N/A: Hoho... Recorde para Lily Dragon, um capítulo em menos de uma semana... Mas tudo bem. Vamos lá: Eu não esperava tantas rewiews, vocês não tem idéia de como eu fiquei feliz...
Segundo o nosso querido fanfiction avisou, existe uma ferramenta para responder rewiews assinadas, e tecnicamente tornaria obsoleto o ato de responder rewiews... Mas seria muito injusto só responder as rewiews de pessoas inscritas no fanfiction, então eu vou responder a todas, do mesmo jeito :
Sarah Lupin Black, Daniel Shacklebolt e Alicia Black W Lupin, obrigada novamente por comentar, e eu só não vou responder aqui porque seria responder duas vezes... :P A não ser que vocês queiram, é claro.
Lyra T. Lupin: Hehehe, obrigada... E, graças a você, aqui está o próximo capítulo, talvez até mais cedo do que eu imaginava...
Allison Black: Heheh, puxa, obrigada... Como eu disse, eu vou continuar escrevendo sim, já que, no final das contas, a história já está pronta.
Gude Potter: Hohohoho, este é, justamente, o "Mistério da Saboneteira"... O que ela tem. Obviamente eu não vou falar, hehe... Talvez isto fique mais evidente no próximo capítulo
Thata Radcliffe: Não, eu não vou ser TÃO má assim e atualizar um pouco antes... O Harry, ele ficou bem... Hm... Bem Harry, mesmo XDDDD E ele ainda aparece mais um pouco depois. sorriso misterioso do tipo eu sei e você não sabe
Daiela: Hehehe... Obrigada! E aqui vai a continuação
Laura: Velhinhas fofoqueiras... Infelizmente, existe muito deste tipo de pessoas no mundo inteiro... Agora, falando da Dois Mundos, o próximo capítulo vai sair logo, isto eu sei.
Miri: Oh-oh... Quem me dera pegar o Remus pra mim também... E não é clichê, não... É a realidade... Todo mundo quer um Remus! Mas só a sortuda da Tonks pode ter ele, então boa sorte para ela, hehehe...
Belle Lolly Perversa Black: Olá, netinha Eu acho que é algo que está nos genes... No final, o que acaba sendo engraçado é que os dois shippers que eu mais gosto tem as minhas iniciais: L/T Lílian e Tiago, e Lupin e Tonks... Pra "combinar" com o Luisa Teresa. Oh, segundos nomes... O meu é um pequeno problema. Mas, em todo caso, aqui está o capítulo
Então... Aqui vai.
4 dias para a lua cheia
Na manhã seguinte, Remus foi acordado abruptamente de um sono sem sonhos pelo som das molas do colchão rangendo em protesto enquanto o próprio colchão tremia. Abrindo os olhos rapidamente, totalmente confuso e com a cara amassada, ele só conseguiu ver um borrão colorido antes que a porta do banheiro fosse fechada com um estrondo.
Ele demorou alguns segundos para perceber o que estava acontecendo, mas sua confusão se transformou em medo ao ver os sons de alguém vomitando vindo do banheiro.
Pulando da cama imediatamente, fazendo as molas gemerem novamente, ele correu para o banheiro, para encontrar Tonks ajoelhada diante da privada, cuspindo e vomitando sabe-se lá o que. Preocupado, seu gesto mais automático foi segurar seus cabelos em sua forma natural, que eram negros e caíam abaixo de seus ombros, para trás.
Depois que terminou de cuspir e sentiu que seu estômago não se revoltava mais contra ela mesma, Nymphadora se levantou, cambaleante, e encontrou seu "lobinho", como ela costumava se referir a ele carinhosamente, de pé ao seu lado, segurando seus ombros para mantê-la equilibrada.
- Obrigada... – ela disse fracamente, antes de lavar a boca na pia. – Deve ser a maldita gripe...
- Mas você nem comeu nada ontem à noite... – ele constatou, preocupado. – Como pode vomitar algo que não comeu?
- Eu realmente não sei... – ela disse, enquanto escovava os dentes. – Eu passo na botica, e vejo de uma vez o que eu tenho de errado. – ela disse, tranquilamente. – Mas não precisa ficar se preocupar tanto, Remie, eu estou bem...
- Tudo bem, Nymphie... – ele retrucou, fazendo Tonks contrair seu rosto em uma careta. – Mas isto não vai me impedir de fazer um mingau e um chá de camomila para você... E nem pense em recusar desta vez.
