AS MARCAS DE UM ANJO
por Nina Neviani
Capítulo IV – FotografiasShiryu, depois de deixar Shunrei em casa, foi até o centro da cidade. No dia seguinte iria almoçar na casa de Seiya. Fazia tempo que não via seu afilhado, por esse motivo resolveu comprar uma bola de futebol para o garoto. Filippo amava esportes e sonhava em ser jogador de futebol. No caminho até o shopping, seus pensamentos como já se tornara comum nos últimos dias, convergiram para a figura de uma bela enfermeira chinesa. Por ela mexe tanto comigo? Será que isso que as pessoas chamam de amor? Não! É claro que não! Não posso amar uma pessoa da qual sei tão pouco, ou posso? O fato de amar ou não Shunrei não tem tanta importância no momento. O importante é fazê-la confiar em mim. Se bem que essa não parece uma tarefa muito fácil, levando em conta a aparente aversão que ela tem por relacionamentos. Sorriu. Ou melhor, que Shunrei tinha por relacionamentos. O sorriso do policial ficou mais largo. Ainda não conseguia acreditar que Shunrei era sua namorada. Podia sentir o perfume dela no carro. E... gostava disso!
Desceu do carro. Antes de chegar à loja de artigos esportivos, passou em frente a uma loja de chocolates e não resistiu a tentação de comprar uma caixa de bombons para Shunrei. Aproveitou e comprou uma para o seu afilhado também. E se ela não gostasse de chocolate? Afastou o pensamento pessimista da cabeça. E foi comprar o presente que daria para Filippo.
Shunrei estava sentada na cama, com as mãos na cabeça e com esta abaixada. Deixe de ser medrosa Shunrei, dessa vez você não vai sofrer! Dizia para si mesma enquanto enxugava uma lágrima, que assim como muitas outras, teimava em molhar o seu rosto. Não podia ser errado, pois tudo parecia tão certo... o sorriso,... o abraço, ... o beijo. Ah, o beijo! Eu já fui beijada muitas vezes antes, mas então porque o beijo que troquei com Shiryu parecia ser realmente um beijo? Por que, agora, todos os outros beijos pareciam insignificantes? Ah, não Shunrei! Você não pode se envolver tanto! Não, pelo menos, até ter a certeza de que é correspondida, e de que não vai se machucar novamente.
Secou as lágrimas e foi até a sala. Abriu a última gaveta do armário e encontrou o que queria. O seu álbum de fotos. Sentou-se no chão. As primeiras fotos mostravam uma Shunrei ainda bebê. Na página seguinte, estava uma das fotografias que ela mais gostava. A fotografia de seu pai e da sua mãe. Tinha uma cópia dessa foto em um porta-retrato na estante. Era como se os dois cuidassem dela. Sempre que olhava mais atentamente para a sua mãe, dava razão às palavras do seu avô. "Você, no que diz respeito à aparência é uma cópia fiel da sua mãe". Mas será que sou tão bondosa e inteligente quanto a minha mãe era? Seu avô não teve muito tempo de analisar essas qualidades na neta. Meu avô... Não havia um dia sequer que não se lembrasse dele. Mesmo tendo perdido seus pais com dois anos, e seu avô com vinte, sentia mais falta do sábio Dohko. O que o sábio vovô diria se eu pudesse perguntar a ele sobre o Shiryu?
Terminou de ver as fotos e resolveu ler um livro. Fora mentira o que dissera para Shiryu, na realidade ela não tinha afazer algum. Escolheu um livro de enfermagem, tinha uma boa quantidade de romances, mas não queria nada que lembrasse o seu... namorado. Era estranho pensar nele como seu namorado. É Shunrei... o paciente narcisista hoje é o seu namorado. Novamente voltara a pensar em Shiryu. Concentrou-se totalmente no livro, e para seu alívio conseguira ficar algumas horas sem pensar no policial.
Shunrei acordou por volta das nove e meia da manhã. Não costumava acordar tão tarde, se bem que tinha um desculpa para tal comportamento. Tivera um sonho muito bom com... Shiryu. E ela decidiu que deixaria de ter receios com relação ao namoro com o policial. Se, por acaso, viesse a se machucar novamente, tornaria a levantar e seguiria a sua vida. Sua família não se orgulharia de uma filha medrosa e insegura. Tomara essa decisão durante o desjejum.
