Capítulo Dez – A Falha do "Despertador"

- Sol? Sol?

- Hummmmmmmmmm…

- SOL!

- Lily? Por que você acordou tão cedo? – perguntou a bruxa ainda com os olhos semi abertos.

- A pergunta certa é: por que você dormiu até tarde? – Lua resolveu pronunciar-se.

- Como assim "até tarde"? Que horas são? – perguntou Sol enquanto se levantava.

- Bem, estamos praticamente no horário de almoço – informou Ingrid ao consultar o relógio.

- Então quer dizer que...?

- Exatamente, Sol. Perdemos as duas aulas de poções, as duas de História da Magia, e a aula de Aritimancia. Aliás se corrermos, ainda dá para pegar os últimos minutos de Aritimancia – disse Anne.

- Nossa! Meninas... eu realmente sinto muito, eu...

- Não, não se desculpe – pediu Lílian. – Somos nós quem temos que nos desculpar por sermos tão dependentes...

- Sol, o que aconteceu para que você perdesse a hora? – quis saber Lua. – Você nunca perdeu a hora!

- Teve mais pesadelos? – quis saber Lílian

- Pesadelos? – perguntou Lua.

- Não, Lily. Acho que perdi a hora por causa daquela noite mal dormida, então o sono se acumulou e deu no que deu. E Lua, eu tive pesadelos na noite anterior e não quis dormir mais.

- Ah... Agora entendi por que você ficou ontem a maior parte das aulas cochilando – disse Lua.

- E como era esse pesadelo? – quis saber Ingrid.

- Eu não me lembro...

- Nossa, que coisa estranha – comentou Anne. – Se você não se lembra como era o pesadelo, como você pode afirmar que teve um pesadelo?

- Er... por que eu acordei suando frio e assustada – mentiu Sol.

- Sei... – falou Anne pensativa.

- Bem, o que importa agora é que, antes de te acordar, despachamos uma coruja para Hogsmeade; finalmente encomendamos um despertador – informou Lílian.

- E se você voltar a ter pesadelos novamente – começou a falar Lua -, nos avise! Podemos pedir para Madame Pomfrey um pouco de sua poção sem sonhos. E se o problema se repetir por mais de uma vez, nós procuraremos o diretor.

- Obrigada, meninas. Vocês são uns amores! – disse Sol, sentindo novamente culpa por estar enganando suas amigas. – Mas no momento não é isso que está me preocupando… Como é que vamos justificar as nossas ausências aos professores?

- Enquanto não pensarmos em algo melhor, a única coisa que podemos dizer é a verdade – disse Ingrid.

- A professora de Artimancia e o professor de História da Magia irão nos perdoar – disse Anne. – O problema mesmo é a professora de Poções.

- Ah, o máximo que ela pode fazer é tirar alguns (talvez muitos) pontos da Grifinória e mandar fazermos uma mega redação sobre qualquer assunto fatigante. Bem, acho que conseguiremos sobreviver. Dá para enfrentar – ironizou Sol.

- Bom, pelo menos só teremos aula com a megera da Roberta Mazurca na semana que vem. Dá para se preparar psicologicamente até lá – disse Lílian.

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- Lily, por que você não apareceu hoje cedo? – perguntaram Luan e Tiago em uníssono quando a bruxa e suas amigas entraram no Salão Principal.

- Ei! Eu perguntei primeiro! – exclamou Tiago alterado. – Portanto, saia daqui. Lily responderá a mim!

- Tiago, eu estou preocupada com ela tanto quanto você!

- Há, não se compare a mim! Se eu me parecesse com você em qualquer coisa, por mais boba que seja, eu me mataria!

- Se eu me parecesse com você, eu me mataria; Tiago, você é muito burro!

- Burro! – repetiu o outro incrédulo. – Eu sou ótimo em todas as matérias, sou um excelente apanhador, sem falar que sei de muitas coisas que talvez você nunca venha a saber! Isso não são características adequadas para alguém que seja burro.

- Vê o que eu digo? É tão burro que não percebeu sobre o quê estou falando! É tão burro que não vê o óbvio. Tão burro que fica discutindo comigo por causa de coisas tão fúteis.

