p b 1.06 Cilada /b
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i
p Imagens passavam rapidamente pela sua cabeça. Imagens sem sentido, que nunca vira antes na vida.
p Um velho moinho apareceu em uma paisagem calma, águas cristalinas passavam lentamente por ele e o vento soprava calmo dando um ar tranqüilo ao lugar.
p Ela pode ver a porta se abrindo lentamente, porém não conseguia enxergar além da mesma, uma luz muito brilhante vinha de dentro do moinho. De repente ela sentiu-se sugada, atraída por aquela luz, se aproximava da porta sem ao menos andar, tentava gritar, mas algo sufocava sua voz dentro da garganta.
p Quando finalmente entrou no local, aquela forte luz se apagou instantaneamente e ela não se viu dentro do moinho, mas sim em frente ao mesmo. O lugar agora de calmo não tinha nada, tudo estava em chamas, o campo antes verde e florido agora estava negro, no pequeno rio, antes com águas cristalinas, agora boiavam pedaços de madeira e objetos quebrados, o moinho, antes de pé, agora estava em ruínas. Haviam pessoas paradas ao redor observando algo que ela não conseguia discernir.
p Se aproximou cautelosamente do local e agora pôde ver uma linda mulher de cabelos castanhos amarrada a um enorme pedaço de madeira.
p Todo o resto daquele moinho agora ardia em chamas, e a mulher, encontrava-se no centro daquele mar de fogo. Ela, estranhamente, sorria triunfante, com o ódio jorrando pelos olhos, apesar de estar à beira de ser queimada viva.
p – Você sabe que não adianta me matar! – gritou para um homem encapuzado que estava sentado em uma cadeira observando a cena, com o rosto coberto pelo capuz – Você pode destruir meu corpo, mas sabe muito bem que não pode destruir minha alma.
p – Ninguém pode fugir do rei da escuridão – manisfestou-se o homem.
p – EU VOU ME VINGAR b TODESENGEL /b – gritou fazendo um gesto com as mãos presas acima da cabeça – AVERNUS RESURGO.
p Labaredas se ergueram envolvendo a mulher por completo. O fogo agora formava um estranho símbolo no chão. Duas linhas paralelas desciam verticalmente cruzando em si mesmas no meio, com dois pontos, um em cada extremidade das linhas.
p As imagens voltaram a passar velozmente diante de seus olhos. /i
p Hermione acordou assustada, suando frio. Olhou ao redor, ainda estava em seu quarto na Mansão Black, tudo não passara de um pesadelo.
p Levantou-se atordoada e desceu até a cozinha, precisava de um copo de água.
p Agora sabia de quem eram as vozes que ouvira no dia do aniversário de Harry, aquela mulher que conjurara o feitiço, morrera queimada com o próprio feitiço, aquilo era loucura, não fazia sentido.
p Desceu tentando formar algum tipo de hipótese, mas por mais que tentasse não conseguia entender o porquê daquela mulher ter feito um feitiço que a mataria.
p Entrou na cozinha e com o pouco que enxergava, pegou um copo de água e bebeu encostada no balcão da mesma, colocando os pensamentos em ordem.
p – O que você ta fazendo aqui, há essa hora? – perguntou uma voz quase a matando de susto.
p – Harry James Potter, se fizer isso mais uma vez juro que te faço em pedaços! – ameaçou se recompondo.
p – Ai que medo – zombou sorrindo, indo até a garota.
p – Tenha medo – disse fuzilando-o com o olhar – Tenha b muito /b medo.
p – Nossa, agora você realmente me assustou – disse afastando-se dela – Mas não me disse o que veio fazer aqui, as três horas da manhã.
p – Tive um pesadelo – explicou calma.
p – Pesadelo?
p – É. Lembra daquelas vozes que eu disse que tinha ouvido?
p – Lembro.
p – Então, da outra vez eu só ouvi, dessa eu vi também.
p – E como foi? – perguntou com um misto de curiosidade e preocupação.
