CARTAS
Autora: kyriah
Desculpem a demora, e que estou de férias (pelo menos até domingo) e o computador resolveu por conta própria também tirar alguns dias de ferias e somente hoje ele resolveu que estava na hora de voltar ao batente.
Maga-Patologica, Kakau, Di Roxton, Fabi K Roxton, Maga-Malone, Mary e Lady K. Grata pelos comentários.
Lady K – Achei que colocando como uma Fic traduzida, as outras pessoas que não fazem parte da nossa casa, poderiam apreciar um momento romântico entre R&M que na Fic original esta dividida em 5 partes.
Capitulo 2
Marguerite acordou lentamente e percebeu que não estava sozinha em sua pequena cama. O frescor da madrugada adentrava pela janela aberta, misturando-se com o cheiro familiar do homem que tinha passado os melhores momentos nos últimos dois anos no Platô, e então recordou da ultima noite. Seu rosto foi consumido por um largo sorriso, quando fixou o seu olhar no magnífico corpo de Roxton, que estava dormindo ao seu lado.
Saber que poderia observá-lo, sem nenhuma possibilidade das piadinhas sarcásticas de Malone e Verônica, fez com que desse um suspiro profundo e apaixonado pela centésima vez desde que John entrou em seu quarto na noite anterior.
Como poderia um homem afetar profundamente suas emoções? Foi o único homem que conseguiu fazer com que lagrimas brotassem e teimassem em cair durante os momentos de paixão total.
Estas doces lembranças foram imediatamente substituídas, pelo pensamento dos olhares divertidos dos outros moradores, diante da possibilidade de ver Roxton saindo de seu quarto. Não haveria duvida que Malone e Verônica teriam motivos para as piadinhas, e todos teriam que ouvir os comentários embaraçosos de Challenger. Marguerite sabia que não estava preparada para explicar porque John passara a noite em seu quarto.
"John, acorda!" Marguerite aproximou-se do rosto dele e delicadamente, sacudiu o seu braço. "Acorda".
John abriu os olhos de repente, esperando pelo perigo que sempre o estava esperando quando era acordado dessa maneira. Seu corpo relaxou quando seus olhos depararam com o rosto de sua amada. Suas grandes mãos puxaram-na para perto, unido seus lábios num doce e delicado beijo.
"Você já esta acordada", sussurrou, enquanto continuou a beijá-la no rosto e no pescoço.
"Você está precisando de alguma coisa, meu amor?".
"John, você tem que se levantar e ir para o seu quarto, antes que os outros acordem".
Estava difícil resistir as caricias do seu caçador, assim afastou-se, sentou na beirada da cama e pegou a calça de Roxton que estava jogada assoalho.
"Aqui. Comece a vestir e apresse, pois já está amanhecendo".
John sentou-se relutantemente e envolveu os seus fortes braços ao redor dos ombros nus de Marguerite, afastando alguns cachos que teimavam em cair no pescoço delicado e começou beijá-lo.
"Não foi o que você disse, ontem à noite". Disse sussurrando de encontro à pele morna do pescoço da herdeira, enquanto a sua mão deslizou para acariciar os seios dela.
"John, por favor... Eu não quero que os outros saibam que você passou a noite aqui. Eu não estou pronta para isso... Eu sei o que significa... Ser reconhecido em publico. Vamos manter esse segredo só para nos, por enquanto".
"Oh, mylaid ... Você não acha que eles já sabem sobre nós?".
"John, talvez eles saibam o que nós sentimos, mas eu não quero que eles saibam que dormimos juntos".
"Marguerite, você esta agindo como uma colegial. Nós não somos mais adolescentes, ambos somos adultos", disse colocando um pouco de sacarmos em sua voz, enquanto deslizava lentamente suas calças sobre as másculas pernas.
Voltou-se para a sua amada, e percebeu que ela havia envolvido um lençol em torno de seu corpo nu. Esse corpo que na ultima noite o havia levado ao êxtase e jogado-o em um abismo entre o céu e a terra.
Abraçou-a, enquanto sua boca apoderou-se dos lábios doces e macios dela.
"Mas se isso a fizer feliz e coloca um sorriso em seu maravilhoso rosto, então eu irei para o meu quarto".
