz...
Harry viu a surpresa no azul profundo dos olhos de Adrian.
"Não... mate-nos Adrian! Mate-nos! Não... morra..."
Sentiu a satisfação do bruxo das trevas porque queimava em seu coração...Quando tentou em vão resistir a vontade do outro...
Então com a varinha apontada para o peito de Adrian... sentiu sua própria voz...
-Avada...Kedavra.
Já havia escutado aquele rumorejo antes... o tom de verde do feitiço... e...
Adrian tombou sem vida... ainda com aquela expressão surpresa no rosto bonito. Pensou ter ouvido o som da Fênix...
Mas não importava... era tarde demais...
A dor em sua cabeça havia ido embora, sabia que Voldmort não estava mais em sua mente...
Mas não importava... era tarde demais...
Escutou o gargalhar alto e frio que escutara em pesadelos... escutou o feitiço...
-Morsmordre.
Mas não importava... era tarde demais...
Adrian estava morto... estava morto por sua culpa.
Estava morto como todos que chegavam perto demais... estava morto porque o amara.
Era isso que Dumbledore queria dizer com poder terrível?
Mas não importava... era tarde demais...
Sentiu um leve rumorejo em seu ombro... o calor familiar...
Mas não importava... era tarde demais...
Alguém o chamara? O som da fênix... sim, Fawkes pousou sobre o corpo de Adrian...
Mas não importava... era tarde demais...
Adrian estava morto... morto por suas mãos, porque não pudera impedir...
-Harry...
Dumbledore o puxara... sentiu a varinha escorregar por seus dedos, mas de que ela lhe valera afinal? Para dar uma falsa sensação de segurança contra sua gêmea?
Mas não importava... era tarde demais...
Não ia ter coragem de tomá-la na mão tão cedo...
A varinha maculada que matara Adrian.
Talvez Dumbledore estive chamando-o... talvez não...
Mas não importava... era tarde demais...
Harry só via verde...
Avada kedavra...
Verde...
Da marca negra...
-O que diabos houve aqui?
Harry nem sequer piscou os olhos.
Em sua retina estava marcado o verde do feitiço e o corpo caindo...
Lembrava Sirius...
Foi assim que mamãe morreu... foi como se alguém lhe soprasse nos ouvidos.
Entende?
Cedrico morreu assim também...
Talvez todos morram assim... talvez não sobre ninguém... sentiu como se lhe soprassem novamente.
-O que diabos houve aqui? –perguntou o mais velho dos aurores...
Antes que Dumbledore falasse qualquer coisa, os três surgiram... andando rápido, então Lupin correu.
-Harry...
-Alvo...- Minerva balbuciou.
E Dumbledore trocou um olhar com Severo... antes de dizer.
-Devemos levar esses dois estudantes para Hogwarts.
-O rapaz está morto Dumbledore!-disse um dos aurores.
-Mesmo assim Dawlish, é um estudante e deve retornar a Hogwarts onde sua família irá busca-lo.
Ninguém mais se opôs.
No próximo... Uma mente aprisionada, planos malignos, remorsos e... bom, vão ter que esperar para ler...
