Cartas

Autora: Kyria

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Eu fico muito feliz quando recebo os comentários de vocês. Gostaria muito de ter uma participação mais atuante nos grupos que faço parte, eu tenho mil e uma idéias, mas como não tenho computador em casa ainda (estou tentando resolver esse pequeno probleminha) fica muito difícil colocá-las em pratica e assim vou...Participando na medida do possível. Valeu! Pelos rewiers Rosa, Nessa, Fabi K Roxton, Kakau, Di Roxton e Maga.

Capitulo 3

Ao despertar na manha seguinte ainda com os olhos fechados, Marguerite instintivamente levou as mãos para acariciar o corpo de seu amado. Então se lembrou do que tinha acontecido. Como a situação era diferente ao comparar a manhã de ontem com a de hoje. Verônica tinha dito que Roxton planejava ficar na vila até o anel ficar pronto. Será que ele ainda lhe daria o anel ou estava tão zangado que provavelmente nunca mais ia querer falar com ela? Só o tempo diria.

Malone chamou do lado de fora da cabana.

"Estão todos prontos para partirmos?"

Por sugestão de Verônica, ele havia dormido em outra cabana com Roxton. Assim Marguerite ficaria mais à vontade para conversar com Assai sem a presença dos homens.

Malone notou que os olhos dela estavam vermelhos e inchados, seria por falta de sono ou porque tinha chorado? De qualquer modo, não seria prudente perguntar a ela levando em conta o que Roxton o tinha contado sobre o que havia acontecido. Seguramente Roxton e Marguerite proporcionaram uma cena e tanto ontem à tarde enquanto ele e Verônica estavam providenciando suprimentos e mantimentos.

Ele percebeu que Marguerite havia escrito uma carta para Roxton, e ficou curioso sobre o conteúdo. Sabendo o que aconteceu, provavelmente ela estaria pedido desculpas para Roxton.

Horas depois que seus amigos tinha deixado a vila e regressado para a Casa da Arvore, Roxton aproximou-se da cabana de Assai e Jarl, e esperava que ele ainda fosse bem vindo. A cena de ontem à tarde ainda esta viva em sua memória. Ele ainda podia ouvir as duras palavras de Marguerite ao dizer que à noite de amor que eles haviam compartilhado, não significou nada para ela, da mesma maneira que não significou para ele. Ela não poderia estar mais distante da verdade.

Ele sabia que conquistar a confiança de Marguerite era uma tarefa muito difícil, mas nunca poderia imaginar que as desconfianças começariam tão cedo. Ele desejava tanto que ela confiasse nele. Ele precisava da confiança dela, que provaria que ela realmente o amava.

"Assai, sou eu John Roxton. Posso entrar?"

Perguntou Roxton do lado de fora da cabana.

"Lord Roxton. Eu tive medo que você tivesse partido com seus amigos. Eu pensei que teria que levar isso a Cada da Arvore para entregá-lo."

Ela disse entregando o anel para ele...A única razão para aquela viagem.

Roxton havia entregado o anel dele, a pedra preciosa e o anel de Marguerite que Verônica havia pegado secretamente da caixa de jóias da herdeira, para Assai, para que ela desse ao ourives da Aldeia para fazer um anel deslumbrante para a sua amada. Ele olhou para o pedaço de jóia reluzente que ainda encontrava-se na mão de Assai. Ele soube que viagem havia sido um sucesso, apesar do acontecido.

O anel colocaria um sorriso no rosto de sua amada e os olhos acinzentados brilhariam como duas estrelas deixando-os mais bonitos ainda. Isso era o único propósito desse dia. Fazer e mantê-la imensamente feliz.

"Você ainda planeja dar o anel a ela, não?". Questionou Assai.

"Ohhh sim... eu não desfiz do meu anel e passei por aquele pesadelo de ontem, por nada. Assai... sobre ontem, quero pedir desculpas pelo comportamento de Marguerite. Eu não posso imaginar o porque ela faria algo que poderia criar dificuldades para você".

"Lord Roxton, não há necessidade de pedir desculpas. Sua mulher e eu conversamos muito ontem à noite".

