Harry parece ter perdido completamente a esperança e a direção...

Cris Snape, sim outra... mas aí tem recompensas junto com sofrimento...

Dark Wolf 03... ufa... que review enooorme…

Drika ...Eu amo Nightwish, não tinha percebido a similaridade da letra... aí está um dos trechos mais perto do que acontece agora... talento pra tragédia... é eu sei, amo torturar meus personagens, creio que vou para o inferno...

Dana Malfoy... as memórias de Harry? Espera mais dois capítulos...

Srta.kinomoto... Harry malvado? Improvável... Com certeza Dumbledore entendeu. Tarde... mas entendeu.

Jé Black: feliz 2006... poxa eu não tinha atualizado desde o ano passado!

Youko Julia Yagami: Não se preocupe, Dumbledore vai sentir o gosto amargo de ir longe demais.

Mina Jane Potter: Eu sou má, mas não faria isso com o Grope...

Polarres: Porque as pessoas me pedem só o que não posso... eu tento juro, mas atualizar rápido é impossível.

watashinomori: Matar é anti-stress né... tô indo te pegar para assegurar uma safra de 45453465743355 viúvos que terei o prazer de consolar... Mpreg...espere a terceira parte.


Od... OverDose... também sonoramente lembra All the (todas as )no trecho da música Romanticide logo abaixo

(Valeu Drika !)


.SOB.UM.CREPÚSCULO.PÚRPURA.

.14.A procura.

Leave me be, and cease to tell me how to feel

Deixe-me em paz e parede dizer como me sentir

to grieve, to shield myself from evil

sofrerproteger a mim mesmo do mal

Leave me be, od of lies is killing me

Deixe-me em paz, overdosede mentiras está me matando

Romanticide

Romanticídio

Till love do me apart

Até que o amor me separe

Dead boy's alive but whitout sense

O Garoto Morto está vivo massem sentido

I need a near-death experience

Eu preciso de uma experiência próxima da morte

Heart once blood, Now turned to stone

O coração uma vez corajoso, Agora transformado em pedra

Perfection my messenger from hell

A perfeição, meu mensageiro do inferno

Houve um silêncio vazio... a dor era tão grande que sentia-se paralisado... ao mesmo tempo a sensação não era de todo ruim... inexistência... achava, uma parte sua pelo menos, achava que podia ficar assim para sempre... não ver, não falar...

Não sofrer... nunca mais.

Essa era uma parte sua tão doente e cansada que desejava sumir do mundo, que pedia todos os dias para morrer dormindo, ir encontrar seus mortos e deixar o mundo para trás.

Essa parte escutava as palavras sibilantes do intruso e nem sequer tinha forças para se revoltar, essa parte olhava-o invadir sua mente de modo inexpressivo, essa parte não fazia nada, e de certo modo, essa inércia irritava o intruso.

Não era como o truque que usava antes para evitar a invasão, era só que ali de fato não tinha mais nada a ser explorado.

Mas havia outra parte, uma parte frágil e maltratada escondida em algum lugar nas profundezas de sua mente que desejava... uma pequena parte cheia de saudade do que ficara pra trás, que queria ver os amigos, gostava da sensação de voar e adorava andar pelos terrenos da escola em direção a cabana de Hagrid...

Mas essa parte não tinha forças para lutar... contra o invasor... podia apenas se esconder fundo na direção de coisas esquecidas... temerosa.

Por essa pequena parte da mente do jovem a serpente de olhos vermelhos se interessou... era atrás dessa pequena parte de sonhos inocentes e desejos idealistas que se movia... atrás da criança interior... do menininho pequeno e selvagem que se encolhia atrás e lembranças sutis.

Então naquela noite Voldemort calmamente forçou a entrada... sentiu de pronto sua vítima... a pequena criança... dialogando contra si mesma, num desejo de despertar... que a outra parte de sua mente não acompanhava...

Havia algo de magia oculta e de um terceiro naquele cruzamento de mentes... aproximou-se sorrateiramente e preparou-se para o ataque.

