p O caminho de volta ao Largo Grimmauld foi dotado de silêncio e constrangimento. Harry e Hermione não conseguiam nem ao menos se olhar e quando faziam ficavam ambos incrivelmente vermelhos.
p – Bom, eu, acho que, vou dormir – disse Hermione já na sala da mansão Black.
p – Er, bem, desculpa ta Mione? – pediu constrangido.
p – Não quero desculpas – disse calmamente – enquanto subia as escadas apressada.
p Harry a viu subir e desaparecer virando o corredor ao chegar no topo da escada. O garoto subiu ao seu quarto confuso com o que significava aquele comportamento da amiga. O quarto de Hermione ficava de frente pro seu, ele foi verificar se amiga estava ali mas a porta estava trancada, desistiu e entrou no próprio quarto, se trocou e se deitou tentando entender o que tinha acontecido.
p Ele sabia que tinha beijado a melhor amiga, sabia que fora apenas pra despistar Malfoy, mas sua cabeça parecia não processar as informações, lembrou-se também do beijo de Cho, mas aquele beijo não o confundia tanto como o que trocara com a amiga horas atrás. O beijo de Cho fora salgado, sem emoção, ele não tinha mais nenhum sentimento por ela, já o de Hermione tinha sido bom, doce, não sabia ou certo se tinha sentimento, mas começava a achar que sim.
p O ultimo pensamento confundiu ainda mais o garoto que dormiu lembrando o beijo da amiga.
p
p Na manha seguinte Harry acordou, se trocou rapidamente e apesar de não querer ficar sozinho no quarto tinha medo de descer e ter que encarar Hermione. Ele não saia ao certo o que a garota estava pensando dele, não sabia nem o que ele pensava dela.
p Desceu até a sala porem não havia ninguém, o silencio que antes não existia ou ao menos não era notado invadira a casa totalmente, nenhum barulho sequer era ouvido.
p – Bom Dia – o garoto ouviu uma voz doce quebrar o silêncio.
p Ele se virou em direção à voz e viu a amiga muito sorridente descendo o ultimo degrau da escada. Poderia dizer que aquele era o dia mais feliz da vida dela pela sua expressão. Parecia calma e empolgada ao mesmo tempo, mas a única coisa que tinha certeza é que brava ou irritada ela não estava.
p – Acordou agora? – perguntou saído do estado de transe que se tornara comum nos últimos dias.
p – Eu que faço essa pergunta – disse olhando atentamente os cabelos totalmente desarrumados do amigo – Eu já acordei faz umas duas.
p – Nossa! – exclamou ainda com sono – acho que acabei dormindo muito tarde ontem, é isso que da pensar de mais.
p – No que estava pensando? – perguntou curiosa indo em direção à cozinha.
p – No que aconteceu ontem – murmurou temendo a reação dela.
p – Ah! Esquece isso, como já disse não quero suas desculpas.
p – Por quê? – perguntou entrando na cozinha e sentando-se à mesa.
p – Quer sopa? – perguntou mudando de assunto.
p – Não mude de assunto – disse calmo
p – Ta uma delicia – insistiu ela
p Ele sabia que ela não daria o braço a torcer, se estava mudando de assunto era porque realmente não queria discutir.
p – Ta, quero sim – disse pegando o prato já farto de sopa – obrigado.
p Ela se serviu e sentou-se de frente pra Harry.
p Ele se perguntava qual o problema de esclarecer as coisas, antes isso do que eles ficarem sem se falar.
p – Só não to preparada ta? – perguntou parecendo ler seus pensamentos, ainda com os olhos no próprio prato – me deixa colocar a cabeça no lugar.
p Ele não respondeu deixando o silêncio invadir novamente a casa.
p Depois do almoço Hermione subiu até seu quarto e abriu o embrulho dos livros que tinha pegado no cofre, não procurou muito, apenas pegou um livro de runas antigas que estava logo encima e desceu para a sala ler.
p Harry ficou um tempo observando Hermione ler, ele se irritara ao ver que a amiga ia ler e deixa-lo sem fazer nada, mas vê-la ler com tanta calma, com todo aquele ar de inteligência era muito bom, ficou um bom tempo olhando-a como se fosse uma bela obra de arte.