Ao ouvir "sua mulher", o coração de Roxton bateu mais rápido. A expressão soava maravilhosamente bem aos seus ouvidos.

"Ela me disse, que flertou com Jarl para fazer lhe fazer ciúmes. E Jarl concordou como um favor".

Roxton balançou a cabeça

"Eu estou envergonhado, Assai. Eu tenho medo desse egoísmo de Marguerite. Às vezes em me pergunto se ela possui um coração".

"Mas você não deixou eu terminar. O que ela me disse não é verdade. Eu sabia que não era verdade. Ela só me disse isso, para que eu não pensasse que a culpa fosse de Jarl e que tudo foi planejado por ela. Jarl aceitou flertar com ela, para pagar um favor que a Marguerite havia lhe feito em uma outra ocasião. Você não vê... ela inventou essa história para impedir que os meus sentimentos fossem feridos, e permitir que Jarl fosse inocentado de toda a culpa. E se eu acreditasse no que ela me contou, eu não teria nenhuma razão para ficar furiosa com Jarl. Sua mulher tem um coração, ela tem sentimentos para com as outras pessoas além dela".

Essas palavras "sua mulher", estava começando a tornar-se um doce familiar som aos ouvidos e coração de Roxton.

"Lord Roxton... Ela o ama tanto. Ela não teria planejado toda aquela cena e tentado corrigir tudo, se ela não tivesse preocupado no que o caro amigo estava pensando dela. E não fique furioso com ela por muito tempo. Ela deseja muito que a perdoe e que continue gostando dela".

"Eu gosto muito dela, Assai. E é por isso que estou tão bravo com ela, por sempre tirar conclusões precipitadas. Eu não lhe dei nenhuma razão para ter ciúmes de mim ontem".

"Não, você não deu razões, mas eu sim. Não deliberadamente... mas eu o beijei. Ela explicou-me que ao me ver beijá-lo, ela ficou com muito ciúme. Ela não tinha nenhuma idéia que de estávamos falando. Toda essa confusão e tanto minha culpa quanto dela".

"Há culpa para todos nós, Assai. Você é uma grande amiga e eu lhe agradeço por ter contado-me sobre a conversa de vocês duas. Agora eu tenho que regressar para a Casa da Árvore e quero voltar antes que anoiteça. Há uma certa senhorita que esta me esperando, e eu quero ver os olhos dela quando eu lhe dar este anel".

Somente quando Roxton está caminhando para a saída da cabana, é que Assai lembrou de entregar a carta, que Marguerite tinha lhe pedido para entregar para o caçador.

"Lord Roxton, eu quase me esqueci. Marguerite deixou isto para você".

Assai lhe deu duas folhas dobradas e o lápis com que Marguerite havia escrito a mais nova carta para o seu amor.

Roxton colocou os papéis e o lápis na mochila dele.

"Assai, muito obrigado". E caminhou-se para o trajeto que o levaria para casa e para a "mulher dele".

Durante o trajeto, Roxton parou para encher a cantina com água e aproveitou para ler a carta de Marguerite. Ele seguramente sabia o conteúdo da carta e não tinha duvidas que estava pedido desculpas dela. Claro que ele planejava perdoá-la, mas talvez não tão rápido. Faria bem para ela sofrer um pouco. Ela não deveria ter causado complicações para Assai e Jarl. E para não mencionar as palavras duras que ela disse para ele ontem. Todavia, ele abriu a carta e começou a ler.

Querido John,

Por onde posso começar? Você deve estar furioso comigo. Sabia que eu era uma pessoa difícil de lhe dar, mas certamente não esperava que o caminho fosse tão rochoso e que tivesse tantas complicações assim tão cedo.

Verônica contou-me a verdadeira razão para a nossa pequena visita a Vila de Zanga. Para que você pudesse providenciar um anel para mim. O que eu fiz é indesculpável. Eu sempre falo e faço coisas afoitamente, sem pensar nas conseqüências. Eu preciso pensar antes de agir, eu diria que ontem foi um bom exemplo.