Invadiu com uma vontade animalesca de enterrar de vez o rapaz na miséria onde ele estava, e sentiu o frio enregelante que tomava conta daquela consciência.

Novamente pairava sobre aquilo o peso de uma terceira alma... que Voldemort frustradamente não conseguia alcançar... na verdade algo que até então estava tão acessível lhe era muito distante, e distorcido.

Um vazio intenso... desesperado... assim como antes fora firme e forte... era agora desolado. No entanto... quando buscou toda e qualquer memória, elas lhe fugiram, quando buscou o âmago do jovem bruxo, ele estava inacessível...

E quando Voldemort despertou ergueu-se com a satisfação de ter ampla certeza que seu inimigo estava num estado irrecuperável... como seu espião informara.

Era algo para não se preocupar.


Naquela noite achou que se Voldemort voltasse não faria diferença...

Suas lembranças de infância não eram doces... sua família não estava ali... seus amigos estavam afastados, seu coração tinha um buraco...

Se pesasse bem as coisas... era muito fácil se entregar...

Muito fácil...

Mas havia algo que não o deixava ir... como se houvesse uma vaga sombra de esperança em algum canto... no meio da noite um sussurro rouco que fez desejar ouvir e soluços distantes pareceram trazê-lo de volta.

Seus olhos doíam... pela primeira vez tomou consciência de o quanto estavam doídos e cansados e lacrimejantes... o som que o trouxera de volta fora de uma criaturinha encarapitada numa cadeira e que fungava lhe passando um pano na testa.

-...Sem ficar sujo meu senhor... mas Dobby cuida.- e mais fugadas.- Dobby cuida bem de Harry Potter...

Encarou o elfo agora sentindo o corpo muito fatigado.

E o elfo o encarou torcendo o pequeno pano nas mãos.

Dobby nunca lhe parecera tão miserável... e começou a falar alto, dizer algo sobre esperar ele acordar...

-Dobby, não... por favor...- gemeu, sua garganta parecia emperrada.- Não faça barulho por favor...

-Sim... Dobby fazer silêncio então.


Apesar de andar reto em direção a mesa, Harry sabe que estão olhando, Dumbledore está... Mione, Rony, ainda sente o mesmo aperto no coração, "Eu não queria deixá-los preocupados..."

Sentia dor, física também, seu corpo estava fraco... mas no coração... por um segundo a dor foi tão grande que quase parou de andar...

Havia matado. Voldmort fizera dele um assassino, o que evitava que o fizesse de novo, agora? Nesse instante e levasse todos embora?

Era um pensamento angustiante... não saber...

"Dez dias." Lhe dissera Dobby.

Pomfrey queria chamar o diretor, mas ao olha-lo acabou cedendo aos muitos "estou bem... gostaria de ver meus amigos..."

Agora os tinha visto... porque não dava meia volta e saía correndo indo embora pra sempre?

Voldmort pode estar aqui comigo, esperando... espreitando.

Era só receio, sabia que antes de algo acontecer sentiria aquela dor maldita e...

Então era só a angústia de esperar aquela dor de novo, no começo do ano fora assim... poucos meses... porque esquecera? O duro fato da vida?

Porque se iludira? Tivera esperanças?

Percebeu que havia sentado de frente para os amigos, num dos poucos espaços abertos á mesa, Rony havia emagrecido e Hermione tinha olheiras ambos os olharam como se pedissem respostas.

-Estou bem.- murmurou fracamente.

Mas não teve forças para sorrir.


Severo entrou num outro corredor... andando devagar, como sempre fazia, não como sempre fazia... sempre fizera esses caminhos olhando cada parte com frieza... pensando em planos, maldizendo alunos, olhando e ouvindo para captar qualquer um fora do lugar, fora de hora...

Nessa noite a exaustiva apreensão que sentira nesses últimos dez dias havia se tornado uma culpa insana o corroendo aos poucos, não estava acostumado a ser solapado por sentimentos, sempre fora frio distante... mas era como se o outro estivesse em sua pele... mais... sob ela... como se fosse parte de sua carne e sangue...