p De repente um ruído ecoa pela sala fazendo os dois se olharem no olhos pela primeira vez.
p – Veio lá de cima – disse ela vermelha desviando o olhar para a escada.
p – Vou la ver – disse levantando-se do sofá – fique aqui!
p – Mas não mesmo – disse ela seguindo-o.
p O garoto bufou sabendo que ela conseguia ser mais teimosa que ele.
p Eles subiram cautelosamente. Hermione duvidava que fosse algo perigoso, mas cedeu ao pedido do amigo de armar a varinha e ter cuidado.
p Quando chegaram ao corredor do segundo andar ouviram novamente o ruído.
p – Parece que veio do meu quarto – disse Harry seguindo lentamente até o quarto.
p Hermione impaciente correu até a porta do quarto do garoto e sorriu.
p – É só a Edwiges querendo entrar – disse entrando no quarto do garoto.
p Ele correu até o quarto guardando a varinha no bolso e ao chegar lá viu Hermione abrindo a carta que a coruja trazia.
p – Ler a correspondência dos outros é feio – brincou sentando-se na cama ao lado da morena.
p – Então lê você – disse entregando a carta ao garoto – É do Profº Dumbledore.
p – i Harry e Hermione, reuniremos a ordem ai amanha, peço que preparem a casa para os Weasley que voltam de viagem e os Lovegood que se hospedarão ai por maior segurança, vocês poderão dividir os quartos assim como desejarem, obrigado, Alvo Dumbledore /i – leu harry em voz alta.
p – Bom, arrume-se – disse se levantando.
p Harry olhou-a incrédulo.
p – A gente tem que comprar umas coisinhas – disse já saído do quarto.
p Meia hora depois Harry estava no pé da escada esperando Hermione. A garota apareceu trajando uma calça jeans normal, uma blusa branca com algumas estampas atrás e com um rabo de cavalo.
p – Você ta bonita – disse sentindo o rosto corar.
p – Obrigada – disse puxando-o pela mão.
p Ela pegou o pote de Pó-de-Flú sobre a mesa, pegou um punhado do pó e deu o pote à Harry antes de entrar na lareira.
p – Beco Diagonal – bradou jogando o pó na lareira e sendo consumida por chamas verdes em seguida.
p Harry fez o mesmo e do pequeno bar onde saíram foram ao beco diagonal.
p Eles compraram vários legumes e carnes sabendo que se a Sra. Weasley encontrasse a geladeira fazia teria um ataque.
p
p – Pronto – disse Harry depois de terminar a ultima comprar e sair da loja.
p – Vamos voltar agora? – perguntou Hermione querendo que a resposta fosse negativa.
p – Hum, que tal um sorvete – arriscou.
p – Ótima idéia, vamos? – disse sorrindo.
p Eles foram até uma sorveteria próxima e tomaram dois sorvetes rapidamente discutindo a separação do quartos e o que a ordem poderia querer em uma outra reunião.
p Voltaram pra casa e arrumaram tudo de acordo com o que haviam planejado. Gina e Luna dormiriam no mesmo quarto com Hermione e Rony, Fred e Jorge com Harry no quarto à frente.
p – Bom, tudo pronto – disse Harry desabando no sofá – Estou exausto.
p – Eu também – disse sentando ao lado do garoto e apoiando sua cabeça no ombro dele.
p Harry estremeceu ao sentir Hermione pousar a cabeça no seu ombro. Ele chegou a conclusão que teria que conversar com Rony urgentemente.
p – Pega o livro pra mim? – pediu ela enquanto deitava no colo dele assustando-o.
p – Hum... Ah! Claro.
p Hermione passou o resto do dia comentando o quão interessante era aquele livro de runas antigas, mas o garoto apenas a olhava fingindo prestar atenção, estava muito bem ali, admirando-a feliz e satisfeita.
p Dormiram ali mesmo sem nem ver o tempo passar, Hermione deitada no colo de Harry e este com a cabeça recostada no encosto do sofá.
p
p – AIIII! QUE AMOR – eles ouvirão a voz de Gina gritar.