Pegou a sua camisa e botas que estavam no assoalho, arremessados aleatoriamente, nos momentos de urgência em despir os seus corpos. Dando uma ultima olhada
"Isto esta apenas começando, Marguerite. Eu voltarei".
Ao vê-lo sair do quarto, Marguerite, conteve a vontade de chamá-lo de volta. Lá fora os pássaros faziam festa, sabia que os outros logo estariam despertos, e estava certa de que o seu coração havia feito a escolha certa. Voltou-se para a sua cama agora vazia, deitando-se e levou ao rosto o travesseiro, respirando o cheiro de Roxton, que estava impregnada no tecido de algodão. Cobriu com o lençol e apertou o travesseiro contra os seus seios, imaginando que era o corpo de seu amor e amante. Amante... Soa curioso. Amantes ela e John... Com estes pensamentos, fechou seus olhos, lembrando dos doces momentos, depois de uma noite de revelações e paixão.
John caminhava descalço e lentamente através do grande sala, e sorriu diante do medo de Marguerite de ser descoberta, como uma menininha que tinha aprontado uma travessura. Seus pensamentos o levaram a lembrar das mulheres de seu passado. Poderia recordar das inúmeras vezes em que teve que sair antes do amanhecer do quarto delas, para conservar a reputação de sua conquista atual.
Seu coração sabia que Marguerite significava mais do que uma nova conquista. Seus sentimentos por ela e o imensurável prazer que ela lhe proporcionou na ultima noite, foi diferente de qualquer coisa que havia experimentado antes. Agora sabia o que era ter o amor de uma mulher. Não é apenas uma atração ou um acontecimento de uma noite. Era real e a queria para sempre, agora que tinha encontrado o grande e verdadeiro amor de sua vida, não poderia de maneira alguma perdê-la e foi por isso que concordou imediatamente em ir para o seu quarto. Faria qualquer coisa para colocar um sorriso no rosto bonito de sua amada.
Malone que estava segurando um copo com água, quando tropeçou quase colidindo com Roxton.
"Você já está acordado" perguntou Ned.
"Vim à cozinha para beber água", disse Roxton.
Malone que estava ainda meio sonolento, disse:
"Eu também vim beber água. Uh... Roxton... Você dormiu com suas roupas? E o que você fez com as suas botas?".
Roxton colocou a sua mão nos ombros de seu amigo e disse:
"Malone, você faz muitas perguntas, beba sua água e volte a dormi".
Malone acorda realmente agora, percebendo que Roxton estava vindo da direção do quarto de Marguerite, carregando sua camisa em uma mão e na outra as sua botas. Deu-lhe um olhar maroto e disse:
"Uh... Eu poderia sugerir o mesmo para você".
Roxton vira e com o dedo o advertiu.
"Nenhuma palavra Malone. Nenhuma palavra ouviu".
Desce as escadas para o seu quarto. Um sentimento de satisfação invadiu seu coração mais uma vez, ao recordar a maneira em que ele e Marguerite haviam finalmente declarado os seus sentimentos e rendido aos desejos mais secretos, apenas ontem à noite. Porque haviam esperado tanto tempo? Certamente não era por causa das inúmeras vezes que foram interrompidos. Sabia que Marguerite tinha problemas em confiar nas pessoas, especialmente nos homens. O seu coração foi muito machucado por alguém do seu passado. Tinha que encontrar uma maneira de provar que era merecedor de sua confiança, e que faria qualquer coisa para que o relacionamento deles desse certo.
Roxton deitou em sua estreita cama, sentindo como se o corpo morno de sua amada estivesse ao seu lado. Cercado por esse brilho especial que os amantes possuem. Dormiu certo que estava embarcando na maior aventura de sua vida... Uma aventura chamada Marguerite.
O coração estava flutuando, enquanto Marguerite estava indo para a cozinha. Esperava que John estivesse a esperando para o café da manhã. Ela sabia que teria de compartilhá-lo com os outros, mas era sem duvida uma mudança agradável, ser cumprimentada por alguém que estava realmente feliz de vê-la. Geralmente, tinha que escutar observações sarcásticas de Malone por ela dormir até tarde, ou das observações de Challenger por não tê-lo ajudado no seu projeto mais recente. E não esquecendo dos olhares desaprovados de Verônica por não tê-la ajudado com a louça do jantar.
