InuYasha não é meu. Se fosse, Sesshoumaru seria meu bichinho 'fofoso' de estimação. XD

O que estiver em itálico será pensamento. Volta e meia o retira das frases o itálico, então se isso ocorrer, lembrem-se de que é culpa do ffn. ¬¬

Hime no Amai – Doce Princesa

Capítulo três – Sobre Promessas e Princesas

Naquela noite Sesshoumaru e Rin, por sorte, encontraram uma caverna para se proteger do frio.

"Amanhã à noite chegaremos ao nosso destino, Rin." O Daiyoukai falara, olhando para a neve que caía na entrada da caverna.

Rin, que já estava quase dormindo, apenas respondeu: "Que bom, Sesshoumaru-sama... Logo a minha curiosidade irá acabar..." Estas últimas palavras foram apenas um sussurro, antes dela dormir.

No dia seguinte, Rin fora novamente acordada pelo Lorde, antes do amanhecer. Naquela manhã, Rin estava mais calma e não parecia tão desesperada para saber o que Sesshoumaru mostraria/daria (ou qualquer outra coisa que fosse) a ela. Para almoço, ela pescou alguns peixes para si, enquanto que Sesshoumaru adentrara a mata para comer algo que lhe fosse de seu agrado. Assim que terminaram de comer, andaram por mais umas duas horas, até que Sesshoumaru se pôs a falar:

"Rin." O Príncipe Cachorro falou e continuou assim que Rin assentiu que ouvira o chamado com a cabeça "Lembra-se que, no ano passado, eu disse que te daria qualquer coisa que você me pedisse, caso conseguisse... Comandar as filhas dos meus guerreiros mais poderosos?"

"Sim, Sesshoumaru-sama. Eu consegui dar ordens a elas facilmente... Por mais que eu tenha sido um pouco cruel," Rin começara a se lembrar do acontecido.

Era um dia de verão quente, sendo insuportável para Rin, que gostava muito mais do tempo fresco. Ela vestia um quimono amarelo com flores laranjas que ia apenas até o joelho e deixava do cotovelo para baixo à mostra. Ela estava brincando num rio, ou melhor, estava fazendo Jyaken de palhaço, jogando água nele.

"Jyaken! Vamos, revide!" Rin gritava, se divertindo com a cara nada amigável do Jyaken.

"Ora, sssua..." O réptil pretendia falar mais alguma coisa, mas Sesshoumaru surgiu entre as árvores, chamando por Rin.

"Rin," Começara o Lorde "venha comigo. Jyaken," Ele deu às costas ao servo e voltou a adentrar na mata, com Rin o acompanhando "fique aqui.".

"Sesshoumaru-sama, o que o Senhor deseja?"

"Você luta muito bem, Rin. Aprende tudo muito rápido, sabe ler e escrever perfeitamente. É muito sábia... E geralmente é educada." Ele deu uma pausa e continuou "Você não pode ser considerada uma humana qualquer. E, para que eu a considere um ser humano diferente dos outros... Quero que você pegue as filhas youkais dos nossos mais valorosos guerreiros e treine-as para pelo menos andarem como uma tropa de guerra."

"C-como é!" Ela estava assustada com tais palavras.

"Se você conseguir fazer isso, prometo que te concederei um pedido... E você pode me pedir qualquer coisa existente neste mundo, qualquer coisa que Este Sesshoumaru possa alcançar."

"Qualquer... Coisa...?" Ela perguntara mais para si mesma do que para o Lorde, por isto este ficara em silêncio.

"Mesmo que você não me dê nada, Sesshoumaru-sama... Eu o faria com prazer. Prometo que não falharei em tal... Missão."

"Ainda lhe concederei um desejo."

"Obrigada, Sesshoumaru-sama."

Algumas horas depois, todas as filhas dos guerreiros mais fortes do Lorde estavam numa área aberta, e foram ordenadas para que obedecessem à Rin. Todas juntas davam um pequeno grupo de cem.

