Disclaimer: Estes personagens, este universo e ambientação pertencem à incomparável J.K.Rowling

Desculpem a demora pra postar, mas realmente estive muito assoberbada de trabalho e problemas na minha vida pessoal. E confesso que nos ultimos dias não consegui tirar os olhos da mais nova grande fofoca do fandom. Espero que gostem do capítulo. Fiquei fora tanto tempo que nem lembro se respondi a todos os que deixaram reviews. Perdoem-me e obrigada pela força que me têm dado.

Agradeço a Lua pela betagem.

Feliz Ano Novo

Finalmente os estudantes iam para casa passar as férias de Natal. Hogwarts ficaria fechada na ocasião, pois poucos adultos poderiam permanecer na escola para garantir a segurança. Mais uma vez os professores julgaram que era melhor Harry e seus amigos não viajarem no Expresso de Hogwarts, por questões de segurança. Deveriam usar pó de flu para ir para a casa do Largo Grimmauld, onde os pais de Hermione a pegariam. Eles a esperariam em frente ao número 13, já que não podiam ver o número 12.

Antes de se dirigirem ao gabinete da Professora Sprout, cuja lareira usariam, Harry chamou Rony e Hermione para contar-lhes sua descoberta.

– Quer dizer que não vou nem poder brigar com você por arrastar minha irmã para um lugar horroroso, para transar com ela sem que ninguém ameace chegar para atrapalhar, porque você vem com a desculpa que foi isso que o levou à Horcrux? – Rony disse bem-humorado.

– Acho que a questão da minha vida privada com a sua irmã já foi devidamente tratada, ou você prefere que eu a chame para resolver o assunto?

Os dois riram. Depois da noite com Hermione e da notícia de Harry, Rony realmente deixou de lado a pose de irmão protetor. Hermione ignorou os comentários dos dois e exclamou entusiasmada:

– Harry, mas isso é muito bom! Não há mais Horcruxes a descobrir, agora.

– É. Pelo menos aliviou a minha ansiedade quanto à questão de ir atrás do véu na semana santa. Estava realmente apreensivo com isso.

– Mas o que eu faço com o Smith?

– Você é quem sabe. Se não quiser ir mais lá, não vá.

– Nah! Acho que vou sim. Que desculpa eu daria para ele? Depois sempre pode ter alguma coisa interessante por lá. Algo que nos dê mais alguma informação.

– Faz o que quiser, mas vocês têm alguma sugestão sobre o que devo fazer com esse negócio agora? Devolvo para o lugar em que estava até a gente preparar a poção Anima Mortis?

– Não. Dá aqui – Rony respondeu. – Eu e a Hermione arranjaremos um esconderijo.

– Por que vocês?

– Fala a verdade, cara. Você confia na sua oclumência? Você vai encontrar com o Voldemort em três dias. Se ele desconfiar de alguma coisa, pelo menos não conseguirá saber onde está a taça.

– Tem razão. Acho que minha oclumência não está tão boa, se ele quiser de fato entrar em minha mente, embora dê para enfrentá-lo numa situação em que ele não está especialmente preocupado penetrá-la.

– Harry, por que você não tira os seus pensamentos sobre Horcruxes antes de encontrar com ele? Como se fosse colocar numa Penseira, mas não coloca, para não correr risco de ninguém vê-los. Você pode guardá-los em frascos como fez o Dumbledore.

– Será que funciona? O Slughorn deu aquela lembrança falsificada para o Dumbledore, mas ainda pode retirar a verdadeira de novo.

– Acho que dá para tirar de uma forma mais completa sim. De qualquer maneira, você não precisa mesmo saber onde estará a Horcrux. Você confia em nós, não é?

– Certo – e Harry deu a taça para Rony.

– Antes de irmos embora, seria bom falar com o Slughorn. Precisaremos sangue de dragão e veneno de acromântula, ingredientes que chamam a atenção se formos comprá-los no Beco Diagonal. Ele deve ter – Hermione disse com um jeito pragmático.

– Você fala com ele? Acho que chamaria menos a atenção do que eu – pediu Harry.

