CARTAS

Autora: Kyriah

Comentários.

Quando comecei o interessar-me pelo seriado, as primeiras Fics que eu tive contato foram inglês, mas mesmo não entendendo muito o idioma imprimia todas, principalmente as que falavam de R&M. Apesar de tudo, não tive dificuldades em entender o que estava escrito, talvez porque tudo parecia muito familiar. Lógico que é muito mais gostoso você ler algo que esteja em seu idioma, e por isso estou escrevendo uma versão em português da Fic "The Letters". Essa versão foi escrita para todos, que como eu tropeça nesse idioma um tanto complicado, porém cada vez mais necessário.

Di Roxton essa Fic é dedicada especialmente para você, que como eu é uma romântica incorrigível e imensuravelmente apaixonada por Roxton e Marguerite.

Agradecimentos a:

Eva3 - Por ter autorizado a escrever uma versão para português da sua Fic "The Letters"

Maga - Marguerite – Por esta me ajudando a revisar e postar os capítulos.

Espero que apreciem.

CARTAS

Marguerite tinha indo a lagoa para refrescar-se, como o animo renovado, a muito não se sentia de bem com a vida. Teve um pressentimento de que hoje seria um dia perfeito

Quando entrou em seu quarto, uma suave fragrância invadiu as suas narinas. Durante a sua ausência, alguém havia colocado na mesinha um vaso com flores do campo de variadas cores. Quem poderia ter colocado lá? Como se não soubesse.

Ao lado do vaso, uma carta cuidadosamente dobrada endereçada a "Querida Marguerite", com uma letra impecável.

Marguerite sentou-se em sua cama e com todo cuidado, começou a desdobrar o papel, como se dela dependesse a sua vida. Quando abriu a carta, reconheceu de imediato a letra. Um doce sorriso apoderou-se de seus lábios. Estava acostumada a ler, ou melhor, decifrar os rabiscos de notas do Caçador, avisando-os de suas saídas para caçar. No entanto como se quisesse impressioná-la, ele tinha escrito não somente de forma elegante e clara, como teve um extremo cuidado com as palavras.

Marguerite,

Desde que você insiste em colocar uma barreira entre nos, todas as vezes que tento compartilhar os meus sentimentos com você, decidi escrever esta carta. Eu sei que você guarda muitas notas por mim escritas e dessa forma você não terá motivos para não lê-la, afinal é a confissão dos sentimentos que preenche o meu coração. Minha mente esta sempre inundada de pensamentos da minha doce amada, mas todas as vezes que você colocar uma certa distancia entre nos, sinto-me como se um mundo intero nos separássemos.

Você precisa saber o quanto a minha vida transformou-se. Eu soube desde a primeira noite que nos encontramos, que havia uma conexão entre nos. Eu prometi a mim mesmo, que a partir daquele momento, eu faria qualquer coisa para ter a sua atenção. Mas eu nunca poderia imaginar, que ficaríamos perdidos aqui neste Platô por muito tempo. Por que se estivéssemos retornado a Londres no prazo programado, teria a cortejado da forma que você merece e talvez estaríamos planejando o nosso futuro juntos. Mas ainda estamos no Platô, nesse mundo perdido, vivendo cada dia como se fosse o ultimo e somente agora começamos a pensar em um relacionamento que ainda é superficial.

Nos dois últimos anos, você deu-me somente uma amostra de seus verdadeiros sentimentos, contudo acredito fortemente que seus sentimentos não são tão diferentes dos meus para com você. Eu estou um pouco decepcionado, pelo que você me disse ontem à noite, onde eu posso não fazer parte de seu futuro. Meu desejo é que você me honrara com uma resposta, na qual haverá esperança de um futuro juntos.

John.

Marguerite, mal conseguia conter a felicidade que se apoderou de seu coração. Sabia sim dos sentimentos do bravo caçador por ela, mas lendo a sua admissão era como se finalmente houvesse penetrado no inacessível e judiado coração e realizado um verdadeiro milagre. Seus olhos correram sobre a carta mais uma vez, como se quisesse certificar-se e que não esta sonhando. Dobrou a carta cuidadosamente e guardou na sua caixa de jóias, a onde deviria ficar uma preciosa jóia junta com outras.