A maioria delas tinha de 8 a 10 anos, mas não deixavam de ser youkais que provavelmente já sabiam matar. Pelo que Rin entendera, Sesshoumaru não lhe pedira para ensiná-las a matar, pois isso era coisa que elas já sabiam. Para Rin, ela deveria apenas ensiná-las a ser organizadas, respeitar e obedecer a ordens.

"Escutem-me," Rin começou a falar em voz alta e lentamente, para que a entendessem "quero que fiquem todas em dez fileiras de dez." Elas obedeceram, encarando-a confusas. "Agora," Ela chamou Ah-Un, que estava deitado embaixo de uma das poucas árvores daquela clareira. "quando Ah-Un grunhir uma vez, fiquem em posição de alerta, olhando para frente. Quando ele grunhir duas vezes seguidas, vocês devem se virar para a direita de vocês, de forma que eu tenha plena visão da mão esquerda de vocês. Quando ele grunhir três vezes, vocês devem se virar para o lado esquerdo de vocês, mostrando, desta vez, a mão direita de vocês por completo. Quando Ah-Un grunhir quatro vezes seguidas, vocês devem mostrar as costas por completo para mim." Rin deu uma breve pausa. Geralmente ela não gostava de ser séria, mas se Sesshoumaru pedira e se ele pretendia dar a ela o que ela quisesse... Então, faria-o. "Falando de forma mais simples: Um grunhido: Sentido!; Dois grunhidos: Virem para a direita; três grunhidos seguidos: Virem para a esquerda; Quatro grunhidos seguidos: Virem de costas." Tratá-las como crianças de cinco anos: era o que Rin estava fazendo, dando detalhes de tudo. "Então, estão prontas?"

"Hai!" Responderam as crianças, num coro desordenado.

"Ah-Un, grunha uma vez." Rin falou para o dragão, num tom bem baixo, só para que ele escutasse. E foi o que Ah-Un fez.

Todas as crianças, imediatamente, puseram-se a rir.

"Isso é idiota! E ainda temos de ouvir ordens de uma reles humana!" Gritou uma das crianças. Rin imediatamente a reconheceu como sendo a filha do general mais poderoso do exército de Sesshoumaru.

"Também acho! Nós temos mais o que fazer, do que obedecer a uma humana!" Falou outra youkai, que Rin reconheceu como sendo a filha de outro general, também um dos mais poderosos de Sesshoumaru.

"Creio que vocês não tenham entendido minhas ordens." Rin disse, num tom ainda mais autoritário. "Mas acho que isso é minha culpa, vocês não devem ter entendido a minha explicação corretamente." Rin, não perdendo a compostura, explicou para as garotas mais 3 vezes, de formas diferentes e simples, o que elas deveriam fazer.

Rin ordenou que Ah-Un grunhisse uma vez. As youkais novamente riram. Rin mandou que ele grunhisse duas vezes seguidas, e foi o que ele fez, mas as youkais riram ainda mais.

"Creio que desta vez eu tenha explicado bem, o problema é vocês que não estão me obedecendo. E, sabem, não obedecer a ordens de um superior militar é crime. Vocês merecem uma punição." Rin deu uma rápida pausa, já sabendo exatamente o que faria "Vocês duas," Rin falou, apontando para duas garotas na última fileira de sua esquerda. "Quero que matem a filha do general Hakai e a filha do general Karazu." As filhas dos tais generais na hora ficaram assustadas. Eram as mesmas garotas que agora a pouco faziam piada de Rin.

"Você não pode fazer isso!" Gritou uma delas, enfurecida.

"É claro que posso. Sou a general de vocês. Vocês devem me obedecer, mas vocês não o fizeram. Esta é a punição que se recebe por não obedecer às ordens num campo de batalha." Rin estreitou os olhos. Um outro servo de Sesshoumaru que estava assistindo a tudo, saíra correndo para chamar Sesshoumaru, Karazu e Hakai para salvar as jovens da morte, pois Rin parecia mesmo que iria matá-las.

