By: Four Evil Stars. (CaHh Kinomoto, Juliane.chan, Akane Kittsune e Petit Ange)
CAPÍTULO 13:
Santuário...dia seguinte.
Reunidos no Grande Salão do Mestre, estavam Atena, Shion, os doze cavaleiros de ouro, os cavaleiros de bronze e duas convidadas inusitadas. Akane de Ariadne e Yakumo de Quimera.
Após contarem os últimos acontecimentos, houve um breve silêncio quebrado pela voz irritada de Máscara da Morte.
"Vocês foram ridículos! Se eu estivesse lá, teria mandado todos pro outro mundo com apenas um dedo!"
"Talvez sim, se o inimigo não fosse o deus da Guerra."-disse Shaka em tom conciliador.-"Além do agravante de ter Perséfone como aliada agora."
"E daí? O que ela tem?"-Máscara ainda dizia.-"Duas megeras como guerreiras que a traíram. Grande coisa!"
"Como deusa do mundo dos mortos, ela pode reviver qualquer guerreiro. Incluindo os espectros que já serviram seu imperador Hades."-respondeu Akane, contendo a vontade de esganar o cavaleiro de Câncer pelo tom debochado ao se referir a sua deusa.-"Não estranhe, Cavaleiro de Câncer...se aparecer na sua porta os 108 espectros."
"Acredito que era isso que Ares queria."-diz Atena.-"Um exército poderoso. De guerreiros que já morreram durante todos esses séculos."
"Então... Ainda acha que fizemos errado?" - Milo pergunta, sarcástico.
"Sim. Ainda acho! Deveriam ter acabado com eles."
"Se seu intelecto inferior não está pronto pra computar a maldita informação que acabou de ser dada a você, então fique calado!" - fala uma irritada Yakumo.
"Eu nem sei por que estas duas estão aqui! São servas de nossos inimigos, pelo o que me consta."
"Cavaleiro de Câncer."-Shion tenta acalmar os ânimos.
"Ninguém pediu sua opinião."-retruca Yakumo a Câncer.
"Garota, vou te ensinar a respeitar quem lhe é superior em poder!"-Máscara concentra seu cosmo na ponta de seu dedo. Yakumo se posiciona para contra atacar.
"Não faça isso."-alertou Mu, colocando a mão sobre o ombro de Máscara da Morte e com a voz firme.
"Ou o que?"-instiga o outro.
"Ou terei que usar de força com você, para acabar com esta discussão inútil!"-responde Áries.
Máscara da Morte iria responder algo, mas Saori fez um sinal para ele calar-se.
"Mas... Se Ares realmente reviveu todos os guerreiros poderosos que morreram nesse século... Não é só o número que me assusta... E o seu poder...?"-Shion desvia o assunto para o problema que enfrentariam.
"É um exército poderosíssimo, que não podemos subestimar." - Saori suspira.
"Voltamos à estaca zero... O que fazer?" - Akane suspira, com um meio sorriso, os braços cruzados.
"Não sei." Athena suspirou "Gostaria de evitar isso, mas parece ser impossível."
"Alguma sugestão?"-Seiya manifestou-se,perguntando aos cavaleiros presentes.
"Acho que devemos esperar um ataque a qualquer momento."-diz Atena.-"Não seremos precipitados em atacar Ares em seu refúgio, isso seria suicídio. Vamos aguardar o primeiro movimento deles."
"Concordo."-diz Shion.
"Shion, organize a segurança do Santuário para o caso de um ataque."-ordena Saori.
"Sim."
"Estive no Olimpo enquanto vocês lutavam aqui. Os deuses apesar de saberem da trama de Ares preferem não intervir."-Saori suspira.-"Como bem se lembram, devido as nossas últimas batalhas, não somos bem vistos pelos demais deuses. Zeus diz que só dirá algo a respeito depois de refletir sobre os acontecimentos."
