Capítulo 5

- Eu... Eu... - dizia Rin, muito surpresa. Não esperava que ele perguntasse aquilo naquela hora. Não esperava que ele perguntasse aquilo algum dia.

- Você está louco Suikotsu? - perguntou Sesshoumaru, parecendo nervoso. - Nós seqüestramos a Rin. Não pode namorá-la.

- Ah, qual o problema? - perguntou Yuriko, calmamente. - Os dois formam um belo casal...

- Eu não posso mesmo... - Rin respondeu, vermelha. - Porque eu... Não gosto de você como você gosta de mim... Me desculpe, Suikotsu...

- Ah... - disse Suikotsu, um pouco decepcionado. - Tudo bem, Rin.

Então ele se levantou de cima dela, e assim ambos se levantaram. Um pouco depois o jogo havia terminado, e o time de Sesshoumaru havia ganhado. Todos resolveram voltar, para poderem descansar um pouco.

Quando chegaram, Rin subiu para o seu quarto, tomou um banho, vestiu o seu pijama. Logo Yuriko veio chamá-la para jantar, e assim a garota desceu. Durante todo o jantar, não conseguiu olhar para Suikotsu. Porém também não percebeu, que Sesshoumaru havia ficado com ciúmes do pedido de namoro. Nem ele sabia o motivo de ter ficado daquela maneira.

Depois, Rin escovou os dentes e deitou em sua cama. Adormeceu logo, por causa do cansaço.

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- Sesshoumaru... - disse Yuriko, dando um beijo no namorado. - Qual o problema de a Rin namorar o Suikotsu?

- Você não ouviu? - perguntou Sesshoumaru, friamente. - Ela também não quer namorá-lo.

- Ahh... Mas os dois são tão bonitinhos juntos! - comentou Yuriko, com os olhos brilhando.

- Vamos mudar de assunto? - perguntou Sesshoumaru irritado.

- Você não está com ciúmes da Rin, está? - perguntou Yuriko, desconfiada.

- É claro que não. - respondeu Sesshoumaru.

- "Suspeito...". - pensou Yuriko.

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O dia seguinte amanhecera chuvoso. O céu estava cinza, e chovia muito forte. Rin acordou lentamente, e resolveu tomar uma ducha quente. Depois, vestiu uma blusa rosa-claro, uma jaqueta preta por cima e calça jeans. Calçou seu par de botas e arrumou o cabelo. Ia sair do quarto, mas parou ao ouvir Yuriko dizer algo enquanto dormia.

- Bankotsu... Bankotsu... - dizia Yuriko, se remexendo. - Eu te a... Muito...

- "O que ela está dizendo?". - pensou Rin, arqueando uma sobrancelha.

- Saudades... - disse a garota por fim.

- "Saudades do Bankotsu?". - pensou Rin, mais confusa ainda. - "Ah, deixa para lá".

Saiu do quarto silenciosamente. Enquanto andava pelo corredor, acabou tropeçando em um sapato de mulher, provavelmente de Yuriko, e ia cair, mas alguém a segurou. Bankotsu a segurara. Corou levemente, e por trás, Sesshoumaru apareceu. Então se desvencilhou logo, sentindo seu rosto ferver mais ainda.

- Rin, preciso comprar algumas coisas. - disse Sesshoumaru. - E você vem comigo.

- Tudo bem. - respondeu Rin, seguindo o youkai. - O que você vai comprar?

- Mantimentos. - respondeu Sesshoumaru, enquanto descia as escadas.

Os dois saíram da casa e foram até a garagem. Em seguida entraram em um carro. Sesshoumaru iria dirigindo, já Rin iria ao seu lado. O carro acelerou, e assim foram até a loja onde havia os mantimentos de que Sesshoumaru precisava.

- Eu vou ficar presa até quando? - perguntou Rin, olhando pela janela do quarto.

- Até o seu pai realizar o combinado. - respondeu Sesshoumaru, calmamente.

- Qual é o combinado? - perguntou Rin curiosa.