"Sua humana insolente! Nós não vamos morrer porque você quer!" Gritou uma delas, avançando sobre Rin. Rapidamente, Rin fez uma barreira em volta das duas jovens youkais, não deixando que elas se movessem.

"Como eu disse, vocês desobedeceram as ordens de um superior." Com seu poder espiritual Rin deu um choque extremamente forte naquelas youkais, matando-as na hora. Sesshoumaru e os pais delas só tiveram tempo de ver Rin matando-as.

"Mas o que você fez?" Indagava um dos generais, furioso. "Minha filha!" Ele aproximou-se da youkai que estava estirada no chão. O outro general também já estava do lado de sua filha, porém este ficou em silêncio.

"Eu fiz o que me foi ordenado: Fazer estas crianças parecerem uma tropa de guerra decente. Vejam só."

Rin ordenou que Ah-Un grunhisse uma, duas, três e quatro vezes seguidas. Todas as crianças, assustadas, obedeceram fazendo tudo perfeitamente.

Sesshoumaru sorriu com tal feito.

"Meu senhor," começou o general que ficara em silêncio todo aquele tempo "por favor, reviva a minha filha."

"Não. Que ela sirva de exemplo para as outras." Sesshoumaru respondeu friamente.

"Sesshoumaru-sama," o outro general falou "creio que elas já tenham servido de exemplo... E Rin provou quão sábia e cruel pode ser, não provou...?" Ele ficou de joelhos, implorando pela vida de sua filha. Mas sua face não demonstrava nada.

Sesshoumaru realmente não pretendia revivê-las, mas já que aquele general estava de joelhos pedindo sua filha de volta (e principalmente, porque Rin o fitou com olhos pidões para que fizesse isso) ele desembainhou a Tenseiga e retornou a vida das duas meninas.

"Rin, vamos." Ele saiu andando pelo campo aberto, acompanhado dela. Os generais nem as jovens ousaram acompanhá-los. Quando já estavam longe o suficiente deles, Sesshoumaru perguntou "Qual é o seu pedido, Rin?"

"Eu quero ser imortal. Ou melhor, quero viver o quanto o Sesshoumaru-sama viver, para que eu esteja sempre junto do Senhor." Ela falou.

"Creio que eu possa conceder tal pedido, por mais que ele não possa ser feito da noite para o dia."

"Mas não levará metade da minha vida, não é, Sesshoumaru-sama?"

"No máximo, três anos humanos." Rin balançou a cabeça positivamente, sorrindo.

"Por um acaso você está me levando para me tornar imortal, ou quase isso?" Mas é claro! Como eu tinha me esquecido disto! Creio que eu tenha pensado que Sesshoumaru-sama nunca iria cumprir tal promessa... Como fui tola ao pensar isto! Nunca o vi deixar de cumprir suas promessas...

"Você se tornará uma youkai, Rin." Rin ficara de boca aberta com o que Sesshoumaru dissera. Como uma humana pode se tornar uma youkai!

"Uma hanyou... Ou uma youkai...?" Rin falou, ao mesmo tempo assustada e feliz com o que Sesshoumaru dissera.

"Se você quiser, você pode ser uma hanyou... Ou uma youkai. Mas saiba que, a partir do momento que você se tornar uma youkai... Não haverá mais volta para ser humana."

"Sim, Sesshoumaru-sama. E eu quero ser uma youkai. Sei que você... Não gosta muito de humanos e hanyous."

"Rin, quando você se tornar uma youkai, perderá todos os seus poderes de sacerdotisa que você ganhou com o tempo." Ele falou, ignorando tal afirmação dela.

"Não me importo. Se for isso que darei em troca de uma vida quase eterna, então que seja. Eu quero ficar com o Senhor não importa o que me custe, Sesshoumaru-sama."