Depois do banho, vestiu o seu traje chinês preferido. Era na cor vinho e tinha detalhes florais. Não costumava usá-lo para sair, pois não gostava de chamar atenção das pessoas para o fato de ser estrangeira. Em casa, porém, ela só usava os seus trajes chineses. Dessa forma sentia-se um pouco mais perto da China.
A campainha tocou.
Era Shiryu... mais bonito do que nunca e ainda por cima com uma caixa de bombom nas mãos. Ou seja, não podia haver uma cena mais tentadora. Ficara admirando Shiryu e esquecera de cumprimentá-lo.
– Bom dia, Shiryu. – disse com um sorriso tímido no rosto.
– Bom dia, Shunrei – ele cumprimentou-a também sorrindo.
– Entre.
Shiryu não estava gostando daquele tratamento formal. Afinal eles eram namorados! Era verdade que o namoro começara no dia anterior... Só que depois do beijo do dia anterior ele não se conformaria com um tratamento de amigo. Depois que Shunrei fechou a porta ele a beijou. E ficou imensamente feliz ao perceber que logo foi correspondido. Estreitou o abraço, porém segundos depoia pôs fim ao beijo, já que no que se referia a Shunrei, não confiava plenamente no seu autocontrole...
– Agora sim, um ótimo dia, Shunrei. – sorriu.
Ela também sorriu antes de dizer.
– Certo, eu devia ter feito isso antes de te desejar um "bom dia", não é mesmo! – ela perguntou referindo-se ao beijo.
– Eu teria adorado.
– Eu também. – confessou – É que nós começamos a namorar ontem, é tudo muito novo...
– Eu te entendo. – mudou de assunto – Você gosta de chocolate? – perguntou mostrando a caixa de bombons.
– Adoro! – ela respondeu sinceramente.
Enquanto admirava os bombons Shunrei notou que Shiryu parara de falar. Olhou para ele, e percebeu que ele olhava para a sua roupa.
– O que foi? – perguntou um pouco confusa, só então se deu conta que usava uma veste chinesa.
– Nada...
– Nada?
Ele ficou um pouco vermelho e declarou:
– É que você fica mais bonita ainda vestida assim.
Ela corou mais do que ele.
– Fique a vontade, eu vou levar os bombons para a cozinha. Ah... – deu um leve beijo nele – muito obrigada. – disse, mostrando a caixa de bombons.
Shiryu sorriu.
Na estante dela estavam apenas dois porta-retratos. O primeiro tinha uma fotografia de um casal, o local onde eles estavam era montanhoso, e logo Shiryu deduziu se tratar dos Cinco Picos Antigos, em Rozan, na China. A mulher era extremamente parecida com Shunrei.
– São meus pais. – Shunrei que já estava novamente na sala, informou – Nessa foto eles estavam em Rozan, eu fui criada lá.
– Quantos anos você tinha quando eles se foram?
– Dois... Eu não me lembro deles. Você se lembra dos seus?
– Não... Segundo os registros eu tinha menos de um ano, quando fui para o orfanato. Não me recordo de nada.
– Mas como eles sabem que seus pais eram chineses?
– Eles não sabem ao certo, apenas deduzem, já que eu murmurava algumas poucas palavras em mandarim. E naquela época houve uma forte imigração chinesa aqui no Japão.
Shunrei resolveu mudar de assunto, pois o tema "família" era triste para os dois.
– Este é o meu avô. – disse apontando para a outra foto – Dohko.
Shiryu passou a observar melhor a outra foto. Uma garota, com cerca de quinze anos, estava abraçada com um senhor, que mesmo com um ar sério, parecia estar alegre.
– Esta – ele apontou para a adolescente da foto – eu devo supor que seja você? – ele brincou.
– Como você descobriu? – ela disse, fingindo surpresa.
– Pelo sorriso. – ele disse antes de beijá-la.
– Quer almoçar aqui? – ela convidou.
– Eu adoraria, mas na realidade eu vim convidá-la para um almoço. – sentaram no sofá.
– Sério! Aonde?
– Você lembra do outro policial que estava comigo naquele dia?
– Sim, lembro.