- Nada que lhe interesse. - respondeu o youkai friamente.

- É claro que me interessa! Ele é o meu pai! - disse Rin, indignada.

- Depois você ficará sabendo. - respondeu Sesshoumaru.

O carro virou uma esquina, e então estacionou o carro. O que Rin achou estranho, foi que eles pararam em frente a um mercado. Era um mercado pequeno, com a decoração podre, era sujo e apertado. Não havia ninguém lá. Era de se esperar. Quem iria querer ir a um mercado desses?

- Você está me dizendo que vai comprar seus mantimentos em um mercado podre? - perguntou Rin, ao sair do carro.

- Não. - respondeu Sesshoumaru.

O youkai entrou no mercado, e Rin o seguiu. Os dois foram até o fundo, onde havia uma porta. Sesshoumaru abriu a porta e os dois entraram. Então viram que havia milhares de caixas, mas mais atrás, havia uma mesa toda bagunçada e um homem gordo, careca e com cara de viciado sentado lá. Por trás dele, havia uma enorme janela, que estava aberta.

- Sesshoumaru! - disse o homem, sorrindo ao vê-lo. - Veio comprar mais mantimentos?

- Sim. - respondeu o outro. - Rin, fique fora daqui.

- O quê! - perguntou Rin, assustada. - Nem pensar que eu vou ficar sozinha naquele negócio que vocês chamam de "mercado".

- Cê tá zoando eu, né! - perguntou o gordo se levantando furioso.

- Rin... - disse Sesshoumaru, em tom de advertência.

- Ai, está bem. - perguntou Rin, saindo pela porta.

Como não sabia o que fazer, ficou olhando alguns produtos que havia por lá. Percebeu que a maioria já estava vencido. Ficou lá, fazendo onda durante uns dez minutos. Foi para fora da loja, mas aí levou um susto. Havia um policial do outro lado da rua. Então entrou correndo novamente e dessa vez no local onde Sesshoumaru e o gordo estavam.

- Tem um policial lá fora! - avisou Rin.

- Ele está se aproximando. - disse Sesshoumaru, ao sentir o cheiro. - Vem Rin.

Então ele puxou Rin, e os dois foram para o meio de várias caixas. O gordo também foi, porém para outro lado. Estavam abaixados, e Rin corou furiosamente ao ficar tão próxima de Sesshoumaru. Seu coração logo começou a bater mais forte.

Alguns minutos depois, a porta se abriu. Os três podiam ouvir os passos do policial.

- Pelo jeito não tem ninguém. - disse o policial. O estranho, é que parecia que ele estava... Feliz?

Após ele sair, os três também saíram de seus esconderijos. Foi um alívio para Rin, pois ela não estava mais agüentando ficar naquela posição.

- Eu já vou. - disse Sesshoumaru. - Vamos Rin.

Os dois saíram rapidamente da loja, e mais uma vez, para a felicidade de Rin. Porém, ao saírem, viram que o carro de Sesshoumaru havia sumido. Simplesmente não estava mais lá.

- Mas... - dizia Rin, surpresa.

- Droga! - gritou Sesshoumaru, irritado. - Aquele policial roubou o meu carro!

Por isso ele estava feliz ao ver que não havia ninguém na loja.

- Vamos voltar a pé? - perguntou Rin, calmamente.

- Sim. - respondeu Sesshoumaru, já começando a andar.

Rin o seguiu, e os dois ficaram lado a lado, andando. Ninguém dizia nada, e estava um silêncio horrível, que incomodava ambos. Sesshoumaru estava pensativo. Ele não conseguia entender Rin. Já ela, estava triste. Porque o seu príncipe encantado - talvez nem tão encantado assim, já que ele era um seqüestrador - estava apaixonado pela sua princesa - que nesse caso não era ela.

- Por que você nos avisou que o policial estava vindo? - perguntou Sesshoumaru, confuso. - Qualquer pessoa normal teria o chamado para que pudesse escapar.