"Como quiser." Foi o que Sesshoumaru respondeu. "Para você se tornar youkai, irá doer um pouco... Ou talvez doa muito."

"Não me importo com nada que me aconteça. Estou pronta pra perder tudo, contanto que eu possa te acompanhar, Sesshoumaru-sama." Rin deu um sorriso doce e ao mesmo tempo decidido.

Humana egoísta... Tão egoísta, a ponto de abandonar sua raça... E ela faz tudo isso por ela e por Este Sesshoumaru... Refletia o Daiyoukai, em silêncio.

"Então, deixe Ah-Un aí e venha comigo." Como sempre, Sesshoumaru caminhava sério e imponente. Estavam num pé de um morro, este cheio de flores roxas e azuis desconhecidas por Rin, mas que Ah-Un pareceu gostar do sabor. Por isso, Sesshoumaru resolveu deixá-lo ali. Definitivamente, ele estava ficando mole.

"Sim, senhor!" Ela respondeu, animada.

Subiram o morro e andaram adiante por uma meia hora, até avistarem uma floresta de árvores enormes. Aparentavam ser bem velhas, dando um ar de assombro.

"Rin, não se perca." Ele ordenou.

"Hai!" Ela respondeu, dando uma pausa para recuperar o fôlego perdido na pressa, e logo voltou a acompanhá-lo por entre as árvores.

A floresta por dentro era ainda mais assustadora, sombria. As folhas das árvores eram em grande quantidade e largas, diminuindo a claridade provida pelo sol daquela tarde. Rin andava bem próxima ao Sesshoumaru, quase grudada nele, pois não queria se perder. Andaram por mais alguns minutos naquela floresta, até que Sesshoumaru parou subitamente. Rin olhou para cima, vendo uma parede de rochas que não se podia ver o fim por conta das árvores ali amontoadas.

"Sesshoumaru-sama... Não me diga que teremos de subir tudo isso..." Gota. Rin estava cansada de andar, precisava descansar um pouco.

"Não precisa. Venha." Ele andou em frente, fazendo com que Rin se assustasse, pois ele ia bater contra as rochas. Na verdade, ele as atravessou com facilidade.

Rin ficara boquiaberta, quase se esquecendo de que deveria seguí-lo. Quando ela ouviu Sesshoumaru gritar seu nome, rapidamente correu para dentro da rocha, junto dele.

"C-como...?" Ela estava confusa.

"Aquilo é apenas uma miraoem... Para que ninguém encontre esta caverna. A caverna também possui guardiões, mas eles não incomodarão Este Sesshoumaru e seus acompanhantes."

"Ahh..." Ela falou, entendendo. Agora, dando uma boa olhada no lugar onde ela estava, podia-se ver que a caverna era bem iluminada e úmida. O que ela não conseguia entender era de onde vinha a luz daquela caverna, pois parecia vir das plantas que cresciam em volta da parede. As plantas, por sua vez, grudavam em volta da caverna e não pareciam sair com facilidade. Formavam um tipo de cerca viva, com flores e folhas de tipos e cores totalmente diferentes.

Rin observava tudo em silêncio e abismada. Era tudo muito bonito e muito estranho... Eles andaram por mais alguns minutos, viraram à direita numa bifurcação até chegar a uma mulher lacrada na parede da caverna.

"Sesshoumaru-sama..." Rin olhava-a assustada. Era uma youkai de cabelos cinza longos, presos num rabo-de-cavalo. Duas mechas de seu cabelo estavam soltas e eram enfeitadas por duas flores roxas, que não murcharam com o tempo que ela deveria estar ali. Seus lábios tinham um contorno verde. Era bem visível que aquela mulher era de uma classe nobre de youkais, por mais que sua roupa já estivesse gasta do tempo e do sangue que havia nela. Por incrível que pareça, até agora nenhum ser havia sentido o cheiro do sangue dela. Talvez até o tenham sentido, mas os tais guardiões não os deixaram entrar...?