Depois de uma manhã estafante, John estava esgotado. Ao entrar na grande sala, foi direto para o seu quarto, um bom banho era tudo que precisava para refrescar-se antes do almoço. Durante toda manhã, seus pensamentos estavam na esperança de que Marguerite tivesse lido a carta e esperava ansiosamente pela resposta em forma de uma carta ou até mesmo da própria Marguerite.

Ao entrar em seu quarto, a primeira coisa que fez, foi retirar sua camisa que estava molhada de suor, quando seus olhos foram atraídos por um papel ordenadamente dobrado, que se encontrava em cima de sua cama. A letra delicada e um aroma familiar de flores do campo deu a ele a certeza que era de sua amada. Um sorriso formou-se em seu rosto, quando leu a quem estava endereçado "Querido John".

Enquanto sentava-se na cadeira ao lado de sua cama, abriu cuidadosamente a carta e começou a ler.

Caro John,

Que bela supresa encontrar flores em meu quarto essa manhã. Meu primeiro pensamento foi, somente Lord Roxton poderia encontrar uma maneira tão romântica e perfumada de começar o dia.

Sim, John eu sei desde o dia em que nos encontramos, o sentimentos que tens por mim, mas sempre há uma barreira entre nós. Ou a estou colocando ou alguma coisa sempre nos interrompe, como na noite em que fui mordida por um escorpião. Aproveito mais uma vez, para agradecer por ter pensado e agido rápido. Eu não sou uma pessoa dada à demonstração de afeto, mais eu acredito que não é segredo para qualquer um, os sentimentos que eu tenho por você. Não houve muitos homens em minha vida – realmente não houve nenhum homem no meu passado que arriscou a sua vida para conservar a minha, tantas vezes quanto você o fez, nesses dois anos que estamos aqui. E nem sei se um dia poderei recompensá-lo devidamente.

Por enquanto, nenhum assunto sobre um futuro para nós. Mesmo aqui no Platô, há milhares de quilômetros, ou até mesmo em uma outra dimensão, longe de nossas casas, o passado me assombra. Eu temo que ao saber de todos os detalhes, você não queira mais um futuro comigo. Assim, meu amor, tudo que eu posso oferece-lhe é o meu amor incondicional enquanto estivermos nesse mundo perdido. E quando retornarmos a Londres, veremos o que acontece.

Marguerite.

O coração de John batia descompassado. Um largo sorriso teimava em permanecer no seu rosto. Não poderia acreditar que ela finalmente o havia chamado de meu amor. Se ainda um futuro junto era incerto, o presente era um fato. Guardou cuidadosamente a carta em sua caixa e foi para o banho assoviando uma valsa de Beethoven.

Durante o almoço, Roxton e Marguerite estavam quietos. Nenhuma palavra de ambos. Marguerite foi buscar mais pão e Roxton foi ajudá-la, ao entregar a bandeja para Roxton, tocou acidentalmente em suas mãos, causando um choque no caçador, fazendo-o deixar a bandeja cair. Os rostos dos apaixonados ficaram imediatamente ruborizados.

O que está acontecendo com vocês? Perguntou Verônica. – Vocês mal tocaram em suas comidas.

Aconteceu algo? Vocês parecem nervosos. Acrescentou Malone.

Começaram a responder ao mesmo tempo... "Oh, nada...".

Roxton ajudou a herdeira a pegar do chão os pães.

Obrigada pela ajuda. Respondeu docemente.

Todos sabiam que havia algo. Roxton e Marguerite nunca eram agradável um com o outro, a menos que precisassem de algo.

O que os outros não tinham percebido, era que Roxton havia aproveitado a ocasião e entregue uma carta para Marguerite. Ela rapidamente dobrou-a e colocou no bolso de sua saia.

Após o almoço, Marguerite foi para o seu quarto, e disse a todos que tiraria uma sesta antes de começar o seu trabalho vespertino.

Ao sentar-se em sua cama, abriu a carta que Roxton tinha deixado cair em seu colo. Um sorriso brotou em seu rosto ao começar a ler.

Minha amada Marguerite,

Estou feliz, que você tenha apreciado as flores. Quando as vi, agradeci a deus por fazer o meu cotidiano aqui mais belo.

Quanto a você agradecer-me por ter extraído o veneno do escorpião, asseguro que o prazer foi todo meu.