p Harry abriu os olhos e pode ver a família Weasley na sala e Luna Lovegood e seu pai ao lado. Ele então notou que dormira ali com Hermione deitada no se colo e com as roupas do corpo.
p Hermione também acordou e se levantou depressa vermelha como um pimentão.
p – Er... Oi – cumprimentou ela.
p – Oi – disse Harry também corado.
p – Ai como o amor é lindo – disse Gina empolgada.
p – Não é o que você ta pensando – disse impaciente
p Gina fez menção de falar alguma coisa, mas foi interrompida pela mãe que deu um longo abraço em Hermione chorando.
p – Oh querida, como você esta? – perguntou em tom maternal
p – Muito bem senhora Weasley – disse sorrindo – obrigada
p – Olá Hermione – disse o Sr Weasley enquanto Molly cumprimentava Harry.
p – Mas mi, me conta, desde quando vocês estão namorando? Eu sempre achei que vocês formava um casal lindo – Disse Luna animada
p – Não temos nada – respondeu direcionando um olhar assassino a amiga.
p – Hum... Vamos conversar lá em cima – Disse pegando Hermione pela mão e subindo sendo seguidas por Gina.
p – O que vocês querem? – perguntou Hermione irritada.
p – Só que você admita – disse Gina se empolgação
p – Pelo amor de deus, eu e o Harry não estamos namorando – disse como se fosse obvio.
p – Explique aquela cena então – exigiu Gina
p – Eu tava lendo um livro e conversando com o Harry, daí nos dormimos ali mesmo – explicou claramente.
p – Mas você gosta dele, não gosta? – perguntou Luna.
p – Bom, não sei, to confusa – disse desanimada.
p – Como assim confusa? – perguntou a ruiva.
p – Eu... De uns tempos pra cá eu tenho me sentido estranha, estremeço só de ver ele se aproximar, ele tem parecido mais tudo ultimamente, mais bonito, mais inteligente, mais corajoso e...
p – AI AMIGA – gritou Gina interrompendo Hermione – Você esta apaixonada!
p – Claro que não Gina eu...
p – Você esta louca por ele mesmo Hermione – concordou Luna cortando a morena.
p – Mas, será? Eu nunca me senti assim com ninguém antes. – disse ansiosa
p – A questão é que você ta apaixonada – disse Gina terminando a discussão – Agora, tenho que falar da festa de aniversário do Harry.
p – É eu acho que... Meu Deus, eu esqueci completamente! – disse parecendo ter visto um monstro
p – Não comprou nada? – perguntou Luna
p – Nadinha.
p – Então vamos ao Beco amanha – disse Gina – Também não comprei o meu e do Rony.
p – Amanha não – precipitou-se Hermione – Precisamos ver se o Professor Dumbledore deixa e ele vai vir só amanha pra reunião com a ordem.
p – Então depois de amanha se ele deixar – concluiu Luna – Mas o aniversário já é no sábado, então vocês não podem demorar muito não.
p – É – disseram as outras duas.
p – Bom, eu e a mamãe convencemos o papai e deixar a gente fazer uma festa surpresa, vai ser sábado mesmo, a noite – explicou Gina
p – Tudo bem – confirmou a morena
p – Mas me conta Mione, como foi depois que eu parei de vir – perguntou Luna.
p Hermione contou tudo que havia acontecido desde a chegada de Harry escondendo apenas o beijo, inventou uma outra historia de como se despistou de Malfoy.
p Elas conversavam animadas sobre a festa de Harry até a Sra. Weasley chama-las pra almoçar.
p Elas desceram e viram que todos já estavam almoçando.
p – Bom queridos, como imagino que vocês estejam sabendo, amanha terá uma reunião da ordem, portanto você ficarão trancados nos quartos até a reunião acabar – disse a Sra. Weasley.
p Depois do almoço o Sr. E a Sra. Weasley foram conversar na sala com o pai de Luna. Hermione, Gina e Luna subiram para o quarto e ficaram conversando com a porta trancada. Rony e Harry subiram e ficaram jogando xadrez bruxo enquanto os gêmeos faziam alguma nova experiência na cozinha.