Talvez seja muito cedo para você me perdoar, e quem sabe deveríamos dar um tempo. Eu entenderei se você quiser afastar-se de mim. Mas se estiver pronto para recomeçarmos, o estarei esperando hoje à noite em meu quarto.

De sua sempre,

Marguerite.

John releu a carta varias vezes, com um sorriso largo no rosto. Essa era a Marguerite que ele conhecia, margeando com rodeios para dizer que estava arrependida. Mas ela não sabia, que ele sentia-se co-responsável pelo mal entendido de ontem. Ela não poderia saber o que ele e Assai estavam conversando.

Ele pegou a folha que estava em branco e o lápis que Marguerite tinha deixado na cabana com Assai, e começou a escrever uma resposta para a carta dela.

Minha querida e doce Marguerite,

Eu nunca poderia ficar longe de você, não importa o que aconteça. Eu tenho responsabilidade parcial pela confusão de ontem. Eu deveria ter indo a aldeia sozinho, para providenciar o anel, mas depois de nossa maravilhosa noite, eu queria passar todos os momentos juntos com você.

Eu estou chateado por você acreditar que só a quero para o que compartilhamos em seu quarto. Todos às vezes em que estamos sozinhos, temos que suportar interrupções, e todos os dias desejo ficar a sós com você. O que partilhamos em seu quarto, na sua pequena cama, pertence somente a nós. Essa parte de nós é muito especial, porque é a única parte em que eu não tenho que compartilhá-la com os outros.

Eu fiz este anel Marguerite, como símbolo do meu amor por você. Coma a sua relutância de fazer planos para o futuro, não pensa neste anel como um compromisso. Você poderá usá-lo na mão que desejar. Mas por favor,...Use-o sempre.

E lembre-se destas palavras quando olhar para o anel...Meu amor por você é imensurável, infinito e para sempre.

De seu amor,

John.

O sol estava se pondo no horizonte, quando ele chegou a Casa da Árvore. Challenger, Malone e Verônica haviam jantado e estavam dirigindo-se para os respectivos quartos para descansarem.

Como o elevador estava subindo, Verônica aguardou pressentindo que era Roxton que estava chegando.

"Pensamos que você regressaria mais cedo".

"Onde esta Marguerite". Perguntou Roxton.

"No quarto dela. Não quis jantar. Disse que precisava ficar sozinha".

Roxton colocou o rifle e o cinto com o coldre na prateleira, caminhou para o quarto dela ainda usando o chapéu. Quando ele começou a descer os degraus, visualizou a sua amada junto à janela, com os braços cruzados ao redor do tórax, olhando para a escuridão. Ele parou por um momento e contemplou amorosamente a sua beleza. Os cabelos escuros soltos cascateando ao redor dos ombros. Mesmos ao som dos grilos cantando lá fora, pode ver que ela estava segurando as lagrimas.

Ele desceu o ultimo degrau e jogou o chapéu em cima da cama. O movimento súbito a fez virar-se e deparou-se com John caminhando em sua direção, com uma carranca estampada no rosto.

Ao vê-lo sorriu e suspirou aliviada. O fato dele estar no quarto dela significava que a havia perdoado, mas pelo olhar dele, ela ainda tinha muito que explicar.

"John... eu... Você não vai brigar de novo comigo, vai?".

"Não, mais o que devo fazer com o meu amiguinho?". Disse apontando para o seu colo. Os olhos dela arregalaram-se e ele vangloriou-se colocando as mãos em seu quadril. Marguerite deu um passo a traz ao perceber que ele caminhava em sua direção. "Mas pelo seu olhar, vejo que você desfruta muito do meu amigo".

"John!" Uma tonalidade rosada, coloriu rapidamente o rosto da herdeira, ao observar a poderosa masculinidade de Roxton.

Com as costas de Marguerite apoiada contra a parede, ele colocou os brancos dela para trás e os prendeu com suas enormes mãos.

"Mas se você sempre duvidar do meu amor por você, eu poderei esquecer que sou um cavalheiro".

Desfazendo-se do abraço dele, ela coloca os braços ao redor do seu pescoço e olha diretamente em seus maravilhosos olhos esverdeados. Ela sorri e sussurra

"Sobre ontem, John... eu...".