p – Bom, primeiro eu via uma linda paisagem, com um rio e um moinho, depois, quando entrei no moinho vi a mesma paisagem destruída e onde havia o moinho tinha uma mulher amarrada, prestes a ser queimada viva – ele fez cara de dor, mas não disse nada – Mas antes de ser queimada ela diz que podem destruir seu corpo, mas não sua alma, um homem responde dizendo a mesma coisa que disse no meu sonho e depois ela conjura aquele feitiço.
p – Então era mesmo um feitiço? O que ele faz?
p – Bem, depois que ela conjurou o fogo subiu mais rápido e a queimou viva e em seguida formou um símbolo estranho.
p – Então acho que você salvou a vida do Rony – disse sorrindo.
p – É, inclusive, me lembre de exigir um "obrigado por salvar minha vida" dele amanhã – o garoto riu, mas no momento seguinte assumiu uma expressão séria – Harry, sério agora, to preocupada.
p – Calma, a gente vai falar com o professor Dumbledore assim que chegarmos em Hogwarts – disse confortando-a em um abraço.
p – Obrigada, você é perfeito sabia? – agradeceu abraçando forte o moreno.
p – Sabia – brincou sorrindo.
p – E convencido também – disse dando tapinhas no ombro do garoto.
p Ele segurou a mão dela e a puxou para um beijo. Se antes Hermione estava preocupada com alguma coisa, agora não sabia nem o porquê de estar na cozinha às 3 horas da manhã. Era incrível o efeito daqueles beijos sobre ela, estava sem duvida, apaixonada como nunca estivera antes.
p Hermione, com um esforço sobre-humano, finalizou o beijo.
p – Amanhã voltamos pra Hogwarts, portanto é melhor irmos dormir.
p – Essa é a minha Hermione – disse referindo-se ao tom mandão próprio da amiga.
p – Vamos – insistiu, pegando a mão do garoto e subindo com ele aos quartos.
p – Você não me disse o que você foi fazer lá embaixo – Hermione disse parando na frente dos quartos.
p – Fui beber água também, sabe, simplesmente acordei com sede.
p – Acabou que não bebeu – a garota concluiu sorrindo.
p – É, tinha coisa melhor pra fazer.
p Dizendo isso novamente a beijou. A garota aproveitou o beijo ao máximo, mas a razão falou mais alto e ela empurrou-o de leve.
p – Eu disse "dormir", Sr. Potter – disse dando um último selinho e entrando no quarto.
p – Boa noite Srta Granger.
p A garota piscou e fechou a porta do quarto.
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p – Acordem, crianças, acordem – gritava a Sra. Weasley acendendo a luz do quarto das meninas – Vamos, vocês têm que pegar o trem, não podem se atrasar.
p – Mãe, você precisa gritar desse jeito – protestou Gina cobrindo a cabeça com a colcha.
p – Ora, não seja fresca Gina Weasley – ela foi até Gina, retirou a colcha e a jogou no canto do quarto.
p A menina esfregou os olhos, irritada, levantou-se e foi ao banheiro.
p – Façam suas malas e se troquem rápido, vou chamar os meninos – disse à Luna e Hermione que arrumavam suas camas, saindo do quarto.
p Luna e Hermione terminaram de arrumar o quarto e começaram a fazer as malas.
p – Ai que ódio – disse Gina saindo do banheiro, já pronta.
p – Porque o estresse? – perguntou Luna colocando umas últimas blusas no malão.
p – Ah, esse jeito, sutil, da minha mãe acordar a gente – a garota agora abria o malão para arrumá-lo – Mi?
p – Que? – perguntou a garota olhando vagamente para o guarda-roupa.
p – O que, exatamente, você esta fazendo? – perguntou estranhando a amiga parada, de pé, na frente do armário.
p – Estava pensando, que... Ah, Acho que não vou me acostumar com isso – disse pegando as vestes da escola, ligeiramente menores que as que costumava usar.