- Sim, general! – ela imitou uma continência militar, e saiu do banheiro tranquilamente, embora ainda estivesse mais pálida do que o normal. Em sua aparência original, a auror tinha os cabelos e olhos característicos da família black, sendo os cabelos negros, lisos e lustrosos, enquanto os olhos eram cinzentos e expressivos. Assim que saiu do banheiro e se dirigiu ao quarto, Remus foi, ainda de pijama, para a cozinha, preparar o café da manhã para os dois.
Como fazia todos os dias, Tonks vestiu seu uniforme de auror, bocejando, procurou um par de tênis qualquer espalhado pela casa e penteou os cabelos rebeldes e bagunçados durante a noite. Mas, quando passou pela cozinha e apenas tomou um gole de chá para depois sair, encontrou Remus parado diante da porta, com os braços cruzados e uma expressão de poucos amigos.
- Aonde a senhorita pensa que vai?
- Trabalhar, oras... – ele respondeu, cruzando os braços também.
- Mas de jeito nenhum! – ele disse, e pegou-a pela mão, guiando-a até a cozinha. – Você está doente, 'Dora, e eu não quero que você se arrisque mais ainda.
- Mas isso não é nada, Remus, é só uma gripe... – ela reclamou, tentando desvencilhar-se dos braços fortes do lobisomem.
- Você está pálida, doente, vomitando e cansada... Você não acha melhor ficar em casa? – ele perguntou, seu tom mais brando agora.
- Não, Remus, não agora quando o Ministério precisa de todos os seus aurores prontos... – com uma seriedade que não lhe era característica, ela encarou os olhos azuis e preocupados do namorado. – Estamos em guerra, e uma coisinha qualquer como essa não vale nada em comparação com as vidas que eu posso deixar de salvar...
- Mas debilitada, você pode acabar se colocando em perigo mais do que ajudando... – enlaçando a cintura de sua amada, Remus mordeu seu lábio inferior, e depois suspirou. – Mas para o inferno com a racionalidade, eu só tenho muito medo de perdê-la... Eu te amo, sabia?
Ela sorriu, beijando-o longamente antes de responder.
- Agora você entende como eu me sentia quando você partia para aquelas missões malucas... – ela encostou a cabeça no peito do lobisomem. – e eu vou dar a mesma resposta que você sempre dava: "Todos nós podemos morrer a qualquer momento... E eu estou sendo útil da única maneira que posso para acabar com isso." E nada, mas nada mesmo, pode me impedir de lutar para que isso acabe.
- Um belo discurso... – ele adicionou, sarcástico, depois de uma longa pausa, na qual nenhum dos dois largou o outro – estou quase chorando... Mas meu coração de pedra não se amoleceu.
- Eu estou falando sério, Remus... – ela o puxou pela gola do pijama. – E você não vai me impedir de fazer o meu trabalho só por causa de uma bobagem com enjôos.
- Tudo bem, então... – derrotado, ele abaixou a cabeça. – Mas eu não deixo você colocar o pé para fora da casa antes de comer alguma coisa...
Depois de fazer uma relutante Auror comer meia tigela de mingau e um gole de chá, ela já tinha o beijado em despedida quando ele comentou, causalmente:
- Você vai para o trabalho com a sua aparência natural? - Ela estacou, confusão estampada em seu rosto.
- Eu ainda estou... – correndo para o espelho do banheiro, ela se concentrou, tentando se transformar, mas não conseguiu nas primeiras tentativas, só conseguindo mudar a cor dos cabelos e olhos na quinta vez em que tentou.
- Deve ser essa maldita gripe... – ela murmurou, antes de sair do prédio, entrar em uma ruela deserta e aparatar para o ministério.
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Conforme solicitado por uma coruja, Remus passou uma parte do dia fazendo pesquisas para a Ordem, e entre seus muito amados e empoeirados livros de uma biblioteca antiga ele passou o tempo, voltando com pelo menos dois rolos de pergaminho, em letra clara e legível, tudo o que precisavam saber. Satisfeito por ter sido útil pelo menos uma vez, Remus Lupin voltou para o apartamento (ainda não ousava chamá-lo de seu apartamento) e, com certo remorso por estar dependendo dos recursos de sua namorada, pegou um pouco do dinheiro que ela guardava em um pote, arrancou da parede o papel com a enorme lista de coisas a comprar, se cobriu de inúmeros cachecóis e casacos e andou pelas ruas nevadas da Londres trouxa, abastecendo o estoque de alimentos.
E, quando voltou ao apartamento, às cinco da tarde, quando já escurecia lá fora, ele se surpreendeu ao encontrar sua amada largada no sofá, cochilando, parecendo tão exausta e pálida quanto antes.