"Marguerite cuidado, para você não dizer algo que vai arruinar a sua reputação".

Ela sorri aliviada. Ele deve ter lido os pensamentos dela. Ela quase disse as duas palavras que sempre teve dificuldades em dizer para qualquer um. Balançou a sua cabeça dizendo

"É assustador como você me conhece bem".

"Oh, minha querida, há tantas coisas que eu não sei sobre você. Mas é uma aventura a ser desvendada".

Ele trouxe o rosto de Marguerite para perto dele e os seus lábios se entregaram num beijo doce. Ao colocar as suas mãos na cintura dele, Marguerite percebeu que havia uma carta no bolso de sua calça.

"Oh... isso é para mim?".

Ele gemeu. "É, mas não agora Marguerite".

Ele tirou a carta das mãos dela, e a colocou em cima da mesinha.

"Há muito tempo para você lê-la". Ele, a puxando para os seus másculos braços, fazendo-a deitar-se na cama. "Temos coisas mais importante para fazer agora".

Ele foi de encontro ao pescoço de Marguerite beijando-o. Só levou alguns segundos para ela perceber o que ele tinha em mente. Ela o empurrou sentando-se na cama.

"John! Todos estão acordados ainda. Eles nos ouviram".

"Não se você não fizer muito barulho, como fez na outra noite" Roxton disse com centelhas nos olhos.

"Eu? Se me lembro bem, a maioria dos ruídos veio de você".

Ele a silenciou com um doce beijo e moveu as suas mãos para frente da blusa dela e começa a abrir os botões...

Com os seus lábios perdidos na maciez da boca de Marguerite e com a voz embrenhada de desejo, ele sussurrou "Apague as velas Marguerite".

Na madrugada, John foi despertado por Marguerite.

"Acorde John".

"O que esta acontecendo?". Roxton relaxou quando percebeu que eles ainda estavam seguros na pequena cama dela "Não vai me pedir para voltar para o meu quarto agora, vai?".

"Não, não agora" ele notou que durante a madrugada, ela havia colocado uma manta ao redor dos ombros nus e tinha acendido algumas velas. O brilho das chamas iluminou o quarto e ele viu que a carta que tinha escrito para a sua amada estava em cima da mesinha aberta.

"Eu li a sua carta, John".

"Oh, foi por isso que me acordou?". Ele murmurou e colocou a cabeça no vale entre os seios suaves de Marguerite, esperando que ela lhe permiti-se dormi lá pelo resto da noite.

Tão sensual quanto sentir a cabeça de John descansar em sua pele nua, Marguerite o empurrou. "John, acorde. Eu li a sua carta e... bem você esqueceu algo".

Roxton senta-se na cama e balança a cabeça tentando colocar em ordem as idéias. O que ele não poderia ter escrito na carta dele.

"Eu esqueci de dizer eu te amo?".

Marguerite balançou a cabeça.

"Eu esqueci de dizer o quanto eu te amo?".

Marguerite suspirou. "O anel!".

"Ah... o anel". Ele pegou a calça que estava no chão, e procurou no bolso o lenço dele. Quando ele o abriu, lá estava o anel de ouro com uma enorme pedra de safira azul.

"Oh, John... é lindo". Ela o coloca no dedo da não direita. Alcança os lábios de seu amor e o presenteia com um tórrido beijo. "Você é maravilhoso".

"Bem se isso a faz ficar feliz, então todos os aborrecimentos dos últimos dias estão devidamente recompensados. Agora, podemos voltar a dormir?".

Marguerite permitiu que John estendesse o lençol sobre eles, mas tirou a não debaixo do lençol e fica a contemplar o brilho de sua nova jóia. A mais preciosa de sua coleção.

John inclinou-se para apagar as velas. "Oh John, não apague. Eu preciso da luz para ver o meu anel. Você não disse na carta que eu deveria lembrar que você me ama, todas as vezes que olhar para ele?".

John riu suavemente e apagou as velas. E uma vez mais, eles estavam envoltos na escuridão. "Você não precisa de luz para isso, Marguerite. Tudo que você precisa sou eu".

Continua...

DISCLAIMER Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

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