Inuyasha não é meu. Se fosse, Kagome não seria histérica, Inuyasha não seria burro, e com certeza Sesshoumaru e Rin seriam o casal principal.

O que estiver em itálico será pensamento. Volta e meia o ffn retira das frases o itálico, então se isso ocorrer, lembrem-se de que é culpa do ffn. ¬¬

Hime no Amai – Doce Princesa

Capítulo um - Eiko

"Doze anos..." Murmurou a jovem.

Já havia passado doze anos... Desde que Sesshoumaru a trouxera de volta à vida.

A jovem contemplava a noite fria e nublada com a vinda do inverno, com um sorriso à boca.

"Que noite bonita! Há dias que não consigo sair do castelo pra ver a noite..." Rin falava, mais para si mesma do que para um dragão de duas cabeças e um servo enfezado a seu lado.

"Fazzz apenasss algunsss diasss que vocccê não sssai do cassstelo por ordem do Sssessshoumaru-ssama, Rin!" Jyaken respondeu, "E não fazzz uma eternidade!"

"Eu sei, Jyaken! Mas estamos no meio do inverno, uma noite assim não é normal. Deveria estar nevando e muito! E além do mais, noites assim são tão calmas e frias... Elas se parecem tanto com Sesshoumaru-sama... São belas... E tranqüilas..." Continuava a admirar a lua.

"Bah! A cada dia que ssse passsa esssa menina fica maisss esssquissita!" Jyaken também resmungava do porquê de Rin gostar de uma noite nublada e sem estrelas mais para si mesmo do que para ela e Ah-Un.

"Eu não sou mais uma menina, Jyaken!" Ela retrucou encolhendo-se um pouco por causa do frio do inverno, tendo escutado o que o réptil dissera.

"Pra mim, vocccê continua sssendo aquela fedelha de sssempre..." Ele falou para ela.

"Façam menos barulho." Ordenou uma voz masculina de dar arrepios, mas que eles aparentemente já estavam acostumados.

"Sesshoumaru-sama!" Rin sorriu e correu até ele, parando a pouco menos de um metro de distância e saudando-o. "Bem-vindo de volta, Sesshoumaru-sama! Eu e Jyaken já preparamos uma refeição para o senhor e estávamos à sua espera, aqui no jardim!"

Jyaken também o saudou e ouviu Sesshoumaru dizer, bem baixinho, para que Rin não ouvisse:

"Para seu bem, é bom que ela não fique doente por ter saído no frio da noite com um quimono de verão." Jyaken engoliu seco. Bem que ele tentara fazê-la colocar um quimono mais grosso ou até mesmo não sair de dentro do castelo, mas ela teimara em ir lá fora naquele instante.

Ela acompanhou o Lorde desde os jardins do Grande Castelo até a sala de refeições deste, que não ficava muito longe caso cortassem caminho. Aquele castelo era o castelo do Oeste, que há pouco mais de dois séculos havia sido destruído, mas Sesshoumaru resolvera reconstruí-lo três anos atrás. Com a ajuda de muitos youkais tudo foi colocado no lugar rapidamente, e agora o castelo estava mais uma vez imponente.

Jyaken seguiu Rin e Sesshoumaru, falando suas asneiras de sempre e sendo ignorado pelos dois. Rin abriu a porta da sala para Sesshoumaru e deixou que ele entrasse primeiro, entrando em seguida e fechando a porta na cara de Jyaken, por querer.

"Oh! Desculpe-me, Jyaken, eu não sabia que você estava aí!" Rin mentiu, com a cara mais inocente do mundo.

"Fedelha..." Jyaken sussurrou enquanto adentrava a sala de refeições, recebendo um peteleco na cabeça por uma Rin.

Sesshoumaru ignorou a discussão dos dois e se sentou à mesa, onde realmente já estava tudo preparado.

O Lorde não comia comida qualquer; Eram sempre carnes de youkais bem temperadas. Ele nunca comia frutas ou verduras, por ser um cão. Cães, como os lobos, são carnívoros. Mas como ele era um youkai, pelo menos carne bem temperada e assada ele comia.

"Rin," Sesshoumaru começou, "jante comigo hoje."

Rin imediatamente parou de discutir com Jyaken, gritou um "hai!" e sentou-se à frente dele.

"Jyaken, traga a janta da Rin." Sesshoumaru ordenou, ouvindo o servo sair correndo para pegar a comida dela.

"Como foi de viagem, Sesshoumaru-sama?" Ela perguntou, sempre sorrindo. Ela sabia que havia grandes chances dele não responder, mas sempre perguntava. Sesshoumaru não entendia o motivo dela sempre perguntar, talvez fosse por educação...