"O que pretendem fazer, Estrelas?"-foi a vez de Ikki falar.
"Devido aos acontecimentos, achamos prudente esperar que Tessa se recupere de seus ferimentos."-respondeu Akane.-"Depois partiremos."
"Partirão?"-Shaka surpreende-se.
"Foi decisão de Harpia. E nós a nomeamos nossa líder nesta crise."-respondeu Yakumo séria.-"Voltaremos ao templo para nos organizarmos."
"Aquele lugar está abandonado."-diz Saga.
"Mas é a nossa casa."-responde Yakumo.
"Quando a guerra estourar, certamente verão Perséfone como inimiga. Neste momento, teremos que protegê-la de vocês se necessário."-respondeu Akane, evitando fitar Shaka.-"Vamos atrás de Perséfone para fazê-la recuperar a razão."
"Tem idéia de que isso pode significar suas mortes?"-pergunta Atena preocupada.
"Estamos cientes disso."-e sorri confiante.-"Seus cavaleiros não fariam o mesmo por você, Atena? É o nosso dever."
"Entendo."-Saori se levanta.-"Podem se retirar."
Os cavaleiros concordaram, ainda discutindo o que acontecia. Miro se aproximou de Yakumo e Akane que permaneciam paradas no mesmo lugar.
"Aliás," -Miro observou. -"Onde está a Camile?"
"Foi buscar nossas armaduras." Yakumo respondeu. "Não há perigo. Mas você não precisa ir até lá-" Não conseguiu dizer a tempo, antes de Miro sair correndo da sala. "Superprotetor!" exclamou.
"Bom, façam o que quiserem." Akane levantou de repente. "Vou tomar um banho."
"Akane."-Saga a chama e a Estrela se detem.-"Onde está...?"
"No quarto que ocupávamos."-respondeu sabendo de quem ele falava.-"Cuidando de Tessa."
Saga agradece com um aceno de cabeça, pretendia ir até ela, não conversaram desde o dia anterior, mas sua tentativa foi frustrada por Shion que o chamou para acertar alguns detalhes da defesa do Santuário.
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"Hum..."-Tessa gemeu sentindo as costas doloridas ao tentar sentar-se na cama, Juliane a ajudou a sentar.-"Maldito seja quem me acertou a traição."
"Você poderá dar-lhe o troco assim que se recuperar."
"Julie."-Tessa parecia sem graça em dizer algo, suspirou e falou.-"Desculpe ter duvidado da sua lealdade e das meninas...e obrigada por ter me salvado."
"Aceito suas desculpas, mas...não fui eu quem a salvou."
"Hã?"-a loira piscou confusa.-"Quem foi?"
"Aioros de Sagitário."-Tessa abriu a boca para falar, mas calou-se corada.-"E desde ontem ele vem toda hora saber se já acordou, se está bem..."
"O que isso interessa a ele!"-resmungou e gemeu.-"Merda!"
"Não sei. Pergunta para ele quando o vir."-Harpia segurou a vontade de rir, então ficou séria.
"Chega disso. Estou melhor. Não é certo ficarmos aqui mais um dia sequer."-replicou Tessa, temerosa de encontrar Aioros.-"Acho que devemos voltar ao Templo e ver o que podemos fazer."
"O Templo está vazio, até nossas pretensas substitutas partiram, não haverá problemas nisso."-suspirou.-"Camille foi buscar minha armadura, e das outras que ficaram para trás."
"Então, iremos voltar amanhã."-determinou.
"Achei que diria isso, então já avisei as outras que iríamos embora o mais breve possível."
"Como não percebi as verdadeiras traidoras?"-recriminou-se.
"Não fale assim. O que faremos quando voltarmos?"
"Eu não sei...Percebi que você e as outras estão...hã...envolvidas demais com alguns cavaleiros."-falou Tessa.-"Não que isso seja da minha conta, mas..."
"Entendo o que quer dizer."-a ruiva afastou-se da cama e ficou na janela.-"Isso não irá nos atrapalhar em nosso dever."