– Então, o nome dele é Seiya, e ele é o meu melhor amigo. Eu sou padrinho do filho dele. Alguns domingos eu almoço na casa dele e quero apresentar você para eles.
– Ah, Shiryu! Não é uma coisa muito íntima? Esse seu amigo nem me conhece!
– Tenha certeza, de que o Seiya de tanto me ouvir falar sobre você, já te conhece muito bem.
Ela não pôde deixar de se sentir feliz. Ele também pensava nela!
– Tudo bem. Quantos anos têm o filho dele?
– Seis. O Filippo é um garoto maravilhoso.
– Eu adoro crianças. – ela declarou.
– Está vendo, mais um razão para você ir.
– Tudo bem, eu vou. Eu vou trocar de roupa.
Shiryu, ao se encontrar sozinho prestou mais atenção no cômodo. Era claro e muito organizado, além de claro, muito limpo. Shunrei devia gostar muito de ler, pois ali se encontravam muitos livros. Ao menos, já podia deduzir outra característica de Shunrei, ela gostava de ler.
No carro, Shunrei decidiu que era bom chegar na casa do amigo de Seiya sabendo algo sobre a família.
– Qual é o nome da esposa do Seiya? – perguntou.
– Desculpe-me, Shunrei. Eu estava me esquecendo de contar... A mãe do Filippo morreu quando ele tinha dois anos e meio.
– Coitadinho... Como ela morreu?
– A Shina era policial. Na realidade ela foi a melhor policial que Tóquio já viu. Quando o Filippo tinha dois anos, ela decidiu que já era hora de voltar a trabalhar. E seis meses depois ela faleceu em um resgate que não deu certo.
Shunrei percebeu que falar morte da policial deixou Shiryu triste.
– Vocês eram amigos?
– Sim, éramos grandes amigos. Todos eram amigos dela. Mas ela era minha companheira, então eu senti muito. Era maravilhoso trabalhar com ela. Ela tinha um senso de justiça que pouco policiais têm. Esse mesmo senso eu volto a ver no Filippo.
– Foi bom você ter me contado, pois eu jamais imaginaria que o Seiya fosse viúvo.
– Na realidade não é...
– Como! – agora ela estava confusa.
– Eles não eram casados.
– Não! Por quê?
– A Shina dizia que não acreditava no casamento.
– Entendo...
A casa de Seiya não era muito distante da casa de Shunrei, assim em poucos minutos chegaram. Era uma casa grande e muito bonita. Shiryu abriu a porta do carro para Shunrei e foi pegar a bola de futebol que daria ao afilhado. Entregou a caixa de bombons para Shunrei. Seria interessante que Shunrei desse o chocolate para o Filippo, já que o menino adorava doces. Se bem que Shiryu podia apostar como Shunrei encantaria seu afilhado em um piscar de olhos.
Mal Shiryu acabou de tocar a campainha, a porta foi aberta e um garoto de olhos verdes e cabelos castanhos iguais ao de Seiya que se jogou nos braços de Shiryu.
– Tio Shiryu!
– Daí, garotão? Trouxe um presente pra você – o menino já estava novamente no chão e abria a caixa na qual estava a bola.
Os olhos dele brilharam quando viu a bola de futebol novinha. Ergueu a cabeça e agradeceu-o.
Então, seus olhos pousaram em Shunrei. Só agora se dava conta que o padrinho não havia chegado sozinho.
– Oi. – cumprimentou timidamente.
– Oi, Filippo. Tudo bom? – ele fez que "sim" com a cabeça. – Esses chocolates são para você.
– Nossa. Obrigado, eu adoro chocolates!
Shiryu achou melhor fazer uma apresentação correta.
– Filippo, essa é Shunrei, minha namorada.
O menino colocou a mão na testa, em um gesto quase teatral, mas que demonstrava que ele tinha esquecido de algo muito importante.
– Eu tinha me esquecido! Papai me disse que a namorada de você viria também.
Nesse momento Seiya aparece na sala.
– Filippo, você ainda não os convidou para entrar? – o menino abriu mais a porta e deu passagem para o casal.
Seiya cumprimentou Shiryu com um abraço e Shunrei com um aperto de mão.