– Certo, vou já fazer isso. Temos que sair em meia hora.

Gina, que ainda estava acabando de arrumar suas coisas, chegou logo em seguida.

– Bom dia. Cadê a Hermione?

– Foi tentar arranjar uns ingredientes da Anima Mortis com o Slughorn.

– Nossa, é mesmo! Seria bom se ao recomeçarmos as aulas essa Horcrux já estiver destruída. Vou colocar o livro anotado pelo Príncipe na bagagem.

Uma hora mais tarde, os quatro estavam no Largo Grimmauld. Harry ia ficar por lá pelo menos até o seu encontro com Voldemort.

Remo os estavam esperando. Gina e Rony deveriam ir em seguida para A Toca, depois de se despedirem de Hermione, mas os adolescentes aproveitaram para conversar sobre suas novas descobertas e planejar os próximos passos.

– Aluado, temos boas notícias. Encontramos a Horcrux que faltava. Tonks não precisará procurá-la em Azkaban.

– Ótimo! Sabe que eu ainda nem tinha falado com ela? Não queria comentar sobre esse negócio enquanto não fosse necessário. Como talvez Hermione encontrasse alguma coisa com o Smith, preferi esperar. E onde ela estava?

– Na Câmara Secreta., um lugar só acessível a ofidioglotas e guardado por um basilisco até cinco anos atrás.

– Claro, como não pensamos nisso antes? E cadê ela?

– Está em lugar secreto que só eu e Hermione sabemos – Rony respondeu de pronto. – Achamos melhor que Harry não saiba dela, para não arriscar que Voldemort consiga descobrir algo.

– Falando nisso, Harry, andei pensando. Como você pretende registrar seu encontro com Voldemort? – perguntou Remo. – Porque ele provavelmente tomará as mesmas providências da outra vez para você não poder contar nada para ninguém.

– Não posso usar o espelho de novo?

– Da outra vez você não foi revistado porque tinha sido raptado, não estava prevenido. Dessa vez, como sabe do encontro, ele vai imaginar que você vai tentar algo e provavelmente vai lhe aplicar um sensor de segredos.

– É, não tinha pensado nisso. Você sugere alguma coisa? Talvez um truque trouxa. Um sensor de segredos não o detectaria.

– É, Harry – Hermione meteu a colher. – Há gravadores realmente pequenos que você pode prender em seu corpo. E poderíamos tentar ver se dá para acoplar nele um desses negócios de localizar carros por satélites. Assim talvez pudéssemos até descobrir mais sobre a localização de Voldemort.

– E como vamos fazer isso em tão pouco tempo?

– Meu tio trabalha numa seguradora que coloca esses localizadores em cargas para que não sejam roubadas. Vou ver se consigo um com ele. Se conseguir, trago para você.

– 'Tá, você vê esse tal de localizador. O gravador deixa comigo. Queria mesmo ir na parte trouxa de Londres. Pretendo mandar um cartão de Natal para tia Petúnia, pelo correio, é claro.

Duas horas antes de Harry se dirigir ao cemitério de Godric's Hollow, Hermione apareceu na sede da Ordem.

– Consegui, Harry. Acople esse negocinho no seu gravador e conseguiremos saber onde você está.

– Demais. E o Smith? Foi lá na casa da tia dele?

– Fui. E sabe que tinha toda uma proteção com Magia Negra. Parece que ele tinha preparado o lugar para receber uma horcrux.

– A que está na minha cabeça ou talvez a que ele pretendia fazer com a minha morte.

Remo, que estava com eles, interrompeu: – Provavelmente. Mas isso é muito bom, Hermione. Sabe, Harry, eu estava preocupado com uma coisa. É provável que Voldemort queira uma prova de que você vai mesmo se passar para o lado dele. E ele vai tentar penetrar em sua mente. Provavelmente, ele sabe que você e Dumbledore foram em algum lugar secreto na noite da morte dele e certamente Voldemort vai querer saber aonde foram. Poderíamos forjar sua ida a este lugar que a Hermione foi. Assim você teria uma resposta a dar para ele.