- Mas é claro que não sei sobre o que você está falando. Se você fosse mais inequívoco... Além do mais, eu não estou discutindo por causa de coisas fúteis. Vê, Lily, o Luan acha que os assuntos relacionados a você são fú... – Tiago parou de falar assim que percebeu que Lílian e suas amigas não estavam mais próximas deles. Na verdade o bruxo não fazia idéia de para onde elas tinham ido, já que estava entretido na discussão com Luan. – Olha o que você fez! Por causa de você ela nos deixou aqui sozinhos!

- Por minha causa? Não. Por sua causa, afinal foi você quem começou a discutir comigo! – falou Luan apontando o dedo indicador para o bruxo.

- Ok. Chega! – disse Remo ao chegar perto dos dois. – Lily fez bem em me chamar; se eu demorasse só mais alguns minutos vocês já estariam duelando, aliás, se atracando como dois trouxas! Bem, Tiago, venha comigo, e quanto você, Luan, peço desculpas - meu amigo não se conformou com o nam…

- Se você terminar de falar aquela palavra eu juro que acabo com os dois – ameaçou Tiago.

Remo não pensou duas vezes; não ousou dizer mais nada, apenas levou Tiago para longe do outro bruxo, arrastando-o para a mesa da Grifinória.

- Ah! Finalmente resolveu aparecer, Tiago! – saldou Sirius. – O que houve? - perguntou ao ver a expressão séria nos rostos dos dois amigos.

- Tiago estava discutindo feio com Luan. Eles estavam discutindo porque Tiago não queria que Lílian respondesse a pergunta que Luan fez, e sim a pergunta que ele fez. O interessante disso tudo é que ambos fizeram a mesma pergunta!

- Cara, sem querer ser chato, mas você anda com um humor tão instável! Às vezes fico pensando que não estou com o meu amigo e sim com uma garota... naqueles dias! – Tiago riu tão intensamente que logo sua risada virou gargalhada. – Vê o que eu digo: numa hora brigando por besteiras, na outra, ri a toa!

- Sirius – começou a falar Tiago, depois de controlar o riso -, talvez eu esteja alterado, pois, bem, eu realmente não irei engolir esta história de namoro. Não consigo! Saber que Lílian e Luan estão juntos... Isso está me enlouquecendo! – falou tristonho.

- Correção: você já enlouqueceu! – disse Remo. – Tiago, por favor, se controle! Lílian já está zangada por aquela pequena armação que fizemos ontem, imagine como ela está agora, depois de vê-lo discutindo com Luan. Não é irritando-a que você conseguirá conquistá-la, sabia?

- Você sabe melhor que eu que minha intenção nunca foi irritá-la (apesar de que às vezes eu a acho encantadora quando está nervosa), mas sempre acontece algo e, bem, ela sempre se irrita... Remo, diga-me, como faço para conquistá-la?

- Eu não sei – respondeu o bruxo. – Mas sei o que você não deve fazer, como, por exemplo, brigar com o namorado dela...

- ELE NÃO É O NAMORADO DELA! – gritou Tiago chamando a atenção da maioria das pessoas presentes no Salão Principal. Levantou-se e saiu resmungando.

- Tiago! – chamou Remo. – Aonde você vai? Tiago, nós teremos aula daqui a uns vinte minutos!

Tiago riu.

- Eu não vou! E se perguntarem, diga que estou trancado no meu quarto, que estou impossibilitado de absorver seja lá o que eles estejam ensinando.

Remo balançou a cabeça em sinal de desaprovação.

- Deixea-o esfriar um pouco a cabeça – disse Sirius.

- É, aproveite e nos diga o porquê de Lílian e de suas amigas terem desaparecido – falou Pedro.

- Pelo que Lílian me contou, as garotas do seu dormitório são acordadas por Sol todos os dias e há anos! Mas dessa vez ela acabou perdendo a hora – informou Remo. – Você faz idéia do que fez Sol perder a hora, Sirius?

- Ahhh... não faço a mínima idéia – respondeu sorrindo.

- Acho melhor você dar uma maneirada nesses passeios noturnos...