- Eu... - dizia Rin corando. Ela sabia o por quê. Porque o amava. Amava demais, e seria também, ruim demais ser libertada, mas nunca mais ver a pessoa que mais amava na vida. Mas não podia dizer na cara dele assim... Ou podia. - Você quer realmente saber?

- Sim. - respondeu Sesshoumaru.

Então Rin parou de andar subitamente. Parou, mesmo na chuva. E daí que pegaria uma gripe? E daí que estava se molhando? E daí? Sesshoumaru parou de andar e a encarou. Então Rin o encarou também, sorrindo. Ele não entendeu esse gesto. Aos poucos, Rin foi se aproximando lentamente dele. Então ficou nas pontas dos pés. Colocou as mãos no rosto dele, e o beijou levemente e carinhosamente. Em um beijo doce, tranqüilo, bonito e cheio de amor. No começo, ele não havia retribuído de surpresa. Mas depois, se entregou ao beijo, e eles passaram a se beijar em um beijo repleto de carinho com amor.

Quando se separaram por falta de ar, Rin estava vermelha. Seu coração batia mais do que acelerado. Parecia que iria sair pela sua boca. Sentiu vontade de dar mais um beijo nele, mas não fez isso. Ele apenas a encarou, um pouco confuso.

- Foi por isso... Que eu o avisei do policial. - respondeu Rin, sem encará-lo. - Porque eu te amo Sesshoumaru...

Ele ficara surpreso com esse comentário. Não esperava que ela dissesse isso abertamente, na frente dele. Não esperava que Rin o amasse. Como era possível? Nem a própria Rin acreditava que tivera coragem para dizer uma coisa dessas. Ele realmente a amava? Porque ele havia retribuído o beijo e... Bom, não dava para saber.

A atitude mais sensata naquela hora, era voltar a andar. Então os dois foram seguindo de volta para a casa, sem dizer uma palavra no meio do caminho.

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- Tchau pai! - gritou Sango, abrindo a porta da casa. - Eu e o Kohaku estamos indo para a aula!

- Tchau! - ouviu-se do fundo.

Sango e Kohaku saíram para fora da casa e foram caminhando calmamente até a escola onde estudavam. Iam conversando, mas os pensamentos de Sango estavam em outro lugar... Na verdade estava em Miroku. Por que ultimamente só havia pensado nele? Era estranho...

Quando chegaram à escola, os dois se separaram. Kohaku foi para a sua sala, já Sango resolveu dar uma passada no banheiro, para ver se estava desarrumada. Entrou e se olhou no espelho. É, estava bonita. Nesses últimos dias, também havia se arrumado mais. Mas isso desde que conhecera Miroku...

Quando saiu do banheiro, Sango foi subindo as escadas que davam para a sua sala. Foi aí que viu então, Miroku em frente da sala dela, conversando com uma garota. Essa garota era alta, com os cabelos loiros, lisos, compridos, sedosos, olhos castanhos/verdes, magra e muito bonita. Nunca vira ela. Mas tinha que admitir. Quando a vira, sentira ciúmes. Não por ela ser ela, mas sim por estar conversando tão animada com Miroku.

- "O que será que o Miroku está aprontando?". - pensou Sango, passando direto por eles.

- Oi Sango! - cumprimentou Miroku, ao vê-la.

- Oi. - respondeu Sango friamente, e entrando na sua sala.

Então viu Kagome conversando com Kikyou, e se aproximou das duas. Na verdade, elas não estavam conversando. Estavam discutindo civilizadamente. Sango, que não estava com muito bom-humor, resolveu nem se meter na "briga".

- Ok, chega! - disse Kagome, fechando os olhos. - Olá Sango!

- Olá. - respondeu Sango.

- O que aconteceu? - perguntou Kagome, curiosa.

- Nada. - respondeu a outra, se levantando.

- Aonde você vai? - perguntou Kagome, seguindo a amiga.

- Vou apenas dar uma volta. - disse Sango, saindo da sala, acompanhada por Kagome.

- Ahhh Miroku! - disse a garota loira, quando Sango e Kagome saíram da sala. - Você é muito fofo...!