Como se fosse um pedaço de si mesmo.

Um pedaço do qual não tinha controle...

Deuses... aquilo doía...

Mais tarde Dumbledore se trancara em seus aposentos dizendo para não ser incomodado, o velho ia peneirar suas idéias naquela penseira maldita a noite toda... tentando achar uma solução para a ausência de luz no olhar de seu preferido.

A imagem dele entrando no salão lhe tomou os sentidos novamente... pálido, magro... apesar de aparentar um certo cansaço... foi andando calma e firmemente até os amigos... como se ignorasse o resto...

Olhos apagados, distantes...

Acaba descobrindo o que significa a expressão "aperto no coração", é fácil se lembrar de um olhar feliz e luminoso num garotinho de onze anos... é fácil ver o quanto a maturidade foi chegando de modo cruel... fazendo alguém que perdera a infância perder a juventude também...

O olhar dele lembrava alguém muito mais velho... lembrava os presos de Azkaban, os velhos professores aposentados e aqueles aurores, os poucos, que conseguiam se aposentar... como Moody.

Ver a luta, a morte... fazia isso com as pessoas... o rapaz vira mais luta e morte que muito bruxo adulto...

Isso era triste, para alguém, segundo dumbledore dizia, ter o poder de amar, receber do mundo em troca toda essa dor e violência...

É uma coisa triste.

Severo se preparou para que cedo ou tarde, fosse procurar seu mestre para dizer, que apesar de tudo...

O garoto sobreviveu.


Draco Malfoy levantou os olhos atordoado, era a segunda vez na semana que acordava na enfermaria. Eram dias perigosos para a sonserina, bastava ser da casa da serpente para ser hostilizado pelos outros alunos... não que muitos sonserinos evitassem essa fama.

Quando acordava assim com a cabeça doendo se perguntava, o que poderia fazer? Estava encurralado.

Não é como se pudesse sair atacando o resto da escola, seria linchado, e amava seu próprio couro... muito. E não podia virar a casaca... seria assassinado dormindo. E mesmo assim, meia sonserina, perdida lhe olhava como que implorando "o que faremos?"

Sempre dizia, laconicamente, que a sonserina não se curvaria para ninguém... isso sempre apaziguava os ânimos... gemeu olhando vagorasamente em torno, parou na figura, branca e magrela sentada na cama ao lado.

-Eu sei o que você sente.

Ele disse na sua nova voz rouca e distante...

-Eu sei o que está pensando e sei que tem medo.

-Eu não tenho medo.

-Você tem receio de tomar uma decisão... mas você é um líder.. sinto dizer, mas não há regras para ser um líder...

-Vá se danar...

-Estando na beira do abismo Malfoy... é melhor dar logo um passo para frente ou para trás... antes que a beira desabe e não se possa fazer nada.

-Vá para o inferno Potter!- disse mais alto e sibilou de dor... sua cabeça estava latejando.

O outro o olhou, rosto meio coberto por bandagens... dessa vez ele conduzia alunos do terceiro ano, quando um grupo de sextanistas mal-encarados da Corvinal os cercaram... o chamando de filhote de comensal... os terceiranistas ficaram furiosos... conseguira estuporar algumas pessoas, mas sentiu-se apagar quando algo o acertara na cabeça.

-Foi um lustre...- disse Potter.

-Se você... você está lendo minha mente!O que quer Potter?

-Eu não quero nada.


Snape ficou sabendo do incidente, no dia seguinte a ele, Potter cancelou todas as aulas da AD, mesmo sob protestos gerais.

Fora ele que andando a esmo nos corredores havia encontrado o grupo que atacara os sonserinos e os colocou no chão.

Um dos Corvinais demorara dois dias para sair da enfermaria.

Segundo Potter, ele não havia ensinado coisas para machucar crianças de treze anos.