"Há quanto tempo... Ela está aqui...?" Foi apenas isso que Rin conseguiu dizer, assustada com tudo naquela mulher. Ficou ainda mais assustada, ao perceber que as plantas fluorescentes cresciam em volta dela e se alimentavam com seu sangue, não deixando que seus ferimentos cicatrizassem.

"Duzentos anos." Ele respondeu. "Essas plantas foram criadas inconscientemente por ela. Como ela estava semimorta, um de meus irmãos a lacrou aqui, esperando que algum dia alguém pudesse salvá-la... Assim que o fez, o sangue dela fez estas plantas brotarem... Para que ela pudesse respirar por elas. Mas isso requer toda a pouca energia que no momento ela tem, por isso ela nunca acordará. E o veneno-ácido no corpo dela piora suas condições de vida pouco a pouco..." Sesshoumaru sorriu maldosamente. "É incrível como seu corpo ainda não foi destruído... Hahaue (4)." Ele falou para a mulher, como se esta pudesse escutá-lo.

"Sesshoumaru-sama... Eu não sabia que Sua Mãe estava viva..." Rin falou, assustada.

"É porque ela não está. Estar lacrado é algo como estar morto. E além do mais, se eu a libertar do lacre, ela acordará e usará mais energia do que tem... E morrerá por completo." Ele concluiu.

"Mas e quanto a Tenseiga...? Você pode usá-la, não pode?"

"A Tenseiga não funcionará em Hahaue... Pois ela foi fortemente envenenada. Quando as plantas forem retiradas de seu corpo sua vida se esvairá... E seu corpo virará pó por conta do veneno-ácido." Ele passou a mão no rosto de sua mãe, admirando-a.

"Sesshoumaru-sama... Mas deve haver algum outro jeito... Não tem...?" Ela ficara triste. Não queria que a mãe de Seu amado Lorde morresse...

"Os youkais gatos se certificaram de que ninguém pudesse usar a Tenseiga nela." Rin ficara em silêncio, tentando entender à situação.

"Você terá de absorver o poder de Hahaue, mas nós podemos ficar com a alma dela..."

"O que está insinuando, Sesshoumaru-sama...?" Rin estava confusa. Onde Sesshoumaru queria chegar!

"A alma de minha irmã já está em nossas mãos. Agora, só falta te transformar em youkai com o poder de minha mãe e arrancar a alma dela daquele corpo... Para depois, fazer com que elas renasçam."

". . ." Rin ficara sem palavras. Fazer a mãe e a irmã de Sesshoumaru renascer... Isso era possível? "Como?"

"Você escolhe se quer que elas renasçam ou não." Rin ergueu uma sobrancelha.

"Mas é claro que quero, Sesshoumaru-sama."

"Não é tão simples assim, Rin. Para um youkai renascer, requer de magia muito forte, ou então requer a posse da alma dele para que ele renasça como um de seus próprios descendentes."

"Isso quer dizer que... Elas renasceriam como suas filhas...?"

"Nossas. Afinal, você absorverá o poder de minha mãe... O único jeito dela renascer seria se renascesse como nossa filha. Além do mais, se você absorver apenas o poder de minha mãe... Você será uma hanyou. Casando-se comigo, você se tornará uma youkai completa..." Rin ficara de boca aberta.

EM OUTRAS PALAVRAS, EU VOU ME CASAR COM O SESSHOUMARU-SAMA! Este é o sonho de toda a youkai que o conheceu... E eu, uma humana que se tornará youkai, terei tal privilégio. Mal posso acreditar nisso...

"Rin. Você aceita ser minha esposa?" Ele questionou. Perguntar não era do feitio de Sesshoumaru, que tinha o costume de impor ordens. Ela não costumava sentir vergonha, não aprendera tal coisa como 'vergonha' e por isso não enrubescera com tal pedido de Sesshoumaru.