p – E ai? Como tem sido passar o dia sozinho com a Mione? – debochou Rony.
p – Maravilhoso – disse o moreno distraído sem se dar conta do que falava.
p – Como? – perguntou incrédulo achando não ter ouvido direito.
p – Digo, eu sei como é duro perder os pais, então, a gente meio que se consolou – disse inseguro.
p – Hum, achei que ela te faria estudar dia e noite – disse voltando a atenção ao jogo.
p – Rony, ela perdeu os pais – repreendeu Harry.
p O ruivo apenas mexeu uma peça do xadrez sem responder.
p – Hum... Rony – chamou desviando o olhar para o tabuleiro
p – Sim? – perguntou distraído.
p – Acho que to gostando da mione – disse corado
p – O QUE? – perguntou Rony incrédulo esquecendo o jogo de xadrez.
p – Isso que você ouviu
p – Mas... A Hermione é só a nossa melhor amiga, SÓ – disse parecendo não acreditar na declaração do amigo.
p – Rony, o que eu sinto quando eu to perto da mione é melhor e maior do que o que eu senti com a Cho – disse ansioso.
p – Bom, você tem certeza? – perguntou calmo
p – Talvez amor seja uma palavra muito... Hum, forte, mas eu sem duvida to apaixonado por ela – disse convicto.
p Rony deu uma risinho que mais tarde já se transformava em um grande ataque de risos, o que deixou Harry irritado, pensando se o amigo não estava acreditando nele.
p – O que é tão engraçado? – perguntou aborrecido
p – Nada... É que... Ah, você tem que contar pra ela – disse entre risos.
p – Ta louco? – perguntou quase gritando
p – Não, qual o problema? Assim você fica com ela de uma vez – disse como se fosse obvio.
p – Acontece que a gente encontrou a Cho um dia desses no beco e ela me pediu uma segunda chance.
p – Sério?
p – É
p – Bom, nesse caso dispensa ela e se declara pra Hermione, é só um passo a mais.
p – Rony, larga de ser tonto, a mione ia me dar um tapa na cara e nunca mais querer me ver na frente – concluiu imaginando a reação da garota.
p – Nunca vai saber se não tentar.
p – Não – exclamou – Ela não vai saber de nada, ta ouvindo, nada.
p – E você vai voltar com a Cho? – perguntou Rony indinado.
p – Acho que não custa nada a gente tentar.
p – Você ta louco Harry, você vai enganar ela, ela vai ta achando que você gosta dela sendo que você não ta nem ai pra ela e sim pra mione – explicou não acreditando na decisão do amigo.
p – Rony ta decidido – disse levando um xeque-mate do ruivo.
p Rony parecia querer protestar, mas foi interrompido pela porta do quarto que se abriu atrás de Harry.
p – Sua mãe ta chamando a gente pra jantar – disse uma voz doce que Harry seria capaz de reconhecer em qualquer circunstância.
p O morena saiu pela porta deixando-a aberta de desceu.
p – Se é essa a garota que faz você pirar, que faz você ser capaz de tudo, então você não pode ficar com nenhuma outra – disse saindo e deixando um Harry confuso pra traz.
p Harry ficou um bom tempo ali, pensando, exatamente na posição que seu amigo o deixara. As palavras dele faziam sentido, muito sentido, mas não poderia contar a ela, ela nunca aceitaria, nunca gostaria dele daquela forma. Ele estava decidido, tentaria fiar bem com Cho e esquece-la, embora duvidasse que fosse possível.
p Minutos depois viu novamente aquela morena que tanto admirava na porta olhando-o intrigada.
p – Você não vai descer? – perguntou simpática.
p – Não to com fome – mentiu
p Ela foi até ele e ficou frente a frente o rapaz. Ele considerava aquela curta distancia muito perigosa, muito ameaçadora.
p – Vem jantar sim – disse pegando a mão do garoto carinhosamente – Não pode ficar sem jantar.
p Ele tentou falar alguma coisa, mas ela apenas o puxou para fora do quarto. Decidido a não contraria-la ele apenas apertou a mão dela e a seguiu até a cozinha.