p – Ah, se acostuma sim – disse Gina sem demonstrar interesse – Até por que, convenhamos que você precisava disso.
p – Precisava de ainda mais – disse Luna, olhando-a como se analisasse uma grandiosa escultura.
p – A sim, obrigada – respondeu sarcástica.
p – Você primeiro? – perguntou olhando a porta do banheiro.
p A morena apenas sorriu e correu em direção ao banheiro. Gina, antes agachada ao lado do próprio malão, agora sentava na cama.
p – Só para constar, você viu que horas que ela foi deitar ontem?
p – Bem tarde – respondeu com um sorriso malicioso – Depois que ela e o Harry chegaram da audiência, coisa que nós não presenciamos, ela ficou o dia inteiro lendo e quando a gente subiu, ela ainda lia.
p – Licença, preciso fazer uma perguntinha básica pro meu irmão – disse antes de fechar o malão e sair do quarto com ele.
p A porta do banheiro se abriu minutos depois de Gina sair do quarto.
p – Cadê a Gina? – perguntou Hermione, agora já trocada.
p – Desceu, aliás – disse se levantando – se eu não for rápida, a Sra. Weasley me mata.
p Luna foi rapidamente trocar-se. Hermione pegou seu malão e desceu. Já estavam todos lá.
p A garota avistou Harry conversando com Rony.
p – Oi Mione – cumprimentou o ruivo.
p Harry se virou e viu a garota ao pé da escada.
p – Oi Rony – respondeu indo ao centro da sala. Ela colocou sua mala ao lado do sofá e se sentou ao lado de Harry, trocando um sorriso bobo com o rapaz.
p – Anh... É só impressão ou tem um... Clima estranho aqui? – perguntou vendo a troca de sorrisos apaixonados dos dois.
p O garoto olhou duvidoso pra ela, ela apenas sorriu em resposta.
p – Não – disse pegando a mão dela – Não foi impressão.
p – Então... Então vocês... Se acertaram?
p – Estamos namorando – disse antes de dar um selinho em Harry.
p Rony abriu um sorriso indecifrável no rosto, provavelmente iria zombá-los ou algo assim, mas o Sr. Weasley interrompeu pedindo para colocarem as malas no carro agora que Luna havia descido.
p Colocaram as malas no carro e foram à estação King Cross. Harry e Hermione foram os primeiros a atravessar a parede da plataforma 9¾.
p Eles embarcaram no trem e começaram a procurar por uma cabine.
p – Droga! Estão todas cheias – Rony reclamou após passarem por vários vagões, todos cheios.
p – Calma, a gente ainda acha um – disse Harry andando logo atrás de Hermione.
p A garota caminhava à frente de todos tentando achar uma cabine que não estivesse lotada.
p – Droga – disse carrancuda após olhar umas das cabines – Passa reto.
p A garota saiu em passos largos à frente, Harry olhou intrigado para os outros e foi atrás dela, mas, justo na frente da cabine que Hermione havia citado apareceu Cho Chang.
p – Oi Harry – disse sorridente
p – Hã... Oi Cho – disse tentando desviar da garota e ir atrás de Hermione, agora sabia o porquê do estresse da namorada.
p – Hei espera, você não quer ficar aqui? Tem lugar – perguntou gentil.
p – Cho, acho que já ta cheio demais pra todos nós – respondeu vendo as amigas dela sentadas em roda no chão.
p – Mas tem espaço pra i você /i – disse dando ênfase na ultima palavra – Eles podem procurar outra.
p A garoto já não sabia o que dizer, sabia somente que, com certeza, já deveria estar atrás da namorada, e conhecendo o lado teimoso de Hermione, ela não passaria o resto do dia com o melhor dos humores.
p – Vamos todos sentar juntos i Cho /i – disse uma voz, num tom nem um pouco amigável, atrás da garota.
p A garota se virou e mudou completamente a expressão, de carinhosa e gentil, para uma expressão que seria capaz de assustar um dementador.
p – Hermione Granger? – perguntou com desdém.