Mesmo não assegurando um possível futuro juntos, eu percebo que seus sentimentos por mim são mais profundos do que você gostaria de admitir. Talvez eu tenho dado a impressão de que a paciência não é uma das minhas virtudes, mas quando a recompensa é passar o resto de minha vida, com alguém tão maravilhosa quanto a Srta Marguerite Krux, a minha paciência pode ser infinita. Eu perguntei somente se você ao menos pensaria em tal possibilidade. Sobre o seu passado, não me incomodo com o que você foi ou fez. Tudo o que importa é o que você representa agora. Minha vida renasceu outra vez na noite em que os meus olhos sentiram o brilho e a quentura de seus lindos olhos azuis.

Afetuosamente, John.

Oh, Roxton...Pensou Marguerite. Como eu posso fazê-lo compreender que não sou merecedora de seu amor? Como posso encontrar palavras para fazê-lo entender.

Verônica estava preparando o jantar. Marguerite entrou na cozinha, no instante em que Roxton e Malone retornavam de um agradável tarde na lagoa. Roxton tinha tentado em vão, frear a ansiedade crescente, que o dominava na esperança de ter uma carta resposta a sua espera.

Ao ver a sua amada, seu coração bateu descompassadamente, como se ela estivesse lá esperando somente por sua chegada. Queria envolvê-la em seus braços e beijá-la ardentemente, mais temeu arranhar um possível relacionamento que estava começando.

A cara de felicidade e sorriso delicado de Marguerite foi o suficiente para saber que havia uma carta esperando-o em seu quarto...Uma outra carta da mulher que havia tornado a sua vida no Platô, possível.

O jantar parece ótimo, Verônica. Vou tomar banho, depois ajudarei a colocar a mesa.

Verônica surpreendeu-se com a oferta de ajuda de Roxton, mais ainda quando a Marguerite sugeriu:

Não será necessário John. Você pode descansar, eu ajudarei a Verônica. Quando estiver pronto o chamaremos.

Verônica e Malone olharam surpresos, dirigiram –se para a herdeira.

– Você esta certa disso? Você passou a tarde toda em seu quarto. Talvez você não esteja se sentido bem.

Nesse momento Challenger entra na sala e ouve Verônica perguntar sobre a saúde da herdeira.

– Você não esta se sentindo bem Marguerite? Deixe-me ver o seu pulso.

Verificou o pulso direito dela, enquanto tentava afastar.

Francamente Professor, eu nunca me senti tão bem em toda a minha vida.

Então, porque o seu pulso está acelerado! O que aconteceu hoje para ficar tão excitada?

Assegura-lhes que estão bem. Agora, não se preocupem, Challenger. Provavelmente toda essa excitação se deve ao maravilhoso sonho que eu tive esta tarde.

Que sonho foi esse Marguerite? -Verônica perguntou.- É sobre você e Roxton?

Marguerite fuzilou-a com os olhos.

– Não. Eu sonhei que estava em minha casa em Londres.

Bem, isso seria o suficiente acelerar os meus batimentos cardíacos. Disse Malone.

A carta de Marguerite tinha o cheiro de flores do campo, e Roxton abriu ansiosamente. Seu coração acelerou quando leu:

Meu amor,

Um dia espero confiar em você o bastante para compartilha o meu passado. Mas por enquanto, viveremos apenas o presente. Tudo o que eu posso prometo é compartilhar esta vida, como se nenhuma outra vida antes do Platô tivesse existido.

Não são raros os gestos, que tenho observado de seus sentimentos por mim. E de alguma maneira quero retribuir. Todas as vezes que eu te vejo, o meu coração parece que vai sair pela boca e respirar de algum modo torna-se difícil quando você esta ao meu lado. Quando você esta em uma excursão sem mim, eu não posso descrever a dor e angustia que sinto, ainda mais quando você passa a noite fora da Casa da Árvore.

Pode ser que eu esteja sendo muito melosa, mas guardei estes sentimentos só para mim por muito tempo, e estou feliz por dizê-los finalmente.

De seu amor, Marguerite.

Quando Challenger informou que o jantar estava sendo servido, John dobrou rapidamente a carta e a guardou junto com a outra. Estava receoso de que o seu amor por Marguerite estivesse estampado em seu rosto. Não conseguia para de sorri

Ao sentar-se ao lado da encantadora Srta. krux, não pode resistir e tocou levemente os cabelos sedosos de sua amada.

Você esta encantadora hoje, minha querida.