p Ela soltou a mão do garoto e sentou-se entre ele e Luna que piscou discretamente pra garota.
p O jantar foi tranqüilo e muito quieto.
p – Agora vocês vão todos dormir – disse a senhora Weasley – amanha poderão ir ao beco diagonal sob a vigia de alguém que abrirá mão da reunião.
p Todos subiram para seus devidos quartos e dormiram, exeto pela menina que ficaram bolando uma forma de Gina e Hermione comprarem o presente de Harry.
p – Que ótimo, nem precisamos correr o risco de Dumbledore não nos permitir sair – disse Luna animada.
p – É, mas teremos um auror na nossa cola, e temos que comprar os presentes pro Harry escondidas – lamentou Hermione.
p – Simples, eu vou distrair o auror e vocês vão rápido comprar os presentes – disse Luna
p – Como você vai distrair um auror – perguntou Gina.
p – Isso depende do auror, mas eu consigo – afirmou confiante.
p – Bom, seria mais fácil se já soubéssemos o que comprar – disse Hermione pensativa – eu não tenho idéia do que dar pra ele.
p – Eu já sei o que vou dar – disse Gina – Nada de especial
p – O que? – perguntaram Luna e Hermione curiosas.
p – Um Kit de Quadribol amador.
p – Ele vai gostar, mas e eu meu deus.
p – Ah mione, sai com a Gina que você encontra algo por lá mesmo – disse Luna despreocupada.
p Elas dormiram depois de bolar muito bem o que fariam.
p
p
p – Vamos logo, depois meninas que são enroladas – disse Luna batendo na porta do quarto dos garotos que se arrumavam para ir ao beco diagonal.
p – Pronto, satisfeitas? – perguntou Rony saído do quarto.
p – Cadê o Harry? – perguntou Hermione ansiosa atrás de Luna, Gina e Rony.
p – Aqui – disse o moreno saído do quarto e fechando a porta.
p – Vamos Harry, é a Tonks que vai nos levar, ela já ta lá embaixo – disse pegando a mão do garoto e deixando Rony, Gina e Luna dando risinhos abafados.
p Eles desceram rapidamente e avistaram Tonks conversando com um auror que nunca tinha visto antes.
p – Vai ser mais fácil do que pensei – murmurou Luna para Hermione.
p – Como assim? – perguntou no mesmo tom de voz.
p – Acorda mione, é a Tonks, uma loja de jóias mágicas e você e a Gina podem ficar o dia inteiro procurando o presente.
p – Melhor assim – disse animada.
p As garota pararam de cochichar e foram até Tonks perguntar como iriam até o beco.
p – Vamos de chaves de portal – disse pegando um lápis velho no bolso das vestes – peguem!
p Eles obedeceram e no minutos seguinte estavam parados na frente de uma sorveteria.
p – Bom, não se separem ok? – perguntou a auror.
p Todos assentiram com a cabeça e seguiram até o interior da sorveteria.
p – sorvete de abóbora pra todos, por minha conta.
p Tonks, Harry e Rony se serviram rapidamente e se sentaram, enquanto Gina, Luna e Hermione fingiram duvida entre os vários sabores para confirmar o plano e se prepararem de acordo com o combinado.
p – Tonks – chamou Luna se aproximando da mesa onde estavam sentados – Olha que loja linda de jóias, vamos lá?
p – Quando terminarmos os sorvetes.
p – Ah... Vamos... Que mal que tem? É em frente – justificou.
p O pano das garotas tinha sem duvida dado certo, ela estava muito tentada a sair de lá, mas sabia que tava em missão.
p – Vocês ficam comportados? – perguntou a Rony e Harry
p – Se nos pagar mais sorvete – chantageou Rony antes que Harry pudesse responder.
p A bruxa jogou algumas moedas em cima da mesa e saiu com Luna em direção a loja a frente.
p Harry nem prestava atenção nelas ou em Rony, estava no momento observando Hermione de longe, observando como aquela garota que sempre estava ao lado dele, sempre o ajudava nos momentos mais difíceis havia encantado ele com um simples beijo dado com um propósito de salva-los de Malfoy e de uma comensal.
