CAPÍTULO 01

Como tudo começou

Estava tudo embaçado, tentava manter os olhos abertos, mas estava muito cansada. Não havia conseguido dormir direito, devido a ansiedade para o 1º dia de aula no novo colégio.

- Droga, já são seis horas! Passou tão rápido. Adeus férias. – resmungou.

Levantou-se e foi direto para o banheiro tomar banho, escovar os dentes e vestir o novo uniforme. Logo que terminou, desceu e foi tomar café.

- Bom dia minha querida!

- Bom dia vovô. – respondeu mal-humorada de tanto sono.

Ao terminar, foi para o colégio. As mãos geladas e trêmulas de tão nervosa, um frio na barriga que faltava-lhe congelar o estômago. Afinal era o colégio que desde pequena seu avô sempre quis que estudasse. Então, o que será que havia de tão especial lá? Era uma Instituição de Ensino Tradicional.

Colégio pequeno, de dois andares, um pátio no centro e um "bosque" na entrada da escola e uma biblioteca. A garota dirigiu-se para o andar de cima para procurar sua sala. Os nomes dos alunos de cada sala, estavam grudados numa lista ao lado da porta desta.

"Tomara que eu esteja na mesma sala que a Amy! Oh céus, tomara!" - pensou.

Procurou, procurou e nada, já havia até encontrado a sala de sua amiga Amy, mas não a sua. Já ia descer quando notou 2 salas num corredor escuro que não tinha olhado. Finalmente achou a sua. Entrou, olhou em volta, não havia nenhuma cara conhecida, nem sequer um fio de cabelo. Meninos bonitos? Havia um que era bonito, Andrew. Mas parecia muito tímido. Então de repente, uma cara conhecida, de infância. Era Luna, mas não conseguia acreditar. Como aquela menina havia ficado bonita... Bom pelo menos em comparação ao que ela era. Mas não foram amigas o suficiente para manter o contato.

Passaram-se algumas semanas. E finalmente, conheceu Minako. Garota bonita, loira, sentava sempre na primeira carteira, prestava atenção em todas as aulas e era bastante comportada. Era justamente o tipo de pessoa que Raye gostava de manter amizade.

- Eu sempre tive vontade de falar com você. – Minako enquanto desciam as escadas.

- Eu também. – Raye.

Os laços de amizade entre as duas foram aumentando em poucos dias.

- Raye, guardei esse lugar pra você. – Minako apontando o lugar atrás dela.

- Brigada. – sorri.

Não passavam o recreio juntas ainda. Raye ainda mantinha laços de amizade maiores com outros amigos, e Mina tinha alguns amigos tbm de outras turmas. De vez em quando ficava com Amy, nos intervalos, sendo que esta já tinha arranjado novos amigos.

Os dias passaram, e conheceu tbm outras pessoas da sala. E o gelo foi quebrando, Raye passou a ver que as pessoas não eram chatas como pareciam no início. Ficou muito amiga de Nicholas, um garoto que vinha de outra cidade e possuía um sotaque legal.

Os laços entre Raye e Mina fortaleceram ainda mais quando descobriram interesses em comum, como o amor pelos Backstreetboys, a Medicina, o horror por forró, pagodes, axés, swingueira, etc. Praticamente se "encontraram".

Chegada a época das provas, todo sábado de tarde. Era bem cansativo, o colégio exigia demais em comparação a Instituição anterior. Raye não estava acostumada com aquele rojão. Vieram então as primeiras notas baixas da vida da garota.

- Vovô, me ferrei nas provas! – a garota arrasada com as provas na mão.

- Não tem problema minha menina. Você recupera na próxima. – vovô.

- NÃAAAO! É a primeira vez que tiro um 5 na minha vida, vovô, e se eu tirar um 4 na próxima? Ah eu to arrasada! – Raye aos prantos.

- É só estudar!

- Eu faço isso, mas na hora dá um branco... – Raye.

- Pois não fique nervosa na prova.

- Impossível!

- Se acalme minha filha...

- Desse jeito eu nunca vô passar pra Medicina! – chorava.

- Chorar não vai adiantar nada.

Raye sobe para o quarto decepcionada. Mais um final de semana passou e chegou a infeliz da segunda-feira. A menina repete todo aquele processo quando acorda e vai pra escola. Sem conseguir disfarçar o mal-humor. Ao chegar na porta da sala, ela não conseguia abrir a porta.

- Que droga. Uma mensalidade cara dessas pra ter uma droga de maçaneta. – resmungava ela enquanto tentava abrir a porta.

Enquanto isso, chegavam outros alunos, passavam pelo corredor e dirigiam-se as suas salas. Alguns ficavam encostados no corrimão do corredor do 2ª andar de frente pro pátio conversando.

- Droga de porta. – dizia ela bem baixinho sem conseguir abrir.

Raye quase desistindo de entrar na sala, bota força empurrando a porta e de repente... consegue rodar a maçaneta e a maldita abre... sendo que numa velocidade tão grande, mas tão grande, chegando a atingir quem estava do lado de dentro, lendo o quadro de avisos pregado na parede dentro da sala, atras da porta.

- PAH! – porta bate na testa de um aluno.

- O.O – todos.

Raye cora até a alma.

- Oh, foi mal... – a garota se desculpava.

- Não, não... tem problema não. – dizia o colega de classe, com uma mão no local da pancada, quase desmaiando... e a outra querendo manter distancia da garota desastrada.