"Está bem animada hoje, Rin. O que aconteceu?" Ele ignorou a pergunta dela. Rin tinha uma mudança de humor rápido, às vezes sendo triste, feliz, brava ou até mesmo séria. De certa forma, ela era igual a Sesshoumaru, seu humor mudava rapidamente. A diferença é que ela deixava isso transparecer...

Rin sorriu. "Estou feliz porque o senhor voltou, Sesshoumaru-sama!" Sesshoumaru ficara uma semana fora, e largara Rin e Jyaken no castelo, desta vez.

"Não é só por isso." Ele afirmou, suspeitando de algo.

"Bem... Basicamente, é." Ela respondeu. Não adiantava mentir para Sesshoumaru, ele podia sentir o cheiro de medo ou coisa assim, quando alguém mentia para ele.

"Ow... E eu poderia saber o outro motivo de você estar animada?" Ele ergueu uma sobrancelha.

"É que..." Havia uma gota na cabeça de Rin. Se ela contasse a verdade, com certeza Sesshoumaru a acharia uma pirada. "Se eu te contar, Sesshoumaru-sama," ela começou "o senhor me achará uma louca."

"Não, não acharei, Rin." Ele falou aborrecido, mas sem demonstrar irritação na voz.

Rin o encarou, de forma inocente. Ela conhecia seu Lorde muito bem e sabia que, mesmo mantendo aquela aparência calma, deveria estar ficando irritado. Nessa hora, Jyaken entrou correndo pela sala e colocou a comida de Rin à frente dela. Sesshoumaru encarou-o, com uma expressão levemente assassina, que significava para Jyaken se retirar imediatamente e deixar os dois a sós.

"Sabe o colar que o senhor me deu? Aquele com o canino da sua irmã mais velha..." Ela escolheu as palavras cuidadosamente, para que não falasse nada que o deixasse bravo. Ele não gostava de ouvir falar sobre seus parentes mortos, e Rin tentava ao máximo não tocar em tal assunto.

"Sim. O que tem ele?" Ele indagou. Aquele colar fora dado à Rin há três anos, na época em que resolvera reconstruir o castelo. A alma de sua irmã mais velha estava presa ao canino e, por isso, ela protegeria quem o usasse. É claro que, caso o canino não fosse dado de boa vontade para alguém, ele amaldiçoaria quem o utilizasse. Mas Sesshoumaru o dera para Rin de boa vontade, bem para ela ficar protegida...

"É que... Desde que você me deu este canino, três anos atrás, eu tenho a impressão de que há alguém me dando conselhos, às vezes. Isso sem contar que meus poderes espirituais aumentaram consideravelmente... Desde então. E hoje,tive certeza absoluta de que aquela voz não era minha imaginação." Rin estava embaraçada; Era agora que seu senhor a acharia uma louca...

Sesshoumaru sorriu. Sempre que ele sorria, algo de ruim iria acontecer. Ou, numa hipótese bem menos provável mas possível, ele estava um pouco... Feliz.

"Anh... Sesshoumaru-sama?" Arriscou ela a dizer. Conhecia este sorriso muito bem, por mais raro que o fosse.

"Rin..." Ele começou, "Você ainda não percebeu... Que o que, ou melhor, quem, fala com você é a alma presa no canino...?" Seu sorriso, o qual é sempre maldoso, aumentou. "A alma de minha irmã aceitou proteger você, desde a hora que lhe dei o canino. Ela te fará mais forte e falará, de certa forma, com você..."

Rin ficara de boca aberta com o que seu Lorde dissera; É claro que ele sabia disso, afinal ele passara dois séculos com este colar em mãos. Como ela fora tola, achando que seu Lorde não a entenderia...

"Mas este Sesshoumaru nunca ouviu voz alguma vinda do canino... Eu só sentia sua presença dentro do canino..."

"Por que será... Que ela nunca falava nada ao senhor?" Rin baixou um pouco a cabeça, fitando o prato à sua frente, intocado.

"Ela deve pensar que não preciso de seus conselhos, Rin. Ela também não me protegia, apenas me acompanhava. Se um dia eu precisasse de sua proteção, ela com certeza apareceria."

Rin fez um 'sim' com a cabeça, enquanto Sesshoumaru começava a comer. Assunto encerrado, agora ela poderia jantar também.

Rin estava feliz. Às vezes, Sesshoumaru a tratava como criança, mas muitas vezes ele a tratava como alguém adulta e forte. A maioria dos youkais do castelo a respeitavam, pois temiam a ira de Sesshoumaru e o poder espiritual dela, que em muito se assemelhava ao poder de uma grande sacerdotisa.