"Será que não?"-Tessa a olhou, Harpia não respondeu.-"Em que grau está sua relação com o lindo, alto e de olhos azuis? A Camile é ótima pra fofocar."
"Eu o amo."-respondeu sem hesitar, Tessa não escondeu o espanto.
"Não deveria."
"Eu sei."
"Quando tudo terminar e se sobrevivermos, voltaremos pro Submundo com lady Perséfone. Não o verá mais."-continuou Tessa.-"Será doloroso."
"Eu sei."-respondeu com um suspiro.-"Vou providenciar sua refeição. Deite e descanse. Avisarei Atena da nossa partida."
Juliane saiu do quarto, antes que Tessa dissesse algo mais. Não estava aborrecida com as palavras dela, sabia que eram verdadeiras. Encostou a cabeça na porta do quarto, fechando os olhos.
Seria doloroso, mas ia falar com ele.
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"Ai...isso pesa..."-Camille subia uma das inclinações que levava ao Santuário, usando sua armadura e carregando nas costas as das amigas.-"Ainda bem que Yakumo e Erínia vieram com as delas. Só de carregar estas duas...aiii...minha coluna..."
"Como você sobreviveu ao seu treinamento assim?"-Camille viu Milo encostando numa rocha, com um sorriso zombeteiro.
"Isso! Fica rindo da minha desgraça."-ela solta as amarras que prendiam as armaduras ao seu corpo e as deixa cair ao chão.-"Eu não agüento mais! Quero água!"
"Por que não me esperou para ir com você ao templo de Perséfone? E se algum dos inimigos aparecesse?"
"Quem te nomeou meu guarda-costas?"-irritou-se.-"Isto é algo que não era da competência de um cavaleiro de Atena."
"Notei que suas amigas e você...estão mais frias."
"Milo, podemos conversar depois?"
"Não. Quero que conversemos agora!"-notou uma leve irritação em sua voz.
"Ótimo!"-Camile suspirou e jogou uma das armaduras para ele.-"Me ajude a carregar isso e no Santuário conversaremos."
"Dá pra ser agora?"
"Milo."-ela suspira.-"Ouviu Harpia ontem."
"Sim. E daí?"
"Daí?"-ela coloca a armadura que segurava no chão novamente.-"Ainda pergunta?"
"Camille, ontem tomei uma decisão. Não vou deixar você fugir de novo."-falou aproximando-se dela.-"Mas vou respeitar sua decisão final."
"Eu..."-parou de falar quando Milo tocou seu rosto.
"Porque eu pretendo te buscar onde quer que você esteja no Hades e te trazer para ficar comigo. E sua lady terá que aceitar, ou vamos descombinar."
"O que eu fiz pra te merecer?"-ela o beija.-"Agora, pega estas armaduras e me siga."-saiu andando deixando Milo parado e confuso.
"Não foi o que eu planejei fazer depois do beijo."-resmungou pegando as armaduras.
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Akane naquele momento estava no lugar que mais lhe dava paz. O jardim das Saras Gêmeas. Não sabia se deveria estar ali, mas ficar perto dele era o que seu coração desejava.
"Não achei que a veria."-falou Shaka aparecendo de repente atrás dela.
"Shaka!"-assustou-se.-"Não queria invadir seu jardim."
"É bem vinda aqui."
"Eu queria me despedir daqui. De seu jardim."
"Despedir?"-perguntou com uma calma que estava longe de sentir com aquelas palavras.
"Partiremos amanhã. Acho que quando nos vermos, será em ..."
"Não precisa dizer mais nada."-Shaka aproximou-se de uma das árvores do seu jardim e tocou seu tronco.-"Parece inevitável que o destino queira que fiquemos em lados opostos."
"O destino pode ser cruel."-disse fitando uma flor do jardim.