Surpreendida pela exibição de afeto na frente dos outros, seu rosto imediatamente ruborizou-se, mesmos assim devolveu o elogio.

É muita gentileza sua, Lord Roxton. Você deveria demonstrar mais vezes seu lado encantador.

Verônica, Malone e Challenger trocaram olhares divertidos, obvio que o relacionamento entre os dois estava evoluindo ante aos olhos deles. Notaram que o casal estava de bom humor, algo incomum para Marguerite e até mesmo para John.

Durante o jantar, John tirou do bolso de sua calça uma carta, e entregou nas mãos de Marguerite debaixo da mesa. Verônica que estava sentada ao lado dela testemunhou a troca e riu, balançando a cabeça.

O que foi? Perguntou Malone, ao ver o sorriso maroto de Verônica.

Oh, nada...Nada. Verônica olhou para a herdeira, que em silencio agradeceu a jovem loira que havia se tornado quase uma irmã para ela.

Marguerite pensou que o jantar nunca terminaria. Assim que terminou de comer, ela pediu licença e na pressa à cadeira onde estava sentada quase virou com ela, sorte que o caçador foi rápido e a segurou.

A noite encobria a selva e antes de ler a carta, Marguerite acendeu algumas velas, que deu um toque romântico e quente ao quarto.

Minha doce Marguerite,

Meu coração esta transbordando de tanta felicidade ao ler a admissão de seus sentimentos. Nunca, mesmo em meus sonhos mais otimistas, poderia imaginar que chegaria o dia em que eu a ouviria declarar o seu amor por mim.

Você é o amor de minha vida, Marguerite. Palavras não são o bastante para expressar, a alegria que você trouxe para o meu coração. Você é a única razão para levantar-me todos os dias e enfrentar quaisquer dificuldades e perigos. Um dia você falou-me que eu aproveitava e muito o tipo de vida que levávamos no Platô. Talvez eu desfrute desse tipo vida mais que qualquer outro, mas nada disso seria possível sem você ao meu lado. O que eu sei sobre o seu passado é que seus pais a abandonaram quando criança. Quero que saiba meu amor, que nunca, nunca a abandonarei, esteja certa disso.

Você nunca escondeu que suas prioridades são dinheiro e poder. Quando regressarmos a Londres, eu posso-lhe dar ambos. Mas posso lhe dar mais. O meu coração e minha alma. Eu te amo, eu preciso de você minha Marguerite. Eu preciso de você, como do ar que respiro para viver. Você completa a minha vida. Você não precisa responder hoje à noite, mas pelo menos me prometa que pensara na possibilidade de um futuro juntos.

De seu amor de hoje e sempre,

John.

Marguerite levou, carinhosamente a carta de encontro ao seu coração e apertou-a enquanto contemplava a lua que estava subindo lentamente no horizonte da selva.

Ele me ama, ela pensou.

Talvez seja hora de colocar o passado de lado. Marguerite sabia que nenhum outro homem conseguira penetrar completamente em seu coração como Lord Roxton. Como poderia dizer não a esse homem, que havia compartilhado tantas aventuras e perigos. Ela sabia que ninguém poderia prejudicá-la com John sendo o seu protetor.

O que mais ela poderia querer?

Ela pegou papel e caneta e começou a escrever uma carta resposta, para o seu amor.

Meu amado John,

Eu ouvi muitas vezes as palavras "eu te amo", porém nunca elas disseram tanto como as que eu ouvi de você.

Não houve ninguém em minha vida que...

Marguerite...Roxton a chamou enquanto entrava em seu quarto.

John! Mas eu não terminei minha carta...

Marguerite, você não acha que está na hora de darmos um passo além das cartas? Tudo o que nos precisamos e um do outro.

Ele colocar suas mãos nos ombro da herdeira e delicadamente a levanta da cadeira, puxando-a para os seus braços.

Seus rostos estão tão próximos, que até mesmo o ar encontra dificuldades em circular. Marguerite sussurra em seus ouvidos.

– Eu te amo, John.

Eu sei.

John pousa delicadamente seus lábios nos dela. O beijo é ao mesmo tempo terno e urgente, como se quisessem expressar todo a emoção daquele maravilhoso dia. E Marguerite finalmente entende que é justo onde quer estar, nos braços dele, de seu amor.

E com toda esperança e sonhos depositados nas cartas, John está convencido que há um futuro cada vez mais possível para ambos.

DISCLAIMER Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

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