p – Não, o Rabo Córneo Húngaro – respondeu falsamente simpática.
p Os amigos, no entanto, realmente acharam ter visto uma expressão de ódio semelhante a do dragão no rosto da morena.
p – Ainda sai morte – murmurou Rony, Gina e Luna concordaram.
p – Como você é simpática – disse Cho num tom desafiador.
p – Só com quem merece – respondeu no mesmo tom.
p – Hã, meninas, calma – disse o garoto tentando sair daquela situação, a namorada lhe lançou um olhar assassino e ele logo presumiu que estava encrencado – Cho, nós vamos pra uma outra cabine, não se preocupe.
p – Magina Harry, a i Mione /i não vai se importar, não é? – disse agarrando o braço do moreno.
p O garoto se viu no mínimo morto, olhou pedindo socorro para Gina, Luna e Rony que assistiam à cena, mas os três deram os ombros.
p – Desculpe, mas não quero presenciar a revolução – disse o ruivo, ao passar pelo garoto e seguir o corredor acompanhado de Luna e da irmã.
p – Vamos Harry? – perguntou Cho, puxando-o para dentro do vagão.
p – Não, ele não vai – disse Hermione puxando o outro braço do garoto.
p – Porque não? – perguntou Cho furiosa.
p – Nossa Cho, você é mais simpática que eu, parece até um dragão de tão delicada – ao ouvir isso, Harry, que já se sentia em meio a uma guerra, viu que em pouco tempo, as duas tentariam matar uma a outra.
p – Isso, foge da minha pergunta, a verdade é que não tem porque do Harry ir com você – disse desafiadora.
p Hermione por um momento se viu pulando no pescoço de Cho ou estapeando-a sem dó, mas apenas sorriu vitoriosa e puxou, com força, Harry contra si, beijando-o calorosamente. Perto da surra que Harry achou que Hermione daria em Cho, ela reagira de forma inteligente, na sua opinião, a melhor reação possível, e ele fez questão de enlaçá-la pela cintura aprofundando ainda mais o beijo.
p Quem visse a expressão de Cho naquele momento, diria que ela estava vendo o próprio Voldemort, em pessoa.
p Quando finalmente se soltaram, Cho parecia esmurrada.
p – Eu tenho sim um porque Cho – disse com um carinho assustador, que fazia Harry se lembrar de Umbrigde – Eu quero o i MEU /i namorado, comigo, querida.
p – Na... Namo... Namorado? – Perguntou espantada, tentando se recompor.
p – É, agora fala, eu namoro ou não a garota mais linda de Hogwarts? – perguntou Harry passando o braço pela cintura de Hermione.
p – Só um pouco... Possessiva.
p – Bom, arranjar homem é fácil, você que o diga, mas arranjar um carinhoso, gentil, cavalheiro e lindo como o Harry, ah, daí é difícil né? – disse simpática – Então, quando se acha um, tem que segurar com todas as garras.
p – Vamos Mione? – perguntou Harry sorrindo.
p – Claro – disse Hermione.
p Eles seguiram deixando uma Cho pasma e destruída pra traz.
p Hermione sorria vitoriosa, Harry apenas agradecia a Mérlin por não ter saído guerra e o humor da namorada ter voltado ao normal. Eles caminhavam procurando pelos amigos, mas ao passar por uma das cabines à frente ouviram gritos.
p – Me solta seu loiro albino – gritava uma garota de dentro de uma cabine trancada.
p – Malfoy – suspiraram se olhando.
p Hermione tentou abrir a porta da cabine, mas a mesma estava trancada.
p – Arromba isso, não podemos usar magia – pediu ao namorado – Nem deixar ele, sequer, tocar na garota aí dentro.
p Harry atendeu ao pedido da namorada e quebrou a trava da fechadura.
p – Solta ela Malfoy – exigiu Hermione entrando na cabine.
p – Olha se não é a sangue-ruim – disse enojado – Vem pegar.