Tomando cuidado para não acordá-la, Remus colocou as compras na cozinha, voltou e se ajoelhou ao lado de Tonks, observando-a atentamente. Ela estava de volta a sua aparência normal, algo que parecia estar acontecendo com freqüência nos últimos dias, e uma de suas mãos pendia para o chão, segurando fortemente um pedaço de papel. Cuidadosamente, ele colocou a mão de Nymphadora para cima, para que ela não acordasse com formigamentos, e seu olhar foi atraído pelo papel.
"Dr. Chambers, medibruxo, especialista em..." – ele leu, mas antes que pudesse ver o resto, os olhos cinzentos de Nymphadora se abriram preguiçosamente, e ela amassou o papel nas mãos. Ao notar que Remus estava ao seu lado, se sobressaltou, sentando-se de um ímpeto.
-Você chegou cedo... – ela disse, esfregando os olhos com força. – Que horas são?
- Segundo o relógio na parede, cinco horas e meia.- ele disse, ainda ajoelhado.
- É tão bom acordar com você aqui do lado... – ela disse, se espreguiçando e tornando a deitar-se no sofá, sem tirar os olhos do lobisomem.
- Mas você não acaba fazendo isto todos os dias? – ele perguntou, passando sua mão cheia de cicatrizes e dedos longos no cabelo sedoso de Nymphadora.
- Mas duas vezes por dia é melhor ainda... – ela respondeu, manhosa, estendendo a mão para puxá-lo pela gola das vestes.
Eles estavam a centímetros de distância quando Remus perguntou:
O que há com este papel que está na sua mão?
A expressão do rosto de Tonks mudou imediatamente de uma relaxada e dengosa para uma tensa.
- Não estava segurando nada... – ela disse, e com o canto dos olhos Remus viu o dito papel desaparecer nos bolsos das vestes amarrotadas dela. Com a proximidade de seu rosto, as feições da auror podiam ser lidas como a um livro, e com uma pontada em seu coração, ele percebeu que ela estava mentindo. Mas por que guardar segredo de algo tão banal quanto um papel?
- Foi à farmácia? – ele perguntou, olhando fundo nos olhos da namorada, como quem tenta esquadrinhar cada canto de seu ser interior, procurando por algo que explicasse seu súbito comportamento tenso.
Ela deliberadamente desviou o olhar, mirando o teto.
- Não. – ela declarou simplesmente, um quê de nervosismo em sua voz. – Não tive tempo.
Mais uma mentira... – ele pensou, com o coração pesado. Ter os sentidos aguçados, os instintos de um lobisomem mesmo quando estava em sua forma humana podia ser tanto uma bênção quanto uma maldição... E neste momento, Remus não conseguiu decidir do que se tratava. Mesmo assim, ele queria se convencer de que ela estava apenas cansada de mais, o que causavam aqueles sinais que pareciam ser de uma mentira... E, por via das dúvidas, ele se forçou a acreditar.
- Mas você deveria ter ido... – ele insistiu, procurando os olhos da namorada novamente.
- Eu já estou me sentindo bem melhor, Remus, achei que não precisava fazer escândalos só por causa de uma bobagem dessa... – agora ela olhava para o tapete no chão.
- A sua saúde não é qualquer bobagem, Nymphadora. – ele protestou, agora segurando o rosto dela com suas mãos, forçando-a a encará-lo. – Não era justamente você que insistia que eu cuidasse da minha saúde? Você está tão pálida, cansada e doente quanto ontem, e há algum tempo você anda mal...
- MAS NÓS ESTAMOS EM GUERRA, REMUS! – ela berrou, sentando-se abruptamente. – Nós estamos nesta maldita guerra, e só uma indisposição não vai me fazer ir correndo para o medibruxo . O ministério precisa de todos os seus aurores, o Ministério, aliás, já está um caos, e vai ficar pior sem nós... – ela estava à beira das lágrimas agora. – E você fica só pensando no que uma gripezinha boba vai fazer...
- 'Dora, mas você não pode negligenciar a sua saúde! – ele protestou, mas sem levantar seu tom de voz, embora esta fosse severa. – Trabalha horas e mais horas, não come direito, está sempre cansada... Aonde isto vai parar?
- Eu não vou ficar perdendo meu tempo aqui discutindo – ela disse, passando a mão por seus cabelos, que por alguma razão estranha, não tinham mudado de cor nenhuma vez com o humor da auror, como eles costumavam fazer. – Só voltei para casa para descansar um pouco antes do turno noturno, mas pelo que eu vejo não vou poder descansar um minuto sem você reclamando de como eu estou sendo negligente...