Draco dissera-lhe que Potter lhe dissera coisas estranhas, as pessoas agiam de modos estranhos perto dele, alguns pareciam tremendamente atraídos por sua figura, outros eram muito cautelosos, ele também começou a faltar aulas, para desespero de seus amigos, várias vezes Hagrid o havia levado de volta depois de encontra-lo vagando pelos arredores da floresta.

O rapaz parecia não se importar com mais nada, num estranho contentamento descontente.


Era noite... Fawkes agitou-se no puleiro e passou pela janela num farfalhar da plumas ígneas.

Dumbledore olhou pela janela, abatido... reparou num vulto no gramado.

Iluminado pelo luar.

-Novamente... – murmurou.

Os cabelos negros refletiam desgrenhados a luz da lua... e ele andava como se isso fosse normal, como se fosse comum algum aluno andar descalço a beira do lago.

E entrar nele.

O manto azul turquesa arrastou-se passando pelos sapatos esquecidos do rapaz... até a beira do lago.

-Novamente fora do castelo, Harry...- disse o velho com voz cansada.

-Cada dia vejo uma coisa diferente.- disse o rapaz com água até os joelhos e sem se virar.

-Há motivos para que os alunos...

-E você vai me punir?

-Entenda que sua atitude...

O rapaz deu de ombros, ainda de costas.

-Não faz diferença... me mande embora.

-Harry, sabe que está seguro...

-Ninguém está.

Dumbledore suspirou então disse com voz mais firme.

-Saia da água Harry.

-Ainda não...-o rapaz respondeu vagamente, agora com água tocando as mãos, que correram de leve sobre a superfície a agitando.

Dumbledore se esforçou para parecer efetivamente mais firme e sua voz saiu muito mais grave.

-Não é um pedido Harry.

A voz veio ainda baixa, mas um tanto ferina do rapaz que ainda estava de costas e já tinha água acima da cintura.

-Me impeça Dumbledore.

O tom de voz de Harry Potter o desconcertara, bem como o fato de que o rapaz não lhe olhara nenhuma vez, o temor de perder outro jovem o tomou... sua surpresa não o deixou acompanhar o fato de que o rapaz continuou a entrar na água, e que num momento a água se agitou com o baque do corpo do rapaz na água. Como se ele tivesse caído nela, então alguém entrou no lago e o tirou de lá.

-Achei que ia deixa-lo se afogar... – disse a voz grave.

-Severo... – murmurou

"As coisas mais importantes são invisíveis aos olhos, mas podem ser vistas com o coração...

O maior poder."

-Eu tive um sonho...- disse o homem moreno ainda com o outro no colo.- Achei que ele o tinha paralisado Alvo.

-Não Severo, meu rapaz, não... apenas conversávamos... e ele me disse algo estranho.

-Potter... não sabe nadar. O deixei inconsciente.

-Eu sei Severo...- disse vagamente.

Impossível descrever como se tornava claro aos seus olhos, como fora um erro, como julgara mal.

Era errado tentar consertar o que a vida fazia, tentara em vão poupar as pessoas da dor.

Sua bondade era seu erro, talvez os dois a sua frente tivessem que enfrentar aquela dor.

Severo tinha o direito.

Harry tinha o direito.

Acima de tudo... havia um laço que os unia, uma estranha magia antiga.

-Vamos entrar... está tarde para ficarmos aqui.- disse se dirigindo a grama e pegando com a mão os calçados abandonados.-Fawkes.

A fênix pousou no ombro de Snape.

E sumiram deixando apenas oscilações na água.

A semana de provas começava... e o tempo, coisa inevitável, passava devagar...

Dumbledore queria saber que magia era aquela que vira... e sabia que assim que terminasse as provas, era necessário, desfazer o que fora feito.

Harry só teria paz, quando seu coração estivesse em paz... e Dumbledore prometeu a si mesmo, que só esperaria uma semana.

Talvez fosse um erro, ou uma medida acertada.

Quem poderia afirmar?

Era uma questão de ponto de vista.


Eu demorei sei... agora podem ficar ansiosos o fim se aproxima... o próximo capítulo, ah, vou ser malvada... vão ter que esperar...