p O loiro se afastou e deixou a vista uma garota baixa, de cabelos castanhos claros. Hermione foi em direção a garota, mas Malfoy agarrou seu braço.
p – E olha que feia do jeito que você era, até que não ta nada mal hein?
p – Cala boca seu cretino – disse Harry, que por um momento pensou em partir para cima do loiro, mas foi detido por um sinal de Hermione.
p – O que foi Malfoy, ta com saudades da minha mão fechada indo de encontro com a sua cara? – ela perguntou determinada.
p – Não devia falar assim com um superior – disse arrogante.
p – Vou te mostrar o que é 'superior' no meio da sua cara – dizendo isso ela cravou as unhas no braço do loiro, que gritou de dor e a soltou, e em seguida, deu-lhe um soco no meio do rosto.
p – Ai sua megera – gritou de dor.
p – Não fale assim com seus superiores, Malfoy – debochou Harry, rindo.
p – Sim, e... Megera é a sua mãe – pegou a mão da menina.
p A menina pegou seu malão e saíram da cabine.
p – Obrigada, esse loiro falso disse que ia arranjar uma cabine pra mim e quando vi ele já tinha me trancado.
p – Por nada, só não procure se envolver novamente com Draco Malfoy – Harry aconselhou.
p – Uau! – exclamou a garota se aproximando do rapaz.
p Harry sentiu-se novamente como uma 'coisa' super legal, mas a garota passou por ele e olhou fascinada para Hermione.
p – Você é Hermione Granger – concluiu.
p – Ahn... Sim, eu... Te conheço de algum lugar? – perguntou gentil.
p – Não, vim transferida da Beauxbatons, mas eu vi muito você no Profeta Diário, a garota mais inteligente de Hogwarts, que ajudou Harry Potter no torneio tri-bruxo, você é demais – disse dando uma edição do profeta à Hermione – Prazer, Aline Wood.
p Hermione pegou o profeta e viu, em letras grandes, escrito:
p b HERMIONE GRANGER ORFÃ – O grande amor de Harry Potter perde seus pais /b
p – Ótimo, alguma discípula de Rita Skeeter – disse sarcástica – Posso ver isso depois?
p – Claro.
p – Espera, você disse Aline Wood? – perguntou Harry – Mas, Wood...
p – Já sei, vocês conheceram meu primo, Olívio Wood.
p – Você é prima do Olívio? – perguntaram em uníssono.
p – Sou sim – respondeu sorrindo.
p – Bom, acho que pelo visto nós dois não precisamos nos apresentar – disse Harry divertido.
p – Não, não, mas porque não vamos procurar uma cabine? – perguntou gentil – Não quero ficar aqui em pé.
p – Nossos amigos já devem ter achado uma – disse Harry.
p – Ah ta, bom, então a gente se vê – disse saindo.
p – Hã... Aline... – a menina se virou ao ouvir Hermione chamar – Vem com a gente.
p A garota concordou sorrindo e elas foram conversando animadas enquanto procuram por Rony, Gina e Luna.
p – É aqui – Harry disse às duas meninas logo atrás, ao achar a cabine dos amigos.
p – Oi gente – comprimentou Hermione adentrando a cabine – Essa é Aline Wood, ela vai ficar com a gente, ta?
p – Wood? – perguntaram todos em uníssono – Você é...
p – Prima de Olívio Wood – completou sorrindo.
p Todos se sentaram e começaram a conversarem, animados. Harry e Hermione aproveitaram para contar do namoro. Aline contou sobre sua transferência de Beauxbatons e um pouco sobre si mesma, ela e Hermione fizeram muita amizade, já Gina não foi muito com a cara da garota.
p Mais tarde, Gina, parecendo incomodada com Aline, saiu da cabine arrastando Luna e Rony juntos.
p – Que casa você acha que eu entraria Hermione? – perguntou Aline animada.
p – Hum... Você tem um ótimo humor, pelo que contou adora uma confusão e não é má pessoa. Acho que pode entrar na Grifinória mesmo, na verdade, acho que só não entra na sonserina.