p – Não vão pegar sorvete? – perguntou Gina ao lado de Hermione.
p – Vamos – disse Rony se levantando e sendo seguido por Harry.
p Gina e Hermione aproveitaram o momento para saírem despercebidas. Elas foram até uma rua menos movimentada do beco, quase na entrada da travessa do trano, onde havia uma pequenas loja de artigos esportivos.
p – Quero um kit de amadores para quadribol – pediu Gina educadamente para a vendedora.
p – Um minuto, já voltou – disse a vendedora.
p – Pra presente – exclamou Gina antes da vendedora sumir atrás de cortinas vermelho fogo no fundo da loja.
p Gina separava o dinheiro que usaria para pagar o presente enquanto Hermione dava uma olhada nas vitrines das loja.
p – Não devíamos estar aqui – disse ela preocupada – estamos praticamente na travessa do tranco.
p – Eu sei, mas é a única loja que tem esse kit – disse sem desviar os olhos das moedas que tirava de uma pequena bolsa preta listadas em prata.
p Hermione se calou e ficou admirando um par de luvas negras separadas em uma vitrine num canto melhor iluminado da loja. As luvas pareciam ser de couro sem as pontas dos dedos.
p Nesse momento a vendedora voltava com o kit de Gina totalmente embrulhado em um papel preto com um laço prata muito extravagante.
p – Por favor – Hermione chama a vendedora muito educadamente.
p – Sim, posso ajudá-la? – pergunta a vendedora
p – O que são essas luvas? – pergunta apontando as luvas negras na vitrine.
p – São luvas de batalha, muito raras, elas impedem de desarmar seu portador e também tem um poder atrativo muito grande em relação a sua arma quando tomada – explica a vendedora – São feitas de couro de dragão o que as deixa quase indestrutíveis e possuem muita magia, geralmente são confiscadas pelo ministério mas...
p – Elas são ilegais? – interrompe Hermione quase gritando.
p – são sim, isso na mão de um bruxo das trevas é uma arma extremamente poderosa.
p – Mas, estão a venda? – pergunta interessada.
p – estão sim, mas são muito caras e...
p – Tome – disse Hermione dando um saquinho cheio de moedas douradas pra bruxa.
p Com um aceno de varinha a bruxa consegue abrir a vitrine e pega as luva pra Hermione.
p – Vou embrulhá-las.
p – Não – pediu mione – Eu mesma faço isso. Obrigada
p Hermione apenas pegou as luvas e saiu da loja com Gina.
p – Bom, vamos? – perguntou Gina.
p – Ainda não – disse uma voz debochada atrás das garotas.
p Hermione e Gina se viraram quase que imediatamente e depararam com a mulher que matara Sirius Black meses atrás acompanhada por cerca de cinco comensais todos encapuzados.
p – Bellatriz – Exclamou Hermione surpresa, observando que a rua estava estranhamente escura e vazia sendo que ainda era de tarde.
p – Olá sangue-ruim – disse com desprezo.
p Hermione de imediato armou a varinha e apontou-a para Bellatriz que se encontrava no meio dos comensais.
p – Venha conosco – ordenou
p – Nem morta – retrucou a morena determinada.
p – Quem disse que te queremos morta? – perguntou com desdém.
p – Não to entendendo nada mione – cochichou Gina.
p – Nem eu – disse calma sem tirar os olhos da varinha de Bellatriz atenta a qualquer movimento – No três você corre e pede ajuda.
p – Mas não mesmo.
p – Um
p – Para mione
p – Dois – continuou sem dar atenção à amiga.
p – Você não tem chance contra eles.
p – TRÊS – gritou Hermione.
p Gina começou a correr desesperadamente pela rua enquanto uma rajada de faíscas vermelhas saia das varias varinhas dos comensais atrás dela.
p Hermione num movimento ágil foi na direção dos feitiços.
p – PROTEGO – gritou conjurando um escudo que impediu as faíscas vermelhas de sequer chegarem perto de Gina.
p – Olha, parece que a sangue-ruim sabe lutar – debochou Bellatriz.
p – Sei muito mais do que você imagina – desafiou Hermione.