"Principalmente por ter me feito sentir coisas que julguei não sentir mais."-Akane o fitou.-"O desejo de proteger e amar uma mulher."
"Shaka...eu..."-Akane torcia as mãos com nervosismo, respirou fundo.-"Eu estou ...e não deveria..."
"Você me ama?"-ele perguntou como se adivinhasse seus pensamentos. Tocou em seu rosto, abrindo os olhos e fitando-a com intensidade.-"Assim como eu a amo?"
"Sim."-respondeu em um sussurro.
Não foi preciso dizer mais nada, se beijaram. Shaka a envolveu em seus braços de maneira possessiva. E assim que o beijo cessou, ele a guiou para dentro de sua casa...para seus aposentos. Aquele dia e aquela noite era somente deles, e não seriam importunados enquanto se amassem.
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"Cavaleiro de Áries."-Mu parou de caminhar ao ouvir que o chamavam, surpreso constatou que era Yakumo.-"Gostaria de lhe falar."
"Claro."
"Obrigada."-disse a estrela.
"Hã?"
"Por ter me defendido dentro do salão. Seu amigo me tirou do sério e quase coloquei tudo a perder também!"-ela parecia sincera ao dizer isso.-"Tessa sempre diz que minha impulsividade me colocaria em apuros."
"Não vejo motivos para brigarmos entre nós, uma vez que temos um inimigo em comum e uma aliança seja necessária."-respondeu o ariano.
"Nossa!"-Yakumo o olhava espantado.
"Que foi?"-Mu olhou para as suas roupas, como se procurasse algo incomum.-"Algo errado?"
"Tem certeza que é um guerreiro?"-ela indagou curiosa.-"Além de ser tão magrinho, não me parece capaz de lutar."
"Magrinho?"
"Não se ofenda, Mu. Mas...você não tem porte de guerreiro."
Mu começou a rir, deixando Yakumo levemente irritada.
"Yakumo, aprendi com meu mestre Shion que a força física não é sinal de superioridade em combate."
"Eu já aprendi que a força é tudo...mas falando assim, você me lembra tanto a Akane e seus discursos!"
"Um exemplo. Você e suas aliadas. Quem as olhasse veria a beleza e feminilidade que exalam, jamais pensariam que seriam guerreiras ferozes e inimigas a serem respeitadas."-comentou sério.
Yakumo ficou corada com o comentário.
"Não subestime alguém pela aparência física. Pode ser um erro fatal."-e ele lhe oferece uma flor que estava próxima, recém colhida.-"Eu jamais a subestimaria, por ser uma mulher e por ser tão bela..."
"Está me cantando?"-Yakumo queria sair correndo dali, mas as pernas não funcionavam.
"Pareço estar fazendo isso?"-Mu aproximou-se mais, os corpos quase se tocando...
"Mestre Mu!"-aparecendo do nada, Kiki os assusta, fazendo-os se separarem.-"Achei o senhor!"
"Kiki!"
"O senhor disse para não me atrasar para o meu treinamento hoje. Mas foi o senhor quem se atrasou!"-repreendeu o garoto.
"Estava..."-pigarreia.-"Conversando com a senhorita Yakumo sobre os últimos acontecimentos, Kiki."
"Conversando? Pareciam que iam se beijar."-comentou o garoto, deixando os adultos envergonhados.
"Preciso ir. Tessa pode precisar de mim."-Yakumo afastou-se rapidamente, evitando olhar para o Cavaleiro de Áries.
Mu suspirou e pensou consigo mesmo, que fora muito precipitado. Mal conhecera a jovem e praticamente já tentara agarrá-la.
"Na próxima vez o senhor consegue beijar a garota, mestre Mu."-Kiki comentou sorrindo, claramente tirando sarro de seu mestre.
"Kiki!"-disse furioso.-"Três voltas em torno do Santuário como aquecimento. Agora!"
"Três voltas!"-o menino estremeceu.-"Mas, mestre Mu..."