- Não se preocupe, pai – brincou Sirius. – Eu darei um tempo. Afinal, não quero que ninguém saiba que estamos saindo. Certamente irão colocar mais minhocas na cabeça de Sol, irão convencê-la de que ela será mais uma na minha vida.

- Isso é o resultado de suas várias aventuras. Você conseguiu fazer com que as garotas direitas tenham um certo receio de você! – disse Remo rindo. – Além do mais, as amigas dela não iriam colocar nenhuma minhoca, e sim adverti-la. Sol é só mais uma, não é? – perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

- Er... precisamos pensar em algo para ajudar Tiago – disse Sirius evitando olhar para Remo.

Remo deu um sorriso discreto e então disse:

- Já pensei em tudo: teremos que fazer com que Tiago não se encontre com Lílian.

- Ah, isso é moleza! – ironizou Sirius. – Não sei se você está lembrando, mas Lílian além de estar presente na maioria das aulas dele, pertence à mesma casa que ele!

- Ok, haverá ocasiões em que eles terão que se encontrar – admitiu Remo. – Mas podemos evitar que Tiago encontre Lílian com Luan; só quando ele os vê juntos que se sente mal. Bem, pelo menos assim ajudaríamos a aliviar um pouco a dor de cotovelo de Tiago.

- "O que os olhos não vêem, o coração não sente"?

- Exatamente, Pedro – disse Remo.

- É, isso pode funcionar – disse Sirius enquanto escrevia em um pedaço de pergaminho.

- Outro bilhete para Sol.

- Não, não. Estou apenas anotando o que Pedro disse; aquela coisa do coração e tal.

- Sirius, eu não perguntei, eu afirmei – riu Remo.

- Que seja – respondeu o bruxo saindo da mesa.

- Você não acha que...? – perguntou Pedro enquanto observava Sirius se afastar.

- Acho. Sirius está, por mais absurdo que isso possa parecer, apaixonado!

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- Er... Lily, eu tenho certeza de que a sua comida não está viva – comentou Sol.

- Por que você disse isso? – quis saber Lílian.

- Bom, é que desde a hora em que sentamos aqui a única coisa que você faz é cutucar a comida como se estivesse querendo certificar-se de que a comida não irá sair correndo por ai.

- Estou sem fome. – disse a bruxa ainda brincando com a comida.

- Você ficou chateada com a briga entre Tiago e Luan? – perguntou Lua.

Lílian ia responder, mas os gritos vindos da outra extremidade da mesa, a impediu.

- ELE NÃO É NAMORADO DELA! – gritou Tiago e, em seguida, levantou-se da mesa e saiu andando.

- Tiago! – agora era Remo quem aumentava o tom de sua voz – Aonde você vai? Tiago, nós teremos aula daqui a uns vinte minutos!

Ele riu e, após isso, disse:

- Eu não vou! E se perguntarem, diga que estou trancado no meu quarto, que estou impossibilitado de absorver seja lá o que eles estejam ensinando. – Tiago saiu nervoso do Salão Principal.

- Bem – começou a falar Anne, quebrando o silêncio; quando a gritaria começou, todas as garotas tinham ficado quietas para ouvir -, é óbvio que eles estavam falando sobre a Lílian.

- Você viu como Tiago ficou alterado? – perguntou Ingrid. Lílian largou os talheres com violência, provocando um barulho estridente que chamou a atenção das garotas.

- Estou indo para a aula de adivinhação – avisou a bruxa ao se levantar.

- Mas, Lily, ainda falta um tempinho para a aula começar, sem falar que nem terminamos de almoçar ainda – protestou Ingrid.

- Eu disse que iria a sala, não disse que era para vocês me acompanharem; podem terminar de almoçar tranqüilamente – replicou Lílian mal-humorada e, em seguida, caminhou para fora do Salão Principal.

O que nem Lílian nem suas amigas haviam percebido era que Luan observava a garota de sua mesa e, assim que a viu sair, foi atrás dela para conversar.

- Nossa! – comentou Ingrid quando Lílian já havia saído do Salão Principal.

- Definitivamente, aquela discussão mexeu com ela – concluiu Anne.