Mas nessa manhã, tomaria o café com os outros, não havia nenhum projeto pendente com Challenger, e tinha oferecido para lavar as louças do jantar da noite anterior. E agora, seu amante estava a esperando. O dia não poderia começar melhor.
Entrou na cozinha vestida inteiramente, inclusive com meias, seus olhos foram atraídos rapidamente em Roxton que estava sussurrando algo para Verônica próximo ao fogão. Geralmente esta cena era bem familiar, mas hoje um ciúme repentino percorreu seu coração. Recordou agora, porque estava sempre relutante em vivenciar um relacionamento. O monstrinho do ciúme estava mais uma vez presente, após uma noite de mágica de amor. Disse a si mesmo que era para esquecer, pois era comum Roxton e Verônica cozinharem juntos.
Ao vê-la Roxton cruzou a sala em passos gigantes, alcançado Marguerite a tempo de puxar a cadeira para ela sentar-se à mesa. Tocou levemente seus cabelos, enquanto seus olhos encontraram com os dela, mantendo o olhar por mais tempo que o usual. Inclinou-se próximo ao ouvido dela e sussurrou
"Estou surpreso por você ter acordado a tempo de tomar café conosco. Estava certo que dormiria até mais tarde esta manhã".
Challenger e Malone estavam trocando olhares perplexos, mas não observaram duas cartas serem trocadas e colocadas rapidamente no bolso da saia e da calça.
"Marguerite, você deve ter tido uma boa noite de sono. Seu rosto está iluminado esta manhã". Observa Challenger.
"Challenger têm razão Marguerite, seus olhos esta brilhando como estrelas. Com certeza você deve ter tido um sonho maravilhoso, para estar tão feliz". Completou Malone.
"Bom, se eu tivesse tido um maravilhoso sonho, você seria a última pessoa, a saber". Marguerite disse, fixando seus olhos no Jornalista.
"Acalmem-se vocês dois". Disse Verônica colocando ovos e batata frita no prato de Malone.
"Marguerite o seu café de sempre?".
Respirou profundamente e olhou para o prato de Ned.
"Não. Eu quero o mesmo que vocês estão comendo'".
Todos olham espantados e disseram:
"O que?"
"Eu estou com muita fome esta manhã. Disse Marguerite".
"Você deve ter tido uma noite muito agitada". Disse Malone. Roxton o advertiu com um olhar de que estava preste a fuzilá-lo.
"Estes era os últimos ovos, Marguerite". Malone disse empurrando o seu prato para a herdeira. – "Fique com os meus. Verônica pode preparar-me outra coisa."
"Obrigado Ned, como você está gentil hoje, esqueça todas as coisas que eu disse sobre você. Os ovos estão como eu gosto, clara firme e gema mole".
Roxton pegou um pouco de ovos e colocou no canto de sua boca.
"Eu realmente amo mulheres com apetite saudável, mas eu pensei que você estava sempre de olho em sua silhueta".
"Eu decidi deixar as outras pessoas, observa-la por mim. Você gostaria de se oferecer?" Ela sorriu, enquanto contemplava seus olhos.
Challenger olhou para todos e disse.
"Bem, já tive ouvi bastante por hoje. Está muito cedo para me envolver. Se precisarem de mim estarei no laboratório".
Antes de deixar a cozinha, virou-se para dar uma olhada em Marguerite, que estava devorando batatas fritas e os últimos ovos, e balançou a cabeça.
Durante o café da manhã, Marguerite observou Roxton e Verônica sussurrando algo. Um frio no estômago e uma dor afiada apoderaram-se de seu coração novamente.
"Há algo que vocês dois querem compartilhar conosco?".
"Roxton estava falando que devemos uma visita a Aldeia de Zanga. Então sugeriu que fossemos hoje, pois o estoque de comida esta muito baixo... Sal, farinha... Você sabe todos os alimentos necessários a uma refeição saudável".Verônica sorriu maliciosamente.
"Muito engraçada Verônica". Marguerite empurrou o prato vazio, após ter saciado a sua enorme fome. "Um passeio soa muito bem, depois de tanta comida. Enquanto você termina o seu café Malone, eu vou buscar o meu chapéu e as botas."