"Sim, Sesshoumaru-sama. Com muito prazer, serei sua esposa." Ela fez uma reverência a seu Lorde, com um sorriso enorme na boca.

Rin se aproximou da mãe de Sesshoumaru e encostou sua mão no rosto dela, descobrindo sua pele macia e quase fria.

"Qual o nome dela, Sesshoumaru-sama?" Rin observava atentamente a feição daquela mulher a sua frente. Sua pele, já estava extremamente gelada.

"Utsukushii (5)." Rin sorriu com a resposta. Realmente, aquela mulher à sua frente merecia tal nome...

"É dela que O Senhor herdou as Garras de Flores Venenosas, não? Ela parece ser uma youkai planta muito poderosa..."

"Ela era da realeza. Mas a maioria dos youkais planta não é tão poderosa..." Sesshoumaru ficou ao lado de Rin e passou seu braço sobre os ombros dela. Assim que o fez, Rin virou o rosto para fitá-lo, confusa. Ele abaixou a cabeça e deu um beijo leve na boca dela, fazendo-a piscar um pouco incrédula. Ainda era muito inocente, mesmo para sua idade. "Vamos fazer com que elas renasçam então, Rin...?" Ele a questionou com um olhar bondoso, o qual ela nunca havia visto antes. Nada de malícia naquele momento, havia em seus olhos.

"Vamos, Sesshoumaru-sama..." Ela confirmou, um pouco confusa com tudo o que estava acontecendo. Sesshoumaru quebrou o selo que prendia sua mãe à rocha da caverna, mas ela não despertou. Ele tirou-a da rocha e a colocou no chão, pegando em seguida a Toukijin.

Hahaue... Por mais que você não tenha cuidado tanto de mim quanto Aneue o fez, minha querida mãe, eu farei com que você renasça de novo como minha filha... Pois estou agradecido pelas poucas coisas que você fez para mim. Sesshoumaru pensava, sério. Rapidamente, ele cravou a Toukijin no coração da Utsukushii e arrancou um dos caninos dela. Sesshoumaru invocou a mesma magia que ele vira Myouga invocar alguns dias depois da morte de sua irmã, lacrando a alma dela no canino.

"A alma de minha mãe agora está lacrada neste canino, como a alma de minha irmã está lacrada no canino que está com você." Sesshoumaru falou, com frieza na voz. Ele não se importara nem um pouco com o que acabara de fazer com sua mãe... Pelo menos, não aparentava ter se importado "Agora, Rin... Beba um pouco do sangue de minha mãe..." Rin se abaixou e fitou o ferimento no coração de Utsukushii, um pouco receosa de bebê-lo. Havia bastante sangue, e Rin só precisava de um pouco... Para ela, isso seria algo difícil de fazer.

"E o veneno nela...?"

"Vou usar a Tenseiga em você assim que colocar o sangue de minha mãe na boca... O veneno não poderá fazer efeito tão rapidamente." Ela confiava nas palavras dele, mas... Aquilo ali era sangue, e sangue da mãe dele...

"Ande logo." Sesshoumaru apressou-a.

"Sim, Sesshoumaru-sama." Ela lavou sua mão naquele sangue já gélido. Pôde sentir sua mão queimar, talvez por causa do veneno-ácido... Ainda assim, com muita calma, Rin levou sua mão a boca, e lambeu seus dedos. "Preciso de mais, Sesshoumaru-sama...?" Ela estava com medo de que ele dissesse sim. Antes que ela pudesse ouvir sua resposta, sentiu o ácido queimar sua garganta e viu um flash de luz: Sesshoumaru sacara a Tenseiga.

"Agora, encoste-se na parede da caverna e medite..." Ele ordenou calmamente, embainhando a espada.

"Sim, senhor." Ela respondeu, obedecendo-o. Sesshoumaru invocou mais algumas palavras em tom baixo para que ela não escutasse, ao mesmo tempo que ela meditava. A transformação começou: A energia pura de Rin foi se transformando em uma energia sinistra, como de um youkai. Sesshoumaru sorriu. Estava dando certo...