- O quê? – ele interrompeu, seus olhos se arregalando. – Eu não acredito... – sacudindo a cabeça, ele falou, sua voz tendo que ser controlada ao seu limite para não se elevar. – Não faça isto consigo mesmo, Nymphadora, é...
- Ah, Remus, agora já chega! – ela disse, irritadíssima, pegando sua varinha que tinha rolado para baixo do sofá. – Eu já sou uma mulher adulta que sabe decidir o que vai ou não vai fazer, quantas vezes eu tenho que dizer que não sou uma criancinha irresponsável? – raivosamente, ela fez caretas e mais caretas tentando mudar sua aparência, mas nada acontecia. Depois de alguns minutos de um silêncio tenso, finalmente as pontas de seus cabelos começaram a se encolher, e logo ela estava com os cabelos sem vida e de um castanho pálido e desbotado, caindo lisos e secos até seus ombros. Quanto apalpou aqueles cabelos, teve que conter um grito de frustração, e Remus lhe lançou um olhar significativo – ela só ficava com aquele cabelo quando estava realmente mal e deprimida.
- Viu só? – ela disse, apontando um dedo acusador para o lobisomem. – Brigo com você, e está ficando cada vez mais difícil metamorfosear. Essa sua paranóia só me deixa pior ainda. – ela constatou, virando-se para a saída e pegando seu casaco grosso e cachecol verde-limão. – Além disso, pelo menos eu tenho um emprego aqui, então não me impeça de exercê-lo! – batendo a porta atrás de si, ela não teve nem tempo de notar o olhar magoado no rosto do lobisomem que ela deixara para trás.
"Logo você vai perceber que eu estava certo, Nymphadora...", ele pensou, olhando para a porta como se ela ainda estivesse lá. "Assim como um dia você me fez enxergar, agora parece que é a sua vez..."
E, para a infelicidade de Remus, suas palavras se concretizaram. Poucas horas depois, ele foi alertado por uma coruja urgente de Kingsley Shacklebolt, colega de trabalho de Tonks e membro da Ordem da Fênix, dizendo que Nymphadora tinha desmaiado durante uma missão em campo aberto, e estava sendo levada ao St. Mungus.
Quando ele abriu a porta da enfermaria onde disseram que Tonks estaria, ele suspirou aliviado ao ver que ela respirava normalmente, embaixo das grossas cobertas brancas do hospital, e a medibruxa que estava ao seu lado sorriu.
- Não precisei fazer uma análise mais profunda para ver que ela está cansada... Stress do trabalho, acontece com muitos esses dias... – ela comentou, sorrindo simpática para Remus. – Você é o Sr. Tonks, eu suponho...
- Na verdade, ela não é minha filha, e sim minha namorada... – ele disse, sem conseguir deixar de se sentir desconfortável diante do olhar estranho da medibruxa. Sendo um casal realmente incomum, Remus estava acostumado a receber olhares estranhos de todos, e isto por que não sabiam que ele era um lobisomem. Se soubessem, então...
- De qualquer maneira, assim que ela acordar, pode ir para casa. Uma poção fortificante, que está neste frasco, bastante sono e um dia de folga, é isso o que a pobrezinha precisa. Vou entregar o atestado autorizando a falta para os superiores dela... – e a medibruxa saiu do quarto, finalmente deixando Remus sozinho com sua teimosa amada. Hesitantemente ele se aproximou da cama, tocando as bochechas quentes da auror inconsciente com seus dedos, contemplando a tranqüilidade que tomava o rosto da garota enquanto ela dormia. Por mais que Tonks provasse ser uma adulta crescida no seu trabalho de auror e na ordem – isso sem falar em situações mais íntimas, em que fazia coisas que nenhuma garota faria – Remus não podia deixar de, algumas vezes, ver como ela se parecia com uma garotinha, com seus grandes olhos brilhantes, cabelos cor-de-rosa e atitudes marotas. E assim, dormindo, vulnerável e pacífica, ela não se parecia só com uma garotinha... Mas também com seu anjo.