– Seja bem-vinda, Shunrei. – ela agradeceu, e Seiya informou – Ainda falta um pouco para que o almoço fique pronto, enquanto isso. Fiquem à vontade.
– Não precisa de ajuda? – Shunrei ofereceu.
– Não, obrigado. E não se preocupe também, eu cozinho um pouco melhor do que o Shiryu. – debochou, antes de ir para a cozinha.
– Você cozinha mal? – ela perguntou sorrindo.
– Claro que não! Eu apenas não cozinho. – os dois riram – A minha geladeira é repleta de comida comprada pronta. Mas o Seiya cozinha bem, é normal eu vir almoçar aqui nos domingos. Então o que achou do Filippo?
– Ele parece ser encantador e muito inteligente também.
– Sim, ele é. Veja algumas fotos dele mais novo. – disse enquanto se dirigia com ela até um balcão que estava cheio de porta-retratos.
Uma fotografia em especial chamou atenção de Shunrei, na foto Filippo aparentava estar com menos de três anos e estava junto com uma mulher lindíssima, que Shunrei reconheceu-a como mãe do menino. A criança tinha olhos idênticos ao dela. Ambos sorriam e pareciam muito felizes.
– Essa é a Shina. Essa fotografia foi tirada dias antes de ela morrer. – Shiryu explicou.
– Ela era linda.
– Sim, era muito bonita. Nós brincávamos com ela, dizendo que os bandidos apenas a respeitavam porque ela era bonita. – sorriu – Ela fica muito brava com a gente quando dizíamos isso.
Shunrei ponderou se Shiryu não sentira algo mais do que amizade pela mãe de Filippo. Lembrou-se do que ele disse no carro, minutos antes: "... ela era minha companheira, então eu senti muito... Era maravilhoso trabalhar com ela." E julgando pela beleza da policial, provavelmente era muito fácil alguém se apaixonar por ela, e seria ainda mais fácil se tivesse um contato diário... Seus pensamentos foram interrompidos.
Filippo volta para a sala e pergunta para Shiryu:
– Tio Shiryu, vamos jogar bola?
– Vamos, vamos sim.
– Você quer jogar também, Tia Shunrei?
Shunrei gostou de ser chamada de "tia". Mas respondeu calmamente.
– Desculpe-me querido, eu não sei jogar futebol. Mas podemos fazer o seguinte: enquanto você e Shiryu jogam bola, eu ajudarei seu pai na cozinha. – o garoto concordou com um gesto. Shiryu deu um beijo no rosto dela antes e indicou o caminho até a cozinha antes de ir para o quintal brincar com o afilhado.
No caminho até a cozinha Shunrei se deu conta de que sentira ciúmes de Shiryu. "Só eu mesmo! Começo a namorar em um dia e no seguinte já estou ciúmes, e ainda por cima com ciúmes de uma mulher que já morreu!"
A cozinha era grande. Pelo que pôde perceber o que Shiryu disse era verdade: Seiya cozinhava bem.
– Licença. – pediu antes de entrar no cômodo. – Posso te ajudar? Shiryu e Filippo estão jogando bola.
Seiya olhou pela janela e viu o amigo e o filho jogando bola.
– Até que Filippo demorou a convidar Shiryu para jogar futebol. Ele quer ser jogador quando crescer.
– Sério? – Da janela ela pôde ver o garoto driblar o padrinho. – Pelo jeito ele joga bem.
– Sim, ele joga bem. – sorriu – E não é porque ele é meu filho.
Ela também sorriu.
– Shunrei... Eu sei que você e o Shiryu se conhecem há pouco tempo, mas eu o conheço há muito e estou percebendo que o que ele está sentindo por você é diferente. Dê uma chance para ele. Estou quase certo de que ele pode te fazer feliz, se você quiser.
Shunrei sentiu que Seiya falava o que ele acreditava ser verdade. Olhou novamente para Filippo e Shiryu brincando. Ambos se divertiam. No fundo, ela queria acreditar nas palavras que acabara de ouvir, mas achava que era cedo demais. Voltou-se para Seiya mas não sabia o que falar.
– Agora, se você quer me ajudar...
Seiya informou no que ela podia ajudá-lo e em pouco tempo já trabalham em harmonia. Dessa forma o almoço saiu mais rápido do que Seiya planejara.