p – Veremos – disse tirando o capuz e armando a varinha – qual tal um duelo, só eu e você?
p – Tem certeza? Te dou uma chance de se redimir – ironizou Hermione tentando ganhar tempo.
p – Ora sua garota insolente, vai se arrepender disso.
p – Será?
p – CRUCIO – berrou a comensal.
p – PROTEJO – defendeu-se novamente
p – Só sabe se defender? – perguntou à menina com desdém
p – ESTUPEFAÇA – gritou sem se importar com o que ela dizia.
p Faíscas vermelha saíram da varinha de Hermione, mas a comensal desviou com muita facilidade. Hermione estava nervosa e não conseguia raciocinar direito, não sabia mais o que fazer. Talvez Gina tivesse razão, ela não daria conta.
p Mais do que rápida Bellatriz lançou um feitiço contra Hermione que foi atingida em cheio.
p – Parece que você não tem escolha – disse a comensal conjurando cordas que enrolavam em volta do corpo da garota a impedindo de se movimentar – você realmente imaginou que pudesse me derrotar? Você é apenas uma sangue-ruim, nascida de pais trouxas e inúteis.
p – Não fale dos meus pais – disse com os dentes serrados.
p – Sabe, não foi muito divertido mata-los, eram muito fracos – disse friamente – Mas, tudo pelo meu Lord, até porque, era necessário.
p Hermione conheceu naquele momento o que era realmente o ódio, a maldade, como uma pessoa era capaz de tamanha crueldade, só poderia ser insana, era a única resposta.
p – FINITE INCANTATEM – bradou uma voz de longe quando Hermione já desistia.
p As cordas caíram no chão, Hermione se levantou e viu Harry, Rony, Tonks, Luna e Gina.
p – Fique longe da garota Bella – disse Tonks calma.
p – Ela vai conosco
p – EXPELIARMUS – gritou a garota em meio à discussão atirando a varinha de Bellatriz longe – ACCIO VARINHA.
p A varinha voou até a mão da garota. Os comensais antes parados atrás de Bellatriz agora disparavam feitiços contra os oponentes.
p Havia agora vários duelos um contra um, porem Bellatriz ainda estava parada em frente a garota. A bruxa apenas sorria.
p Hermione se levantou, e, inesperadamente devolveu a varinha à Bellatriz deixando todos a sua volta confusos. Harry foi por duas vezes atacado olhando a que a amiga faria, Luna também quase fora atingida por uma Maldição Cruciatos.
p – O que pretende? – perguntou a comensal desconfiada.
p – Provar – disse simplesmente – Provar que sangues-puros podem ser totalmente fracos e inúteis, assim como você.
p – SUA IDIOTA – vociferou Bellatriz.
p – ESTUPEFAÇA – bradou Hermione muito perto da comensal de modo que o feitiço a atingisse direto no peito.
p A bruxa foi arremessada contra a parede, se levantou com muita dificuldade. O feitiço da garota havia sido estranhamente mais poderoso que um estupefaça comum.
p – Chega, se não quer ir por bem vai por mal – disse apontando a varinha para a garota – IMPERIUS.
p O feitiços acertou Hermione, que parou de sentir o próprio corpo, não conseguia levantar uma mão, ela mandava, mas seu corpo não obedecia.
p – Venha – ordenou – vamos embora deste lugar.
p A garota tentou dizer claramente não, mas nem ao menos a boca se moveu, seus pés começaram a andar na direção da bruxa. Hermione sabia que aquele feitiço dominava as pessoas, mas não podia perder aquele duelo, simplesmente não podia. A morena estava determinada a vencer, provar que não era fraca, e que o fato de não ter sangue puro não permitia que ninguém a julgasse.
p Perdida nesses pensamentos sentiu seus pés tocarem o chão, sentiu a varinha na sua mão, inexplicavelmente sentia o efeito do feitiço ser extinto.
p – Eu não vou com você – disse parando de andar.
p – O que? – disse a comensal não acreditando no que via – IMPERIUS.