– E como faríamos isso?

– A Penseira de Dumbledore foi trazida para cá, porque a Ordem achou que estaria mais segura aqui do que em Hogwarts. Podemos colocar a lembrança de Hermione na Penseira e você penetra nela, mas tentando não ver nem ela nem Zacarias. Assim você vai ter uma lembrança do local.

Os três rapidamente fizeram como Lupin tinha sugerido e depois prepararam o gravador com o localizador e o prenderam na parte de baixo do braço de Harry. Mas bruxos não usam esparadrapo e, como não podiam usar feitiçaria, acabaram usando uma fita durex que Hermione por acaso tinha na bolsa. E Harry, tentando controlar sua ansiedade, rumou para o encontro com Voldemort.

Chegando ao cemitério, junto ao túmulo de seu pai, havia uma cobra de pedra, com um bilhete, no qual estava escrito: – Diga-me que deseja me ver e o trarei até mim. Harry disse e nada aconteceu. Aí ele se deu conta que Voldemort devia ter preparado um portal que só ele pudesse usar e só uma vez, para que sua viagem não fosse detectável. Falou em língua de cobra e a boca da serpente se abriu e ela lançou uma bolinha de gude pela boca. Quando Harry pegou a bolinha, foi levado a uma clareira em um bosque.

Lá, Voldemort o esperava e lançou-lhe um feitiço, antes de Harry perceber que tinha chegado. Não conseguia se mexer, mas conseguia falar. Havia um Comensal por lá, devidamente mascarado, que o examinou com um sensor de segredos e , nada encontrando, o apalpou, pegou sua varinha fez com que bebesse a poção para não poder comentar o assunto depois e se retirou.

– E então, Potter, pensou em minha proposta?

– Pensei. E a resposta ainda não está muito clara para mim. Não poderia ajudá-lo a matar ou torturar as pessoas que me são caras – Harry tinha decidido fingir que aceitava a proposta de Voldemort, para ganhar tempo. Mas se ele aceitasse sem resistência, despertaria desconfiança.

– Podemos negociar isso. Quem você quer preservar?

– Gina, Rony e Hermione (não adiantava negar esses, todos sabiam que eram as pessoas mais queridas de Harry), a família Weasley e Remo Lupin.

– Não sei se vai ser possível. Se eles se submeterem e não me perseguirem, não permitirei que sejam torturados ou mortos. Mas se eles atacarem, levarão o troco.

Harry tinha certeza de que Voldemort mentia, mas achou que pelo menos ganharia um tempo para essas pessoas.

– Então topo. O que devo fazer? A Ordem só admite que eu me torne um membro pleno depois dos meus N.I.E.M.s. Fui a uma reunião, mas só quiseram tratar da minha segurança.
Quem estava na reunião?

Harry e Remo já tinham repassado a resposta a essa pergunta, que sabiam que viria. Era evidente que Snape, mesmo que não estivesse inteiramente do lado de Voldemort tinha lhe dado alguma informação e alguns membros eram óbvios.

– Remo, a Prof. McGonagall, o Sr. e Sra. Weasley, Rony e Hermione, Kingsley Shacklebolt. Não foi uma reunião completa. Só das pessoas mais envolvidas na minha segurança.

– Não pense que acredito em você, se não me der nenhuma informação que preste. Diga-me então, o que Dumbledore e você aprontaram juntos o ano passado?

– Ele me deu algumas informações sobre você. Mostrou-me em uma Penseira uma história sobre a sua mãe ter vendido para o Sr. Burke, quando estava grávida, um medalhão precioso por uma ninharia. Ele explicou que ela estava deprimida após ter sido abandonada por seu pai. Depois me mostrou o orfanato em que você foi criado e o momento em que ele foi falar a você sobre Hogwarts. Depois ele disse que o tal medalhão tinha ido parar com uma tal de Hepzibá Smith. Também me mostrou que você quis o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts e que se sentia muito ligado à escola.

– E para que tudo isso?