- "Acho que entendi porque a Sango está mal-humorada...". - pensou Kagome, apressando o passo para acompanhar a melhor amiga. - "Ciúmes do Miroku!".

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Quando Rin e Sesshoumaru chegaram a casa deles e entraram, viram que todos do grupo estavam muito preocupados na sala de estar, pensativos. Rin achou um tanto estranho Yuriko estar abraçada com Bankotsu, ainda mais depois que ouvira a garota sonhando naquela manhã. Mas logo sentiu raiva, pois Yuriko se levantara e beijara Sesshoumaru.

- Meu amor... Teremos que nos mudar! - avisou Yuriko, preocupada. - Parece que a polícia está conseguindo nos rastrear! Próxima parada é para onde?

- "Ai... Mas que oferecida!". - pensou Rin, desviando o olhar.

- Uma cidade vizinha de Tóquio. Maior do que essa, e a nossa casa vai ser bem menor. - respondeu Sesshoumaru. - Vamos depressa, antes que a coisa se complique mais.

Ninguém preparou malas nem nada, pois já havia tudo o que precisavam na próxima casa onde morariam. Avançaram direto para os carros. Porém, um não estava funcionando. Pifara. Só que não caberia todo mundo em um só carro. Havia muitas pessoas.

- O que faremos? - perguntou Yuriko, desesperada.

Por fim, decidiram que Bankotsu iria dirigindo, Jakotsu iria ao seu lado, e atrás iria todo mundo espremido mesmo. Não tinha outro jeito. Estavam com tanta pressa, que Rin ficara no meio de Sesshoumaru e Suikotsu, enquanto Yuriko do lado de Sesshoumaru.

E assim partiram de viagem...

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Kagome e Sango estavam sentadas em uma mesa do refeitório, comendo os seus lanches, enquanto esperavam Miroku e InuYasha.

- Olha Sango... - começou Kagome, sorrindo. - Você não precisa se preocupar com aquela aluna nova... A Keiko Han. O Miroku nunca gostaria de uma garota oferecida como ela...

- Mas o Miroku... - dizia Sango corando.

- Eu sei que você diz que o Miroku é só o seu amigo... - dizia Kagome, bebendo um gole do seu suco de maçã. - E por isso você deve se preocupar com ele...

- Mas... Kagome-chan... - Sango falava, querendo interromper a amiga, mas sem sucesso.

- Sango, pode apostar que o Miroku gosta muito de você! - disse Kagome sorrindo. - Não tenha ciúmes da Keiko, além do mais...

- KAGOME. - disse Sango, seriamente. - ACHO QUE É MELHOR VOCÊ OLHAR PARA TRÁS.

Então Kagome se virou, e viu Keiko beijando InuYasha. Não acreditou quando viu isso. InuYasha estava surpreso, e não estava retribuindo, mas ela parecia muito feliz para o gosto de Kagome...

Kagome-chan se levantou, nervosa e foi até os dois. Sango estava muito receosa, com medo do que a amiga pudesse fazer.

- Com licença! - disse Kagome com a voz doce, e tocando levemente no ombro de Keiko.

- Sim? - respondeu Keiko, se virando.

- Se você não sabe, - começou Kagome, sorrindo. - você beijou o garoto que eu amo!

- Como! - perguntaram InuYasha e Keiko ao mesmo tempo.

- Sim, você beijou. - respondeu Kagome, mudando a sua expressão no rosto. De feliz ficou séria.

- Ah, e daí? - perguntou Keiko, dando de ombros. - Vocês não estão namorando mesmo. Além do mais, eu sou realmente muito mais bonita do que você!

O rosto de Kagome ficou vermelho. Mas não foi de vergonha, e sim de raiva. Tentou se acalmar, mas não conseguiu evitar. Simplesmente avançou em cima de Keiko, dando tapas, puxões de cabelos e tudo o que se pode imaginar em briga de mulher. Claro que Keiko reagiu, assim chamando toda a atenção do refeitório.