p O feitiço atingiu Hermione novamente e ela pode ouvir novamente as ordens de Bellatriz, mas dessa vez, sem perder o controle do corpo apontou a varinha para a bruxa deixando-a assustada pela primeira vez.
p – Eu disse que não vou com você – repetiu claramente.
p – Como você...
p – IMPEDIMENTA – gritou muito cansada, sustentando o corpo com dificuldade.
p De imediato nada aconteceu, porem todos os barulhos e gritos de pessoas conjurando feitiço e das que eram atingidas, cessaram. O silencio tomou conta daquela longa rua a qual a luz do sol já abandonara. Uma pequena luz foi projetada na ponta da varinha de Hermione, no segundo seguinte essa luz avançava velozmente até o peito de Bellatriz que não conseguiu escapar.
p Apesar de muito pequena, aquela luz emanava muito poder. Bellatriz voou novamente em direção a parede, porem dessa vez estava desacordada. Os comensais a pegaram e rapidamente desaparataram
p Hermione cambaleou, não conseguia mais sustentar o próprio corpo, porem sentiu alguém pega-la antes que caísse e, a ultima coisa que viu antes de desmaiar foi um sorriso preocupado do moreno que a pegara.
p
p
p – Hermione, Hermione, acorda – disse uma voz distante se aproximando.
p A garota abriu os olhos lentamente, estava em uma cama, na sua cama, na Mansão Black. Seu corpo estava dolorido.
p – Mione? Você ta bem? – perguntou Harry olhando-a preocupado.
p – Ahn... Sim, brigada – disse feliz em vê-lo – o que aconteceu? Eu só lembro de ter usado um feitiço e depois desmaiado.
p – A gente trouxe você pra cá, mas ta tudo bem, a Gina contou pra Tonks o que aconteceu – disse calmamente.
p – Contou? – perguntou quase gritando.
p – Sim, mas não se preocupem, vocês não serão punidas – disse estranhando a reação da amiga – até porque, não têm culpa de se perderem.
p A garota concluiu que Gina provavelmente inventara alguma mentira, não podia contar sobre o presente e principalmente sobre o plano.
p Ela não disse mais nada, outra pergunta invadiu sua cabeça e ela não conseguia achar a resposta.
p – No que esta pensando? – perguntou Harry curioso e preocupado.
p – No porque – disse deixando uma lagrima escorrer pelo rosto.
p O garoto num impulso levou a mão até a face de Hermione e acariciou.
p – Não chore – pediu enxugando a lagrima – Eu sei que você é linda de qualquer jeito, mas eu prefiro sorrindo.
p – Obrigada – disse corada.
p – Agora me diz, o porquê do que?
p – Dessa perseguição, ela deixou bem claro, Voldemort não me quer morta, é esse o porque que eu quero – disse muito próxima ao garoto – O que afinal ele quer comigo viva?
p – Eu também não sei, mas contei tudo sobre o Malfoy e a comensal pra ordem, ela inclusive estava lá no beco hoje, duelando contra a Tonks – disse tentando acalma-la – eles vão descobrir o que esta acontecendo.
p – Eu não tenho tanta certeza – disse chorando novamente – Eu senti uma coisa forte dentro de mim quando conjurei aquele feitiço.
p – A Tonks contou pro Dumbledore, ele não sabe dizer o que aconteceu, mas disse que foi um impedimenta anormalmente poderoso.
p – Eu me senti estranha, algo me diz que ainda tem muita coisa pra acontecer – disse chorando desolada.
p – Mione, você não pode chorar por Voldemort, não pode deixar de viver – disse carinhosamente – Isso tudo vai acabar e você vai ficar bem.
p – Eu quero que todos fiquem bem, inclusive você Harry – disse abraçando o amigo – você é muito importante pra mim.
p Ele se afastou e olhou no fundo dos olhos castanhos da amiga.
p – NÓS vamos terminar bem – corrigiu – eu prometo.
p – Obrigada – disse dando um beijo na bochecha do garoto que enrubesceu furiosamente.
p A garota fechou os olhos cansada e chegou a conclusão que realmente estava apaixonada, pelo melhor amigo, mas estava, e muito, apaixonada. Adormeceu em seguida sob o zelo do amigo.