Imediatamente, Rin abriu os olhos e tossiu sangue. Algo dera errado. A energia de sacerdotisa dela não queria ser convertida em energia sinistra, seu corpo e mente estavam numa batalha.

"Rin!" Sesshoumaru falou, agarrando a jovem. Ela desmaiou em seu braço.

Como dera errado?

Aquele maldito Bokuseno... Ele disse que se eu fizesse isso, Rin se tornaria imortal... Os olhos de Sesshoumaru avermelharam por um instante. Só não ficou mais furioso porque sentiu que ela ainda estava viva.

A luz da caverna começou a diminuir. Não havia mais o que alimentar as plantas, e por isso estavam morrendo. Sesshoumaru sentou-se, com Rin em seu colo. Não adiantava ele sair à procura de Bokuseno agora. Ele tinha de cuidar de sua futura esposa, humana ou não.

Rin não enxergou nada ao acordar. Estava tudo um breu, e ela não se lembrava muito bem do que havia acontecido... A primeira coisa que ela sentiu foi que estava deitada sobre algo macio e quentinho... Mas ela não se lembrava de ter deitado em tal lugar pouco antes de desmaiar.

"Como você está, Rin?" Sesshoumaru perguntou, mesmo sabendo da resposta. Ele podia sentir o "cheiro" dos sentimentos dela, por isso já sabia como ela estava. Perguntou apenas para ver se ela não mentiria pra ele.

"Cansada... Mas bem, Sesshoumaru-sama." Ela tentou se levantar ao perceber que estava no colo de seu senhor, mas ele não a deixou se erguer.

"Então descanse." Ele respondeu.

"Mas o que aconteceu...?" Ela falou, aninhando-se melhor no colo do Lorde e descobrindo que o pelego dele estava enrolado no corpo dela.

"Você desmaiou, depois de tossir sangue quando sua energia pura de Sacerdotisa e a energia sinistra de Youkai de minha mãe começaram a lutar dentro de você..."

"Então... Não deu certo...?"

"Sua energia pura continua aí... Ela superou a energia sinistra."

"Então não deu..." Ela falou, triste. "Desculpe-me por ter falhado, Sesshoumaru-sama."

"Não falhou. Não por completo." Os olhos de Rin aumentaram, pois não entendera o que Sesshoumaru dissera.

"Sua energia pura continua aí. Mas você se tornou um ser de vida quase eterna..."

"Como o Senhor sabe...?" Ela questionou-o.

"Porque seu coração e respiração estão mais lentos, e também por causa disso na sua mão..." O Youkai colocou sua mão sobre a dela, levantando-a para si e dando-lhe um beijo. Na mão da jovem havia um pequeno desenho de uma rosa, indício do poder que Rin absorvera de Utsukushii.

"Eu não vejo nada na minha mão, Sesshoumaru-sama. Aliás, não consigo enxergar nada... E não me sinto nada diferente." Ela reclamou.

"Eu sei. Você ainda é humana, ainda pode morrer por qualquer doença humana estúpida ou qualquer ferimento como os humanos... Mas você levará séculos para começar a envelhecer." Ele proclamou.

"Oh." Foi só o que Rin dissera. Não era tão bom como ser um quase-imortal como seu Lorde e só poder morrer em batalha (ou de velhice, daqui a muitos, muitos séculos), mas era melhor do que nada...

"Agora, durma." Ele falou, naquele tom de 'obedeça-me' de sempre.

"Mas eu não estou com sono. Estou apenas cansada." Ela argumentou.

"Eu não estou pedindo." Ela revirou os olhos, aconchegou-se mais e dormiu.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

"Utsukushii! Eiko! Andem logo!" Rin apressou as duas crianças. Há alguns anos se casara com Sesshoumaru e conseguiram fazer com que a mãe e a irmã do Daiyoukai reencarnassem como suas filhas.