Ela levanta e vai para o quarto, quando Verônica a chama.
"Marguerite? Porque você esta usando as meias de Roxton?".
Marguerite para, olha para os seus pés. Ela ofega, e depara com o olhar surpreendido de Malone e Roxton, que riem silenciosamente atrás dos guardanapos. O rosto da herdeira rapidamente fica vermelho como um tomate.
"Bem... Eu... Bem... Eu estava imaginando porque as meias estavam tão largas". Ela finalmente falou
"Marguerite, bem que te aconselhei a não misturar as nossas roupas quando for lavá-las?" Roxton veio em seu socorro, caminhado em sua direção. – "Elas são muito grandes para você. É melhor você tirá-las antes que tropece e caia".
Ela sentou-se na cadeira mais próxima e começou a tirá-las entregando-as para Roxton. – "Você fez isso de propósito não foi?". Ela sussurrou.
Ele inclinou-se e sussurrou. – "O que eu fiz de propósito?".
"Ter deixado as meias em meu quarto esta manhã".
"Mais eu não sabia que você iria usá-las para tomar o café da manhã". Ele assobiou.
"Como poderia saber que eram seus. Eu peguei o primeiro par que achei".
"Foi você Marguerite que não queria que ninguém...".
"Hei, vocês dois. Vocês não estão sozinhos". Interrompeu Verônica.
"E nos podemos ouvir tudo o que vocês estão dizendo". Acrescentou Malone.
Marguerite olhou para Roxton, e caminhou descalça para o seu quarto. Roxton colocou as meias no bolso da calça e encolheu os ombros.
"Ela esta sempre confundido as roupas".
"Nos sabemos". Disse Verônica e Malone ao mesmo tempo.
No quarto, Marguerite retirou a carta do bolso de sua saia e ao lado da janela aberta começou a ler a mais recente carta de seu amor.
Minha amada Marguerite.
Ontem à noite, fiquei maravilhado, e espero que você também tenha ficado. Você sabe que houve outras mulheres no meu passado, mas depois de nossa noite de paixão, não haverá mingúem para mim a não ser você. Nenhuma outra é digna de comparação.
Você continua insistindo, em que talvez não haja um futuro para nos quando deixarmos o Platô e voltarmos para Londres. Eu não quero apressá-la para uma decisão. No momento, é o suficiente saber que você me ama e que eu a amo. O futuro normalmente toma o seu próprio rumo.
Viveremos os nossos dias e noites juntos, enquanto estivermos aqui, e quando voltarmos para casa espero com todo o coração que eu a tenha convencido que fomos feitos um para o outro.
De seu amado,
John.
Roxton foi depressa para o seu quarto, preparar sua mochila para a pequena excursão e ler a carta que Marguerite tinha lhe entregado no café da manha.
Meu querido John.
Palavras não podem descrever como eu me senti nesta manhã ao acordar ao seu lado. Pela primeira vez estou grata por estarmos na Casa da Árvore e mais ainda pela minha cama ser estreita. Assim pudemos dormir tão próximos e muito íntimos.
Em toda a minha vida, não houve ninguém que fosse o meu protetor. Eu sei que você quer ser essa pessoa, mas me perdoa se eu ainda não consigo deixar o passado sair de minha vida tão facilmente.
Se alguém pode ser a minha outra metade, o meu amor para toda a minha vida, certamente você é o que terá maior sucesso a onde os outros falharam. No entanto seja paciente comigo. Hábitos velhos, não são fáceis de serem mudados.
Com todo o meu amor,
Marguerite.
Marguerite saiu de seu quarto completamente vestida e com suas próprias meias. Os outros a estavam esperando com suas armas e bastante água, para suportar o calor da selva, durante o pequeno passeio para a aldeia de Zanga.
Challenger preferiu ficar. As altas temperaturas do verão, estava começando a faze-lhe sentir a idade, alem do mais tinha algumas experiências para serem trabalhadas. Ele teve que admitir que o silencio na Casa era tudo que precisava no momento.
Quando estavam no elevador, Verônica lembrou-se que tinha esquecido algo. Pediu a seus amigos que prosseguissem que ela os alcançaria depois. Marguerite estava surpresa, afinal Verônica não levava mais do que uma cantina com água e algum alimento. Assim a herdeira desejava saber o que havia esquecido.