– O almoço está pronto, meninos. – Shunrei chamou da porta que dava acesso ao quintal.
Seiya disse da cozinha:
– Filippo, lavar as mãos...
O menino foi fazer o que o pai ordenara.
– Meninos? – Shiryu indagava referindo-se a forma como ela havia o chamado.
– Você estava brincando como um. – ela explicou sorrindo. – Era bom você seguir o exemplo do seu afilhado e ir lavar as mãos também, o almoço já está na mesa.
– Faço o que você mandar. – disse erguendo as mãos em um gesto de rendição, e depois a beijou levemente.
Alguns minutos depois, durante a refeição, Filippo perguntou:
– Tia Shunrei, você quer ser a minha madrinha?
Os dois homens presentes riram.
– Você não tem madrinha, Filippo? – Pelo que Shunrei sabia, não era comum ter apenas padrinho.
Seiya iria explicar mas o próprio Filippo foi mais rápido.
– Não. – disse completando a sua negação com um gesto com a cabeça. – No dia do meu batizado quem seria a minha madrinha faltou, então eu só tenho padrinho.
Seiya esclareceu.
– Sim é verdade, Shunrei. Porém, Filippo, a amiga da sua mãe que seria a sua madrinha não faltou. Apenas chegou atrasada.
– Dá na mesma! Eu não tenho madrinha.
– Bom, esse é um problema resolvido. – Shunrei falou.
– Quer dizer que você aceita ser minha madrinha? – perguntou o garoto visivelmente alegre.
– Claro que aceito!
– Eu vou pegar a minha câmera fotográfica para tirar uma foto da minha madrinha. – disse antes de sair correndo até o seu quarto.
Shiryu explicou:
– Essa é uma outra paixão do Filippo. Fotos.
Em pouco instantes inúmeras fotos já haviam sido tiradas. E o garoto continuava a fotografar.
– Seria bom eu ter um foto dos meus padrinhos juntos, né pai?
– Claro. – Seiya concordou.
O garoto preparou-se para tirar a foto. Shiryu passou o braço pelo ombro de Shunrei. Ela também se aproximou mais do namorado.
– Ei! – ambos foram advertidos pelo afilhado – Sorriam! Eu quero uma foto de vocês sorrindo.
Todos riram com a ordem do menino, e ele aproveitou o momento para fotografá-los.
O resto da tarde foi muito divertido também. E ao entardecer Shiryu deixava a namorada em casa.
– Então, gostou do almoço!
– Claro! Eu adorei! – ela respondeu sinceramente – Quando saí de casa, não imaginava que voltaria sendo madrinha de um garoto adorável como o Filippo. – sorriu.
– Ele se encantou com você também. Ele normalmente é mais reservado com pessoas que ele não conhece muito bem, mas você o conquistou rapidinho. Aliás, quem você não conquista, Shunrei?
Ela ficou um pouco vermelha e perguntou:
– Por acaso, eu já conquistei você?
– Ainda não percebeu? Na verdade você já me conquistou há algum tempo... – Beijou-a.
Mais tarde, depois que já haviam se despedido, Shunrei percebeu que se sentia muito feliz e sabia que estava assim graças ao seu policial. Sem saber, naquela tarde ele havia desmanchado um pouco da barreira que Shunrei erguera ao redor de si mesma anos antes.
Continua...
N/A: Desculpem-me! Eu sei que demorei muito para colocar esse capítulo no ar... Esqueci de perguntar: Vocês ainda lembram dessa fic?
Mas eu não demorei a postar por preguiça, não! É que as minhas aulas já voltaram e a minha vida voltou a ser a correria de sempre...
E então: O que acharam desse capítulo? Tá, eu sei que não teve nada de "revelador", mas achei que seria interessante descrever esses primeiros momentos do namoro dos dois...
Vocês gostando ou não eu quero reviews! Por favor... Nina Neviani e seu discurso de sempre: eu preciso saber do que vocês estão gostando ou não para poder deixar essa fic da melhor maneira possível...
Ah, uma última coisa: Eu sei que essa fic não retrata corretamente os costumes nipônicos, por isso, desculpem-me novamente.
Um Beijão! Desde já agradeço pelos reviews!
Até (eu espero) logo!
Nina Neviani