"Cinco voltas."
"Mas..."
"Seis voltas...se continuar a me questionar, continuarei aumentando."
Kiki resmungou algo em tibetano e saiu correndo para o aquecimento.
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Tessa tentava se levantar da cama. Odiava ficar deitada e se sentindo como uma inútil. Não era da sua natureza ser assim. Uma leve batida na porta chamou sua atenção e achando que era uma de suas aliadas, pediu que entrasse. Engoliu em seco ao ver que era Aioros que entrava no quarto.
"Está se sentindo melhor?"-ele perguntou com gentileza.
"E-estou."-depois se xingou, como podia ficar insegura diante dele.
"Que bom! Pensei que os ferimentos tivessem sido mais graves."
O sorriso espontâneo e sincero dele a deixou sem fôlego. Por que seu coração disparava quando estava diante dele?
"Soube que foi você quem me salvou...obrigada."-disse, evitando olhar diretamente para ele.
"Não precisa agradecer."-ele parecia nervoso também.
Um silêncio constrangedor se instaurou entre eles e foi quebrado ao mesmo tempo por ambos.
"Por que você..."-ela disse.
"Quer alguma coisa..."-ele disse.
Se olharam e depois Aioros fez um sinal para que ela começasse a falar.
"Por que você me salvou? Não era sua inimiga?"
"Depois que conheci suas amigas, não a considero uma inimiga."-respondeu e acrescentou com um sorriso.-"E que espécie de cavaleiro eu seria se a deixasse para trás, ferida?"
"Eu não sei o que pensar."
"Quer alguma coisa para beber? Parecia que queria algo quando cheguei."
"Quero sair desta cama e..."-falou furiosa, mais pelo nervosismo dele estar ali do que pela sua atual situação.
Para seu espanto, Aioros se aproximou, obrigando-a a voltar a deitar.
"Se não descansar, jamais se recuperará plenamente para salvar sua senhora."-disse-lhe e ela foi obrigada a concordar.
"Droga."-resmungou a loira, cruzando os braços.
Aioros observou o rosto emburrado de Tessa e não conseguiu evitar rir.
"Do que está rindo, sua hiena?"
"Fica linda irritada! Parece uma menina que foi contrariada."-as palavras dele a fizeram ficar corada até a raiz dos cabelos.
Dizendo isso afastou-se de Tessa e foi até a porta, abrindo-a no momento em que Yakumo ia bater. A estrela o olhou confusa e curiosa.
"Não deixe sua amiga teimosa sair da cama antes de estar completamente sã."-pediu a Yakumo e depois voltou o olhar para Tessa.-"Quando tudo estiver em paz, Tessa...gostaria de ver um sorriso sincero seu."
Saiu deixando uma Quimera confusa e uma Erínia com o coração disparado.
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Ela aproximou-se da Casa de Gêmeos, ficando parada diante do templo. Incerta se deveria entrar ou não. Afinal, ela o evitava desde que retornaram do templo de Perséfone e agora estava ali, para ter uma última conversa e talvez se despedirem.
Nunca pensou que uma despedida pudesse ser tão dolorosa.
"Entra aí, ele tá te esperando."-a voz de Kanon a sobressaltou.
O ex-general marina saia da casa, e estava sorrindo, fazendo um gesto para que ela entrasse.
"Eu tive que convencê-lo a te dar espaço. Estava louco para ir atrás de você."-comentou e depois acrescentou quando Julie passou por ele.-"Estou torcendo por vocês."
Ela olhou espantada para o irmão de Saga e ele acrescentou saindo de lá.
"Ele tá menos irritante desde que te conheceu. Isso é um bom sinal."
Julie entrou na Casa de Gêmeos e mal dera dez passos ele apareceu. Saga estava sem sua armadura, usando roupas mais leves que se resumiam a uma calça e camisa brancas e folgadas. Ficaram em silêncio, se encarando.
"Então?"-ele perguntou primeiro.