Muitos youkais haviam pedido a mão dela em casamento. Sesshoumaru nunca os respondia, apenas falava à Rin "Faça o que desejar". Mas, como ele lhe dava livre escolha, ela dizia não a todos os youkais. Quando eles lhe perguntavam o porquê dela negá-los, até mesmo os youkais possuidores de terra e poder – que, é claro, não possuíam tanto quanto Sesshoumaru, - Rin dizia que queria acompanhar seu Lorde, onde quer que ele fosse, até que ela morresse. Os youkais não entendiam isso. Sesshoumaru nunca se casaria com ela, e ela nunca teria uma vida mais calma, andando para lá e para cá com ele. Morreria, sem ter descendentes. Mas ela não se importava... Ela gostava de ser livre e, principalmente, de estar na presença de Sesshoumaru.

"Rin," Sesshoumaru começou a falar, enquanto se retiravam para seus quartos "amanhã nós partiremos. Voltaremos em um mês." Rin assentiu com a cabeça e dirigiu-se para seu quarto, dando um boa noite ao Lorde e indo preparar alguns quimonos para a viagem.

Ele lhe parecia tão distante... Ele nunca parecia estar nesse mundo. E, quando parecia se aproximar, voltava a se afastar. Rin gostaria que Sesshoumaru parasse de se distanciar e falasse mais com ela... Suas conversas não eram muitas, e quando as tinham, duravam pouco tempo.

Rin fitava o canino que Sesshoumaru lhe dera há três anos.

Às vezes, tenho a impressão de que ele não gosta de mim... Rin pensava, ainda observando o canino em mãos.

Não pense assim, garota. Uma voz que parecia ter vindo do canino, na verdade ecoou dentro da cabeça de Rin.

Ah... Você é... Aneue do Sesshoumaru-sama! Rin observou. A irmã de Sesshoumaru não falava com ela, apenas lhe dava conselhos e não ouvia suas reclamações.

Meu irmão gosta muito de você, humana. Mas é algo normal dele ser frio... Ela falou.

Ah... Eu sei... Mas eu ainda gostaria que ele falasse mais comigo... Havia uma pontada de tristeza no olhar de Rin. Posso saber... Qual o seu nome, senhora...? Sesshoumaru-sama nunca me contou o seu nome... Rin estava esperando que, desta vez, a irmã de Sesshoumaru não a ignorasse.

Eiko (1). A voz dentro da cabeça de Rin falou.

Ah... Exclamou Rin, surpresa. Eiko-sama, obrigada por me dar conselhos e me deixar mais forte. Muito obrigada! Mentalmente, Rin sorriu.

Inicialmente, fiz isso porque Sesshoumaru me deu a você... Ele queria que eu protegesse uma das jóias mais sagradas da coleção dele, menina. Mas, conforme o tempo passou, comecei a gostar de você.

Jóia...? Rin questionou, sem entender o motivo de ser uma jóia.

Para meu irmão, você é uma das jóias mais caras da coleção dele, mesmo que ele não demonstre. Eiko respondeu.

Jóia... Rin sorriu. Era muito bom saber que ela valia e muito, para Sesshoumaru.

Humana... Esta é a primeira vez que tenho uma conversa com você... Mas não pense que conversarei com você sempre que desejar, não se acostume. Farei isso quando sentir que for preciso. Caso contrário, eu só te darei conselhos, sem te ouvir.

Sim senhora! Rin falou mentalmente.

Vá dormir. Amanhã você irá viajar e ainda tem que arrumar o que levar, garota. E estamos no fim de Shimooritsuki (2), então pegue quimonos grossos, pois logo começará a nevar ainda mais forte. Eiko mais ordenou do que aconselhou, mas como Rin já estava acostumada com as ordens de Sesshoumaru, simplesmente juntou alguns quimonos e foi para a cama.

Na manhã seguinte, já bem cedo, Rin amarrava uma bolsa no lombo de Ah-Un, que continha alguns quimonos seus, para inverno.

Sesshoumaru surgiu, por trás dela, silenciosamente.

"Ah! Sesshoumaru-sama! Bom dia!" Saudou-o. Como sempre, Sesshoumaru não respondeu. Rin olhou em volta, procurando Jyaken. Ele sempre estava atrás de Sesshoumaru, tentando conseguir atenção para si. Mas hoje ele não estava por perto... "Anh... Sesshoumaru-sama, onde está Jyaken...?" Ela indagou.