Enquanto divagava sobre a auror adormecida, Nymphadora abriu os olhos lentamente, com esforço, e logo que se lembrou do que estava acontecendo, tornou a fechá-los, sentindo a cabeça latejar tanto que poderia explodir. Ela estava em um bosque, perto de uma casa isolada aonde houvera uma denúncia anônima de atividades comensais... Ela estava correndo com sua patrulha, e ela não conseguia acompanhar o passo de todos os outros, ficando para trás e respirando com dificuldade... A última coisa que se lembrava era de ter tropeçado em uma pedra no caminho, xingado as três gerações de pedras, se é que pedras têm gerações, e ter chegado até o final do bosque, bem atrás de seus colegas, com enjôos e dores de cabeça. Ela vira alguma coisa e lançou um feitiço simples, revelador, para ver se havia algo escondido... E depois, tudo tinha ficado preto.
Abrindo os olhos novamente, ela viu que estava em um lugar cheio de coisas brancas, e o cheiro de poções desinfetantes foi imediatamente associado com um hospital. St Mungus? Talvez. De repente, como se uma brisa de verão batesse em seus cabelos, ela sentiu algo quente e levemente áspero por seu rosto e seus cabelos. Fazendo um esforço homérico para virar a cabeça ligeiramente, ela viu que estava sendo acariciada por longos dedos acoplados a uma mão forte, que por sua vez estava ligada a um braço coberto por vestes cinzentas e remendadas, que por sua vez cobriam o restante de um bruxo alto e magro, com cabelos loiro-escuros ou castanho-claros, ela nunca saberia dizer, com fios brancos invadindo algumas mechas. E finalmente, encontrando um par de olhos azuis expressivos e a tão conhecida cicatriz no meio de sua face, seu interior se aqueceu inteiro ao reconhecer quem era: Remus Lupin. O seu Remus Lupin. Amado amigo, companheiro e amante...
Mas quando as lembranças do que dissera há poucas horas atrás voltaram à sua mente, ela se encolheu de vergonha. Não conseguia acreditar que fora capaz de dizer tudo aquilo para seu anjo...
- Remus... – ela disse, atraindo a atenção do lobisomem imediatamente. Vendo que ela estava acordada, ele sorriu seu tão conhecido sorriso triste.
- Se você não estivesse tão linda e frágil nesta cama, cansada e doente, eu diria: "eu não avisei?"
Ela corou, e o rubor ficou ainda mais evidente em sua face excessivamente pálida.
- Ah, Remus, me desculpe, eu fui horrível... – estendendo os braços e agarrando as golas de suas vestes, ela puxou-o para si, abraçando-o com a pouca força que tinha e sentindo seu cheiro de livros e roupas lavadas envolvê-la. – Me perdoe, eu não queria magoar você daquele jeito, estava fora de mim, eu...
- Tudo bem... – ele disse, calmo como sempre, beijando o rosto macio de sua auror. – Mas agora você vai tirar pelo menos um dia de folga. Se as minhas recomendações não funcionam, pelo menos agora a medibruxa já escreveu aos seus superiores.
Ela olhou para suas mãos, embaraçada, e de repente se agitou.
- Mas, espere aí... Eles me examinaram? Eu tenho alguma coisa? – ela perguntou, aflição aflorando repentinamente em seus olhos.
- Na verdade, disseram que você nem precisou ser examinada, era só stress. – ele respondeu, enquanto pegava as roupas que ela estivera usando antes de desmaiar, que estavam dobradas a um canto e entregava-as para ela.
- O que é um alívio... – ela disse, soltando a respiração que estivera prendendo. Mas, ao ver o olhar dele, acrescentou rapidamente: - Um alívio que eu esteja bem, é claro...
Remus sentiu novamente aquela estranha sensação de algo estar sendo omitido, mas resolveu deixar passar.
- Vamos para a sua casa...
- Nossa casa, Remus, pare com essa mania! – ela interrompeu, cruzando os braços. – Mas eu já posso sair daqui?
- A curandeira já liberou. – ele constatou. – Agora vamos, então, vista suas roupas e vamos para casa, a não ser que queira andar pelo Hall do St. Mungus com a camisola do hospital, é bom você se vestir...
E, ao ver o olhar lânguido que ela lhe dirigia, ele balançou a cabeça, rindo.
- E eu vou esperar do lado de fora...
N/A: Por que será que ele vai esperar do lado de fora? O que a Tonks tem? Por que eu não posso ter um Remus para mim? Qual é o sentido da vida? O que eu vou comer no almoço?
Eis as perguntas que não calam...
Em todo o caso, espero que tenham gostado do capítulo... E se puderem, mandem rewiews respondendo às perguntas acima!
Dedicatória: Para Bruna, sim, Bruna, você mesma, com suas longas conversas divertidas, e por ser muito legal, guria! Hehehe...
Beijos e mais beijos para todos aqueles que tiveram a santa paciência de ler,
Lily Dragon