Sango se levantou rapidamente e correu até onde as duas estavam. Pensou em um meio de pará-las, mas a briga estava feia.

- "Já sei!". - pensou Sango, sorrindo animada. - Kagome, Keiko! O InuYasha está beijando a Kikyou!

As duas pararam imediatamente de brigar e olharam na direção de InuYasha, que estava parado, confuso.

- Parem de brigar! - disse Sango. - O InuYasha vai decidir com quem quer ficar. Não é, InuYasha?

- Hã? O quê? Eu? - perguntou InuYasha, abobalhado.

- É. - respondeu Sango, sorrindo. - Escolha: Kagome ou Keiko?

- Mas eu... - dizia o hanyou, confuso. - Se é para fazer uma escolha, eu escolho a Kagome.

Kagome deu um pulo sorrindo e abraçou InuYasha, feliz por ele corresponder ao seus sentimentos. Logo em seguida deu um beijão nele, e o meio-youkai retribuiu. Todos no refeitório aplaudiram, menos Kikyou e Keiko. E Kagura, que não era muito dessas coisas.

- "No fim deu certo...!". - pensou Sango, aplaudindo também.

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Quando chegaram à nova cidade e a nova casa, saíram do aperto do carro e entraram direto na casa. A casa era pequena, mas mesmo assim aconchegante. Novamente, Rin e Yuriko teriam que dividir o mesmo quarto. Rin evitara olhar para Sesshoumaru. Ficara conversando mais com Jakotsu, sobre moda.

- Então eu acho que branco com rosa fica lindo! - dizia Jakotsu, enchendo dois copos com água gelada.

Rin pegou o seu copo e bebeu tudo num instante. Jakotsu era um ótimo amigo, mas os seus pensamentos estavam preocupados com Sesshoumaru...

- Eu vou subir para o meu quarto. - disse Rin, dando um suspiro. - Estou um pouco cansada.

- Tudo bem, descanse amiga! - falou Jakotsu, com um simpático sorriso.

Rin retribuiu o sorriso e subiu as escadas. Estava distraída, com a sua tristeza. Amava muito Sesshoumaru, mas era muito impossível tê-lo ao seu lado, já que ele amava Yuriko... Isso doía demais. Não sei se você sabe como é ruim ter um amor não correspondido...

Estava tão distraída, que acabou trombando com o próprio Sesshoumaru, mas ele segurou o seu braço, para que não caísse. Sentiu o seu rosto ferver, mas não conseguia encará-lo. Sentia que se olhasse apenas uma vez em seus olhos, começaria a chorar loucamente e sem parar.

- Me desculpe... - pediu Rin, com a voz um pouco chorosa.

- Rin... - murmurou Sesshoumaru, a encarando. - "Ela parece estar sofrendo... Por mim?".

Se ficasse mais um minuto lá, com certeza iria chorar. Então simplesmente se desvencilhou de Sesshoumaru e seguiu o seu caminhou, com muito sofrimento e peso no coração. Doía ignorá-lo, mas era o que podia fazer. Abriu a porta do seu quarto, e viu uma cena um pouco suspeita... Bankotsu e Yuriko estavam muito próximos um do outro, como se estivessem prestes a se beijar.

- Opa. - disse Rin, surpresa. - Foi mal...

- Não é nada. - respondeu Bankotsu. - Eu já estava indo embora mesmo...

Então ele saiu do quarto. Rin entrou e deitou em sua cama, cansada. Yuriko saiu do quarto também, deixando Rin sozinha com a sua solidão. Nunca imaginou que um seqüestro como esse aconteceria em sua vida, e que acabaria se apaixonando por quem a seqüestrara... Fora o destino. Mas o destino era muito cruel, para fazê-la sofrer dessa maneira...

Rin passou a tarde inteira no quarto, apenas pensando. Junto com a amargura de um sofrimento...

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Já de noite, Rin saiu do quarto para jantar, pois estava com muita fome. Desceu as escadas e entrou na cozinha, onde todos estavam reunidos. Sentou-se a mesa, e começou a se servir, junto com os outros. Ninguém dizia nada, e o clima estava meio pesado naquele ambiente.