"Saga...eu vim aqui para me..."-falou evitando de encará-lo.
Saga não a deixou completar a frase. Tocou em seu rosto, puxando-a pela cintura para perto de si em seguida, beijando seu rosto, olhos e se apossando de sua boca com avassaladora urgência.
Incapaz de resistir, ela o abraçou, retribuindo o beijo e se deixando levar pelo momento. Depois do beijo, com os rostos bem próximos, suas respirações quentes tocando suas peles, ele pediu:
"Não ouse falar em despedidas. Nem que eu tenha que enfrentar todo o Inferno, não vou deixar que saia assim da minha vida tão facilmente."
"Por que tem que dificultar as coisas?"-ela perguntou encarando-o.
"Porque não quero perder você."-disse voltando a beijá-la.
Então um cosmo terrível é sentido por todos no Santuário, fazendo com que Saga e a estrela de Harpia corressem para o lado de fora do templo.
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Atena e Shion também foram atraídos para fora do Templo pelo cosmo. Era um cosmo carregado de sentimentos ruins e de ódio...principalmente ódio.
Súbito um raio cortou os céus e atingiu o templo da deusa. A reação instintiva de Shion foi o de proteger sua deusa com seu corpo, mas ela o tranqüilizou com um toque em seu braço. Não era um ataque.
Era um desafio...um desafio dirigido a deusa Atena.
Ela caminhou até o local onde o raio caíra. Os cavaleiros de Bronze, Yakumo, Aioros e Afrodite que estavam mais próximos foram os primeiros a chegarem e espantados viram as palavras em grego arcaico impressos no mármore do chão do templo.
Ares retornou.
"A guerra começou!"-Atena declarou.
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A cidade de Esparta se encontra na região da Lacônia. Cercada por três maciços montanhosos, Taygetos a oeste, Parnon a leste e Sciritas ao norte, todo o país era parte do Peloponeso.
Conhecida pelo mundo todo por sua história e lendas, em destaque por ter iniciado a Epopéia Homérica, a Guerra de Tróia, quando sua rainha Helena foi levada pelo amante Paris, causando a destruição de seu reino. Ou da luta de Leônidas, rei de Esparta e seus trezentos soldados, contra o poderoso Império Persa por volta de 480 a. C. no contexto das Guerras Médicas entre gregos e persas.
A cidade original foi construída próxima às ruínas de sua gloriosa Cidade-Estado, hoje é uma atração turística e alvo dos estudos de vários historiadores, fascinado por seu passado, onde mito e realidade se mesclavam.
Enquanto a população da moderna Esparta continuava sues afazeres diários, nem sequer desconfiavam que suas vidas tomassem um rumo inesperado, e que sua cidade seria o palco de uma batalha sem precedentes, pelo destino da humanidade. Algo que ficaria eternamente gravado na memória de seus moradores... Eternamente.
Observando, com um sorriso maligno, a atual Esparta e as ruínas da antiga, um ser que exala poder e maldade ergue sua lança e a crava no chão com tamanha força, que o Cosmo ali liberado causa tremor em seus filhos e em seus servos.
Ares, o deus da Guerra havia chegado.
A população de Esparta é tomada de um repentino terror quando a terra começa a estremecer e os céus escurecem como se os deuses houvessem despertado em fúria...estavam certos.
Em total espanto, eles observam um monte se erguer da terra, onde antes era uma planície. E incrustado neste monte, um glorioso templo. Homens de armaduras aparecem, obrigando os moradores a ficarem em suas casas, os que desobedeciam eram sumariamente executados diante dos olhares horrorizados de testemunhas. O caos e o pânico tomavam conta das ruas, a polícia via impotente suas armas não serem de utilidade alguma.
Então, uma voz reverberou pelo ar...causando tremor nos inocentes e controlando pelo medo a confusão instaurada.
"Esparta fique feliz! Seu deus da guerra voltou!"
Continua...