p – Mione, você não acha melhor a gente ir se trocar? – perguntou Harry desviando sua atenção da janela.
p – Claro, vamos – disse se levantando.
p No mesmo instante o trem deu um forte tranco derrubando-os, um em cima do outro.
p – O que foi isso? – perguntou Hermione se recompondo, notando que o trem havia parado.
p – Parou – Harry constatou o que a garota já notara ao olhar pela janela – Vamos ver o que aconteceu.
p O garoto ia abrir a porta da cabine, mas a mesma abriu-se sozinha a voz do maquinista ecoou pelo trem.
p – i Devido a alguns problemas no trem, encerraremos viagem aqui em Hogsmead e você terminarão a viagem até Hogwarts pelas carruagens da escola /i – disse a voz do maquinista.
p Só então o garoto olhou pela janela e reparou que já estavam em Hogsmead.
p – Vamos, não adianta ficar aqui – chamou Hermione, pegando a mão do namorado e chamando Aline.
p Eles encontraram Gina, Luna e Rony tentando sair do trem, mas demoraram a conseguir sair pela grande quantidade de alunos que iam a Hogsmead.
p Ao chegar no povoado Gina logo arrastou Luna para a Zonko's.
p – Harry, vamos dar uma olhada na loja de quadribol – chamou Rony.
p – Bem, eu... Hã, depois Rony – disse o garoto olhando discretamente para Hermione.
p – Pode ir viu – informou a garota subitamente, fazendo-o olha-la impressionado – Ah Harry, fala sério, você não achou que eu ia exigir você do meu lado 24 horas por dia, 7 dias por semana, né?
p – Mas, eu pensei que...
p – Vai, pode ir – o garoto olhou-a desconfiado – Sério, não tem problema.
p – Hum... Então ta – disse dando um selinho na namorada – Vamos Rony.
p – Meninos... – suspirou voltando a andar.
p Hermione e Aline caminharam por toda Hogsmead, fazia meia hora que já não viam os outros.
p – Bom, acho melhor tentarmos achar eles, as carruagens partem daqui a meia hora e eles podem estar em qualquer lugar – Aline sugeriu.
p – Ta, vamos – disse Hermione começando a retornar no lugar aonde haviam se separado dos amigos.
p – Não acha melhor nos dividirmos?
p – Pode ser – disse vagamente – Seria, realmente, mais rápido.
p – Acho que vou continuar daqui e você volta.
p – Por mim tanto faz, mas você não achar que se encontrar o Malfoy ele vai te encher?
p – Seria ótimo dar uma lição naquele macaco albino – disse divertida.
p – Você que sabe, eu adoraria dar uma detenção pra ele.
p – Como?
p – Eu sou monitora-chefe da Grifinória, se ele te encher eu já tenho direito de dar uma detenção pra ele, entendeu?
p – Legal, eu não sabia que você era monitora-chefe.
p – Então, vamos procurá-los juntas ou separadas?
p – Sei lá, pra mim tanto faz – respondeu dando os ombros.
p – Melhor irmos juntas mesmo, senão depois nós mesmas não nos achamos.
p – Então ta.
p Elas começaram a voltar, mas, não muito longe do lugar que se separaram dos garotos, foram abordadas por Draco Malfoy.
p – Você de novo, a 'barraqueirinha' – zombou Malfoy.
p – Malfoy vê se não enche ta? – disse Hermione passando reto pelo sonserino.
p – Hei, não vire as costas quando falo com você Granger – disse novamente entrando na frente da garota.
p – Pensei que já tivesse matado a saudade que você tinha do meu soco – disse irritada.
p – Cala-boca sua sangue-ruim – disse seco – Meu assunto é com a barraqueirinha aqui.
p – Ótimo – Aline disse vitoriosa – Então vamos ver o que você acha do meu soco.