- Yuriko, eu quero terminar com você. - disse Sesshoumaru, para a surpresa de todos.

- "O quê! Como!". - pensou Rin, engasgando com a sua água. - "Por que ele está fazendo isso! Será que é por mim! Ai meu Deus!".

- Você está brincando comigo, né Sesshoumaru? - perguntou Yuriko, sorrindo. - Qual o motivo da brincadeira? Eu não estou te entendendo.

- Não, eu não estou brincando. - respondeu Sesshoumaru friamente. - Eu só... Cansei de presenciar tanto sofrimento.

- Sesshoumaru, eu não estou entendendo e... - dizia Yuriko, começando a se desesperar.

- Está acabado entendeu? - perguntou Sesshoumaru se levantando. - É tão difícil assim de entender?

No momento seguinte se retirou da cozinha e foi até o seu quarto. Yuriko começou a chorar e subiu as escadas correndo também. Rin se levantou e foi atrás de Yuriko. As duas entraram no quarto. Na verdade Rin sabia o motivo. Sesshoumaru só terminara com Yuriko porque não queria ver Rin sofrendo. Só podia ser isso.

- Yuriko... - dizia Rin, se aproximando.

- Olha Rin... - começou Yuriko, entre os soluços. - Eu não quero ser chata nem nada, mas eu queria ficar um tempinho sozinha.

- Sem problemas. - respondeu Rin, se retirando do quarto. - Me desculpe...

Depois de sair do quarto, entrou correndo no quarto de Sesshoumaru. Ele estava sentado em sua cama, muito pensativo. Rin caminhou até ele e sentou do seu lado.

- Por quê? Por que você terminou com Yuriko? - perguntou Rin, confusa.

- Eu não a amo. - respondeu Sesshoumaru.

- Olha Sesshoumaru, eu sei que você só terminou com ela porque não quer mais ver eu sofrendo! - disse Rin, indignada. - Não faça isso! Não desista da pessoa que você ama!

- Não é nada disso. - respondeu Sesshoumaru, encarando Rin. - Eu não me referi a você.

- Hã? - perguntou Rin. - Como assim?

- Eu cansei de sofrer. - respondeu o youkai. Então ele se aproximou mais do rosto de Rin e a beijou. Ela ficou surpresa no começo, mas rapidamente retribuiu. Uma pena que o beijo não tenha durado muito tempo.

- Foi por isso que você terminou comigo, não foi? - perguntou Yuriko, observando tudo da porta do quarto de Sesshoumaru.

N/A: Domo! Tudo bem? Me desculpem por não ter postado o capítulo ontem, é que eu viajei, mas aqui estou eu, de volta! Só quero fazer uma perguntinha... Vocês preferem que eu poste um capítulo todo dia ou eu posto um capítulo, passa um dia e aí eu posto no outro dia e vai indo... Só para saber mesmo, porque às vezes as pessoas não entram na net todo dia, aí fica meio corrido... É isso! Arigatou pelas reviews! Kissus!

Carolmolly: Oie! Tudo bom? Hehe, eu também adoro o Bankotsu! Fico feliz que esteja gostando da minha fic! Arigatou pela sua review! Kissus!

Mah-sama: Oie! Tudo bem? Que bom que gostou do capítulo anterior! Isso me deixa feliz! Arigatou pela review! Kissus!

Sah Rebelde: Olá! Tudo bom? Ahh, fico contente que tenha gostado do capítulo anterior! E também da história que a professora contou! Arigatou pela review! Kissus!

Marin: Oi! Tudo bem com você? Ah tá, agora entendi! Fico contente que vocês estavam lendo a minha fic! Arigatou pela review! Kissus!

Carine: Olá! Tudo beleza? Fico realmente feliz que esteja gostando da minha fic! Tá curiosa, né? Mas suas dúvidas ainda serão respondidas! Não se preocupe! Arigatou pela sua review! Kissus!