Marguerite e os rapazes desceram e começaram a pequena jornada. Minutos depois Verônica alcançou os amigos.
Roxton e Marguerite estavam alguns metros à frente de Malone e Verônica. John colocou as sua mão forte na delicada mão de Marguerite e apertou.
"Posso segurar sua mão na frente dos outros? Não posso?".
"Agora é você que esta sendo um adolescente. Nesses dois anos no Platô, você foi visto segurando a minha mão na frente de todos. Assim não vejo motivo para não segurá-la hoje".
Roxton olhou para trás e viu um pequeno sorriso de Malone, e disse
"Quem sabe, poderíamos ser uma influência positiva para nossos amigos".Ele pausou brevemente, então disse "Eu li a sua carta esta manhã, antes de deixarmos a Casa da Árvore".
Os olhos de Marguerite focalizaram o chão, e Roxton percebeu um leve rubor no rosto dela.
"Eu esperarei o tempo que for necessário, para que confie em mim. Não sei exatamente o que deseja manter em segredo do seu passado, no entanto não foi fácil escolher as palavras certas para colocá-las em minhas cartas para você".
"Suas palavras foram perfeitas na carta John. Eu estou tentando confiar mais, honestamente eu estou tentando. Não perca o interesse por mim".
"Nunca" ele disse claramente e segura a não dela mais apertado. "Você me conhece querida. E eu amo um desafio. E acredite, você é o desafio mais recompensador de toda a minha existência" ele beijou ligeiramente o rosto de sua amada, e não foi despercebido pelos amigos que caminhavam alguns metros atrás dele.
Era quase meio dia quando chegaram a Vila de Zanga. Depois de adentrar os portões, eles caminharam para a cabana de Assai e Jarl. Assai já os tinha visto e estava os esperando do lado de fora da cabana, para dar boas vindas aos seus amigos da casa da árvore.
"Mas, e Challenger. Ele não veio?".
"Ele decidiu que precisava de pouco de paz e sossego na casa" Verônica respondeu. "Onde esta Jarl?".
"Ele esta caçando, nas deve chegar hoje" respondeu Assai.
Enquanto Marguerite ajudava Malone a guardar as mochilas na cabana, Roxton e Verônica ficaram lá fora e conversavam baixo com Assai. Ela jurou que não deixaria Verônica e Malone perceberem que estava intrigada com toda a atenção que Assai estava dando a Roxton. O que estavam conversando para ter toda a atenção dele. A curiosidade dela ficou maior quando Verônica entrou na cabana sem Roxton e Assai.
' Onde está Roxton?".
"Oh... ele disse que volta, mais tarde. Algo sobre... alguma coisa que ele tinha que resolver antes... eu acho".
"Sobre o que estava conversando com ela? O que era toda aquela conversa? Onde estão?" Marguarite questionou enquanto fitava a porta aberta, quando ela viu Roxton e Assai caminhando pela aldeia
Estava começando a ficar irritada ainda mais quando viu Roxton entregar algo para Assai. E para piorar Assai colocou os braços ao redor do pescoço dele e lhe deu um beijo no rosto.
Marguerite sentiu um aperto no coração pela terceira vez, nesta manhã.
"O que estão fazendo?" Ela gritou.
"Marguerite. Ciúme não combina com você. Saia da porta. Alguém pode ouvir se continuar gritando".
"E eles continuam? O que ele pensa que esta fazendo, deixando ela o beijar na frente de todos. Ela é uma mulher casada."
"Marguerite, tranqüilize-se", Malone zombou. "Assai é uma grande amiga de todos nós. Talvez ela estava o felicitando por alguma nova conquista" Ele adicionou.
Marguerite vira para o jornalista, com uma carranca. "Conquista!"...
Ela começou a pensar: "O que John contou para Malone sobre ontem à noite? Então ele contou? Bem, se isso é um jogo, eu o mostrarei como realmente deve ser jogado".
Ela sai da cabana em direção a Roxton e Assai. Ela ainda não sabia qual seria o plano, mas sempre pensava depressa. Ela pensaria em algo ante de encontrá-los.
"Marguerite. Não faça nada que venha a arrepender depois". Aconselhou Verônica.