p A garota fez menção de esmurrá-lo, mas Hermione impediu. Malfoy sorriu vitorioso e Aline olhou a mais nova amiga, pasma.
p – Você não pode fazer isso na frente de um monitor Aline – explicou.
p A menina abaixou a cabeça nervosa, mas relaxou ao ver um sorriso malvado no rosto da morena.
p – No entanto, vocês podem... i Conversar /i sossegados, sem um monitor olhando – disse dando um tom um tanto quanto malvado em 'conversar'.
p – Claro – concordou a menina de imediato – Te vejo mais tarde.
p Hermione saiu de perto, ouvindo um grito de dor de Malfoy, e foi procurar os amigos. Andando a cerca de dez minutos por Hogsmead, sem achá-los, trombou com madame Rosmerta, que muito atrapalhada recolheu as coisas que carregava.
p – Madame Rosmerta, você viu o Rony ou o Harry por ai? – perguntou ajudando-a a se levantar.
p – Sim, eles foram ver a casa dos gritos – respondeu com a voz rouca.
p – Como? A casa dos gritos? – estranhou – Tem certeza?
p – Absoluta querida.
p A garota murmurou um tchau baixo e foi ao lugar de onde eles costumavam admirar a casa dos gritos no terceiro ano.
p – Harry? Rony? – o lugar estava vazio – Que droga, porque ela...
p – Estupefaça! – ouviu uma voz atrás de si gritar.
p O feitiço lhe atingiu pelas costas e a garota foi arremessada longe.
p – Você não é madame Rosmerta – acusou Hermione.
p – Não diga, você descobriu o mundo – disse a mulher jogando um pequeno frasco nos seus pés. Hermione pegou frasco e o abriu derramando o conteúdo sobre o chão.
p – Poção Polissuco – concluiu voltando a olhar a mulher, que agora era Bellatriz Lestrange.
p – Hum, eles tem razão – disse apontando a edição do profeta diário que caira da bolsa da garota – Você é realmente uma bruxa rápida, esperta, mesmo parecendo só uma trouxa patética.
p – O que quer dizer? – disse se levantando, desconfiada.
p – Que é incrível como uma trouxa, de sangue sujo, possa ter tanto poder, mais poder que muitos sangues-puros juntos.
p – Do que você esta falando? – perguntou incrédula – Digo... Já sabia que você não era muito normal, mas de onde tirou essa historia de 'tanto poder'?
p – Você saberá, mas não agora – esclareceu aproximando-se da morena – Agora você virá comigo.
p – O que te faz pensar que vou com você? – perguntou levantando a sobrancelha.
p – Somente a minha ordem, somente porque eu...
p – Expeliarmus – gritou a morena.
p O feitiço atingiu Bellatriz, que viu sua varinha voar para trás.
p – Cometeu um grande erro garotinha – zombou sarcástica – deveria ter medo de mim.
p – Eu não diria isso, em vista a nossa última, briguinha.
p – Insolente – esbravejou a bruxa, avançando pra cima da garota.
p – Nem tente – disse Hermione apertando a varinha contra o peito da mulher.
p – E você teria coragem de matar alguém?
p – Você teve de matar meus pais.
p – Quem disse que i eu /i matei seus pais?
p – Mas, então...
p – Accio – bradou uma voz fria atrás da garota.
p A varinha de Bellatriz voou ate a mão da bruxa, que rapidamente apontou-a contra o pescoço de Hermione. Agora as duas estavam paradas, frente a frente, Hermione apontando a varinha perigosamente contra o peito da mulher e a mesma contra o pescoço da garota.
p – Comensais – deduziu calma.
p – Você tem seus amigos, eu tenho os meus.
p – É, me parece justo, mas os meus não estão aqui.
p – Quem disse que eu me importo em ser justa.
p – Ninguém, aliás, ninguém disse que eu me importe – sussurrou pausadamente no ouvido da bruxa.
p – O que você...
p – Estupefaça – interrompeu gritando, Hermione.
p A bruxa voou até uma árvore onde bateu com força e caiu.