– Para eu conhecê-lo melhor. Ele disse que tinha um palpite de por que você não tinha morrido quando tentou me matar e o feitiço ricocheteou, mas que ainda precisava averiguar mais.

– E na noite em que ele morreu, o que tinham ido fazer?

– Fomos à casa de Hepzibá Smith. Ele encontrou na despensa um local protegido por Magia Negra. Tentou ver o que havia por lá, mas aparentemente não havia nada. Ele ia me explicar o que aquilo significava quando voltássemos a Hogwarts, mas não deu tempo. Depois, quando soube, pelo Zacarias Smith que ele era descendente de Helga Hufflepuff, assim como sua tia-bisavó Hepzibá, achei que você não tinha me contado a história toda. Teria uma Horcrux feita com um objeto de Ravenclaw, obtida com a morte de um possível um descendente de Gryffindor e a esconderia na casa de uma descendente de Hufflepuff. Você se liga mesmo nos fundadores de Hogwarts. – Harry, que nas aulas com Lupin tinha aprendido a fazer uma oclumência disfarçada, permitiu que Voldemort visse imagens da casa de Hepzibá.

– OK, parece que você está falando a verdade. Quer dizer que de alguma forma Dumbledore imaginou que eu tinha feito uma Horcrux, mas deve ter achado que usei o tal medalhão. Mas eu não tinha o medalhão. Essa tal de Hepzibá o comprou. Por isso quis colocar a Horcrux lá, realmente você acertou. Não é tão bobo quanto Severo afirma.

– Harry teve a impressão que Voldemort disse isso só para seduzi-lo melhor. Era óbvio que o achava tolo.

– Quando voltará a encontrar a Ordem? Não aceito que só o faça depois dos N.I.E.M.s. Preciso mais informações logo.

– Não creio que consiga convencer ninguém a me deixar participar enquanto estiver em Hogwarts, mas posso tentar convencê-los a me deixar participar durante as férias da Páscoa.

– Certo, combinado. No domingo de Páscoa à tarde eu entro em contato com você, através da cicatriz. Se até lá não tiver nenhuma informação mais interessante, me livro de você e recupero a minha Horcrux.

Voldemort levitou a varinha de Harry e a bolinha de gude e jogou ambas ao mesmo tempo nas mãos de Harry, que foi levado imediatamente de volta ao cemitério. Em seguida Harry aparatou aliviado de volta ao Largo Grimmauld.

Ao chegar foi pegar o gravador, mas ele tinha se desprendido e caído, sem que Harry percebesse. Ainda bem que Hermione tinha prendido o localizador. Mas não poderiam ir atrás dele de imediato, pois corriam o risco de dar de cara com Voldemort. Assim, Harry não pôde dizer a ninguém o que se passara na conversa com Voldemort, mas pelo seu ar tranqüilo, Remo e Rony, que o estavam esperando, puderam perceber que a entrevista tinha ido de acordo com o planejado.

Algumas horas mais tarde, depois de chamarem Hermione e conseguirem as coordenadas do local onde o gravador se encontrava, os três amigos foram até a floresta e trouxeram de volta o gravador.

Ao ouvirem o encontro, porém, ficaram surpresos de ver que Voldemort tivera outras conversas após estar com Harry.

– Mestre, por que me pediu que voltasse? – perguntou uma voz feminina, que parecia a de Belatriz Lestrange.

– Por dois motivos. Primeiro, porque não sabia se ia precisar me livrar do garoto e você poderia ser de ajuda nisso. Segundo, porque quero conversar com você sem possibilidade de ser ouvido por gente indevida.

– Não entendo o que quer com esse garoto. Por que não o mata de uma vez?

– Porque ele me pode ser muito mais útil vivo. Descobri uma maneira de fazê-lo trabalhar para mim. E hoje ele já me deu informações importantes. Dumbledore estava ciente de segredos meus. Foi bom ter morrido quando morreu. Mais um pouco e poderia ter causado estragos importantes.

– E Severo não o alertou?

– Acho que esse assunto Dumbledore só tratava com Potter, mesmo assim, pelo que pude perceber, não informou direito ao garoto.