- Fico me perguntando – começou a falar Sol - como será este jogo sábado que vem.

- Será que vai ter briga? – quis saber Lua.

- Não sei, mas como os dois são apanhadores... Bem, presumo que esse jogo será muito disputado – disse Sol.

- Ei, ei, ei! – Anne chamou a atenção das amigas. – Não se assustem, mas tudo indica que o caçador está vindo falar com a sua vítima!

As garotas olharam para a direção em que Anne apontava discretamente. Sirius estava caminhando na direção delas.

- Ok, Sol. Não importa o que ele te pergunte responda sempre com um sonoro "não" – aconselhou Ingrid.

- Principalmente se o que ele vier perguntar é se você quer sair com ele – adicionou Lua.

- Olhe para o seu relógio várias vezes para que ele pense que você tem compromisso. Assim ele será breve. – aconselhou Anne.

- Ah, e ignorá-lo também é bom. Deixe-o falando sozinho, assim Sirius deve perceber que você não quer nada com ele e desiste de fazer de você mais uma vítima – disse Ingrid.

Sol ia perguntar Às amigas como poderia consultar o relógio várias vezes se ela não estava usando um no momento e como iria responder "não" a ele e ignorá-lo ao mesmo tempo quando Sirius chegou:

- Oi, Sol. Tudo bem?

Certo, o negócio de responder "não" a tudo o que ele falar está fora de cogitação, afinal eu estou bem e, certamente, se eu seguisse o conselho de Ingrid e dissesse "não" ele me perguntaria o porquê de eu não estar bem e então eu lhe responderia um outro "não"? Isso não faz sentido... A idéia de ficar consultando o relógio a cada minuto também foi descartada, afinal eu não estou usando relógio! E ficar perguntando para outra pessoa que horas são de minuto em minuto, pode acabar irritando o sujeito que está com o relógio que aliás, não tem nada a ver com a conversa entre Sirius e eu. Hum... o conselho mais plausível é o de ignorá-lo.

- Tudo, e você? – Ok, eu definitivamente não consigo ignorá-lo. Bem, mas quem conseguiria resistir àquele par de olhos negros fixos em você?

- Tudo ok – respondeu sorrindo. – Er... Sol, você esqueceu esta pena ontem numa das aulas...

- Esqueci? – perguntou confusa. – Ah, é... esqueci! – corrigiu-se ao perceber o que o bruxo pretendia fazer. – Obrigada.

Sirius entregou a pena e saiu de perto de Sol e de suas amigas. Quando o bruxo colocou a pena na mão de Sol, ela logo percebeu que não havia apenas uma pena ali: junto havia um pequeno pedaço de pergaminho.

Com a desculpa de estar guardando a pena em sua mochila, a bruxa abriu o pequeno pedaço de pergaminho para ler a mensagem contida nele.

Este seria o momento ideal para dizer o quão culpado me sinto por você ter perdido a hora; afinal, foi minha culpa que a senhorita perdeu duas noites…
É, mas não farei isto. Por quê? Sinceramente, duas aulas de Poções, duas de História da Magia, duas de – bem, eu não faço idéia de quais seriam as suas últimas aulas, pois não são as mesmas que as minhas... Céus, eu não deveria estar pedindo desculpas e sim agradecimentos, pois eu fiz o grande favor de fazê-la perder estas aulas insuportáveis!

Com saudades,

S.B.

Espere um pouco: Sirius escreveu "com saudades"? – Sol releu o final do bilhete. – Uau! Ele escreveu mesmo isso! Nossa... nos encontramos ontem à noite, ele acabou de me ver e, mesmo assim, está com saudades... Será que...? Não, não seja boba, Sol; é óbvio que ele não sente nada por você. Ele deve fazer isso com todas.

- Sol, responda! – mandou Lua.

- Responder o quê? – perguntou a garota assustada. Será que elas viram o pergaminho?

- Por que você não seguiu nossos conselhos? – Anne repetiu a pergunta que tinha feito e que Sol não ouvira, pois estava entretida lendo a mensagem que Sirius lhe entregou.