p – Aprenda a NUNCA mais mexer comigo ou meus amigos – disse com um brilho insano nos olhos, um brilho que definitivamente não era dela – Ou você vai se arrepender, se arrepender de te nascido.
p – Crucio – gritaram varias vozes atrás da garota.
p Sentiu seu corpo cair no chão, se contorcendo. A dor invadira seu corpo, multiplicada pelo número de comensais. Ela sentia-se com se fosse partir ao meio, como se pudesse quebrar em cacos. Aquele brilho que misteriosamente invadira seus olhos já havia saído e agora, os mesmo imploravam por ajuda.
p Ao termino do feitiço a garota rastejou sob o olhar cauteloso dos comensais até o jornal. Fez um gesto rápido com a varinha e em seguida tocou a edição do profeta diário com a mesma.
p – Levante-se – ordenou a voz de Bellatriz, novamente em pé.
p A garota se levantou com dificuldade e encarou a bruxa. Tentava-se manter controlada, mas um estranho ódio teimava em invadi-la.
p – Agora já chega – determinou a mulher a sua frente levantando uma meia velha.
p – Eu vou e você fica – Hermione disse com um sorriso de satisfação.
p – AGORA – gritou Bellatriz.
p – Accio – gritou um comensal atrás da menina.
p – Pericullum – faíscas vermelhas saíram da varinha da garota e voaram para o alto.
p Em questão de segundos a meia velha, antes na mão de Bellatriz, estava no ombro da garota. Ela sabia o que era aquilo, assim como sabia que não tinha mais jeito, caira como um patinho, mas não deixaria que fosse fácil assim.
p – Natur – luzes amarelas saíram da varinha da garota e tocaram o chão, em volta da bruxa.
p No mesmo instante as raízes das arvores ao redor se ergueram da terra e debateram-se contra o corpo de Bellatriz, envolvendo-a em seguida. Em poucos segundos a bruxa estava fortemente amarrada.
p – Eu cai na sua cilada Bellatriz – disse já sentindo o corpo rodar, estava certa, a meia era uma chave-de-portal – Mas você também caiu na minha.
p E depois de dizer isso, sentiu seu corpo bater fortemente contra um chão frio e úmido.
p – Espero que tenha tido uma boa viagem, Srta Granger – disse uma voz fria e rouca.
p A garota levantou a cabeça e, mesmo o local estando pouco iluminado, pode ver quem falava.
p – Voldemort!
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p – Fala onde ta a Hermione, sua cretina – gritou Harry, apontando a varinha para Bellatriz.
p – Calma Harry – disse Gina segurando o garoto.
p – Calma Gina? Como posso ficar calmo – explodiu – Primeiro ela me tira o Sírius, e agora a Mione, porque todos que eu amo acabam assim. Se Voldemort quer me matar, ENTAO QUE MATE A MIM!
p – Harry – chamou a voz de Dumbledore – Como sabe que a Srta. Granger foi seqüestrada?
p O garoto achou a pergunta extremamente idiota, mas sem dizer nada, entregou a edição do profeta diário a Dumbledore, e em seguida, apontou para o chão.
p – " i Harry, me ajuda, é Voldemort /i " – leu em voz alta, indo em direção ao lugar indicado pelo garoto. Se abaixou e examinou o objeto, antes de pega-lo e se levantar – A varinha dela, caiu quando foi capturada.
p Harry apenas assentiu com a cabeça.
p – A Srta. Granger ainda esta viva Harry, não se preocupe – disse indo em direção a mulher ainda pressa pelas raízes – E nos deixou um presente, muita esperta ela – encarou Bellatriz – Vamos ao castelo, usaremos o Veritasserum e em seguida ela será mandada à Azkaban.
p Todos ali estavam em choque, a ultima tentativa de seqüestro havia falhado, mas agora, Hermione estava nas mãos de Voldemort, e com certeza suas intenções não eram boas, com certeza, a garota não tinha muito tempo de vida.