– Será que Severo não estava de acordo com Dumbledore nisso?

– Bela, Severo matou Dumbledore. Não, ele não estava do lado de Dumbledore. No entanto, ao meditar sobre certas coisas que aconteceram com Severo, fico um tanto intrigado. Aquela mão murcha do velho nos seus últimos meses de vida, por exemplo, gostaria de saber o que provocou aquilo.

– Severo me disse que tinha sido provocada pela briga que tiveram no Ministério.

– Disse?

– Quer dizer, não disse exatamente, mas deu a entender.

– Não, ele saiu do Ministério tão inteiro quanto eu. Aquilo teve outra razão. Não quero perguntar diretamente, para não causar desconfianças. Tente saber, use a sua irmã, o seu sobrinho, o que for, mas sutilmente, Bela. Não quero que Severo desconfie que o estou investigando. Falando nisso...

– O que?

– Eu confio no Severo, mas já que estamos sozinhos, uma coisa que nunca entendi foi esse negócio do Voto Perpétuo. Por que você acha que Severo fez esse Voto? Arriscando-se desse jeito, colocando sua vida nas mãos de um adolescente. Ele devia saber que eu queria que Draco cumprisse sua tarefa.

– Severo tem sido bom amigo de minha irmã e de Lúcio há bastante tempo. Condoeu-se do desespero dela. Acho que também foi uma forma de mostrar a mim que tinha coragem de enfrentar certas lutas, eu o tinha provocado bastante. Ah! Também lembro dele dizer algo sobre achar que o senhor devia mesmo esperar que ele fizesse isso no fim. E não posso deixar de mencionar que Narcisa o levou a isso. Ela pediu que ele fizesse o voto para proteger Draco e no fim colocou no voto a promessa dele terminar a tarefa de Draco. Quando começamos o Voto não estava claro que ela chegaria a isso. Acho que Severo até hesitou um pouco nessa hora.

– Rabastan era amigo de Severo na escola, não é? O que você sabe sobre ele?

– O povo caçoava dele, porque seu pai era trouxa. Severo dizia que desprezava o pai, que se separou de sua mãe antes dele vir para Hogwarts, morrendo pouco depois. A mãe acabou por casar de novo. Na época, Severo já estava andando conosco e pensávamos em nos juntar aos Comensais. Severo rompeu com ela por não gostar do padrasto, foi o que nos disse.

– Como se chamavam mesmo os pais? Você sabe?

– Não, mas posso procurar saber.

– Certo, bem o que eu gostaria de falar com você é sobre Draco. Tem visto o rapaz?

– Sim, claro. Tenho feito ele treinar as Maldições Imperdoáveis.

– Ótimo, quero que ele esteja no grupo da próxima vez que tivermos uma missão perigosa. Ele precisa ser posto à prova.

– Ele tem se esforçado muito no treinamento. E Severo também tem ajudado a prepará-lo. Parece que Draco acabou por entender que Severo não queria lhe roubar a glória, mas apenas dar-lhe apoio necessário ao cumprimento de sua tarefa.

– Bom, pode ir, então. E trate de fazer Draco entender o que esperamos dele.

Ouviu-se um 'pop' e após isso Voldemort disse, aparentemente comentando para si mesmo: – Por que Severo não falou a verdade sobre a mão de Dumbledore? A aparência dela, parece que Dumbledore sofreu algum tipo de ataque, mas como? Preciso averiguar melhor. Severo disse que não sabe de nada, mas aí tem ...

Nessa hora a fita acabou. Harry, Rony, Remo e Hermione ficaram se olhando, surpresos.

– Voldemort está desconfiando de Snape? Será que entendi bem? – perguntou Rony.

– É, e pelo visto Snape está mentindo para ele. O que será que pretende? – Harry comentou.

– Não sei, mas se eles brigarem entre si, isso nos ajuda. Agora, o fato de Voldemort querer averiguar o que houve com Dumbledore é perigoso. Se ele for atrás de suas Horcruxes... Precisamos dar um jeito dele não descobrir nada até a Páscoa – ponderou Remo.