- Ah, isso... Porque... primeiro: eu estou sem relógio; segundo: se eu dissesse "não" a qualquer coisa que ele falasse, bem, isso seria um tanto quanto bobo; terceiro: eu não iria ignorá-lo, pois ignorar uma pessoa é uma total falta de educação – disse Sol enquanto, por de baixo da mesa, escrevia apressadamente uma resposta para Sirius.

- Não era pra você dizer a palavra "não" a tudo o que ele dizia. Ingrid quis dizer que era para você responder negativas para ele, se bem que confesso que responder negativas a tudo o que Sirius dissesse iria ser um tanto quanto confuso...

- Viu? A verdade é que os conselhos que vocês me deram não foram muito bons. E vejam só: essa pena não é minha! - disse Sol após ter terminado de escrever a resposta do bilhete e a enrolado na pena que Sirius lhe dera. A minha está aqui na mochila! – disse ela levantando-se.

- Aonde você pensa que vai? – perguntou Anne.

- Devolver a pena.

- Sozinha? – quis saber Ingrid.

- De jeito nenhum! Nós vamos com você – disse Lua antes de Sol responder a Ingrid.

- Credo, gente! Vocês falam como se ele fosse me atacar a qualquer momento! – Sol reparou no que havia acabado de dizer. Agora era sabia como isso deveria irritar Sirius...

Elas não o conhecem como eu, pois se conhecessem como eu o conheço, certamente a opinião delas mudaria... Sol! Por favor, você só saiu com ele duas vezes, conversou com ele apenas por alguns momentos e já se acha íntima! Céus... eu não posso estar gostando dele. Não! E se elas estiverem mesmo certas? E se Sirius for mesmo esse cafajeste que a maioria das garotas dizem que ele é?

- Sol, ele não vai atacar a qualquer momento, porque ele está atacando! – informou Anne. – É óbvio que ele sabia que a pena não é sua e entregou mesmo assim, pois saberia que você iria devolver ao constatar que a pena não é sua; tudo isso foi armado para que ele pudesse falar a sós com você.

- Sua sorte, Sol, é que você nos tem como amigas – disse Ingrid. – E não vamos deixar que Sirius-Garanhão-Black faça de você mais uma vítima.

- Bem, já vi que ou levo vocês, ou levo vocês... Então vamos antes que ele saiu do Salão Principal.

As garotas saíram da mesa e caminharam ao lado de Sol. Sirius estava de pé, próximo da mesa da Grifinória, conversando com Remo. Ambos estavam esperando Pedro terminar de almoçar.

- Hum... Sirius?

- Sim?

- A pena que você me deu não é minha – disse e em seguida colocou cuidadosamente a pena e o pergaminho (que ela escondia com a palma da mão) na mão do bruxo. – Mas agradeço mesmo assim.

- Que estranho. Jurava que era sua! – disse o garoto fingindo surpresa.

Ela ia falar mais, mas sua irmã começou a puxá-la, dizendo que ela tinha muito que fazer antes do horário do almoço terminar.

- Eu sabia! O bilhete era para Sol – disse Remo triunfante.

- Humm... – fez Sirius. Ele não queria admitir que Remo estava certo. Ele odiava quando o amigo surgia com a suas afirmativas parecidas com interrogativas, pois geralmente ele estava certo.

Sirius abriu o bilhete:

Agradecê-lo! Ah, sim... claro. MUITO obrigada, fico grata pelos pontos que serão subtraídos da Grifinória e pelo trabalho extra que a professora Mazurca certamente passará.

Obs1: você vai me ajudar a fazer o trabalho! Eu sei o quanto você é bom em poções...

Obs2: apesar de parecer, eu não estou te culpando; afinal, eu saí com você porque eu quis. Digamos que os dois são culpados. Ah, e... eu estou com saudades também.

S.C.

O bruxo sorriu abobado e guardou o bilhete no bolso das vestes.

- Sirius, você está apaixonado por ela – disse Remo com um sorriso zombeteiro.

- Claro que não! Eu e Sol, não, não, nós apenas... ela só – Sirius parou de falar ao ver a expressão de triunfo no rosto do amigo. – Você não perguntou, certo?

- Correto – riu Remo.