"Nós viajaremos sem ele, este mês." Rin se assustara com o que Sesshoumaru falara. Jyaken sempre ia junto, em todas as viagens. E quando Jyaken não ia, Rin também não ia... Antes que Rin pudesse perguntar o porquê dele ficar, Sesshoumaru apenas acrescentou: "Ele ficará para cuidar do castelo, pois não confio no novo general." Ah, é verdade. O novo general era um youkai muito forte, talvez não tão forte quanto Sesshoumaru, mas que era muito fiel a ele. O problema era que este general tinha fama de alguém que adorava festas e por isso, poderia destruir o castelo dando uma festa do jeito dele... Com Jyaken lá, ele pensaria duas vezes antes de aprontar algo na frente do primeiro ministro de Sesshoumaru. Mas o que realmente deixou Rin curiosa, era que... Por que Sesshoumaru não mandara ela ficar, ao invés de Jyaken? Ou deixar aos dois... O efeito seria o mesmo...

O Lorde pareceu ler a mente dela. "Se você ficasse no lugar de Jyaken, era perigoso que o general te forçasse a se casar com ele. Mesmo que você tenha seus poderes espirituais para te proteger, ele poderia usar um tipo de magia em você. E um de vocês deve vir junto." Ele falou, desinteressado.

"Ah...!" Rin finalmente entendera.

Ela montou em Ah-Un, com Sesshoumaru a acompanhando a pé, a seu lado. Por estarem no fim de novembro, já havia nevascas consideráveis.

Eles já estavam andando há três dias. Rin ainda não se atrevera a perguntar para onde estavam indo, por mais que de vez em quando conversassem sobre alguma coisa.

"Sesshoumaru-sama..." Rin quebrou o silêncio do momento "Para onde estamos indo...?" Como quase sempre, Sesshoumaru permaneceu calado. Bem... Não era sempre que Sesshoumaru estava no humor para dar uma resposta, e uma nevasca estava vindo. Eles tinham de andar rápido e encontrar um lugar para se proteger, pois a neve que caía já estava mais forte. Isso sem contar que em pouco tempo anoiteceria...

Rin estava começando a sentir falta do Jyaken. Por mais que eles vivessem discutindo, pelo menos ele era uma distração para ela. Sem Jyaken, ela teria de ficar em silêncio, pois Sesshoumaru não a responderia. Bem, ela queria conversar. Ela necessitava de ter uma conversa com alguém. Sesshoumaru falaria com ela, por bem ou por mal. Sendo ela uma das mais preciosas 'jóias' de Sesshoumaru, ele não a mataria mesmo que falasse algo desagradável.

"Eiko-sama..." Rin começou, percebendo o olhar de Sesshoumaru, de esguelha, cair nela "É o nome de sua Aneue, não, Sesshoumaru-sama...?"

Sesshoumaru permaneceu em silêncio, voltando a olhar em frente.

Isto será mais difícil do que eu pensava... Rin ponderava. Terei de provocá-lo mais. Espero que ele não fique muito bravo. "Anh... Sesshoumaru-sama... Ontem à noite, ao invés da Eiko-sama apenas me dar conselhos, ela falou comigo também."

Rin esperou alguma ação diferente de Sesshoumaru. E nada aconteceu.

Vou falar mais... "Sesshoumaru-sama, Eiko-sama me falou... Que eu sou uma das 'jóias' mais preciosas da sua coleção." Rin sorrira com o que dissera. Sesshoumaru não iria admitir tal afirmação, e começaria a discutir com Rin. Mas sendo ela uma 'jóia cara', ele não lhe faria mal. Pronto! Estava aí o seu assunto. Talvez Jyaken não fosse mais preciso...

Rin viu uma pontada de irritação nos olhos de Sesshoumaru, que por um instante parara de andar, logo voltando ao passo normal.

"Jóia...?" Sesshoumaru sorriu maldosamente. Rin tinha a impressão de que ele não lhe falaria algo muito agradável. "Rin... Você faz parte de mim, será que não consegue perceber isto...? Você vale mais que uma simples jóia." Rin ficara vermelha com o que Sesshoumaru dissera.

"Eu valho mais que uma jóia... E faço parte de você...? Como assim...?" Rin estava confusa. Talvez não tivesse sido uma boa idéia falar disso com Sesshoumaru...

"Desde que você era pequena, você foi criada por mim." Sesshoumaru deu uma breve pausa, e questionou-a "Por um acaso, Rin... Você se lembra dos rostos dos seus familiares...? Ou de alguma outra coisa que os envolva, além de suas mortes?" Rin ficara assustada com a pergunta de Sesshoumaru.

"Não... Nada..." Seu olhar cheio de tristeza caiu ao chão.