– Vamos iniciar já a poção para destruir a Horcrux que está na taça, Harry – Hermione acrescentou agitada.

– Certo, eu não comecei porque estava inseguro de fazê-la aqui. Muita gente circula nesta casa.

– Vamos para a minha casa. Lá, só a minha mãe costuma ir até o meu quarto e podemos convencer as pessoas a não se meterem – sugeriu Rony.

– E ao meu quarto, nem ela vai – acrescentou Gina.

– Lá, pelo menos, temos certeza de que não haverá nenhum traidor. Mesmo assim, acho melhor começarmos depois do Natal. Vai ser difícil controlar a poção durante a festa – Harry contrapôs.

Até o Natal, Harry tentou não pensar nas Horcruxes e aproveitar a presença das pessoas amadas. Assim que a noite se aproximou porém, depois da festa, ele e Hermione iniciaram a preparação da poção Anima Mortis, num canto do quarto de Gina.

Molly nem percebeu, pois ela confiava mais nas meninas para manter o quarto em ordem do que em Harry ou Rony.

O livro de Borage,com as anotações do "Príncipe" deu inúmeras dicas sobre o preparo, que permitiram que a poção ficasse pronta ainda no dia 31 de dezembro. Cerca de oito horas da noite, eles mergulharam a taça de Hufflepuff na poção e depois de meia hora, Harry quis experimentar o encantamento:

Finis Horcrux! – ele disse alto. De dentro da taça saiu uma fumaça, que logo assumiu a aparência de um Voldemort diáfano e diminuto e se esvaneceu no ar. Nossa, eu não sabia que veríamos a Horcrux sumir – comentou Rony. – Foi assim também com o diário?

– Não, quando enfiei aquela presa do basilisco no diário, Tom Riddle estava quase que vivo. Ele estrebuchou e se contorceu e depois desapareceu. Mas não houve nada saindo do diário.

– Bem, agora como pegamos a taça? Não vamos meter a mão nessa poção, vamos? – perguntou Rony.

– Claro que não – disse Hermione, que já havia se preparado com uma luva de couro de dragão. Ela apenas disse – Accio! – e pegou a Horcrux.– Limpar! – disse e em seguida fez a poção desaparecer e testou a taça para verificar se tinham realmente conseguido. E sim, a Horcrux estava destruída. Nada mais restava dela na taça.

– Sabe que estou emocionado? Embora já tenha destruído uma Horcrux antes, não sabia do que se tratava. Agora sinto que realmente estou começando a cumprir a tarefa de que fui incumbido.

Gina e Rony comemoravam, mas Hermione parecia incomodada.

– O que houve, amor? – Rony perguntou. – Você não parece muito animada.

– Claro que estou – Hermione deu um sorriso amarelo.

Gina, porém, entendeu o que houve. – Não fique assim, Hermione. Ele vai conseguir destruir a próxima também e voltar inteiro para nós. Tenho certeza.

À noite, todos os Weasleys foram comemorar a passagem do ano no Largo Grimmauld, com Remo e Tonks. Quando o ano virou, depois dos beijos e trocas de felicitações, Harry bateu com a varinha nas taças de champagne e disse:

– Gente, estou feliz de poder dizer para vocês que este ano de 1998 se inicia de modo muito promissor. Há poucas horas nós quatro – e apontou para Hermione, Rony e Gina – conseguimos cumprir efetivamente a primeira etapa da missão que, por assim dizer, Dumbledore me confiou. Tenho muita confiança que até o meio do ano já poderemos nos livrar de Voldemort.

– Mesmo? Quer dizer que podemos já ir comprando as entradas para a próxima Copa de Quadribol? – perguntou Fred.

– Em julho? Claro! – respondeu Rony animado. Vocês não querem me emprestar dinheiro para eu também ir?

– Pensaremos no seu caso. Se você for realmente importante para a derrota de Voldemort, quem sabe – George respondeu animado.

– Peru, aqui vamos nós – Harry disse, e levantou a taça de champagne como se fosse um brinde. Todos aderiram.