"Ela é de maior, e pode cuidar de si. Vamos aproveitar que estamos só." Disse Malone.
Verônica relutantemente o deixou a conduzir para fora da cabana, vendo Marguerite desaparece na multidão de aldeões.
Ao anoitecer, Verônica e Malone retornaram para a cabana e ouviram uma mulher chorando. Primeiro pensamento de Verônica era que fosse Assai. Mas ficou surpreendida ao ver Marguerite sentada em uma cadeira com as mãos no rosto chorando incontrolavelmente.
"Marguerite" Verônica chamou.
A herdeira tentou enxugar as lagrimas com as mãos, mas não era uma tarefa fácil. A tristeza e a melancolia haviam tomado conta. Seu peito levantava ao tentar conter as lagrimas.
" Oh...nada...eu estava só..."
"Marguerite, por que você esta chorando?". Há pouco vimos Roxton montar uma barraca para passar a noite e Jarl vai passar a noite na barraca de seu pai. O que esta acontecendo?"
Ao ouvir o nome de Roxton, Marguerite perdeu todo o controle e começou a chorar novamente.
"Eu fui uma tola".
"Sobre o que você esta falando?". No café da manhã...Bem...Você e Roxton estavam andando em nuvens. O que aconteceu?".
"Bem... Acho melhor deixá-las sozinha. Vou ver como estão Roxton e Jarl".
Verônica virou-se e fez uma careta para Ned. "Provavelmente é uma boa idéia Ned".
"Voltarei logo. Uh... Marguerite..." ele começou a falar procurando palavras para confortá-la, mas nenhuma palavra veio à mente. Então achou melhor calar-se e deixou a cabana.
Verônica sentou-se em uma cadeira ao lado de sua amiga. "Certo Marguerite... o Ned já foi. Agora você pode contar-me o que está errado".
"Eu sou uma boba. Eu sei. Toda às vezes é assim".Ela sussurrou. "Sempre é a mesma coisa. Como fui acreditar em todas as coisas que ele me disse ontem à noite".
"Ontem à noite?".
Marguerite balançou a cabeça, lutando para conter as lagrimas.
"Você quer dizer... última noite... você e Roxton juntos...".
A herdeira balançou a cabeça novamente.
"Bem o que a faz pensar que ele não quis dizer o que disse para você?".
Verônica estava vendo que Marguerite estava com dificuldades para confiar a ela o que havia feito de errado. "Certo. Eu não sei o que ele te disse, mas certamente você deve estar equivocada sobre os sentimentos de Roxton".
Ela pausou por um momento. "Oh, eu sei que vou lamentar... visto que era para ser uma surpresa... mas". Ela colocou as mãos nos ombros de Marguerite.
"Lembra-se quando eu voltei para o quarto e pedi para que vocês viessem na frente depois eu os alcançaria? Bem, de fato eu fui para o seu quarto e peguei um anel da sua caixa de jóias".
Marguerite ficou sem entender. "Eu não entendo, por que você queria um anel meu?".
"Roxton pediu-me para pegar um de seus anéis, assim saberia exatamente o tamanho que você usa. Esta viagem foi idéia de Roxton. Em algumas de suas viagens a procura da saída do Platô, ele encontrou pedras preciosas, precisamente safiras e um uma das cavernas".
Os olhos de Marguerite estavam arregalados.
"Ele nunca me falou sobre isso. Porque ele nunca me falou sobre as pedras?".
"Ele falou-me que usaria as pedras para uma ocasião especial, e bem ele deve ter imaginado que ontem a noite foi especial, porque ele queria derreter o seu próprio anel de ouro e fazer um para você. Então eu falei que a Assai sabia de alguém na aldeia que poderia fazer um anel, e...".
Marguerite levou as mãos para o rosto. "Oh, deus, o que eu fiz?". O medo estava estampado na sua voz.
"Marguerite, o que você fez? Tem algo haver com o Roxton ter brigado com o seu melhor amigo? E Jarl porque não está dormindo com Assai?". Verônica colocou as suas mãos carinhosamente nos ombros de Marguerite. "O que você fez?".
"Eu... eu... eu vi Roxton dando algo para Assai esta manhã...".
"Era o anel e a pedra". Disse Verônica.