"Mas o tio Inuyasha não quer devolver o meu colar!" Utsukushii respondeu apontando pro colar com um canino, aquele que um dia esteve presa sua alma até que pudesse renascer. Ainda que ela e Eiko não se lembrassem disso ou de nada de sua outra vida, Sesshoumaru achou justo que elas ficassem com seus respectivos colares.

"Venha! Tente pegar!" Inuyasha provocou a criança, num tom infantil.

Utsukushii mostrou sua língua a ele e pulou nas suas costas, tentando arrancar o colar de sua mão. Sesshoumaru fitava tudo de longe, com um sorriso imperceptível na boca. Bem, quase imperceptível.

"Por que está sorrindo, Sesshoumaru-sama?" Rin perguntou, sentando-se a seu lado.

"Eu nunca imaginei que me daria bem com meu meio-irmão... Muito menos imaginei ele brincando com as minhas filhas."

"Você também não se imaginava casando com uma humana, Sesshoumaru-sama." Rin sorriu. "Não se pode prever o destino, Sesshoumaru-sama. É por isso que é tão divertido viver." Seu sorriso aumentou. Neste instante, Utsukushii, com ajuda de Eiko, conseguiu arrancar o colar das mãos de Inuyasha. As duas jovens com não mais de seis anos, correram na direção dos pais e se jogaram no colo de Sesshoumaru.

"Agora podemos ir embora, Chichiue!" Utsukushii falou. Inuyasha acenou um 'tchau' com a mão. Sesshoumaru colocou-as sobre suas costas e, sem falar nada para o hanyou, foi embora.

Minhas três doces princesas. Ele sorriu mentalmente para as três garotas com ele.

FIM


POR FAVOR, LEIAM: A PARTE EM NEGRITO DA FANFIC foi baseada num trecho do livro "A Arte da Guerra", de Sun Tzu. Obviamente ele não lidava com meninas, mas sim com cento e oitenta esposas de um certo rei. Como elas não o obedeceram, Sun Tzu matou as duas preferidas esposas deste rei, fazendo com que as outras, assustadas, o obedecessem. o.o" Bem, pode-se dizer que aconselho este livro X3

Eiko – Glória;

Shimooritsuki – é o mês das geadas no Japão (Novembro), o meio do inverno. Shiwasu (Dezembro) é mais frio ainda. (não sei em qual deles começa a nevar forte, estou chutando na fanfic. ¬¬);

Ungai-sama – Não sei o que significa, mas pra quem não sabe (ou simplesmente não se lembra) é o monge que aparece no episódio 162, "Para Sempre Com Sesshoumaru-sama!". Tentei dar o mínimo de detalhes possível do episódio (mas de forma que dê para entender), pois não quero fazer spoiler de um episódio que infelizmente não passou no CN ç.ç; Ahh, e esse episódio é um episódio filler, ou seja, não existe no mangá y.y Bom se existisse...

Hahaue – Significa Minha Mãe;

Utsukushii – Significa Bela, Bonita.

Ai, ai u.u" Atrasei quase um mês XD e, sabem, levei este tempo todo pra escrever os últimos dez parágrafos ¬¬" então, podem bater em mim pelo atraso XD desculpem-me! ." mas não me matem, afinal eu não demorei muito pra atualizar XD(tenho fics paradas há uns oito meses já oo")

Ahh, e eu não tinha pensado em fazer com que Sesshoumaru concluísse que Rin, Eiko e Utsukushii eram suas três doces princesas ¬¬. Inicialmente o título se referia apenas a Rin... Mas agora se refere às três XD (Essa idéia me ocorreu agora e me pareceu boa pra colocar na fanfic...) E se tiver alguma coisa confusa, me avisem que eu conserto! XD

Muito obrigada a todos que comentaram nos capítulos passados! E por favor, digam-me o que acharam deste último capítulo! Até uma próxima fanfic! X3