"Exatamente. Sabe por quê?" Rin fez um 'não' com a cabeça, ainda sem olhar para cima. "Porque você preferiu apagar tudo da sua memória, a partir do momento que se apegou bastante a mim. E, a partir daquele momento, resolvi deixar bem claro a todos, que você fazia parte de mim, que me pertencia. Você só não esqueceu da morte de seus familiares, porque foi um trauma grande para você."

Ao mesmo tempo em que Rin se sentia triste por não se lembrar de seus parentes, ela ficara feliz por saber que Sesshoumaru também se apegara a ela...

"Então, o que mais Ela te disse?" Sesshoumaru perguntou.

"Ah... Eiko-sama?" Bem, Sesshoumaru só poderia estar falando dela, não é mesmo? Então, antes que Sesshoumaru pudesse responder um 'sim' curto e grosso, Rin falou "Bem... Ela disse que só falaria comigo quando fosse preciso, e que eu não devia me acostumar..." Rin sorriu "Ela também mandou eu pegar quimonos grossos, para o frio. E ainda disse que... O senhor gosta muito de mim, mesmo sendo uma pessoa, ou melhor, youkai frio..."

Sesshoumaru preferiu não tocar em tal assunto; Rin, que estava meio abalada com as palavras do Lorde, também optou por ficar em silêncio. Ficaram em torno de uma hora sem conversar, até que a nevasca começou a ficar forte. Realmente forte. Ah-Un estava com dificuldades para se locomover; e Rin, montada sobre este, estava com muito frio. Mesmo usando um quimono grosso, ela estava congelando... Foi aí que ela sentiu uma mão grande e firme sobre as dela. Era Sesshoumaru. Ele colocara sua única mão sobre as dela, que estavam bem próximas uma da outra por causa do frio. Ele segurou as rédeas de Ah-Un junto das mãos dela e sentou-se atrás dela, abraçando-a, ainda que com um braço.

"Talvez não tenha sido uma boa idéia sairmos no inverno, Rin." Sesshoumaru se pronunciou, aproximando-se ainda mais dela.

Rin ficara ainda mais vermelha do que quando Sesshoumaru falara que ela fazia parte dele. Rin sentiu a mão de Sesshoumaru se apertar sobre as dela, e guiar as rédeas de Ah-Un, para os céus. Ah-Un começou a voar, não muito alto. Ainda que a nevasca o impedisse, pelo menos não havia neve para ele afundar as patas. Já era uma melhora.

Rin podia sentir o calor do corpo de Sesshoumaru, mas também podia sentir o vento frio e cortante sobre seu rosto. O Lorde também percebera que ela estava incomodada com o vento na face. Ele colocou a boca bem próxima ao ouvido dela, e falou:

"Solte suas mãos das rédeas... Coloque-as dentro das mangas do quimono e cubra o rosto." Rin, como ele ordenara, tirara as mãos cuidadosamente das rédeas e deixara que ele as segurasse. Ela cruzou os braços por dentro das mangas, e cobriu o rosto. Ao fazer isto, ela se sentiu um pouco insegura, sem equilíbrio em Ah-Un. Sesshoumaru também havia percebido o medo dela, e soltou a rédea do dragão de duas cabeças, enlaçando Rin ainda mais próxima de si. Como o Lorde podia voar, não via problema algum em soltar as rédeas do dragão. E como Rin sabia que Sesshoumaru voava, pois já o vira fazê-lo algumas raras vezes, também se sentiu mais segura.

E Ah-Un, sabia exatamente o que fazer: Achar um lugar para se proteger da neve. As rédeas serviam basicamente para apressá-lo, mas até mesmo ele com certeza queria sair logo daquela neve toda.

Eiko – Glória;

Shimooritsuki – é o mês das geadas no Japão (Novembro), o meio do inverno. Shiwasu (Dezembro) é mais frio ainda. (não sei em qual deles começa a nevar forte, estou chutando na fanfic. ¬¬);

É, é, essa é a continuação da one-shot Eiko XD Mas quem não leu a One-shot, não se preocupe, pois estou fazendo esta fic o mais fácil de entender sem ter lido a dita da One-shot!

Agradeço à: Palas Lis, Chelle Vitoriano, Atashi-anata-nado, Liv-chan e Kuchiki Rukia por terem comentado na One-Shot Eiko! E já que vocês pediram uma continuação (alguns apenas perguntaram se ia ter,) eu resolvi fazer uma! Espero que gostem! Eu tive que colocar o nome do capítulo como Eiko, porque não vi nome melhor pro capítulo. E acho que tal nome se enquadra pra esse capítulo... XD

Xau, kissus, minna-san!