"E, então... eu... vi Assai o beijar...".
"Marguerite. Ela somente estava expressando a sua alegria por vê-lo feliz".
"E depois eles saíram e ela estava segurando o braço dele".
"Oh, Marguerite era um gesto inocente. Assai admira muito John. Você e Roxton conversaram?".
"Não. Eu os procurei por todos os lugares. Pareciam que estavam fugindo de mim. Eu os procurei por algum tempo e quando eu vi Jarl entrar pelos portões, eu percebi o que tinha de ser feito. Eu queira que John sentisse o mesmo que eu senti quando o vi com Assai".
Marguerite observou que o olhar reprovador de Verônica. "Eu caminhei em direção a Jarl e...Eu...".
"Você flertou com ele, não foi. Estava tentando seduzi-lo?".
"Bem... sim" ela admitiu. "Eu sabia que eventualmente Roxton apareceria, afinal a aldeia não é muito grande... e quando ele me viu com os meus braços em torno de Jarl e lhe dando... você sabe... aqueles olhares... ele ficou serio. Mas quando eu beijei Jarl...".
Marguerite podia sentir os suspiros reprovadores de Verônica. "Foi só no rosto! Roxton ficou furioso e retirou os meus braços para longe de Jarl e ... eu falei para ele que a ontem a noite não significou nada para mim, e que eu sabia que tudo que ele disse não era verdade. Que ele tinha mentido, sobre tudo. Que apenas usamos um ao outro para conseguir o que queríamos. Então Assai e Jarl começaram também a discutir e...".
Ela estava chorando novamente e Verônica começou a sentir pena da mulher que estava na frente dela. Ela nunca tinha visto Marguerite assim. Ela duvidava se a herdeira tinha mesmo um coração até que Roxton começou a conquistá-la. Agora... Ela vê a amiga chorando por uma briga de namorados... Bem era muito para Verônica. Ela sentia a necessidade de confortá-la, apesar do desentendimento de seus amigos Assai e Jarl.
Verônica colocou o braço nos ombros de Marguerite.
"Marguerite, não é tão ruim assim. Talvez ele esteja furioso e queira afasta-se de você agora. A pouco quando eu falei com ele, disse-me que poderia ter que ficar na aldeia além do tempo planejado. Ele quer retornemos amanhã cedo. Ele ficara esperando pelo anel. E francamente Marguerite, eu duvido que ele tenha acreditado no que você disse hoje. Ele sabe que você tem dificuldades em confiar nas pessoas. Roxton me falou que estava receoso que acontecesse algo assim".
"Ele falou alguma coisa sobre ontem à noite? Era isso que vocês estavam sussurrando durante o café da manhã?".
"Não. Eu juro que ele não me contou nada sobre o que aconteceu entre vocês ontem à noite. O que ele me disse é que finalmente vocês tinham admitido os seus sentimentos um para o outro., mas ele tinha medo que você ainda continuasse a duvidar do amor dele por você. E por isso que ele queria derreter o seu anel e fazer um para você. ele queria te dar uma prova do amor dele".
"Eu realmente fui uma boba". Marguerite parou de chorar. O pensamento de John desfazendo do seu anel para fazer um para ela inflava o seu ego. Ele sempre usava aquele anel, nunca o retirava. O seu coração estava em pedaços, ao se lembra das palavras, mas que ela tinha dito para ele hoje.
"Assai esta vindo. Escute Marguerite, porque você não aproveita e esclarece esse mal entendido agora com Assai e Jarl. Você pode conversar com Roxton amanhã".
"Esta tudo bem?". Malone entra com Assai, e pelo visto Verônica deve ter dito as palavras certas para que Marguerite não estivesse mais chorando.
"Malone, você trouxe o seu diário? Eu preciso de algumas paginas em branco".
"Bem Marguerite, sim. Você precisa para fazer uma lista de compras". Malone riu ao tentar fazer uma piada.
"Não. Malone. Eu preciso de papeis".
Malone pegou o diário na mochila e arrancou algumas paginas e os deu a ela.
"E um lápis Malone". Verônica completou.
"Oh, certo".
"Obrigado Ned. Eu prometo que elas não serão desperdiçadas". Marguerite virou para Assai, "Eu preciso falar com você".