A menina não agüenta e começa a rir da situação. Dirige-se a sua carteira, senta-se e continua sorrindo. Andrew, um dos amigos que fez, que estava sentado ao seu lado, observava a garota rindo sem parar.

- Ta rindo de quê? – perguntou.

- De... do – não conseguia responder, faltava-lhe ar. Continuava a rir e as lágrimas a cair.

Mais dias passaram. Os laços de amizade aumentando. Todo mundo gostava de olhar o caderno de Andrew. Raye se perguntava o que será que havia de tão interessante no caderno dele, mas nunca sentiu bastante interesse em saber o que era. Até que um dia o próprio Andrew mostrou. Era a foto da namorada dele, sentada numa moto.

- Que menina linda! – Raye.

- É minha namorada. – Andrew.

Mais dias se passam. Nicholas e Raye estão muito amigos. Passam maior parte dos intervalos entre uma aula e outra conversando. Alguns professores até perguntavam se os dois eram parentes.

Um dia, Raye chegou bem cedinho, só haviam chegado 3 pessoas de sua sala, Andrew, Nicholas e Kevin. A garota estava com tanto sono que só fez dar bom dia aos três e fechar os olhos na carteira. Foi impossível não ouvir a conversa entre os garotos.

- E aí Andrew, como é que ta com a namorada? – Kevin.

- Cara, eu terminei. – Andrew.

- Num acredito não, porra. Uma menina linda daquelas. – Kevin.

Raye sente 3 toques leves no ombro, levanta a cabeça, e era Nicholas.

- Dormiu mal?

- É... mais ou menos...

Ao mesmo tempo os outros garotos conversavam.

- Por que tu terminou rapaz? – Kevin.

- Ah.. umas coisas aí... – Andrew sem querer dar satisfação.

Nicholas e Raye conversavam.

- Preocupada?

- É... minhas notas estão muito baixas. Nunca aluna de notas baixas, sempre fui de 8 a 10. Estou com medo de reprovar!

- Eu vou embora quando terminar esse ano.

- Oh Nicholas, vai me abandonar?

- Não, os verdadeiros amigos nós carregamos no peito.

- Que bonito.

Começa a aula, e de repente ouve-se muitas vaias vindo de fora da sala. A turma inteira corre ao mesmo tempo para o corredor e ocorre aquele amontoado de gente curiosa. E muitas vaias. O que aconteceu foi que algumas pessoas haviam furado a greve de lanche que todos estavam fazendo para baixarem os preços.

- Caramba! Nunca tinha visto isso ao vivo. – Raye empolgada.

- Ah, pois aqui isso é comum. – Minako muito tranqüila.

- Que legal! – Raye mais empolgada.

- Você faz é gostar né? – Nicholas.

- Eu quero ver é o sangue voar! – Raye.

Minako e Nicholas olham um pra cara do outro e começam a rir discretamente.

- Com essa aparência de anjo... – Nicholas.

- Quem diria que quer ver é a violência. – Minako completa.

- As aparências enganam, meus amigos. – Kevin se intrometendo.

Após as coisas ficarem mais calmas, os alunos retornam às suas devidas salas. Mais aulas se passaram, só faltava mais uma pra poder chegar a hora da saída. Raye já estava muito cansada, já desatenta à aula, apóia a cabeça na mão esquerda e começa a desenhar animes em sua mesa (carteira). De repente, um pedacinho de papel aparece na sua carteira, sem dar muita importância, empurra-o com os dedos. Do nada, foram aparecendo mais pedacinhos. Olhou para os lados e não identificou nenhum suspeito. Até que cobriu o olhar com os cabelos e flagrou Nicholas lhe atirando pedacinhos de papel com uma régua. Raye não disse nada, com um simples olhar repeliu a atitude do amigo.

Meses se passaram, estava finalmente perto das férias de julho. Segunda-feira chegara, e pra infelicidade de alguns e felicidade de outros era dia de receber provas. E pra completar, era exatamente o dia que saía o resultado do ultimo simulado que tiveram. Era pregado uma lista com os nomes de todos os alunos e as devidas colocações na turma. Assim que divulgado a lista, corria aquele bolo de estudantes para verificar.

- Uh beleza! Fiquei em primeiro outra vez! – Kevin gabava-se.

- Qual a minha colocação? – gritava alguém no meio do bolo.

- Fiquei em 2º! – Minako comemorava.

- Você não vai olhar o seu? – Nicholas.

- Estou esperando esvaziar mais. Quando tiver menos gente eu vou. – Raye com o estômago gelado, pois sabia que não tinha se saído bem.

- Quem ficou em último? – alguém gritava perguntando no meio do amontoado de alunos.

- Foi a Raye! – alguém respondeu gritando.

- O.O – Nicholas, Andrew, Kevin e Minako.

- Er... eu acho que me pouparam do trabalho de ir procurar meu nome. – Raye sem jeito, pois de seus amigos era a única que estava com o boletim repleto de notas baixas.

CONTINUA...

Eu: Bom gente, não aconteceu nada demais nesse 1º episódio e está até pequeno. Quem me conhece sabe que gosto de capítulos enormes. É que essa história está resumida, então se for grande o capítulo, a Fic não passaria de 1 episódio. Espero que gostem! Ah sim, é importante lembrar: Não havia nenhum personagem Kevin em Sailormoon.